Tenente Antônio Pereira Lima, O Paraquedista Voluntário (à moda militar...). A História inusitada do 1º Salto da América do Sul.
(Pelo Major PMESP Sérgio Marques)
Tenente Antônio Pereira Lima, o paraquedista improvisado.
Domingo, 01 de novembro 1925, véspera de feriado prolongado do “Dia de Finados”..., há exatos 94 anos, no Campo de Marte, zona norte da capital Paulista, o 2º tenente Antônio Pereira Lima entraria para a História do Paraquedismo Brasileiro e da América do Sul de uma forma surpreendente...
Negro, em uma sociedade recém-libertada da escravidão, Antônio Pereira Lima nasceu em 1899, na Capital Bandeirante, filho de Dona Idalina Maria da Conceição e do Sr. José Pereira Lima. Com 18 anos, voluntariamente, ingressou como soldado, em 07 de junho de 1917, na Força Pública Paulista (atual Polícia Militar do Estado de São Paulo). Já sargento, durante a Revolução de 1924, a “Esquecida”, naqueles terríveis dias de julho, permaneceu ao lado dos poderes legalmente constituídos. Todos os inferiores, como chamado na época o círculo dos Sargentos, preenchidos os requisitos, a título de “prêmio do Governo do Estado”, de acordo com o art. 6º da Lei 1.981, de 17 de outubro de 1924, inclusive nosso homenageado, foram promovidos em 10 de novembro de 1924. Pereira Lima conquistou a graduação de Aspirante-a-Oficial.
Concomitantemente, foram matriculados e ingressaram no Curso Especial Militar- CEM (célula da Academia de Polícia Militar do Barro Branco-APMBB). Na época a Escola de Oficiais funcionava na Rua Ribeiro de Lima, cruzamento com a Av. Tiradentes, no centro da Capital, área atualmente ocupada pelo COPOM/SP. Por força da Lei 2.051, de 31 de dezembro de 1924, que reorganizou a Força Pública do Estado, fora recriada a Aviação da Força Pública Paulista, sob a denominação “Esquadrilha de Aviação- EA”. Era a terceira fase da aviação militar Paulista. Por sinal, a primeira fase nasceu com a publicação da Lei 1395-A, de 17 de dezembro de 1913, dentre outras proposições, foi criada a Escola de Aviação Militar. Sob os auspícios da Força Pública Paulista nasceu a aviação militar Brasileira.
Em 1925 a sede da Escola era em prado próprio da Instituição, o Campo de Marte, no bairro de Santana, na zona norte da Capital. A área hoje não mais pertencente à PMESP, sendo um dos aeródromos de maior trânsito de helicópteros do Brasil. Também há no aeroporto um espaço reservado à sede do Grupamento de Radiopatrulha Aéreo- GRPae, com os seus famosos helicópteros “Águias”. Como o lendário pássaro grego “Fênix”, renasceu a Aviação Militar Paulista em 1984, após sua extinção, decorrente da derrota militar Paulista na Revolução Constitucionalista do distante ano de 1932.
Na Aviação Militar, a “5ª Arma” (ao lado da Infantaria, Cavalaria, Artilharia e Engenharia), vários Aspirantes, todos voluntários, submeteram-se, no ano de 1925, a inúmeros testes com o intuito de serem aprovados no concurso para ingresso na Esquadrilha de Aviação da Força. Dez foram os aprovados, incluso nosso personagem, o Aspirante Pereira Lima.
Com seus demais camaradas, frequentava o curso da Escola de Oficiais, no CEM. Os Oficiais-Alunos Aviadores também acumulavam as aulas teóricas e práticas na Esquadrilha. Cada curso, 6 meses de duração.
No inverno daquele ano, mais precisamente, 08 de julho de 1925, alcançaria finalmente o Oficialato, com sua promoção ao posto de 2º tenente.
