Minha opinião:denilson escreveu:1 - Não seria possível colocarmos um sistema de guiagem nele ou em um de seus estágios e transformando ele em um míssil antiaéreo.
2 - Para míssil solo - solo ele já serve, na verdade essa não é uma pergunta é uma afirmação.
3 - Quais sistemas de guiagem poderíamos utilizar nele para uso em AAA.
4 - Em termos de estrutura, seria necessária muita mudança para utiliza-lo como AAA.
5 - No lançamento vertical o apogeu foi de 268 km, qual seria o alcance se utilizado como um míssil solo - Ar e Solo - Solo.
Abraço
Denilson
1. Não. O VSB-30 é um foguete "burro", sem controle de atitude, e sua estrutura não foi projetada para suportar as elevadas cargas laterais necessárias para um míssil AAe atingir alvos manobráveis como aviões. Para a função anti-missil a capacidade de manobra teria que ser ainda maior e efetuada no vácuo, exigindo sistemas mais complexos do que simples aletas móveis. Nada disso está presente ou previsto no VSB-30.
2. Possível mas bastante complexo. Teria que ser desenvolvido um sistema de controle de atitude e acrescentada alguma forma de orientação para garantir que o foguete atingisse o alvo com um mínimo de precisão que justificasse o seu custo. Com o peso destes sistemas e o eventual arrasto aerodinâmico envolvido o alcance cairia sensivelmente com relação ao de um lançamento não guiado. Para esta função específica sou favorável ao desenvolviemnto da tecnologia de foguetes híbridos (na qual a UnB já trabalhou), muito mais baratos e seguros.
3. Um míssil deste porte teria necesariamente que ser capaz de encontrar seu alvo sozinho no final de sua trajetória, o que exigiria um sistema ativo de orientação terminal (sistemas radar-passivo poderiam ser usados apenas para alvos em altitudes elevadas). Contra aeronaves talvez o sensor do A-Darter pudesse ser usado se a orientação de terra conseguisse colocar o míssil a menos de 10 km do alvo. Se não, teria que ser desenvolvida a orientação por radar-ativo.
4. Sim, mudanças estruturais muito profundas, com concomitante elevação do peso. A capacidade de manobra de mísseis AAe desta classe atuais está em torno de 20g, o que exige estruturas bastante reforçadas.
5. Teria que ser considerado o aumento do peso e das perdas aerodinâmicas com a incorporação de sistemas de orientação/guiagem. Chutando sem fazer cálculo algum, na função terra-terra o alcance poderia ficar na faixa dos 300 km com uma ogiva de 250 kg. Uma eventual versão AAe teria restrições ainda maiores, mas talvez um alcance de 200 km fosse possível usando trajetória alta. Porém não acredito em uma eventual versão como míssil AAe.
Resumindo, também acho muito mais fácil e prático desenvolver algo do zero.
Leandro G. Card