Fórum Defesa Brasil

Alcantara escreveu:Sim, eu concordo plenamente. Para superar a dificuldade logística, deveriam introduzir (no bom sentido) o máximo de ítens possíveis no processo de "nacionalização", o que seria, em outras palavras, um processo de produção no país.
Pela quantidade notóriamente baixa de equipamentos de "ponta" que compramos, fica impossível atingir massa crítica o suficiênte para tornar a nacionalização (produção de peças locais) viável. E isso se reflete no maior custo de manutenção ao longo da vida operacional desses equipamentos (caça, helicóptero, etc).
Abraços!

Por isso que eu digo. Se o Brasil quisesse mesmo um caça de 5a G, construiria aqui mesmo em casa, com a Embraer. Demanda sempre tivemos, e mais do que suficiente para produzir um modelo nacional e ainda por cima exportável. Mas nós perdemos o trem das onze, e agora não podemos mais ficar...

Lembro que quando colocava aqui os números baseados na estrutura que a FAB demandaria para seus míseros 8 esquadrões atuais, como base no proposta do padrão FX, ou o que eu consideraria como o ideal(necessário), que sejam 14 GavC, só vi desdém e descrédito. Naquela primeira, seriam cerca de 252 caças, afora a demanda da Aviação Naval, que precisaria bem mais do que 48 caças. Só por aí para você ver, seriam 300 unidades.

Bem, isto sempre me pareceu ser uma quantidade mais do que suficiente, em qualquer país desenvolvido, ou em desenvolvimento, para gerar-se massa crítica para as frotas de FAB e MB. Mas infelizmente, em nossa realidade, além da ausência de massa crítica, o que sempre nos faltou, e falta até hoje, muito mais, é a ausência de massa cinzenta...

abs

Alcantara escreveu:

FCarvalho escreveu: No mundo da técnica e do profissionalismo militar, isto seria motivo mais que suficiente para justificar a não opção pelo caça russo.

Mas, como quem aqui quem conhece a FAB por dentro também já cansou de dizer:"a escolha agora é política." E neste campo, técnica, logística, profissionalismo são relativizados em pró de interesses maiores do país. Isto claro, na teoria.

No mais, se podemos operar hoje tranquilamente um Mi-35 "com parafuso invertido" e tudo o mais, e a FAB não se acabou por isso, e nem levamos décadas para aprender a lidar com eles, pelo contrário, são motivos de elogios, o que não poderíamos ter feito em 17 anos, se o Su-27SM tivesse vencido o FX-1?

abs.

Sim, com base APENAS na técnica, seria um problema a mudança de fiolosofia.
Agora, como a determinação de compra (ou não) de determinado material de defesa não é feito pela componente operativa (é feita beeem mais acima, na esfera civil), o fator "conveniencia" (política, finaceira, tecnológica) pode sim ser DETERMINADO como preponderante pelo Governo Federal. Isso é bom? Não sei...

E quanto ao Mi-35, lembre-se que a tônica aqui (na minha resposta) é sobre LOGÍSTICA. Não acho, FCarvalho, que a obrigação de mandar os motores para a Rússia para fazer manutenção pesada seja sinônimo de operação "tranquila". Até porque, históricamente, a TBO dos motores russos sempre foi MENOR do que a dos motores ocidentais, logo, a necessidade de manuenção é maior.

Klimov VK-2500 (2400 a 2700hp)
TBO: 2000 horas de voo

Pratt & Whitney PT6A-68C (1600 hp)
TBO: 4500 horas de voo


OBS: Escolhi o PT-6 para comparação apenas por ser um dos mais conhecidos do público.


Abraços!

O problema de enviar os motores para manutenção, ocorreria também com qualquer equipamento novo (sem similar no inventário) adquirido de qualquer pais em quantidade reduzida.

Olinda escreveu:O problema de enviar os motores para manutenção, ocorreria também com qualquer equipamento novo (sem similar no inventário) adquirido de qualquer pais em quantidade reduzida.

Sim, só que aí você está esquecendo de um detalhe: filosofia de manutenção.
Aquestão que levantei não envolve apenas um número baixo de aquisição (que sim, envolve saber de antemão que terá que fazer todas as grandes revisões fora da estrutura da Força), mas também um jeito DIFERENTE de PENSAR a manutenção.