Mais qual a relação do “salto improvisado” do 2º tenente Antônio Pereira Lima com a Cruz Azul?
Decorrente da Revolução de 1924, ocorrida na Capital, com a morte de policiais durante a refrega resultaram muitos órfãos e viúvas dos soldados tombados ou mesmo licenciados do serviço ativo, decorrente dos graves ferimentos sofridos. Uma comissão de Damas da Sociedade Paulistana solicitou o apoio ao coronel Pedro Dias de Campos, Comandante da Força Pública (que assumiu as responsabilidades em pleno desenvolvimento da Revolução, dela participando ao lado dos Legalistas), com o intuito de ampará-los. Com uma visão privilegiada, o coronel Pedro Dias, filho de indígenas, edificou, em 28 de julho de 1925, uma Instituição de amparo aos familiares dos soldados da Instituição, a “Cruz Azul”, ideário ainda presente em nossos dias. Os objetivos da novel Instituição beneficente eram manter os serviços de assistência permanente às famílias dos militares estaduais, escolas maternais e jardins de infância para os seus filhos.
Com a ação colocada em prática pelo Comandante Geral, os órfãos e viúvas dos combatentes tombados ou seriamente lesionados não mais ficariam desamparados!
Todavia, como é comum em obras dessa natureza, não havia recursos para a edificação de um Hospital e de um Colégio. O valoroso Comandante se valeu de rifas, quermesses, gincanas, jogos. A década de 20 do século passado o estilo musical predominante era “
Fox”. Uma banda do mesmo ritmo foi criada, o “
Jazz-Band” da Cruz Azul, que alegrava as festas com o “
hit” do momento. Tais apresentações também arrecadavam fundos para que o sonho pudesse se materializar. E a mão-de-obra? As próprias Unidades da Força cediam policiais, que também eram pedreiros, eletricistas, encanadores etc.
Em uma de suas ações mais audaciosas, sempre com o mesmo notável objetivo, o grande Comandante teve uma ideia avançada para os padrões daqueles dias, a contratação de um paraquedista para apresentação.
O salto do paraquedista foi marcado para o dia 01 de novembro de 1925, um domingo. Em período ainda sob os auspícios da “
Belle Époque”, com a sociedade eminentemente machista, o paraquedista contratado para o feito era uma mulher, uma francesa, Janette Caillé...
Aliada a grande divulgação do exótico espetáculo, pois o salto seria o primeiro de São Paulo (e da América do Sul, segundo trabalho do então Capitão Franco Olívio Marcondes), houve grande venda de ingressos para assistir ao incrível feito.
Pouco antes da realização do salto, a Cruz Azul, na Av. Tiradentes, fundava seu primeiro Grupo Maternal, com muitos berços para hospitalizar crianças carentes, iniciando seu programa assistencialista. Na sequência, as autoridades se dirigiram ao Campo de Marte.
O salto foi um sucesso! Assim escreveu, em 02 de novembro de 1925, o Jornal Correio Paulistano, com a grafia de época:
“...
Merece especial referencia, dos principaes aspectos dessa tarde de aviação, o audacioso salto realizado de um aeroplano, voando em grande altura, pelo tenente Antônio Pereira Lima, que sahiu galhardamente dessa difficil prova, festejado ao ganhar o solo pelos vibrantes applausos dos assistentes.”
Mas não foi uma senhorita francesa, de nome Janette Caillé, contratada para efetuar o salto com paraquedas?
Os relatos abaixo, com as adaptações do autor, que escreve essas linhas, foram obtidos no livro clássico, de leitura obrigatória, “Asas e Glórias de São Paulo”, que conta a História da PMESP e da Aviação Militar Paulista. São seus autores:
1. Coronel PM José Canavó Filho, hoje, eternizado no Obelisco Mausoléu do Ibirapuera; e
2. Edilberto de Oliveira Melo, 99 anos, coronel PM mais antigo da PMESP, com inúmeros outros livros sobre a quase bicentenária Instituição de Tobias de Aguiar (O Salto da Amazônia; Raízes do Militarismo Paulista; Marcos Históricos da PM, Clarinadas da Tabatinguera, Pro Brasília e O Centenário da Aviação Militar Paulista).
