Re: JAS-39 Gripen
Enviado: Seg Abr 27, 2009 8:06 pm
Excelente discussão, fossem todos os tópicos assim!!!
Olá brisa,brisa escreveu:No meu entender, um datalink adotado, se comunica com qualquer datalink "irmão" seje em terra ou em outro caça....... estarei errado????
O que ira influir, seria a "data" de informações do mais capaz.
O Datalink do Gripen, o CDL39 ou TIDLS usava hardware da Rockwell Collins, depois o TARAS da FMV e o Rohde & Schwarz é um rádio de voz normal. O da FAB usa o Rohde & Schwarz para apoiar tambem o datalink. A FAB não vai usar o CDL que já está em uso no Gripen e qualquer caça concorrendo no FX-2 irão usar o atual datalink da FAB.Antonio Alvarenga escreveu:
O que foi desenvolvido pela Embraer corresponde ao estágio que os suecos estavam há mais de duas décadas.
O que a Saab desenvolveu e está em uso hoje, denominado TIDLS (Tactical Information Data Link System) utiliza os mesmos rádios dos F-5Ms, A-29s e E-99s mas com protocolos mais sofisticados e a integração chega até o coração dos computadores e não fica restrita apenas a comunicação de dados entre rádios digitais de duas aeronaves distintas.
O data-link dos F-5Ms, A-29s e E-99s transmitem uma série de dados discretos que chegam as outras aeronaves e precisam ser interpretados por estas. Ele certamente pode evoluir mas isso requer muitos investimentos e um forte embasamento operacional em aspectos de emprego de armas e táticas avançadas (ainda não disponíveis na FAB).
Vc não especificou problema nenhum. O E-99 não tem condições de passar dados de alvos como posição, direção, velocidade, identificação etc, ou o computador dos caças que recebem os dados não conseguem compilar os dados em uma tela de situação horizontal?Antonio Alvarenga escreveu: O E-99 pode funcionar com qualquer caça, mas para aproveitar o enorme fluxo de informações geradas pelos sensores dos caças modernos e do próprio AEW e compartilha-las de forma eficiente a todos os usuários ainda é necessário que a Embraer trilhe um bom caminho.
Essa é uma das diferenças entre os caças que hoje competem pelo F-X2.
da mesma foram que existem várias variáveis para comparar caças existem as variáveis para comparar datalinks. No caso do datalink americano, o Link 16 (e outros nomes), o problema é a quantidade de usuários na rede. O datalink suéco serve a poucos usuários, com alcance menor, com mais dados passados e em tempo real. Já o link 16 permite dezenas de participantes ativos ao mesmo tempo, com maior alcance, mas com menos dados. Para um país pequeno como a suécia o requeriemento é diferente. Para operar com a OTAN a Suécia está usando o Link 16 e ai vem outro requerimento que é a compatibilidade.Antonio Alvarenga escreveu: No caso do F-18 ele possui disponível data-link para receber dados de alvos para pontaria discretos e pode compartilhar alguns dados da aeronave com outras. Os EUA, apesar de dominarem tecnologias avançadas de comunicação de dados, ainda não conseguiram disseminar essa capacidade em toda sua frota de aeronaves de caça devido a dimensão da frota. Então optaram por introduzir data-links avançados apenas em alguns vetores (AEW, UAV estrategicos, etc.) e tentam implantar na frota de combate capacidades de data-link "que dá para o gasto...".
A França usa o Link 16 que é o mesmo da OTAN. O Rafale pode ter outros rádios de qualquer marca para comunicações de voz, mas para entrar na rede do link 16 vai ter que usar um terminal apropriado (MIDS-LVT).Antonio Alvarenga escreveu: No caso do Rafale, ocorreu grande evolução quando comparado ao estágio que a Thales e Dassault encontravam-se durante o F-X1, quando o data-link disponível era semelhante ao hoje disponível nos F-5Ms mas utilizava outros rádios não compatíveis com o inventário da FAB.
O Rafale utiliza rádios da Thales e que possuem incompatibilidades com os rádios disponíveis na FAB que são padronizados em modelos da Rohde&Schwarz alemã.
