Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG
Enviado: Dom Dez 22, 2013 11:37 am
Mais bastidores:
Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, o deputado Nelson Pelegrino (PT-BA), acompanhou nos últimos meses todo o processo de compra dos novos caças da Força Aérea Brasileira (FAB). O parlamentar, que viajou para conhecer de perto os projetos que disputavam o contrato, diz acreditar que, além do compartilhamento de tecnologia, o custo menor do sueco Gripen pesou na decisão anunciada nesta semana pela presidente Dilma Rousseff.
“Num momento de restrição orçamentária como o que estamos vivendo no Brasil, o preço pesou na decisão”, diz o parlamentar. Prometendo continuar acompanhando todo o processo de compra dos novos caças, ele afirma que o Brasil que qualquer uma das três propostas – além do Gripen, produzido pela Saab, estavam no páreo a francesa Dassault, com o Rafale, e a americana Boeing, com o F-18 Super Hornet. Confira a entrevista de Pelegrino ao Poder Online:
Nelson Pelegrino (Foto: Divulgação)
Nelson Pelegrino (Foto: Divulgação)
Como o senhor avaliou a decisão da presidente Dilma em favor do Gripen?
Foi uma boa decisão da presidente, que levou em conta uma série de estudos realizados nos últimos anos. Havia uma vantagem importante no que se refere ao custo desse caça. Tem menor custo de venda, menor custo de manutenção. Sem contar numa disposição de jogar para frente os primeiros pagamentos. Num momento de restrição orçamentária, como o que estamos vivendo no Brasil, o preço pesou na decisão.
O senhor acha que o preço foi a chave?
Não só. Pesou muito o compartilhamento de tecnologia. Eles estavam dispostos a abrir o código-fonte da aeronave. Sem contar que abriram a possibilidade de o Brasil participar de todo esse processo de desenvolvimento da nova geração de caças.
Essa foi a maior dificuldade para o F-18?
Havia uma restrição legal nesse caso, que até foi solucionada. A Boeing até conseguiu autorização do Congresso para compartilhar tecnologia com o Brasil. Mas eles não estavam dispostos a abrir o código-fonte, que seria um avanço importante. O argumento era o de que isso era fundamental para a segurança de voo da aeronave. Mas também fizeram uma proposta competitiva.
Ainda assim, o ex-presidente Lula preferia o Rafale. Dizia que era estratégico. O senhor acha que Dilma discordava dele ou o cenário mudou de lá para cá?
O ex-presidente Lula de fato achava que a compra dos caças deveria ser usada para fortalecer a parceria estratégica com a França. Ele achava que, como já havia o projeto do submarino, esta era a melhor saída. Mas a decisão dela foi baseada em estudos conduzidos durante todo o mandato de Lula. Não contrariou o que foi feito antes. Acho que foi uma coisa de olhar da presidente. Ela considerou mais importante diversificar nossos parceiros estratégicos, firmar uma nova parceria na área de Defesa.
O senhor avalia que a crise de espionagem americana foi importante na decisão?
Eu acredito que isso teve seu peso. Mas não acho que tenha sido determinante. Foi uma escolha técnica, que levou em conta critérios estratégicos para o país. Ainda assim, qualquer uma das três propostas teria sido positiva para o Brasil. São todos bons projetos. De qualquer forma, nós vamos continuar acompanhando todo esse processo.
Presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, o deputado Nelson Pelegrino (PT-BA), acompanhou nos últimos meses todo o processo de compra dos novos caças da Força Aérea Brasileira (FAB). O parlamentar, que viajou para conhecer de perto os projetos que disputavam o contrato, diz acreditar que, além do compartilhamento de tecnologia, o custo menor do sueco Gripen pesou na decisão anunciada nesta semana pela presidente Dilma Rousseff.
“Num momento de restrição orçamentária como o que estamos vivendo no Brasil, o preço pesou na decisão”, diz o parlamentar. Prometendo continuar acompanhando todo o processo de compra dos novos caças, ele afirma que o Brasil que qualquer uma das três propostas – além do Gripen, produzido pela Saab, estavam no páreo a francesa Dassault, com o Rafale, e a americana Boeing, com o F-18 Super Hornet. Confira a entrevista de Pelegrino ao Poder Online:
Nelson Pelegrino (Foto: Divulgação)
Nelson Pelegrino (Foto: Divulgação)
Como o senhor avaliou a decisão da presidente Dilma em favor do Gripen?
Foi uma boa decisão da presidente, que levou em conta uma série de estudos realizados nos últimos anos. Havia uma vantagem importante no que se refere ao custo desse caça. Tem menor custo de venda, menor custo de manutenção. Sem contar numa disposição de jogar para frente os primeiros pagamentos. Num momento de restrição orçamentária, como o que estamos vivendo no Brasil, o preço pesou na decisão.
O senhor acha que o preço foi a chave?
Não só. Pesou muito o compartilhamento de tecnologia. Eles estavam dispostos a abrir o código-fonte da aeronave. Sem contar que abriram a possibilidade de o Brasil participar de todo esse processo de desenvolvimento da nova geração de caças.
Essa foi a maior dificuldade para o F-18?
Havia uma restrição legal nesse caso, que até foi solucionada. A Boeing até conseguiu autorização do Congresso para compartilhar tecnologia com o Brasil. Mas eles não estavam dispostos a abrir o código-fonte, que seria um avanço importante. O argumento era o de que isso era fundamental para a segurança de voo da aeronave. Mas também fizeram uma proposta competitiva.
Ainda assim, o ex-presidente Lula preferia o Rafale. Dizia que era estratégico. O senhor acha que Dilma discordava dele ou o cenário mudou de lá para cá?
O ex-presidente Lula de fato achava que a compra dos caças deveria ser usada para fortalecer a parceria estratégica com a França. Ele achava que, como já havia o projeto do submarino, esta era a melhor saída. Mas a decisão dela foi baseada em estudos conduzidos durante todo o mandato de Lula. Não contrariou o que foi feito antes. Acho que foi uma coisa de olhar da presidente. Ela considerou mais importante diversificar nossos parceiros estratégicos, firmar uma nova parceria na área de Defesa.
O senhor avalia que a crise de espionagem americana foi importante na decisão?
Eu acredito que isso teve seu peso. Mas não acho que tenha sido determinante. Foi uma escolha técnica, que levou em conta critérios estratégicos para o país. Ainda assim, qualquer uma das três propostas teria sido positiva para o Brasil. São todos bons projetos. De qualquer forma, nós vamos continuar acompanhando todo esse processo.