LeandroGCard escreveu:
Minha opinião pessoal é que deveríamos ter mesmo ido de SU-35, mas não pelo avião em si e sim dentro de um "pacote" bem mais amplo que incluísse a produção de componentes específicos aqui (principalmente o motor) e apoio no desenvolvimento de um caça nacional, um "mini-PAK" monoturbina na categoria do F-35 que a Rússia não irá desenvolver tão cedo, se é que irá algum dia. Mas isso era apenas um sonho meu, nunca acreditei de verdade que o Brasil estivesse pronto para algo do tipo politicamente falando (tecnicamente estamos sim, mas isto é irrelevante).
Não sei Leandro, o que você descreve para mim é praticamente o NG!
Mas falando serio, primeiro teriamos que ter essa oferta dos russos; principalmente do motor.
Segundo seria algo bem maior que o F-X, pois teriamos que nos adaptar e mudar totalmente toda uma cadeia logistica e de manutenção baseada em uma filosofia para outra completamente diferente. E isto não é melindre ou preconceito: um é completamente diferente do outro!
Teriamos que mudar nosso ferramental, nossas bancadas e treinar nosso pessoal; e partindo da experiencia com o pessoal do MI-35 isso levaria uma eternidade.
E como seria com o restante da frota?
Ou colocariamos tudo com os russos a abraçariamos a causa em prol de uma independencia tecnologica bancada por eles?
Supondo então que fizessemos tudo isso, ai vem a parte mais complicada que você bate tanto na tecla: como ganhar o apoio do empresariado ( e consequentemente o politico) para tal empreitada?
Não existe a MINIMA chance de quem ganhar não ceder algo a EMBRAER, e ela que tambem não é boba já deve saber de antemão o que precisa.
O que será então que a Shukoi, concorrente direta da EMBRAER, iria achar disso?
E digo concorrente direta porque eles já perceberam que focar so no mercado de Defesa é furada, quem mantem a roda girando é o mercado civil.
O de Defesa de vez em quando lhe paga um premio de loteria, mas não garante continuidade.
E o que será que a EMBRAER acharia de entrar em uma empreitada dessas, em uma aeronave que certamente não vai ter mercado para que ela explore haja vista que certamente a produção seria para nós e não para terceiros.
Ou você acha que o russo ia deixar de produzir lá para que nos o fizessmos aqui? Duvido.
E mesmo que fizessemos, acho que o mercado de EMBRAER deveria ser mais focado em algo mais leve e barato, para competir com F-16 e MIG-21 usado nos paises perifericos; disputar mercado de gente grande eu acho que seria burradapois o retorno seria dificl e talvez a vitoria não valesse a pena.
Vale lembrar que o maior mercado hoje da EMBRAER é o domestico norte-americano.
Então para mim, por incrivel que parece, parece que faz mais sentido que o NG tenha mais força com o empresariado do que o SU.
E olha que eu nem citei o END, onde se faz entender que o vetor do F-X será o mesmo da FAB e da MB ( pagina 22, finalzinho do ultimo paragrafo); já que para mim esse deve ser o mais proximo de "
desenvolver um avião versátil, de defesa e ataque, que maximize o potencial aéreo defensivo e ofensivo da Força Naval" que teremos nos proximos 15/20 anos.
E por mais estapafurdio que possa parecer um NG-naval, pelo menos essa propaganda existe!
Do SU-35 nem isso, e mesmo que houvesse provavelmente seria para ser operado com ausencia de catapulta, algo que não sei se atenderia aos propositos da MB.
Ninguem,além de mim, achou coincidencia o fato de que os 3 da short-list poderem operar naval ( mesmo que no papel), e a enfase da SAAB nessa possibilidade nos ultimos tempos?
ps: voce é familiar com a Analise Hierarquica de Processos em gerencia?