Bem, de qualquer forma, já dei exemplos.

Um motor ocidental tem várias empresas pra fazer a manutenção, aqui mesmo no Brasil.
Já uma russo, vai ter uma só (o fabricante original), sem estrutura local e, por isso mesmo, tornando obrigatório o envio à fábrica, com todos os custos bancados pelo Brasil, agravado pelo fato de precisar POR FILOSOFIA DE PROJETO de mais manutenção (TBO menor, etc).

Nesse debate não entra capacidade operacional, entenda bem. O motor na aeronave vai funcionar bem (se o contrato de manutenção estiver funcionando bem), as missões vão ser cumpridas, etc. O ponto é como fazer pra MANTER a aeronave plenamente operacional.

J.Ricardo escreveu:mas a cor é muito gay...

É que quando entrarem em operação a Fab já terá cota pra gays e simpatizantes...

Alcântara.

Me parece que este problema ja foi resolvido com a vinda para o Brasil da fabrica russa em parceria com a ODT. Pelo menos para os 24 helis Mi-35. SE vierem os caças russos, o que eu não acredito muito, certamente vão encontrar uma boa solução para o problema. Fui

J.Ricardo escreveu:mas a cor é muito gay...

É para se camuflar no espaço aéreo de Campinas...

COm o Super Tucano no LAS, então agora...


É o Super Hornet na FAB


Fechou como eu temia.

WalterGaudério escreveu:COm o Super Tucano no LAS, então agora...

É o Super Hornet na FAB

Fechou como eu temia.

As possibilidades do SH vir a ser o eleito aumentaram realmente. Agora, na situação em que estamos, o que vier está de bom tamanho. O pior é não vir nada e continuarmos nesta discussão interminável.

delmar escreveu:

WalterGaudério escreveu:COm o Super Tucano no LAS, então agora...

É o Super Hornet na FAB

Fechou como eu temia.

As possibilidades do SH vir a ser o eleito aumentaram realmente. Agora, na situação em que estamos, o que vier está de bom tamanho. O pior é não vir nada e continuarmos nesta discussão interminável.

Mas quem disse que o GF não pode adquirir 36 Super Bugs apenas para dizer que também "cumpriu a sua parte no acordo" no FX-2?

E depois desses 36, o GF pode dar como encerrado esse defunto insepulto e partir para uma compra direta.

Então... sem falar que o treinamento com a galera da US Navy deixaria nossos caçadores nos cascos em pouco tempo...

Não era a solução que eu queria, mas agora me parece a mais viável.

Paisano escreveu:Mas quem disse que o GF não pode adquirir 36 Super Bugs apenas para dizer que também "cumpriu a sua parte no acordo" no FX-2?

E depois desses 36, o GF pode dar como encerrado esse defunto insepulto e partir para uma compra direta.

Mas já que a finalidade do FX é gerar capacidade própria (e muitos empregos) para construir caças, porquê depois de construir as 36un. iriam fazer compra direta?

Cara, pega qualquer um desde que obtenha-se licensa de produção aqui. Depois faz igual os chinas... e lança o F-BR "parecido" com o dos caras... (SU-33/J-11B)

O Super Hornet é o futuro F5 da FAB. Daqui há 30 anos quando todas as forças aéreas relevantes usam caças de quinta geração e novos modelos, a FAB terá como linha de frente os F18 com modernização BR que vai demorar uma década para ficar pronta e será feita por israelenses.

Na prática os super tucanos lá são uma compensação muito pequena para em si justificar a compra do Super Hornet. A não ser que seja o diferencial da proposta e abra caminho para outras aquisições de Super Tucanos e outros equipamentos.

Bourne escreveu:O Super Hornet é o futuro F5 da FAB. Daqui há 30 anos quando todas as forças aéreas relevantes usam caças de quinta geração e novos modelos, a FAB terá como linha de frente os F18 com modernização BR que vai demorar uma década para ficar pronta e será feita por israelenses.

Na prática os super tucanos lá são uma compensação muito pequena para em si justificar a compra do Super Hornet. A não ser que seja o diferencial da proposta e abra caminho para outras aquisições de Super Tucanos e outros equipamentos.

Mas esse é o nome do jogo. Para mim já deu SH!

Eu não ficaria triste não.

Contanto que cumpram o que prometeram!



abraços]