TÓPICO OFICIAL DO FX-2: GRIPEN NG

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Qual o caça ideal para o FX?

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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#69256 Mensagem por osolamaalua » Qui Abr 04, 2013 7:07 pm

Srs, boa noite, leiam o discurso de despedida do presidente da Copac no site aereo.jor.br, antes que o tirem do ar, ele provavelmente responde muito do que os senhores perguntam ainda do por que não existe o F-X.
Quanto ao debate estabelecido nomomento, as Forças Armadas não existem só para defesa externa e sim elas sao um pilar fundamental do poder político de uma Nação. Vejam a Suíça que com toda sua neutralidade tem Forças Armadas, e diga-se de passagem bem equipadas e treinadas. Logo o foco de nossas Forças Armadas não pode ser o País A, B ou C e sim, aquilo que a sociedade precisa.




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Penguin
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#69257 Mensagem por Penguin » Qui Abr 04, 2013 7:19 pm

Discurso de despedida da COPAC
4 de abril de 2013, em Divulgação, Força Aérea Brasileira, por Alexandre Galante
http://www.aereo.jor.br/2013/04/04/disc ... -da-copac/


Maj Brig Ar Carlos de Almeida Baptista Jr


Como já tive oportunidade de colocar aos meus comandados da COPAC, tenho uma admiração especial por um poema do mestre Carlos Drummond de Andrade – cortar o tempo – no qual ele registra seu respeito por quem “anualizou” o tempo. Ensina-nos o poeta que o período de um ano nos leva ao limite da exaustão, sendo suficiente para qualquer ser humano se cansar e entregar os pontos. Entretanto, é nesta hora, em que mais um ciclo anual se completa, que ocorre o milagre da renovação e tudo começa outra vez, com outro número e outra vontade de acreditar que daqui pra diante vai ser diferente. É a esperança se renovando.

Neste 4 de abril, ao completar exatos dois anos da minha assunção como presidente da COPAC, não haverá outro número para simbolizar este novo ciclo… Pelo menos pra mim, nesta posição.
Mas um novo período estará sim começando, dentro de poucos minutos, sob a liderança, a experiência e as convicções do brigadeiro Crepaldi, oficial que reuniu, nos seus onze anos como membro desta comissão, todas as condições técnicas e de personalidade para a desafiadora missão de presidi-la. Parabéns, amigo. Que não lhe falte sabedoria para as decisões difíceis, saúde em todos os momentos e os recursos necessários para o cumprimento das atribuições. Seja muito feliz neste novo período de sua vida, juntamente com seus familiares. Conte sempre comigo.
Voltando à questão do tempo, preciso voltar no tempo e agradecer, mesmo que brevemente, para respeitar o tempo, àqueles que me apoiaram nesta difícil e empolgante tarefa.

Tenente Brigadeiro Saito – além do permanente apoio, de suas orientações e total confiança no meu trabalho, agradeço pela amizade pessoal com que fomos distinguidos, eu e minha família, em mais este período. Por diversas vezes o senhor compartilhou comigo seus pontos-de-vista, estratégias e apreensões sobre diversos assuntos da Força, e isto me facilitou na escolha dos melhores caminhos e na superação dos obstáculos acerca dos projetos a cargo da COPAC. Obrigado comandante, por tudo que recebi do senhor nestes dois anos, e que tenho certeza não me faltará como comandante do Comando de Defesa Aeroespacial Brasileiro.

Com a mesma gratidão, registro meus agradecimentos ao Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Azevedo, igualmente decisivo nas vitórias da COPAC neste período do meu comando. A experiência em diversas áreas, inclusive como presidente da COPAC por mais de três anos e meio, a capacidade de v. Exa. para escutar a todos, ponderar e emitir as diretrizes mais adequadas são uma escola permanente para todos nós, líderes e liderados que temos o privilégio do seu convívio. Muito obrigado pelo seu apoio, como Secretário de Economia e Finanças da Aeronáutica, chefe do EMAER e meu amigo.

Ao meu comandante direto, Tenente-Brigadeiro Pohlmann, Diretor-Geral de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, agradeço pela compreensão sobre minhas limitações e excessos, e pelo fácil relacionamento pessoal. Entendo não ser fácil, comandante, ter nesta estrutura tão hierarquizada uma organização militar como a COPAC, que exige, para o bom cumprimento de sua missão, o desenvolvimento e manutenção de relações que em muito extrapolam esta cadeia hierárquica. Neste sentido, sua confiança no meu trabalho veio através do seu envolvimento nas questões realmente relevantes, deixando-me exercer, na plenitude, este comando. Muito obrigado.

