Túlio escreveu:Sapão véio, falei que "NÃO SEI SE FOI A FAB"...
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O "desmentido" veio através do Celso Amorim em coletiva de imprensa ocorrida no Palácio da Alvorada no dia 7/9 às 15:30 e no dia seguinte por Jobim em Nota Oficial do MD:
Por exemplo, o blog do Nassif postou o seguinte no dia 07 set; 15h30:
"Acabou agora a coletiva no Alvorada e nem o presidente nem o Ministro da Defesa Nelson Jobim quiseram bater o martelo de que o processo está encerrado e que F-18 e o Gripen estão fora. Apenas reafirmaram a nota divulgada, na qual a França aceita participar do KC-390, inclusive com aquisição de 10 aviões, e o Brasil inicia negociações para aquisição de 36 Rafales.
A dubiedade é proposital, para que os franceses não entendam que está tudo já garantido. Afinal, estão na parte comercial. Os avanços foram obtidos numa reunião que foi até a madrugada.
O Itamaraty deve colocar a nota no site ainda hoje."
O Ministério da Defesa publicou em 08/09/2009 a seguinte nota:
MINISTÉRIO DA DEFESA - COMUNICADO À IMPRENSA 08/09/2009)
Programa FX-2
"No dia 06 de setembro, o Presidente da França, Nicolas Sarkozy, em encontro com o Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, manifestou o interesse do governo francês em aprofundar a parceria entre os dois países também no setor aeronáutico.
Afirmou que o Governo Francês assume, além de outros, o compromisso de fazer ofertar os aviões Rafale ao Brasil com preços competitivos, razoáveis e comparáveis com os pagos pelas Forças Armadas da França.
Informou, ainda, da disposição da França de adquirir aviões KC-390, em fase de projeto na Embraer.
Diante desse fato novo, o processo de seleção do Projeto FX-2, conduzido pelo Comando da Aeronáutica, ainda não encerrado, prosseguirá com negociações junto aos três participantes, onde serão aprofundadas e, eventualmente, redefinidas as propostas apresentadas.
Nelson A. Jobim, Ministro de Estado da Defesa"
Depois, no dia 10/9, Amorim sai com essa perola para justificar a enrolação: "decisão de preferência". O que significaria isso? De que adiantaria externar a preferência se teria que seguir as formalidades do processo de aquisição?
F-X2: Amorim nega que presidente tenha errado sobre escolha do Rafale
10 de setembro de 2009
O anúncio antecipado do governo Luiz Inácio Lula da Silva de sua preferência pela compra dos caças Rafale, da companhia francesa Dassault, foi a resposta aos compromissos do próprio presidente da França, Nicolas Sarkozy, de transferência “irrestrita” de tecnologia. Não se tratou de um “erro” do governo, do ponto de vista do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim. Conforme explicou, também pesaram as garantias de Sarkozy de fixar um preço compatível com os de venda dos Rafale às Forças Armadas francesas e de reservar o mercado latino-americano para a futura produção dessas aeronaves pela Embraer.
“Isso não só apareceu na oferta técnica, mas também foi referendado pelo próprio presidente Sarkozy”, afirmou Amorim, referindo-se a uma carta do líder francês, elaborada no início da madrugada do dia 7 de setembro, que permitiu o anúncio do governo no início da tarde.
“Houve uma decisão de preferência nítida pela proposta francesa. Mas as formalidades da licitação, que têm de ser seguidas, são outra coisa”, completou, deixando em aberto a possibilidade de a negociação entre o Brasil e a França não ser concluída a bom termo e de serem retomada as ofertas de venda dos caças Gripen, da sueca Saab, e dos F-18 Super Hornet, da americana Boeing.
A carta pessoal de Sarkozy foi o resultado de uma queixa do presidente Lula, durante o jantar que ofereceu no Palácio da Alvorada no domingo passado, ao “preço absurdo” que constava da proposta da Dassault. Diante do risco de retornar a Paris sem um compromisso para viabilizar comercialmente os Rafale – produto estigmatizado pelo fracasso de todas as negociações de venda ao exterior -, Sarkozy concordou em registrar sigilosamente as ofertas adicionais.
Além de determinar o início das negociações com a Dassault, o texto trouxe o compromisso de compra, pela França, de dez aviões de transporte militar KC-390, que está sendo projetado pela Embraer como uma das opções para a substituição dos americanos Hercules.
FONTE: Agência Estado