A demanda da FAB, pelo tempo que o FX caduca sem solução, era para 126 unidades, afim de cobrir a substituição de todos as caças atuais. Estes, equipavam os 7 esquadrões que efetivamente a força dispunha, até a reorganização do 1o/4o Gac com os F-5M em 2011 para Manaus. Agora são oito esquadrões. E se o mesmo critério for mantido, 18 caças por esquadrão, já seriam em todo caso, uma demanda para 144 novos caças.
A FAB tem em mente que, como as coisas estão indo ou são em Brasilia, se até 2016, o FX não for decidido, será quase impossível convencer o GF a comprar esta mesma quantidade de qualquer um dos finalistas do FX-2. Mesmo com uma suposta produção nacional, off sets, transferencias de tot's e outras coisas do gênero. Simplesmente esta demanda da FAB não é importante agora, como o foi ontem, e nem o será até o próximo quadriênio, pelos motivos aqui já expostos: jogos, olimpíadas, eleiçôes, crises econômicas, a queda da bastilha e o que mais vier...
Diante deste quadro, resta à FAB realizar, de forma pragmática, muito realista, o alongamento do contrato de manutenção dos M-2000 do GDA até 2014, e após, substituí-os pelos F-5M, e após isso, sustentar esta aeronave, junto com a versão modernizada A-1M, até que em 2025/2027 estes caças sejam obrigados a ser retirados de linha por completa exaustão da vida operacional de suas estruturas.
Acreditem ou não, este pode ser um quadro pessimista do futuro da FAB. Mas é o mais real, e também o mais provável, com o qual a instituição trabalha neste momento.
Caso o quadro, ou o interesse, político não mude, fato que vem desde as origens do programa, tendo já sido demonstrado várias vezes a indisposição e desconforto que o assunto F-X tem causado aos vários governos desde aquela época, podemos levar seriamente a hipótese de que o F-X esteja com morte cerebral e estão apenas esperando a melhor hora de enterrá-lo de vez, para quem sabe, por falta de alternativas menos impositivas, recomeçá-lo na somente na próxima década, coisa que não me surpreenderia, posto que independente da sigla que esteja a frente do Palácio do Planalto, caças não são e continuarão não sendo prioridade, ou sequer fato de interesse do poder político nacional.
Até lá, quem sabe rezar, reza para que nada de mal nos sobrevenha. Para quem não sabe ou não crer em orações... abra uma cerveja, se estica bem no sofá, liga a televisão, e espere pelas notícias do próximo fim do mundo...
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abs.