Neste ponto, aproveito para agradecer, também, a todos os homens e mulheres da estrutura organizacional do DCTA, sem os quais nossa missão não pode ser cumprida.

A todos os integrantes dos órgãos de direção geral, setorial e de assessoria do Comando da Aeronáutica, deixo meu reconhecimento pelos esforços que uma organização como a COPAC exige. Sem seus apoios, não teríamos os recursos pessoais e materiais, a capacitação profissional indispensável ao nosso efetivo, as orientações logísticas, técnicas e operacionais a serem consideradas nos sistemas sob nossa responsabilidade. Sem cada um dos apoios que recebemos dos senhores e senhoras, não teríamos realizado nossa missão. Muito obrigado.

Da mesma forma, deixo aqui registrado meu agradecimento a todos os órgãos, públicos e privados, que apoiaram o cumprimento da nossa missão. Somos parte de uma corrente, trabalhando por uma Força Aérea e um Brasil mais forte e seguro.

Fazendo parte integrante desta estrutura de desenvolvimento, aquisição e implantação de sistemas para o comando da Aeronáutica, ocupa lugar especial a Indústria de Defesa, constituída por diversas empresas com as quais trabalhamos rotineiramente, muitas delas representadas nesta solenidade. A vocês dedico meus agradecimentos pela cordialidade, sentido de parceria e profissionalismo. A vocês, também, peço que me acompanhem em uma reflexão.

Desde sua criação, a Força Aérea Brasileira identificou a necessidade de dispor de uma indústria aeronáutica forte, instalada no Brasil e suportada por uma estrutura de formação e aperfeiçoamento autóctone. Nesse sentido, estabelecemos parcerias, priorizamos nossos recursos e verificamos com orgulho seus resultados. Temos em cada uma das empresas verdadeiras parceiras, e esperamos tê-las conosco por longo prazo.

Em que pese seus objetivos passarem por expressões como ativos, passivos, margem de lucro, ebitda etc e nós preferirmos outras tais como capacidade operacional, pkill, sobrevivência, ecp, nossa parceira não sobreviverá ser não for estabelecida e mantida uma relação ganha-ganha, que jamais despreze que é a necessidade operacional a origem da aplicação dos recursos que nos são disponibilizados.

A guisa de exemplo identifico, com tristeza e preocupação, que as possibilidades de transferência de tecnologia para nossa indústria – verdadeiras ou não, praticáveis ou inviáveis – assumiram posição de destaque no processo de seleção do projeto F-X2, e que em muito contribuíram para que a decisão final ainda não tenha sido tomada, e que a necessidade operacional ainda não tenha sido atendida.

Já como comandante da Defesa Aeroespacial do Brasil, cargo que assumi há três dias, ratifico a importância de priorização deste tema, não apenas por vislumbrar os grandes eventos que ocorrerão em nosso país, mas por julgar que nosso povo merece um adequado nível de segurança, todos os dias, independente do que uma competição esportiva possa significar de exposição ou de ameaça.

De forma alguma, registro esta minha opinião para culpar a indústria pela não decisão sobre o projeto F-X2, mas apenas para enfatizar que é a falta de uma capacidade operacional, e não qualquer outro aspecto, o ponto fulcral do problema. A capacidade será trazida por um sistema de armas, e todo o resto, inclusive lucro e transferência de tecnologia, serão consequências.

Meus amigos e amigas
Em minhas passagens de cargo anteriores, muitos dos senhores e senhoras testemunharam algumas figuras de linguagem que usei para me dirigir à minha família. Lembro-me, com destaque, da escalada de uma montanha, e mesmo de ter enfatizado para eles que somos os únicos profissionais que seguidamente pedimos desculpas pelas ausências do lar, mas que jamais prometemos mudar este comportamento.

Na passagem de hoje, entretanto, este aspecto familiar não me soa tão lúdico, embora meu sentimento de agradecimento à Cristiane, Priscilla e Bruno seja talvez o mais forte já vivido.

