Fórum Defesa Brasil

A julgar pelos últimos acontecimentos em termos de orçamento para o ano que vem, e que tendem a se repetir nos anos que se seguirem, é muito difícil haver viabilidade financeira para algum processo de modernização da cav blda.
Na verdade, a manter-se os apontamentos atuais para o orçamento do MD em 2020, pouco ou nada dos projetos estratégicos das ffaa's conseguirá sair do lugar em que está. Eu creio até que se nada for feito, e passar tudo como está, todos os projetos, até aqueles que não tiveram o contrato assinado, estarão em perigo de não se concretizarem.
Provavelmente o máximo que se poderá fazer, diante do status quo, é prosseguir nos estudos para uma nova VBC-CC e a VBTP-SL em algum ponto no futuro da década de 2030. A que se aproxima pelo jeito será mais uma perdida em termos de defesa.
Por outro lado, pode sair uma coisa boa disso. Se a modernização não sair, em 2027 o contrato de apoio da KMW para esses carros se encerra. A partir deste ponto não haverá mais nenhuma garantia para os Leo 1A5. Ou seja, em apenas 6 anos estaremos numa situação em que, do ponto de vista operacional, custeio e manutenção a frota de CC do exército estará praticamente toda ela inviabilizada. Traduzindo em miúdos, o EB ficará sem CC e as bgdas bldas e RCB sem o seu principal vetor de combate e motivo de sua existência.
Não é nenhuma novidade que muitas vezes o poder político se apossou de situações extremas como essa para justificar-se a fim de dispor os recursos necessários para alocar meios materiais às ffaa's. Todos nós sabemos aqui que a politicalha geral em Brasília adora um projeto bilionário, e todas as suas possibilidades de negociações(negociatas). O HX-BR foi só um exemplo disso.
Assim, pode-se abrir uma oportunidade para - em se mantendo os atuais estudos de viabilidade e técnicos determinados nas portarias do EB para a cav blda - uma nova CC/VBTP-SL e respectivas famílias, obtendo assim os recursos necessários para tirá-las do papel via BID.
Tenho quase certeza que se o cmte do EB chegar em 2028 com o presidente da hora e disser:

- "olha, não temos mais tanques e nem veículos de transporte. os que tínhamos não funcionam mais, já era. os Argentinos tem tanques. os venezuelanos idem. até a Bolívia e o Uruguai tem tanques. nós não temos. e aí como é que fica?"

Aí o presidente da hora responde com cara de surpresa quase sonolenta:

- "porra, agora que tu vem me dizer isso?! era para me falar nas eleições!"

- "mas, quanto é que tu precisa mesmo?"

abs.

GT Nova Couraça e os desafios no reequipamento da Força Blindada (EB)
http://tecnodefesa.com.br/gt-nova-coura ... indada-eb/

Deixa ver se eu entendi: nao tem dinheiro para comprar Guarani mas vai comprar Marder repontencializado em Israel e Centauro na Iveco?
Ah a modernizacao do M113 nao funcionou? Foii dinheiro jogado fora....levaram 400 m113 modernizados para perceber isso...gente nao tem que contengenciar orcamento militar. Tem que CORTAR mesmo. Corta 100.000 homens do EB que tudo fica certo.

Eu sempre falei que modernizar os M113 era a maior furada e não saiu nada barato, mais de USD 100 milhões para não acrescentar basicamente em nada no que tange poder de fogo e proteção balística.

1A3 e 1A4? Pois eu duvido que tenha um único com capacidade de operar.

Numa época, surgiu a história de 200 Centauro B1 por USD 110 milhões. Não seria nada mal, até porque não há nada sobre VBR/VBC Guarani no horizonte.

Ainda com isso de munição 105 mm não é mais produzida? Ainda é produzida pela General Dynamics, IWI, Mecar e Nexter.

alex escreveu: Ter Out 01, 2019 11:03 pm Deixa ver se eu entendi: nao tem dinheiro para comprar Guarani mas vai comprar Marder repontencializado em Israel e Centauro na Iveco?
Ah a modernizacao do M113 nao funcionou? Foii dinheiro jogado fora....levaram 400 m113 modernizados para perceber isso...gente nao tem que contengenciar orcamento militar. Tem que CORTAR mesmo. Corta 100.000 homens do EB que tudo fica certo.

Não. Você não entendeu.

O Guarani vai continuar a ser comprado a passos lentos e o "Guarani 2" vai ser produzido tirando lições aprendidas com o Guarani.

Vão tentar comprar Marder que vai ser repotencializado na Alemanha e o míssil MILAN vai ser substituído pelo SPIKE.

Não vai haver modernização do Cascavel ao invés disso vão tentar comprar um pequeno número de Centauros para tapar buraco. Provavelmente até conseguirem fabricar o Guarani 8X8 num futuro distante.

A modernização do M113 deu certo e eles consegue acompanhar os Leo1A5 mas o Marder é um IFV de verdade, enquanto o M113 é um simples trasporte de tropas.

Vão tentar comprar mais Leopard 1 seja o A3 ou A4 e provavelmente modernizar todos juntos com os 1A5 para ficarem no mesmo padrão de equipamentos.

