Re: JAS-39 Gripen
Enviado: Dom Jun 14, 2009 12:37 pm
Se nós observarmos o que tem sido os vários ciclos de desenvolvimentos tecnológicos mundiais nos últimos 40 anos, e como o Brasil se engajou neles, veremos que perdemos vários, lei de informática, protecionismo ao setor de máquinas,o país era fechado,a nossa corrente de desenvolvimento tecnológico é formada por alguns anéis de aço,ai vem um de plástico outro de aço um de papelão.
Tem um ditado antigo que diz que “não adianta querer pegar o mundo com as mãos”.
A END e todos esses processos que agora dão a partida, me parecem levar em conta esse ditado, é visível que as pessoas envolvidas nesses projetos tem consciência que não é não dá pra abraçar o mundo, e fizeram planos pragmáticos e pé no chão no que se refere ao “o que nós poderemos abraçar agora?”.
É claro também que nós não possuímos graças ao descaso e mentalidade atrasada com relação a importância de P&D e ciência,material humano e conhecimento suficientes para desenvolver ou absorver conhecimento de ponta em todos os níveis,e além de não possuirmos isso,não possuímos parque industrial com capacidade para manufaturar projetos de tecnologia de ponta.
Esses processos da END visam muito mais tentar primeiro substituir os elos de plástico e papelão da nossa corrente de conhecimento tecnológico,e criar condições para que os próximos elos sejam todos de aço.
A compra de Submarinos e caças não tenham dúvidas, são projetos que levam em conta essas nossas limitações, certamente tem objetivos focados em um primeiro passo de busca de ferramentas e conhecimento que deverá servir de base sólida para os que virão no futuro, e que o desenvolvimento tem que levar em conta uma evolução conjunta de toda a cadeia envolvida:ciência e industria nos mais amplos níveis,não sendo isso uma tarefa simples e imediata.
Especificamente no caso dos caças, a própria END mostra esse pragmatismo, e a short-list mostra que o caminho escolhido foi o de busca por tecnologia ocidental,(dogma) mas se busca principalmente caminhos de conhecimento,não a compra de um projeto ou industria.
A questão ideológica e estratégica, de alinhamento político é uma questão que tem possivelmente seu vislumbre para um horizonte de 30, 40 ou mais anos, sendo explícito que é secundária nesse momento, para a FAB e MD. Ela possivelmente é levada em conta, já que o país caminha para se tornar um player internacional, mas é levado em conta também que os quadros de ameaças a soberania nacional, só podem ser conjecturados nesse momento.
O vencedor da disputa será político, pois deverá ser simplesmente o que contribua para que os processos de desenvolvimento cientifico,tecnológico e industrial,dos pontos julgados críticos nesse primeiro passo, com a compra desses caças, se faça da forma mais rápida e sólida e segura possível,aparentemente não importando portanto, nesse momento,a ideologia de dependência estratégica e política desse ou daquele país,mas o desprendimento destes em nos proporcionar o conhecimento para o salto que desejamos hoje,sendo secundários os diferenciais de hardware do equipamento.
O futuro caça 5G,deverá ser o elo que se juntará daqui a duas ou treis décadas e deverá carregar esse sim o peso ideológico,estratégico e político em seus pilones. Sua origem estará em aberto, poderá ser fruto da compra atual,ou a ocidentalização(dogma) do projeto Russo,os conhecimentos adquiridos com esse primeiro passo e o desenvolvimento industrial e científicos provenientes dele,serão as ferramentas para a essa empreitada mais ambiciosa.
Mesmo assim, não tenham dúvidas, que a questão de motores a jato, e a independência em sua construção,deverá ser o ponto mais crítico dessa busca por independência,e deverá ser fruto,não da compra atual mas de um projeto de estado e acordos futuros,aos quais ainda não é possível estimar. O que se busca hoje com relação a esse tema é simplesmente a capacidade de operação e manutenção independente dos mesmos, talvez seja uma ambição parcimoniosa na visão de muitos, mas é algo que nós simplesmente nunca tivemos, o primeiro passo é conseguir isso.