Em toda minha vida profissional, a proteção de minha mulher e filhos foi para mim um norte. A exemplo do que nutro por meus pais, esforço-me para que eles tenham no meu comportamento um farol que os leve a um futuro vitorioso e feliz, com base na ética e na honestidade.

Infelizmente, nesta passagem como presidente da COPAC não me foi possível mantê-los afastados de meus problemas profissionais. Possivelmente não acreditando que haja alguém capaz de executar mais de três bilhões de reais, em dois anos, sem se beneficiar disto, um mau profissional é capaz de calúnias e difamações. Talvez ele, acostumado com as notícias que semanalmente vê publicadas, desconheça que é possível gerir recursos com probidade e responsabilidade. Aqui, nesta instituição militar, temos muitos exemplos.
Cristiane, Priscilla e Bruno – mais uma vez obrigado pelo apoio e por terem aceito o alto preço para que eu continuasse nesta missão, até o final. Quando não mais conseguirem, jamais duvidem da minha prioridade: será hora de partirmos para nossa próxima montanha. Amo vocês.

Meus comandados
É tempo de partir. É tempo de deixá-los, embora um pedaço meu fique aqui… E um pedaço de cada um de vocês parta comigo.

Nestes dois anos aprendi muito: gestão de projetos sim – foram vinte e dois; de recursos também – mais de três bilhões de reais pagos. Mas aprendi, mesmo, foi gerir pessoas competentes e conhecimentos acumulados nos nossos corredores, em cada processo administrativo, em cada seleção de fornecedores, em todos os recebimentos de etapas e em cada linha dos documentos que vocês produziram.

Aprendi que a COPAC é respeitada por todos, nacional e internacionalmente, pelo alto grau de comprometimento e profissionalismo de cada um de seus membros, de hoje e do passado.

Aprendi que a perfeição é um objetivo permanente desta organização militar, que a humildade não impede o sucesso continuado e que neste lugar todos os princípios da administração pública são observados e respeitados.

Aprendi, nas palavras da nossa consultora jurídica-adjunta – minha querida amiga Dra. Jurema, que a confiança na competência da COPAC foi construída com muita dedicação de todos que aqui trabalharam.

Aprendi com meu vice-presidente e amigo, Coronel Paulo Henrique, que somos constituídos por “gente que faz”, e que não importa o limão que tenhamos em mãos, faremos uma deliciosa limonada.

Foi uma honra e um privilégio ter sido seu comandante.

Finalmente, e com a certeza de que vocês prestarão ao Brigadeiro Crepaldi a mesma consideração, apoio e amizade que me emprestaram, deixo, nesta minha última ordem do dia, meu desejo de que sejam muito felizes.
Muito obrigado.

Brasília, 4 de abril de 2013.

Maj-Brig-Ar Carlos de Almeida Baptista Junior
Presidente da COPAC - Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate


Leia mais (Read More): Discurso de despedida da COPAC | Poder Aéreo - Informação e Discussão sobre Aviação Militar e Civil




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#69258 Mensagem por Vinicius Pimenta » Qui Abr 04, 2013 7:40 pm

Aplausos de pé.
"A guisa de exemplo identifico, com tristeza e preocupação, que as possibilidades de transferência de tecnologia para nossa indústria – verdadeiras ou não, praticáveis ou inviáveis – assumiram posição de destaque no processo de seleção do projeto F-X2, e que em muito contribuíram para que a decisão final ainda não tenha sido tomada, e que a necessidade operacional ainda não tenha sido atendida.

Já como comandante da Defesa Aeroespacial do Brasil, cargo que assumi há três dias, ratifico a importância de priorização deste tema, não apenas por vislumbrar os grandes eventos que ocorrerão em nosso país, mas por julgar que nosso povo merece um adequado nível de segurança, todos os dias, independente do que uma competição esportiva possa significar de exposição ou de ameaça."




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#69259 Mensagem por Justin Case » Qui Abr 04, 2013 8:00 pm

Amigos,

Eu particularmente não concordo.