Não posso entrar em detalhes, mas os rádios do Rafale precisariam ser substituidos e um grande trabalho de integração teria que ocorrer para se chegar no nível de integração e funcionalidades do data-link do Gripen.
Antônio,Antonio Alvarenga escreveu:Desculpe-me se não fui claro. As modernas táticas de emprego BVR assumem a mínima exposição da aeronave lançadora e isso inclui lançar em silêncio radar.AlbertoRJ escreveu: Concordo. Mas da forma que colocou, entendi que o míssil foi lançado por um avião (que poderia estar com o radar desligado) e guiado por outro avião, como faz o Rafale. Não foi isso que quis dizer?
[]'s
O Gripen atingiu esta capacidade em 2001 (ou antes).
O Rafale deve ter atingido essa capacidade entre 2005 e 2006 (pois durante o F-X1 não estava disponível).
E o Eurofighter, segundo press-release de 1 de abril de 2009, da Eurofighter GmbH, atingiu essa capacidade este ano.
No campo de táticas e capacidades das aeronaves de caça a evolução das capacidades é constante.
O importante é ter capacidade de crescimento na arquitetura de sistemas e na capacidade computacional.
É fundamental que a FAB e a indústria nacional, para atender aos objetivos do F-X2, obtenha de algum dos concorrentes a capacidade plena de entender esse mundo e adquirir a capacidade autônoma de modificar a aeronave básica adequando-a a realidade brasileira.
Prezado Higgins, obviamente que leio revistas e fóruns especializados, tanto é que sabia da África do Sul (li no BM). E tenho sim amor pelos meus parcos recursos, mas não tenho receio de ler tudo que posso, até de meios que não gosto, justamente para poder ter um outro lado da visão, pois qualquer leitura, até as ruins, acrescenta algo a nossa cultura, e nós adultos, já sabemos discernir, avaliar e filtrar o que de melhor nos interessa. Meu irmão assina a Superinteressante para o meu sobrinho, e até que têm reportagens interessantes. Gosto de algumas revistas da Abril, quando se atém a parte técnica, até porque como é o maior grupo editorial de revistas, tem mais grana e propicia reportagens interessantes. Não gosto é da sua parcialidade, principalmente da Veja, mas isso não me faz considerá-la lixo, pois por exemplo, tem reportagens da área médica muito elogiadas até por médicos. Agora na parte de opinião, concordo com você: "pouca afeição para com a verdade dos fatos", pois posta só a linha editorial que interessa a seus editores, e isso não ocorre só em política não, sabemos que em outras áreas, como religião, questão palestina, a briga recente no STF etc, eles se interessam pela "sua" versão, e não pela versão dos fatos, o que é uma pena, pois se aliassem seu tamanho e força editorial a uma maior neutralidade, certamente seria melhor para toda a sociedade.HIGGINS escreveu:Superinteressante?Rodrigoiano escreveu:Falando em Ozirak, gostaria de saber dos colegas se uma info que saiu na última Superinteressante (capa sobre dietas) é verdade. Num quadro sobre o histórico de desenvolvimento de armas nucleares, citando países que TIVERAM a bomba, fala da África do Sul (82), que eu sabia, e de Iraque (91) e Líbia (2003). Pergunto, o Iraque teve a bomba ou só chegou perto de tê-la, antes do ataque israelense? E a Líbia, esteve próximo de tê-la?
Abraços!
Você lê esse lixo? Como aliás são as demais publicações da Abril, diga-se.
Meu caro forista Rodrigogoiano, tenha amor aos seus recursos. Acesse os blogs e fóruns, adquira publicações especializadas. Hoje, temos versões em português de revistas conceituadas de divulgação científica.
Respondendo a você:
1) O Iraque nunca chegou a desenvolver um programa consistente. Apenas, na cabeça luminosa de Mister Bush e associados. Teve antes, um programa de armas químicas. Estas sim, bem desenvolvidas. Preferência para o gás Sarin.
2) Líbia. Também não chegou a formar um programa nuclear consistente. Tinha estoques e capacidade para armas químicas.
