Fórum Defesa Brasil

FCarvalho escreveu:

Penguin escreveu: A resposta deve ser de natureza similar se substituir Su-35 por Typhoon ou F-16 nesta questão.
[]s

Penguin, eu particularmente, depois de quase duas décadas se falando em FX no Brasil, cheguei a conclusão, que por mais respostas que possamos tentar dar, a fim de justificar-nos pela exclusão de uma aeronave como esta - superlativa em todos os sentidos em relação aos demais concorrentes, seja desta fase ou na anterior - sejam de ordem logística, material, técnica, doutrinal, econômica ou política, jamais obteremos motivos suficientemente plausíveis e convincentes que respondam pelo faot de que um caça como o Su-35, e seus antecessores, não seria o caça perfeito para a FAB.

Mas, é a vida. Segue o trem... vamos no que der e vier. Como sempre.

abs.

Y e p.

O motivo é simples... E U A.

[]s
CB_Lima

Se o motivo realmente foram os EUA. O país não merece ter caças.

FCarvalho escreveu:

Olinda escreveu:Pelo que tenho lido a FAB se preocupa muito com a logistica (com toda razão), mas em relação aos caças, para qualquer modelo/fabricante que seja adquirido a logistica seria totalmente nova, ou não ?

A logística, em termos de manutenção e operação, muda completamente com qualquer um dos três candidatos. Fato é que substituiremos caças de 2a/3a geração por um de 4,5a G.

O que não muda, e nem mudará, é o fato de a FAB continuar sem verbas para fazer a sua caça voar as horas necessárias para a manutenção de um adestramento que se possa chamar minimamente de qualitativo.

abs.

O problema é que o TIPO DE FILOSOFIA de logística muda radicalmente de um produto ocidental para um russo, conforme debate com o Sapão no outro tópico (helicópteros)...

Justin Case escreveu:

FCarvalho escreveu: A logística, em termos de manutenção e operação, muda completamente com qualquer um dos três candidatos. Fato é que substituiremos caças de 2a/3a geração por um de 4,5a G.
O que não muda, e nem mudará, é o fato de a FAB continuar sem verbas para fazer a sua caça voar as horas necessárias para a manutenção de um adestramento que se possa chamar minimamente de qualitativo.
abs.

Olá, FCarvalho.
Infelizmente, o futuro da logística militar continua negro.
Diz-se que não há dinheiro para a logística, que o custo do apoio logístico das aeronaves é excessivo.
No entanto, acho que existem frotas inteiras de aeronaves (como os Caravan e talvez os Black Hawk) que foram adquiridos com verba logística, sem terem sido jamais submetidas aos rigores e análises de um projeto formal.
É claro que, assim, não dá para manter com disponibilidade adequada e operar eficientemente as aeronaves já existentes no inventário.
Triste!
Abraço,
Justin

É aquela coisa Justin, prioridades são prioridades. E as da FAB e do GF, infelizmente, para o nosso país, raramente costumam bater.

abs.

Carlos Lima escreveu:Y e p.
O motivo é simples... E U A.
[]s
CB_Lima

Bourne escreveu:Se o motivo realmente foram os EUA. O país não merece ter caças.

Faço minhas as palavras do Bourne. E digo mais, seria como se nós simplesmente estivéssemos ... e em promoção.

Ademais, acho que seria pedir muito aos nossos fabianos, que desde que a FAB é FAB, respiram uma cultura ocidentalizada em tudo que fazem, e de repente, sem nem uma vaselina, se passarem para o "outro lado".

Seria uma mudança descomunal. Mas, talvez, alguma coisa esteja mudando. Temos Mi-35 na FAB. Alguém pensaria nisto aqui a vinte anos atrás, quando todo mundo só pensava em Apaches e cia...?

abs.

Bourne escreveu:Se o motivo realmente foram os EUA. O país não merece ter caças.

A "shortlist" saiu depois que a Hilary deu a autorização de compra do SHornet e antes da assinatura do acordo estratégico Russia/Brasil.

Não acho que são os "EUA" (foi uma simplificação minha) .

Eu acho que o motivo é o que sempre digo:

O que o Brasil quer ser quando crescer?

[]s
CB_Lima

FCarvalho escreveu:

Carlos Lima escreveu:Y e p.
O motivo é simples... E U A.
[]s
CB_Lima

Bourne escreveu:Se o motivo realmente foram os EUA. O país não merece ter caças.

Faço minhas as palavras do Bourne. E digo mais, seria como se nós simplesmente estivéssemos ... e em promoção.

Ademais, acho que seria pedir muito aos nossos fabianos, que desde que a FAB é FAB, respiram uma cultura ocidentalizada em tudo que fazem, e de repente, sem nem uma vaselina, se passarem para o "outro lado".