Todas as alternativas contemplavam o fornecimento de aeronaves com plena capacidade operacional.
Em nenhum momento essa capacidade foi diminuída para colocar requisitos industriais ou de transferência de tecnologia.
Além disso, o resultado tecnológico e industrial torna o elevado custo do projeto muito mais aceitável para a Sociedade do que uma simples compra "de prateleira" para a FAB.
No meu entender, a maior problema do Projeto é a falta de coragem para a tomada de decisão.
Abraços,

Justin




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#69260 Mensagem por knigh7 » Qui Abr 04, 2013 8:09 pm

Vinicius Pimenta escreveu:Aplausos de pé.
"A guisa de exemplo identifico, com tristeza e preocupação, que as possibilidades de transferência de tecnologia para nossa indústria – verdadeiras ou não, praticáveis ou inviáveis – assumiram posição de destaque no processo de seleção do projeto F-X2, e que em muito contribuíram para que a decisão final ainda não tenha sido tomada, e que a necessidade operacional ainda não tenha sido atendida.

Já como comandante da Defesa Aeroespacial do Brasil, cargo que assumi há três dias, ratifico a importância de priorização deste tema, não apenas por vislumbrar os grandes eventos que ocorrerão em nosso país, mas por julgar que nosso povo merece um adequado nível de segurança, todos os dias, independente do que uma competição esportiva possa significar de exposição ou de ameaça."

Eu era um dos que falavam sobre o excessivo peso das ToTs que passaram a figurar no processo em detrimento da capacidade operacional.

Taí, o próprio chefe da organização que avaliou dizendo...

Aliás, foi promovido a Comandante da Defesa Aeroespacial...

O chefe da COPAC antecessor dele, fora promovido também a Major Brigadeiro.

E tem um certo "jornalista especializado em defesa" que postava até pouco em fóruns e é seguido por muitos, que afirmava "divisão interna na FAB", "divergências entre Alto Comando e COPAC", etc. Putz...
O tempo é o senhor da razão.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#69261 Mensagem por Andre Correa » Qui Abr 04, 2013 8:32 pm

Demartino escreveu:Caros, sou criança pequena aqui falando a respeito de defesa comparado aos nobres colegas, mas falaram ai que seria muito facil subjulgar o Brasil através de um ataque em pontos vitais etc etc. Concordo que o poder dos EUA é infinitamente superior a qualquer um principalmente com relação a nós, daí a imaginar que o povo brasileiro se envergaria a isso, vai uma distância muito grande. Estamos num país que nunca passou por algo desse tipo e toc toc toc espero que continuemos assim para todo o sempre. São nessas situações que iriamos ver de fato a reação do povo brasileiro. Falam em diferenças culturais entre os brasileiros, mas a nossa diversidade cultural é fichinha perto de países como Irã, Iraque etc. Lá sim existem diferenças quase como água e vinho. Aqui existem diferenças mas não dá nem para comparar. Como alguém ai em cima disse é muito mais facil dominar o Brasil de forma sutil e com inteligência, coisa que eles já fazem hoje, do que querer entrar num confronto que todos sabem como começa, como já descrito ai em cima, mas ninguém sabe de fato como ele terminaria. Enfim, são pontos de vista diversos, mas imaginar um ataque de uma nação como os EUA é ir muito longe e viajar demais na maionese, pelo menos num horizonte a medio prazo!
Detalhe, viajei a Cuba a um tempo atrás e como gosto de história, tentei conversar com o maximo de cubanos possivel e as duas perguntas que eu mais fiz foram: O que vocês acham do Fidel Castro? Mais ou menos metade dos que eu perguntei acham que ele já deveria ter largado o osso e o regime ter sido relaxado. A segunda pergunta que eu fiz: O que vocês acham dos Estados Unidos e os Americanos? foi uma unanimidade, todos os cubanos com quem conversei, odeiam os americanos e diziam em auto e bom som, morreriam para defender sua patria contra os americanos. Esse sentimento nasceu sim com a revolução e a "loucura" comunista, mas ela se acirrou muito mais com a guerra na Bahia dos porcos!
Contei isso tudo ai porque? Porque o sentimento nacionalista do brasileiro no meu ponto de vista é um sentimento adormecido, podem acreditar que isso mudaria da agua para o vinho a algum pais tentasse nos subjulgar! Pelo menos é o sentimento que tenho, o que vcs acham? concordam com essa tese?
O "povo Brasileiro" iria fazer o que contra a USN, por exemplo? Sair a nado até alto mar, subir nos navios, e quebrar o pau com os gringos?