Nós focamos muito no máximo que os concorrentes podem nós dar de transferência de tecnologia,talvez devamos começar a pensar também como o MD,MB e FAB ,nas nossas limitações, e em qual nível de expertise e conhecimento nós possuímos hoje,para conseguir agregar as tecnologias de forma sólida,e passar a focar no hoje;nesse elo de aço a ser juntado a nossa corrente,que é só uma ponte para o próximo e mais importante desafio.
Sds.
Tem um ditado antigo que diz que “não adianta querer pegar o mundo com as mãos”.
A END e todos esses processos que agora dão a partida, me parecem levar em conta esse ditado, é visível que as pessoas envolvidas nesses projetos tem consciência que não é não dá pra abraçar o mundo, e fizeram planos pragmáticos e pé no chão no que se refere ao “o que nós poderemos abraçar agora?”.
É claro também que nós não possuímos graças ao descaso e mentalidade atrasada com relação a importância de P&D e ciência,material humano e conhecimento suficientes para desenvolver ou absorver conhecimento de ponta em todos os níveis,e além de não possuirmos isso,não possuímos parque industrial com capacidade para manufaturar projetos de tecnologia de ponta.
Esses processos da END visam muito mais tentar primeiro substituir os elos de plástico e papelão da nossa corrente de conhecimento tecnológico,e criar condições para que os próximos elos sejam todos de aço.
A compra de Submarinos e caças não tenham dúvidas, são projetos que levam em conta essas nossas limitações, certamente tem objetivos focados em um primeiro passo de busca de ferramentas e conhecimento que deverá servir de base sólida para os que virão no futuro, e que o desenvolvimento tem que levar em conta uma evolução conjunta de toda a cadeia envolvida:ciência e industria nos mais amplos níveis,não sendo isso uma tarefa simples e imediata.
Especificamente no caso dos caças, a própria END mostra esse pragmatismo, e a short-list mostra que o caminho escolhido foi o de busca por tecnologia ocidental,(dogma) mas se busca principalmente caminhos de conhecimento,não a compra de um projeto ou industria.
A questão ideológica e estratégica, de alinhamento político é uma questão que tem possivelmente seu vislumbre para um horizonte de 30, 40 ou mais anos, sendo explícito que é secundária nesse momento, para a FAB e MD. Ela possivelmente é levada em conta, já que o país caminha para se tornar um player internacional, mas é levado em conta também que os quadros de ameaças a soberania nacional, só podem ser conjecturados nesse momento.
O vencedor da disputa será político, pois deverá ser simplesmente o que contribua para que os processos de desenvolvimento cientifico,tecnológico e industrial,dos pontos julgados críticos nesse primeiro passo, com a compra desses caças, se faça da forma mais rápida e sólida e segura possível,aparentemente não importando portanto, nesse momento,a ideologia de dependência estratégica e política desse ou daquele país,mas o desprendimento destes em nos proporcionar o conhecimento para o salto que desejamos hoje,sendo secundários os diferenciais de hardware do equipamento.
O futuro caça 5G,deverá ser o elo que se juntará daqui a duas ou treis décadas e deverá carregar esse sim o peso ideológico,estratégico e político em seus pilones. Sua origem estará em aberto, poderá ser fruto da compra atual,ou a ocidentalização(dogma) do projeto Russo,os conhecimentos adquiridos com esse primeiro passo e o desenvolvimento industrial e científicos provenientes dele,serão as ferramentas para a essa empreitada mais ambiciosa.
Mesmo assim, não tenham dúvidas, que a questão de motores a jato, e a independência em sua construção,deverá ser o ponto mais crítico dessa busca por independência,e deverá ser fruto,não da compra atual mas de um projeto de estado e acordos futuros,aos quais ainda não é possível estimar. O que se busca hoje com relação a esse tema é simplesmente a capacidade de operação e manutenção independente dos mesmos, talvez seja uma ambição parcimoniosa na visão de muitos, mas é algo que nós simplesmente nunca tivemos, o primeiro passo é conseguir isso.
Nós focamos muito no máximo que os concorrentes podem nós dar de transferência de tecnologia,talvez devamos começar a pensar também como o MD,MB e FAB ,nas nossas limitações, e em qual nível de expertise e conhecimento nós possuímos hoje,para conseguir agregar as tecnologias de forma sólida,e passar a focar no hoje;nesse elo de aço a ser juntado a nossa corrente,que é só uma ponte para o próximo e mais importante desafio.
Sds.