Seria uma mudança descomunal. Mas, talvez, alguma coisa esteja mudando. Temos Mi-35 na FAB. Alguém pensaria nisto aqui a vinte anos atrás, quando todo mundo só pensava em Apaches e cia...?

abs.

Então não adianta nem chamar russos, etc se no fim seria uma mudança "descomunal".

Se você não está preparado para mudar determinados paradigmas, é melhor nem chamar os caras para conversar.

[]s
CB_Lima

Alcantara escreveu:O problema é que o TIPO DE FILOSOFIA de logística muda radicalmente de um produto ocidental para um russo, conforme debate com o Sapão no outro tópico (helicópteros)...

No mundo da técnica e do profissionalismo militar, isto seria motivo mais que suficiente para justificar a não opção pelo caça russo.

Mas, como quem aqui quem conhece a FAB por dentro também já cansou de dizer:"a escolha agora é política." E neste campo, técnica, logística, profissionalismo são relativizados em pró de interesses maiores do país. Isto claro, na teoria.

No mais, se podemos operar hoje tranquilamente um Mi-35 "com parafuso invertido" e tudo o mais, e a FAB não se acabou por isso, e nem levamos décadas para aprender a lidar com eles, pelo contrário, são motivos de elogios, o que não poderíamos ter feito em 17 anos, se o Su-27SM tivesse vencido o FX-1?

abs.

Carlos Lima escreveu:

Bourne escreveu:Se o motivo realmente foram os EUA. O país não merece ter caças.

A "shortlist" saiu depois que a Hilary deu a autorização de compra do SHornet e antes da assinatura do acordo estratégico Russia/Brasil.
Não acho que são os "EUA" (foi uma simplificação minha) .
Eu acho que o motivo é o que sempre digo:
O que o Brasil quer ser quando crescer?
[]s
CB_Lima

Eis o ponto fulcral da nossa eterna indecisão. O governo talvez saiba o que quer, mas, e a sociedade? Ela sabe o que quer, ou deixa que outros queiram em seu logar, para não ter tempo de pensar no assunto e perder a novela?

Carlos Lima escreveu:Então não adianta nem chamar russos, etc se no fim seria uma mudança "descomunal".
Se você não está preparado para mudar determinados paradigmas, é melhor nem chamar os caras para conversar.
[]s
CB_Lima

Carlos, as cabeças pensantes da FAB desde a primeira guerra do Iraque aprenderam duas coisas: uma, estamos uma eternidade de atraso em relação as principais forças aéreas do mundo, e não temos tempo, doutrina e nem dinheiro para mudar isso como gostaríamos. Outra coisa é - como já disse aqui várias vezes no fórum - "é mais fácil mudar as doutrinas do que a cabeça das pessoas."
Por isso a modernização dos F-5, do A-1 e o investimento no A-29. Para podermos fazer tudo no compasso da desimportância da defesa nacional. E ir, aos poucos, convencendo, quem de direito, dentro e fora da FAB, que mudanças descomunais as vezes são necessárias, se queremos realmente mudar. Mas nós não podemos, e nem temos, obviamente como fazer isso da maneira mais sã e sóbria. Então, vamos tentando empurrar o bêbado ladeira acima. E quem sabe quando cheguemos lá,o porre já tenha passado.

abs.

Pra mim tinham 3 caças que serviriam bem a FAB, mas o F-14 já passou desta para melhor então sobram 2 caças que atenderiam bem a FAB, principalmente nos quesitos grande alcance, ser bimotor e ter grande capacidade de carga, que seriam o F-15 e a linha Su-27/30/35.
Mas parece que se prefere coisas menores e mais delicadas...

Abraços

FCarvalho escreveu:

Carlos Lima escreveu: A "shortlist" saiu depois que a Hilary deu a autorização de compra do SHornet e antes da assinatura do acordo estratégico Russia/Brasil.
Não acho que são os "EUA" (foi uma simplificação minha) .
Eu acho que o motivo é o que sempre digo:
O que o Brasil quer ser quando crescer?
[]s
CB_Lima

Eis o ponto fulcral da nossa eterna indecisão. O governo talvez saiba o que quer, mas, e a sociedade? Ela sabe o que quer, ou deixa que outros queiram em seu logar, para não ter tempo de pensar no assunto e perder a novela?