Não dá para comparar a mentalidade do povo lá no Medio Oriente, que é totalmente alienado por uma religião, transformada por mentes maldosas e sem escrúpulos, em uma "causa" para o extremismo, e onde se troca uma garrafa de água por uma AK-47, com o Brasil, que é dividido entre várias religiões, mas, ainda, sem extremismos, e que não está acostumado as mazelas de uma guerra sem fim, e com tantas restrições às armas para os civis.

O que eu expliquei, e que estão a distorcer maldosamente, e a destilar baboseiras em cima disso, é que apenas a USN seria capaz de subjulgar o Brasil todo, com nem metade de todo seu poder bélico, demostrando o quanto estamos deprotegidos. Falo de 2 países com territórios quase que do mesmo tamanho, com a mesma idade, mas com muitas diferenças nas capacidades, apesar das suas diferentes origens históricas.

O Brasil tem 7.491km de costa, segundo o Word FactBook, enquanto que os EUA tem 19.924km, o que justifica uma Marinha maior, e como tem territórios distantes do principal, como Alasca, Hawaii e Guam, precisa de mais meios para se deslocar, fora a necessidade de exercer a sua presença em diferentes partes do mundo, onde possui interesses econômicos, mas mesmo assim, é de uma discrepância absurda. Tal como disse, podem exercer a velha diplomacia das 90.000t, ou melhor, das 270.000t (3 NAes) e os Ohio, e subjulgar o país de modo a aceitar os termos ou rendição, ou, sofrer serissimas baixas, sem que seja necessário incursões terrestres.

Agora, citei isso apenas para demonstrar a fraqueza do Brasil contra uma superpotência, sem levar em conta todos aspectos diplomáticos e políticos. É ÓBVIO que no mundo real existem mil barreiras entre o que vivemos hoje, para esse cenário apocalíptico que citei (apenas como exercício). Os EUA não teriam porque ir assim, num ataque frontal e directo, contra o Brasil, já que são aliados e parceiros comerciais e militar.

Mas, quando falamos em re-armar nossas FFAA, não podemos nos nivelar por baixo. Não podemos pensar em montar uma força capaz de deter o Uruguai, ou o Paraguai. O Brasil sonha em fazer parte das principais potênciais mundiais, quer até ir lá dar palpite permanentemente no CS da ONU, e para isso, tem que se preparar para todo tipo de ameaça, ou seja, para pelo menos defender-se de países semelhantes, e dissuadir países mais fortes, mostrando que, pode até não ser capaz de ganhar um confronto directo, mas sim que daria um trabalho absurdo, a ponto de que, um ataque causaria mais perdas do que ganhos, e que a nossa política interna não está a mercê de interesses externos, pois se as vias diplomáticas se esgotarem, estamos preparados para, pelo menos, dar muito trabalho.

É para isso que serve o PROSUB, PROSUPER e o PRONAE na MB, tal como o FX-2 e KC-390 para FAB. Não são para irmos lá atacar os EUA, Rússia ou China, mas sim para que, países com forças tão vastas, sintam que não possam nos subjulgar, politicamente, ou militarmente, com pouco esforço. Não adianta nada ter quase 200 milhões de habitantes, que nunca sofreram com Guerra, como sofreu o povo la no Medio Oriente, ou que sofreu nas mãos de um ditator como Fidel Castro, que preferia ver seu povo amargurar a desistir de seus ideais, mais do que ultrapassados, e que, com punhos de ferro, propagavam uma lavagem cerebral, ou indocrinação, como no caso da Coreia do Norte, se, ao menor sinal de um conflito, ou fugiriam, ou não teriam como lutar, visto que somos um país bem desarmado, no que toca aos civis, e com pouquíssimo conhecimento técnico sobre táticas militares, ou sobre qualquer assunto militar na maioria dos civis, em relação a grandes países, que, ou já estiveram envolvidos em conflitos de larga escala recentemente, ou participam activamente em algum.

Viu como é fácil perceber o que eu quis dizer por detrás da maneira fácil que citei a subjulgação do Brasil perante a unicamente uma força norte-americana?

[009]




Audaces Fortuna Iuvat
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#69262 Mensagem por Carlos Lima » Qui Abr 04, 2013 8:43 pm

Eu honestamente não gostei desse comentário do Brigadeiro.

No meu entender faz parte da "necessidade operacional ser atendida" viabilizar a industria local a suportar o projeto.

