soultrain escreveu:Mas apesar de tudo a aviação comercial hoje é muito mais segura, eu não tenho dados, mas a minha impressão é que a maioria dos acidentes são devido a falha humana.
Julgo que o Comandante nunca chegou a pegar nos comandos depois de regressar, quando regressou deve ter sido um pouco caótico. a dar ordens sem saber o que se passava, imagino eu. Vocês sabem o que pilotos experientes fizeram em muitos casos, evitando acidente e salvando vidas, quase miraculosamente.
Com os poucos dados que se sabem, acho que esse foi o inicio da sequência de erros, ele nunca poderia ter abandonado o posto com aquela tempestade pela frente.
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Soultrain, acho que voce tem toda a razão. Certamente esse fato foi um contribuinte para a sequencia de eventos que se seguiu.
Sobre a incidencia do fator humano nos acidentes/incidentes, os do Brasil estão aqui:
http://www.cenipa.aer.mil.br/cenipa/Ane ... 0_2009.pdf
E voce pode ver que os fatores que envolvem o aspecto humano são os lideres, na sequencia a meteorologia.
A explicação e simples.
Existem 3 fatores que influenciam uma ocorrencia: o humano, o ambiental e o material. Dos três, o material de longe é o mais facil de ser corrigido para futuros eventos: deu pane em um projeto de pitot, reprojeta e faz outro.
Ja a meteorogia, cada vez mais temos condições de consultar e de ter um alto nivel de precisão dos fenomenos que estão ocorrendo por onde vamos passar; o problema é que muitas vezes se opta por desconsiderar as informações ou subestima-las, aquela velha historia do ser humano se achar maior do que é...
E por ultimo está o elemento mais dificl de evoluir e de julgar o funcionamento: o ser humano!
Enquanto em 100 anos nos passamos do 14 bis e equivalentes a aviões que pousam e fazem o taxi sozinhos, quanto foi que o ser humano evoluiu seus sentidos para acompanhar os equipamentos?
Na aviação militar, em algumas funções, ja se percebeu a algum tempo que o que atrapalha a maquina é o piloto, por isso a opção de voar sem ele.
Na comercial tem a piada que no futuro proximo a tripulação vai ser 1 piloto e 1 pastor alemão, ja que sem duvida o maior fator presente é o JULGAMENTO.
E isso não tem como prever pois envolve tantas variaveis que é impossivel de se previnir de forma eficaz sem um investimento muito grande em prevenção.
O problema é que isso é igual seguro, custa caro e é extremamente dificil de mensurar a importancia a menos que ocorra uma fatalidade.
Sobre o AIRBUS e a BOEING, a diferença basica e que uma tenta ao maximo evitar a interferencia do erro humano, já a outra deixa sempre um recurso para a tripulação sobrepujar os comandos automaticos.
São filosofias diferentes, enquanto uma raciocina que se deu algo errado o computador assume, a outra pensa que se deu algo errado o piloto assume.
Em cada maneira existem vantagems e desvantagems, e antes que pareça que estou crucificando a AIRBUS, vamos lembrar que em varios acidentes a ação dos tripulantes sobrepujando um comando automatico que estava tomando a atitude correta (dificuldade em identificar a pane) foi um fator contribuinte decisivo para uma fatalidade, como o F-100 em SP no ano de 1996. Ficou claro que ali houve falta de treinamento, o que levou a um julgamento errado da situação.
O que se deve fazer e dar treinamento para atuar dentro da filosofia que aquele modelo emprega utilizando o que ele tem de melhor.