No Campo de Marte, a “paraquedista furona"...
A senhorita Janette Caillé, “paraquedista francesa,” contratada pela Força Pública para efetuar o salto com paraquedas, em 01 de novembro de 1925, véspera do Feriado de Finados, no Campo de Marte, na zona norte da Capital. Ao seu lado o instrutor de voo da Esquadrilha de Aviação da Força Pública, Orton W. Hoover.
Ao fundo uma aeronave Curtiss, da Força Pública Paulista,
biplace, de fabricação americana.
O já então tenente-coronel PM Antônio Pereira Lima (aposentado), em meados da década de 70 do século passado era morador do bairro de Vila Mariana. Quase octogenário, cego, casado com quem intitulava “querida noivinha, querida Norma”, bem-humorado e absolutamente temente a Deus, recebeu, em sua residência, os autores da famosa obra, que colheram relatos dos bastidores do salto, que não foram contemplados na matéria jornalística do Correio Paulistano, de 02 de novembro de 1925.
Dia 01 de Novembro de 1925. Com os ingressos vendidos, o Campo de Marte estava lotado e as Autoridades presentes! Pouco antes do horário do espetáculo, a senhorita gaulesa, por indisposição (saúde), mandou cientificar o coronel Pedro Dias de que não poderia saltar... A boa reputação e credibilidade da Força Pública estavam em xeque. A senhorita francesa colocara o coronel Pedro Dias de Campos em uma “sinuca de bico”... O que fazer?
O Comandante dirigiu-se, então, ao “Ninho das Águias da Força Pública”, no próprio Campo de Marte, na Esquadrilha de Aviação, mesmo local que se daria a proeza do salto.
Colocando os 15 Oficiais-Alunos Aviadores em linha, o coronel Pedro Dias solicitou um “voluntário” para o salto de paraquedas, que, por lógica, não apareceu. No dia anterior, pela 1ª vez tiveram contato com um paraquedas, na testagem do equipamento. Amarraram-no em um saco de areia, que fazia o papel do “homem alado”. Em seguida, jogaram-no, entretanto, o paraquedas não abriu, espatifando-se o saco no solo...
Todavia, em situações similares, sempre despontam “voluntários à moda militar...”. O Comandante Geral, coronel Pedro Dias, olhando um, olhando outro (longos segundos perfilados: suores, calafrios, movimentos peristálticos...), finalmente, parando em frente ao nosso “agraciado”, apontando a ele e dizendo: “- O Senhor saltará no lugar da faltosa...”. Pronto, estava resolvida a questão! “Santo voluntário...”, pensaram os demais aviadores na linha.
Nosso herói dirigiu-se, então, a sala reservada para vestir o macacão branco e o capacete da francesa Janette, acompanhado pelos seus irmãos de armas. Sempre muito solícitos, animavam a cobaia..., ou melhor, o paraquedista improvisado: “-Não tenha medo, coragem, Pereira Lima, não é nada, você é forte... etc.”. Os camaradas sabiam que se não fosse ele, seria um deles! Que fosse o próprio Pereira Lima, pois já estava com os paraquedas em seu corpo.
Segundo o coronel Anchieta Torres, um dos grandes pesquisadores da História da Polícia Militar, o 2º tenente Pereira Lima fora escolhido para a missão pelo coronel Pedro Dias devido a sua pequena estatura, pois o macacão branco da paraquedista francesa só serviria nele!
Decolou em uma aeronave Curtiss da Força,
biplace, de fabricação americana, pilotada por Orton Hoover, ás da aviação estadunidense, que lutara na I Guerra Mundial. Era, naquela ocasião, instrutor de voo da Esquadrilha de Aviação da Força Pública.