TOTs são um instrument disso.

O próprio F-5 é um projeto que é exemplo disso, afinal se o PAMA não tivesse recebido tudo o que recebeu por conta da encomenda que fizemos inicialmente e a possibildade de encomendarmos mais lotes, nem os F-5 que vieram com areia e empenados e depenados dos EUA estariam voando hoje, o que dirá o F-5M.

Mas sem dúvidas esse discurso explica muita coisa infelizmente.

[]s
CB_Lima




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#69263 Mensagem por osolamaalua » Qui Abr 04, 2013 8:57 pm

Infelizmente esse discurso é a constatação de que a vontade política, nunca explicada, prevaleceu. Infelizmente o quesito técnico nao pesou. Com certeza a FAB esta chegando no seu limite de escolha por ter capacidade de fazer ou não. E esses @$)&)& do PT ainda nao emtenderam




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#69264 Mensagem por FCarvalho » Qui Abr 04, 2013 9:21 pm

Algum dia eles quiseram? :? :(

abs.




Carpe Diem
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#69265 Mensagem por cassiosemasas » Qui Abr 04, 2013 9:27 pm

eles não precisam invadir, pelo menos por enquanto!!! :evil: :evil: :evil: :evil:




...
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#69266 Mensagem por NovaTO » Qui Abr 04, 2013 9:31 pm

Vinicius Pimenta escreveu:Aplausos de pé.
"A guisa de exemplo identifico, com tristeza e preocupação, que as possibilidades de transferência de tecnologia para nossa indústria – verdadeiras ou não, praticáveis ou inviáveis – assumiram posição de destaque no processo de seleção do projeto F-X2, e que em muito contribuíram para que a decisão final ainda não tenha sido tomada, e que a necessidade operacional ainda não tenha sido atendida.

Já como comandante da Defesa Aeroespacial do Brasil, cargo que assumi há três dias, ratifico a importância de priorização deste tema, não apenas por vislumbrar os grandes eventos que ocorrerão em nosso país, mas por julgar que nosso povo merece um adequado nível de segurança, todos os dias, independente do que uma competição esportiva possa significar de exposição ou de ameaça."

[X2]




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#69267 Mensagem por Paisano » Qui Abr 04, 2013 9:38 pm

osolamaalua escreveu:Infelizmente esse discurso é a constatação de que a vontade política, nunca explicada, prevaleceu. Infelizmente o quesito técnico nao pesou. Com certeza a FAB esta chegando no seu limite de escolha por ter capacidade de fazer ou não. E esses @$)&)& do PT ainda nao emtenderam
A escolha final sempre será política.

A parte técnica terminou na definição da tal short list, onde a FAB diz, de forma expressa, ao GF que os escolhidos estão dentro dos parâmetros técnicos exigidos, ou nas palavras do Brigadeiro Saito: "pelos aspectos técnicos, todas as três propostas satisfazem".

Portanto, um pouco de calma e canja de galinha não fazem mal a ninguém.




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#69268 Mensagem por NovaTO » Qui Abr 04, 2013 9:49 pm

LeandroGCard escreveu:Concluindo,

Segundo os amigos mais otimistas, só quem pode nos atacar são os EUA, que jamais em nenhuma hipótese fariam isso.

Assim sendo, porque afinal de contas ainda temos FA's, e gastamos bilhões com elas? Porque alguns fivam até com raiva da inépcia de nossos governantes em manter tais FA's bem equipadas e operacionais? Porque reclamam da não decisão do FX, se já temos suficientes ST's para perseguir traficantes e contrabandistas nas fronteiras (e se não temos, vamos esquecer os caças avançados do FX e comprar mais ST's). Porque não abrimos um tópico específico para condenar o enorme desperdício de dinheiro que é o PROSUB, outro com protestos para que o PROSUP nem comece, e outro ainda para criticar os gastos inúteis no desenvolvimento dos mísseis que estamos fazendo?

E porque cargas d`água eu estou participando de um fórum sobre defesa, quando no máximo deveríamos estar discutindo sobre a polícia?!?!?


