Carlos Lima escreveu:
Temos ainda a questão 'histórica' aonde eu já ouvi de muita gente boa que diz que existe uma certa 'disputa' entre os esquadrões 'USAF' e o pessoal que aprendeu os príncipios via ALADA na década de 70 embolando aí no meio com o pessoal 'pró-industria' (Embraer).
Em todos esses grupos tem sempre o pessoal radical para um e para outro e daí surgem as piadas e brincadeiras na parte mais branda, e as fofocas e as 'fuentes' que sabem o que cada um pensa e as preferências 'gerais' e que na parte mais nociva são responsáveis por até vazamento de infos e afins.
Se esse racioncinio estivesse correto, onde estaria, por exemplo o "embate" entre F-18 e Gripen na FAB, de fontes, ou supostas fontes?
Se vc observar as supostas notícias vazadas, excetuando o Pepê
e os ligados a ele, que trabalharam com ele (Claudio Dantas, Denise Rothemburg), onde que se observa supostas disputas internas entre F-18 e Gripen?
Pode-se citar como exemplo a série de denúncias da Folha de São Paulo de 2010. Durante toda aquela sequência de matérias sobre o relatório vazado (o assunto no jornal durou meses), onde eles apontaram problemas na proposta do F-18??Aliás, foi algo curioso, pois se é para apontar o melhor avaliado, deveriam criticar também o f-18, e não somente o Rafale. O que não ocorreu. E não é raro a FAB lançar notas de repúdio a reportagens. Mas no caso, a Força não lançou nenhuma.
E o que me espantou foi um oficial da reserva, lá no Sul, ter cantado a bola sobre o vazamento 2 semanas antes da coisa vir a tona...o cara nem é da ativa, nem está em Brasilia e sabia...
Então a questão na short-list estava muito mais em NÃO preferir uma das aeronaves, que era a candidata do Governo. Talvez ela nem estivesse na short-list se não fosse por ele....
Carlos Lima escreveu:
O que todas essas partes que dizem saber de tudo se esquecem é que o Brasil tem "por um acaso"
um Governo e que o que se pode tentar é talvez influenciar uma tendência, mas quem manda... manda... e aí é nessas horas esquecer as diferenças de lado e se unir em torno de uma decisão e bola para frente.
Toda a sapiência é verdade até o momento em que quem bate a caneta diz o contrário.
Até na USAF é assim... O Governo quer mais C-17... toma... nós não queremos, mas aceitamos... querem acabar com o F-22, não gostamos, mas aceitamos... o Governo quer o KC-46... well... escolhemos o KC-330, mas hey... danem-se e que venha o KC-46A, etc.
Mas a decisão do Governo tem de ser muito bem fundamentada, como em todas as democracias avançadas. Não é só porque é "parceria estratégica", como o Lula justificou. Ou bravatas como transferência de tecnologia de todo o avião, como o Jobim disse. Para ter dividendos políticos? Pode ser sim. Mas sem dúvida alguma devem vir na frente desse a operacionalidade da Força e o desenvolvimento da industria nacioanl.
Sobre esses exemplos nos EUA que vc citou: os 2 primeiros foram de comprar menos ou mais, não tem a ver com decisão política contrariando técnica.
No terceiro exemplo, sobre o KC-X, a USAF preferiu em 2008 o MRTT (na competição, KC-30) frente a uma versão do KC767 inferior a vencedora de 2011. O KC767 NewGen é mais avancado, tem sistemas do B-787.
Carlos Lima escreveu:
Muitas organizações preferem as vantagens de um FMS ao invés de lidar com um fabricante diretamente e os seus contratos e outras coisas que se você não pensar com cautela pode acabar pagando caro $$$ no futuro.
O interessante que a FAB sempre comprou via FMS, assim como a esmagadora maioria de países. E Força continua comprando via esse sistema e está c@g@ndo e andando de preocupação...
Que eu saiba, o único país que tem a politica de não comprar via FMS é o Canadá.