Carlos Lima escreveu:Então não adianta nem chamar russos, etc se no fim seria uma mudança "descomunal".
Se você não está preparado para mudar determinados paradigmas, é melhor nem chamar os caras para conversar.
[]s
CB_Lima

Carlos, as cabeças pensantes da FAB desde a primeira guerra do Iraque aprenderam duas coisas: uma, estamos uma eternidade de atraso em relação as principais forças aéreas do mundo, e não temos tempo, doutrina e nem dinheiro para mudar isso como gostaríamos. Outra coisa é - como já disse aqui várias vezes no fórum - "é mais fácil mudar as doutrinas do que a cabeça das pessoas."
Por isso a modernização dos F-5, do A-1 e o investimento no A-29. Para podermos fazer tudo no compasso da desimportância da defesa nacional. E ir, aos poucos, convencendo, quem de direito, dentro e fora da FAB, que mudanças descomunais as vezes são necessárias, se queremos realmente mudar. Mas nós não podemos, e nem temos, obviamente como fazer isso da maneira mais sã e sóbria. Então, vamos tentando empurrar o bêbado ladeira acima. E quem sabe quando cheguemos lá,o porre já tenha passado.

abs.

Bom cara,

Se é toda essa dificuldade então compremos F-16 e fim de papo.

Para que complicar com ToTs, Escolhas, RFP, RFI e relatórios?

É só não fingir que quer melhorar a capacidade de combate da F Aérea e tudo certo.

[]s
CB_Lima

Carlos Lima escreveu:

Bourne escreveu:Se o motivo realmente foram os EUA. O país não merece ter caças.

A "shortlist" saiu depois que a Hilary deu a autorização de compra do SHornet e antes da assinatura do acordo estratégico Russia/Brasil.

Não acho que são os "EUA" (foi uma simplificação minha) .

Eu acho que o motivo é o que sempre digo:

O que o Brasil quer ser quando crescer?

[]s
CB_Lima

1) O shortlist foi definido e anunciado em outubro de 2008.

2) A carta da Secretária de Estado Hilary Clinton foi entregue em julho de 2009!

3) O acordo entre o Brasil e a Rússia sobre "Proteção Mútua da Propriedade Intelectual e Outros Resultados da Atividade Intelectual Utilizados e Obtidos no Curso da Cooperação Técnico-Militar Bilateral" só foi assinado em maio de 2010!

Carlos Lima escreveu:Bom cara,
Se é toda essa dificuldade então compremos F-16 e fim de papo.
Para que complicar com ToTs, Escolhas, RFP, RFI e relatórios?
É só não fingir que quer melhorar a capacidade de combate da F Aérea e tudo certo.
[]s
CB_Lima

Bem, é bom lembrar Carlos, que sempre houve na FAB quem defendesse esta postura. E simplesmente poder continuar voando. Mas me parece que venceu a corrente que ainda crê nas mesmas idéias que fizeram a EMBRAER sair do papel e se tornar o que é hoje.

Isto tem um alto custo? Sim, com certeza. E a FAB decidiu pagar para ver.

E neste concurso, resta-nos tentar saber, e medir, se o preço que ela se dispôs a paga lá atrás, irá valer a pena ou não. Com ou sem FX.

abs.

FCarvalho escreveu:

Carlos Lima escreveu:Bom cara,
Se é toda essa dificuldade então compremos F-16 e fim de papo.
Para que complicar com ToTs, Escolhas, RFP, RFI e relatórios?
É só não fingir que quer melhorar a capacidade de combate da F Aérea e tudo certo.
[]s
CB_Lima

Bem, é bom lembrar Carlos, que sempre houve na FAB quem defendesse esta postura. E simplesmente poder continuar voando. Mas me parece que venceu a corrente que ainda crê nas mesmas idéias que fizeram a EMBRAER sair do papel e se tornar o que é hoje.

Isto tem um alto custo? Sim, com certeza. E a FAB decidiu pagar para ver.

E neste concurso, resta-nos tentar saber, e medir, se o preço que ela se dispôs a paga lá atrás, irá valer a pena ou não. Com ou sem FX.

abs.

Pois é amigo,

Eu só não sei ao certo qual 'corrente' venceu.

Eu vejo como todas empatadas e empatando umas as outras (daí o short-list que temos hoje).

Em todo o caso, como as coisas mudaram muito de 2008 para cá, eu faria um processo mais curto e chamava todo mundo para conversar novamente.

[]s
CB_Lima

Eu, pelo pouco que percebo como as coisas andam, creio que é mais fácil para o GF o cancelamento definitivo deste programa, e seu relançamento daqui a uns 10/15 anos, já que dizem, os F-5BR/A-1BR vão durar até lá.

E como não temos agora, e nem no curto/médio prazo, demandas externas e nem internas que justifiquem a celeridade do processo junto ao povo da caneta, damos por findo este imbróglio e vemos o que nos acontece mais adiante.

Este é o cenário que avalio como o mais provável. Mesmo porque, se cancelarem, não haverá ninguém para chorar o corpo e nem segurar vela no velório.

Fazer o quê.

abs.