Eu já tinha falado isso aqui CC novos no exército brasileiro só lá pra 2030 senão mais.

alex escreveu: Ter Out 01, 2019 11:03 pm Deixa ver se eu entendi: nao tem dinheiro para comprar Guarani mas vai comprar Marder repontencializado em Israel e Centauro na Iveco?
Ah a modernizacao do M113 nao funcionou? Foii dinheiro jogado fora....levaram 400 m113 modernizados para perceber isso...gente nao tem que contengenciar orcamento militar. Tem que CORTAR mesmo. Corta 100.000 homens do EB que tudo fica certo.

Acredite, isso é uma evolução, até ano passado diziam que o Marder e outros IFVs não tinham chance por não serem anfíbios e não transportarem 9 homens, alias, chamavam de "Merdar", uma mudança de pensamento como essa é quase uma revolução.

Acredito que não haverá Marder para todos os rcb e bib, o que de fato o M-113 cobrirá está lacuna até quando não sabemos , o que poderiam fazer era colocar uma Remax em alguns desses blindados , sobre os Centauros creio que são poucas unidades, poderiam ampliar este número , sobre os Leo 1A3 ou A4 isto é novidade , pelo plano vão substituir os M-60 e os Leo1Be , acredito que será a melhor opção no momento , visto que não há recursos como sempre !

Recurso existe sim, o que ocorre que o EB e as outras forças armadas estão inchadas e precisam ser redimensionadas para uma menor quantidade de pessoal. De que adianta termos unidades que só são eficazes no papel e que de nada valem em um conflito real?
Tem que gerenciar melhor retirando os funcionários públicos de farda que são um peso para o estado.

Bom, para ser honesto, depois de ler a matéria, se vamos ficar comprando mais sucata ainda para depois colocar dinheiro no bolso de empresas estrangeiras só para "manter doutrina", melhor ficar do jeito que está e torcer muito para a economia do país sair o mais brevemente possível do buraco em que está. E mesmo assim, isto não significa necessariamente melhoria orçamentária e de capacidade de investimento na Defesa.

Vamos ser honestos, tem muitas mudanças que precisam ser feitas do ponto de vista organizacional e pessoal no EB para ficar queimando dinheiro que não se tem em mais meias soluções que no fim não resolvem nada, dado que daqui em 10 ou 15 anos vamos ter que gastar de novo, e mais caro ainda, para comprar material realmente novo e que sirva de verdade para alavancar a tal da doutrina terrestre.

Enfim, se fosse eu, extinguia os 4 RCB e 2 BIB que estão ali sobrando, e investiria o que fosse possível no Guarani 2, e versões especiais a partir deles para equipar a inf e cav mec tendo em vista os números planejados originalmente no processo produtivo na Iveco e por fim, tentar assegurar os 186 LMV até 2022. Uma Remax nos M-113 e mais um sistema de visão diuturno já estaria mais que bom. E para por aí. Cascavel e Urutu seriam todos aposentados de imediato.

Chega de gastar dinheiro fora com soluções que não solucionam nada, apenas procrastinam os problemas e sua resolução definitiva.

Se o país não quer ter um exército operacional, moderno e bem equipado, vai ter que se virar com um que sirva-lhe tão somente como polícia. E para isso o EB já está amplamente equipado e operacional há décadas, diria séculos.

abs

alex escreveu: Qua Out 02, 2019 9:25 am Recurso existe sim, o que ocorre que o EB e as outras forças armadas estão inchadas e precisam ser redimensionadas para uma menor quantidade de pessoal. De que adianta termos unidades que só são eficazes no papel e que de nada valem em um conflito real?
Tem que gerenciar melhor retirando os funcionários públicos de farda que são um peso para o estado.

O quadro de oficiais é completo, isso é garantido.

abs

O que existe é falta de visão por parte do governo. Semana passada um general do exército foi ao congresso explicar para uma comissão que cada real investido num programa como o Guarani são gerados 4 ou 5 reais em renda, desenvolvimento e conhecimento tecnológico no país. O país até agora investiu cerca de 4 bilhões de reais no projeto Guarani. Desses 3 bilhões já voltaram para os governos na forma de impostos. Da até uma pena ver um general explicando para um bando de congressistas como estivesse explicando pra crianças que investir no setor militar no país volta várias vezes em forma de empregos, impostos, desenvolvimento industrial etc... coisa que deveria se obvia pra qualquer um.

gogogas escreveu: Ter Out 01, 2019 9:04 pm GT Nova Couraça e os desafios no reequipamento da Força Blindada (EB)
http://tecnodefesa.com.br/gt-nova-coura ... indada-eb/

Estou começando a torcer meu nariz para este conceito.

Os russos estes caras que entendem pouco de blindados e sua reação em torno do....

Brasileiros colocam um EE-9 sem torre de tripulação

Túlio escreveu: Qua Out 02, 2019 6:24 pm

É, eles devem entender muito mesmo, tanto que sozinhos fabricaram mais blindados que foram depois destruídos em combate do que todos os Países do mundo JUNTOS!

Isto é sério? Tu comparas os russos com nós? A terra não é plana Túlio e isto é uma tremenda bobagem sua. Claro nós que nunca nem sequer entramos em um combate de caminhonetes armadas vamos entender mais que os russos. Vai sonhando!!!!!

Túlio a verdade é que não sabemos nem por onde começar.