Leandro G. Card

Caro Leandro G. Card,

Na minha visão, claro que por mais remota e improvável que seja, existe uma possibilidade de ataque militar por parte dos EUA. E se isso acontecesse, provavelmente não poderíamos fazer muita coisa. Por outro lado, afinal, somos a 6ª economia do mundo. E na América Latina / Atlântico Sul temos alguma influência. Pequena mas temos. E temos sim nações parceiras e amigas. Mas que um dia podem não ser tão amigas assim. :)

Ou seja, no meu entender devemos ter um poder de defesa/dissuasão suficiente para:

-> Ser respeitado dentro do próprio continente e pelas nações que são banhadas pelo Atlântico Sul.
-> E porque não ser respeitado pelas grandes potências militares, por saber que aquela região não está entregue às moscas.

Em resumo, devemos ter forças bem equipadas, bem treinadas, e capazes de responder à qualquer sinal de tensão na região. E porque não, uma capacidade expedicionária residual, seja belicosa ou para missões de paz.


[]'s




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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#69269 Mensagem por Sabre » Qui Abr 04, 2013 9:52 pm

Justin Case escreveu:Amigos,

Eu particularmente não concordo.

Todas as alternativas contemplavam o fornecimento de aeronaves com plena capacidade operacional.
Em nenhum momento essa capacidade foi diminuída para colocar requisitos industriais ou de transferência de tecnologia.
Além disso, o resultado tecnológico e industrial torna o elevado custo do projeto muito mais aceitável para a Sociedade do que uma simples compra "de prateleira" para a FAB.
No meu entender, a maior problema do Projeto é a falta de coragem para a tomada de decisão.
Abraços,

Justin
Boa noite Justin,
Não consegui entender com o quê você não concorda.
Em momento algum o Brigadeiro disse que a exigência de requisitos industriais e de transferência de tecnologia diminuíram as exigências operacionais.
Também não defendeu uma compra “de prateleira”.
Você, mais do que qualquer outro nesse fórum, sabe que a Copac sempre colocou a capacitação do parque industrial aeroespacial brasileiro como prioridade nas suas decisões. Vide o programa que deu origem àquela organização – AM-X – que sempre foi criticado por priorizar os aspectos industriais e tecnológicos em detrimento da operacionalidade da Força.
Cito: “Desde sua criação, a Força Aérea Brasileira identificou a necessidade de dispor de uma indústria aeronáutica forte, instalada no Brasil e suportada por uma estrutura de formação e aperfeiçoamento autóctone. Nesse sentido, estabelecemos parcerias, priorizamos nossos recursos e verificamos com orgulho seus resultados. Temos em cada uma das empresas verdadeiras parceiras, e esperamos tê-las conosco por longo prazo”.
Também fez questão de “inocentar” as indústrias pela demora da decisão.
Cito: “De forma alguma, registro esta minha opinião para culpar a indústria pela não decisão sobre o projeto F-X2”.
Na minha avaliação o ponto principal do seu pronunciamento foi esse: “enfatizar que é a falta de uma capacidade operacional, e não qualquer outro aspecto, o ponto fulcral do problema. A capacidade será trazida por um sistema de armas, e todo o resto, inclusive lucro e transferência de tecnologia, serão consequências”.
Resumindoo que entendi: O problema da FAB é a ausência de uma capacidade operacional. A transferência de tecnologia deveria ser uma consequência natural e não a prioridade absoluta do Programa F-X2.
O que talvez incomode é o fato de que a Copac, como nenhuma outra organização do Governo Brasileiro, sabe distinguir a transferência de tecnologia com utilidade para a indústria brasileira das promessas falaciosas e enganadoras que tanto seduzem os incautos e ingênuos e também, paradoxalmente, os vivos e espertos.
Infelizmente muitos, que não é o seu caso, porque conhece muito bem a estrutura, a cultura e as pessoas que trabalham na Copac, interpretam, de acordo com suas torcidas e interesses pessoais, as palavras sérias e honestas de uma pessoa totalmente compromissada com a operacionalidade da FAB e a com o progresso da indústria brasileira.
Sabre




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cassiosemasas
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Re: TÓPICO OFICIAL DO FX-2

#69270 Mensagem por cassiosemasas » Qui Abr 04, 2013 9:55 pm

se a decisão não saiu ainda, penso eu que a falta disso não seja somente politica, temos inteligencia trabalhando, e qualquer país que se preze não toma decisão sem o aval da inteligencia....então como escreveu o "Paisano";
um pouco de calma e canja de galinha não fazem mal a ninguém.




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