Ganhando altura, já com a aeronave no céu, somente o piloto, o paraquedista improvisado e D-us... É chegado o momento do clímax. Hoover fez sinal para o salto, e, com típico sotaque, declamou: “
- Lims, sarr... ta, Lims sarr... ta”. Responde o corajoso tenente Pereira Lima: “
- Seu Hoover, é comigo que o senhor está falando?” Hoover, devolve: “- Yes Lims, sarr...ta; my God!”
Nosso herói na asa da aeronave olha para baixo... Não devia tê-lo feito! Grudou- se desesperadamente na barra de ferro, que ligava os dois planos da asa, olhando ao piloto, negando com a cabeça, dizendo: ”- daqui não saio! Daqui ninguém me tira.”
Após algumas manobras mais radicais de Hoover, inclusive um “
looping”, o tenente Pereira Lima é convencido, “pela lei da gravidade”, lançando-se no “azul do firmamento”, com a abertura do paraquedas.
Entretanto, o tirante (tira de couro) da perna estava mal colocado, pois, além de não estarem familiarizados com a amarração do instrumento, os demais Oficiais-Alunos Aviadores desejavam despachar rapidamente a “encomenda aérea.” Sofreu terrível dor em sua parte íntima. Mesmo durante aquela tarde, enxergou pequenas estrelas..., ficando “fora do ar” por instantes. Para aliviar a “pressão”, “lá”, abriu as pernas durante o plainar.
Em sua “leve aterrissagem”, perfura a capota de lona de um veículo, de placa branca, estacionado próximo da área de aterrissagem, o que amenizou sua aterrissagem.
O público acabara de descobrir que o salto fora realizado por um Oficial da Força Pública. Independentemente, foi ovacionado por ele. Talvez não tenha percebido a cor do paraquedas pelo pequeno incômodo durante o voo..., mas transformara-se no 1º paraquedista brasileiro.
Ainda atordoado, ouvia “os bravos e os vivas” do público. Seus amigos, após aquele milagroso sucesso, carregaram-no nos ombros até às autoridades. No caminho, inúmeros cumprimentos, saudações, tapinhas nas costas. Nascia uma lenda!
Entretanto, a História ainda não estava encerrara. O epílogo não seria dos melhores. De canto de olho observou que seu chefe máximo, o Comandante Geral, não estava para muitos amigos. “
O corpo fala..., até grita..., e como!” Aproximando-se do coronel Pedro Dias de Campos, que tinha aqueles olhos negros e amendoados a fitá-lo, disse ao nosso herói: “
-Tenente, você saltou de perna aberta! Deveria saltar na posição de sentido! Você vai pagar o conserto da capota do meu carro, ouviu!” Finalizando a série de azares, o veículo oficial pertencia ao Coronel Pedro Dias..., mas, por gigantesca sorte, sobreviveu!
Charge do salto do Tenente Antônio Pereira Lima, o paraquedista improvisado. O tirante (tira de couro) de sua perna foi mal colocado, pois, além de não estarem familiarizados com a amarração do instrumento, os demais Oficiais-Alunos Aviadores desejavam despachar rapidamente a “encomenda aérea.” Pereira Lima sofreu terrível dor em sua parte íntima. Mesmo durante aquela tarde, enxergou pequenas estrelas..., ficando “fora do ar” por instantes. Para aliviar a “pressão”, “lá”, abriu as pernas durante o plainar.
Aviação Militar na Força Pública (atual, PMESP), da esquerda pra direita: 2° tenente João Negrão, aviador da Esquadrilha de Aviação da Força Pública Paulista; Orton W. Hoover, estadunidense, ás da aviação e combatente aéreo na I Guerra Mundial; 2º tenente Antônio Pereira Lima, aviador, na Esquadrilha de Aviação da Força Pública Paulista. Foi o paraquedista improvisado, 1º a realizar um salto na América do Sul; 2º sargento Raul Marcondes, mecânico de voo.
