Túlio escreveu:
Conheço o sistema, não sabia que estava operacional, é uma espécie de SBAT-70 guiado a laser, não? Mas isso cabe no Predator? Um Hellfire pesa quarenta e poucos kg, um lançador de SBAT com 7 foguetes pesa mais que o dobro e tem mais arrasto...
Mas não precisa levar o lançador, basta substituir na ordem de 1:1 se for para destruir camionete. Mais barato e mais leve...
Túlio escreveu:Como assim? O cara manda um drone recebendo um sinal fraquinho de satélite e eu não posso interferir com ele usando um gerador que extrai energia de um motor de caminhão? E vão me jammear com o quê se EU estou jammeando?
Depende Tulio.
Leve em conta 2 coisas: os sinais não vão estar chegando no receptor pelo mesma linha de visada e meu receptor não necessáriamente tem que estar o tempo todo em comunicação com o satelite.
Por exemplo se o receptor estiver na parte de cima do ARP, imagina a potencia necessária para intereferir nela se o emissor estiver na parte de baixo? Basicamente é o mesmo principio utilizados pelos russos nos seus misseis anti-carro do MI-35.
Túlio escreveu:Falei faixas ou frequências (parcelas de faixas?). Não sou isso tudo em eletrônica mas pensei que tinha explicado direito...
Para mim quando você fala em uma frequencia esta especificando uma classificação generica especifica (HF, VHF, UHF); quando fala faixas de frequencia eu entendo que são varias delas ao memos tempo.
Túlio escreveu:
Depende do PERTO: quão perto eu precisaria estar para emitir com muito mais potência do que um satélite a uns 36.000 km?
dependeria do emissor, da posição da antena, do tipo de sinal, da frequencia utilizada. Pode ser feito? Teoricamente sim, mas pensa comigo: os russos sempre gostaram de ter tudo maior e mais potente, isso até hoje. Você já ouviu falar de algum navio jammeador ou aeronave?
Bem, tanto eles como os americanos até tentaram, mas viram que na verdade o custo X beneficio não valia a pena. Não para eles, logico, pois poderiam combater em qualquer região do mundo.
Então de que tipo de cenario estamos falando para eu poder te responder: uma coisa e impedir a comunicação sobre o Uruguai, outra bem diferente é sobre a região sudeste ou mesmo o Brasil.
Túlio escreveu:Bastaria estar nas proximidades dos alvos, penso eu. Sabe-se que a coisa sempre começa tentando destruir radares e depois aniquilar a capacidade C4ISR. Não podem haver tantos alvos assim que seja economicamente inviável proteger pesadamente ao menos os principais, aqueles de que não se pode prescindir em hipótese alguma.
Novamente, depende do cenario: será que seriamos capazes de proteger TODOS os alvos principais do nosso país, por exemplo?
Eu tenho plena convicção que não; para mim a solução estaria na atitude Ofensiva e não na Defensiva
Túlio escreveu:Temo não me ter expressado claramente: falo em um espaço eletromagneticamente saturado. Ou é inercial ou câmera (incluindo FLIR/IRST).
De novo Tulio, acho muito dificil.
Mesmo os sistemas termais trabalham no na faixa de IR, saturar TODO o ambiente eletromagnetico é impossivel, e mesmo que fosse possivel dependendo da posição do receptor da minha aeronave de reconhecimento ele ainda não seria afetado pois estaria fora de alcance.
Imagine você em um balão a noite olhando por uma janela pequena no fundo do cesto.
Essa janela possui um faixo de iluminação para baixo de maneira a deixar você ver o terreno por onde passa: mesmo que aja uma luz forte vindo de um lado, ou de todas as laterais e até mesmo acima de você; ainda assim você será capaz de visualizar o que está embaixo modificando seu perfil de vôo.
O caso que estamos discutindo não é tão diferente; para toda e qualquer frequencia do espectro eletromagnetico.
Quisera a FAB ter a mesma AAe que os mendigos daquela região tem...
Túlio escreveu:Se falamos de gente que leva Defesa a sério, o piloto vai estar operando em NCW, com vários sensores próprios e auxiliares para poder decidir. Ele provavelmente estará enfrentando jamming de meios aéreos inimigos mas estes estarão sendo jammeados por meios terrestres, mais potentes, ao menos em tese.
Ai que está Tulio, a eficiencia de um sinal NÃO é proporcional SOMENTE a sua potencia! Eu posso ter um encouraçado armado somente com antenas emitindo contra um equipamento e um aerobuero tambem emitindo; o que vai definir no fim das contas não vai ser somente a energia erradiada e SIM a energia recebida no alvo.
Para se ter noção, um do drones estudados para FFEE é uma miniatura que emite um potencia ridicula; porém se comparado com um sinal de retorno de RADAR é uma coisa enorme.
A ideia é que ele possa ser levado até proximo menos de um metro do equipamento inimigo e assim vai ser capaz de saturar por completo toda e qualquer recepção; com a vantagem que ele pode ser ligado e desligado quando quiser e a total ignorancia do inimigo sobre o que está acontecendo por um bom tempo...
Então, mais que a potencia hoje me dia se procura pensar em posição dos equipamentos.
Túlio escreveu:Inercial sozinho sempre vai sofrer algum desvio em função de uma série de fatores, que incluem até as condições atmosféricas. Daí usar back-up como o GPS (aprendi essa contigo, amigo véio).
Com certeza eles sofrem, mas existem maneiras de diminuir esses desvios sem o uso de GPS: equipamentos mais modernos e menos suscetiveis a desvios, utilização de pontos conhecidos no terreno para atualização dos dados, emissões do proprio alvo.
Olha, jeito tem porque o A-1 até hoje voa assim e chega lá...