No ano seguinte, no dia 31 de agosto de 1926, durante a Campanha de Goiás, em perseguição à Coluna Miguel Costa- Prestes, Pereira Lima, na função de copiloto da aeronave sofreu um acidente terrível na cidade de Uberaba-MG. Permaneceu por 8 (oito) dias em coma, porém, resistiu aos graves ferimentos. A sorte era seu talismã. O piloto da aeronave, tenente Edmundo da Fonseca Chantre, não teve a mesma felicidade, morrendo no local, tornando-se o primeiro mártir da Aviação Militar Paulista.
O tenente Pereira Lima participou efetivamente na Revolução de 1930, quando, por castigo, a Aviação Militar Paulista foi extinta por Getúlio Vargas. Em 1932, durante a Revolução, no 1º BCP (hoje 1º BPChq-ROTA), mais uma vez defendeu sua Força Pública, São Paulo e o Brasil.
Após 32 anos de serviço, aposentou-se em 03 de fevereiro de 1949 no posto de tenente-coronel.
No Hospital Cruz Azul de São Paulo, no bairro do Cambuci, que tanto auxiliou em sua construção com seu “salto improvisado”, acolheu seu último suspiro em 07 de outubro de 1978, aos 79 anos.
O tenente Antônio Pereira Lima foi homenageado como patrono da Turma Aspirantes 2018, da APMBB, formandos no último mês de dezembro.
Também foi agraciado com o nome de rua, a “Coronel Antônio Pereira Lima”, no bairro de Perus, na zona norte da Capital, logradouro oficializado através do Decreto nº 17.054, de 04 de dezembro de 1980.
Agora, veterano Sr. Antônio Pereira Lima, ao lado do Eterno, pode tranquilamente contemplar o sol, o céu e as estrelas, integralmente!!!
Fontes:
ANDRADE, Euclides. DA CÂMARA, Hely F. 1931. A Força Pública de São Paulo: São Paulo: Serviço Gráfico da PMESP, p. 200-203.
FILHO, José Canavó. MELO, Edilberto de Oliveira. Asas e Glórias de São Paulo. São Paulo: IMESP, 1978, p. 53-69;
História da Cruz Azul. Disponível em:
http://www.cruzazulsp.com.br/institucio ... l3mGM_v-Lc. Acesso em: 30 out. 2019;
Jornal Correio Paulistano, São Paulo, 02 nov. 1925, p.3;
Jornal Correio Paulistano: Pensamento e Arte (Suplemento), São Paulo, 05 ago. 1956, p.9;
MARCONDES, Franco Olívio. A Aviação e o Paraquedismo. Revista Militia, São Paulo, 1954, n. 52, p. 32-34,
MELO. Edilberto de Oliveira. Clarinadas da Tabatinguera. São Paulo, 2010, p. 78-80;
SÃO PAULO (Estado). Lei n. 2.051, de 31 de dezembro de 1924. Reorganiza a Pública do Estado. Disponível em:
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/le ... hiE5IQHK3E. Acesso em: 30 out. 2019;
__________________. Lei n. 1.981, de 17 de outubro de 1924. Estabelece disposições relativas aos oficiais e praças da Força Pública, que, no recente levante militar souberam sustentar e defender as instituições fundamentais da Nação e do Estado. Disponível em
https://www.al.sp.gov.br/repositorio/le ... 2S7eRWBUtg Acesso em: 30 out. 2019;
Tenente Antônio Pereira Lima. A Força Policial. São Paulo, 2.000, n. 25, p. 1-2. Disponível em:
http://revistafpolicial.policiamilitar. ... 0SyxrqPHSk. Acesso em: 30 out. 2019;
TORRES, Anchieta. Coisas da Força Pública: Paraquedista. Revista Militia, São Paulo, 1952, n. 27, p.19-20.