3) Da Africa do Sul, lamento, não tenho informações. É bem possível que tenham, do mesmo modo que o povo-da-areia: ogivas estocadas.
As nações com armas nucleares, que sei, são as que seguem: EUA; Grã-Bretanha; França; China; Rússia; Índia; Paquistão; Israel e Coréia do Norte. Não sei dizer se as antigas repúblicas soviéticas também possuem dissuasão nuclear - Talvez, Uckrânia.
Vou terminar dizendo o motivo da minha carga contra a revista superinteressante e de resto contra a Editora Abril:
É a doença atual do jornalismo brasileiro: superficial, cômodo, egoísta, péssimamente escrito e composto. Além disso: pouca afeição para com a verdade dos fatos!
Algo fatal, para um órgão de informação.
Abraços, e espero ter ajudado. Fórum é para isso.
PS: Povo-da-areia = Israel.
Esse fato não representa qualquer vantagem para o Gripen, ele fez antes, porque estava operacional antes, é mais antigo que Rafale e Typhoon, o Rafale entrou em operação na AdLA em 2005/2006. O Typhoon, por uma séries de motivos, se atrasou em seu desenvolvimento.Antonio Alvarenga escreveu:
Desculpe-me se não fui claro. As modernas táticas de emprego BVR assumem a mínima exposição da aeronave lançadora e isso inclui lançar em silêncio radar.
O Gripen atingiu esta capacidade em 2001 (ou antes).
O Rafale deve ter atingido essa capacidade entre 2005 e 2006 (pois durante o F-X1 não estava disponível).
E o Eurofighter, segundo press-release de 1 de abril de 2009, da Eurofighter GmbH, atingiu essa capacidade este ano.
No campo de táticas e capacidades das aeronaves de caça a evolução das capacidades é constante.
O importante é ter capacidade de crescimento na arquitetura de sistemas e na capacidade computacional.
É fundamental que a FAB e a indústria nacional, para atender aos objetivos do F-X2, obtenha de algum dos concorrentes a capacidade plena de entender esse mundo e adquirir a capacidade autônoma de modificar a aeronave básica adequando-a a realidade brasileira.
Como a notícia que havia postado no tópico sobre Rafale, isso é passado, em meados de julho ou agosto do ano passado, Rafale F-2 operaram com os R-99 Gregos por meior do datalink 16, e foi considerado um sucesso total.Antonio Alvarenga escreveu:Realmente depende.Skyway escreveu:Bom, então a resposta para sua pergunta é: Depende!
Falando sério, isso depende de alguns fatores na vida real, e aí entram estratégias, características do conflito ou tensão onde a aeronave vai ser aplicada, doutrinas da força que estaria operando a aeronave...
Mas na real, 1 Gripen NG é capaz de fazer tudo que 1 Rafale faz, mas esse último tem vantagem em casos específicos, mas que não são a maioria e dependendo de quem irá operar, seria até raríssimo de ocorrer.
Isso não desmerece o Rafale que é um puta avião, mas o que digo é que o Gripen NG bem operado(bem operado não é o mesmo que levado ao limite) faz tanto quanto.
As limitações de peso máximo e alcance, ficam muitas vezes restritas ao Super-trunfo quando um vetor é bem operado.
Um abraço!
Se o Gripen NG estiver operando em esquadrilha com o seu data-link ligado, ele é superior a uma esquadrilha de Rafale em qualquer configuração e qualquer missão. Se o Gripen NG estiver operando integrado ao E-99 aí a diferença fica maior ainda a favor do Gripen NG (eu disse integrado e não ligado apenas por fonia).
Os franceses terão grande dificuldade para integrar o Rafale ao E-99. O programa do AEW da Grecia que utiliza o EMB 145 AEW&C foi atrasado em quatro anos devido a incapacidade da Thales (prime-contractor) em integrar o data-link nesse programa.
O F-X2 prevê um caça que possa operar em um ambiente de guerra centrada em redes e nesse campo os suecos estão mais avançados.
Há especialistas europeus que consideram que os suecos estão uma década mais avançados que os EUA e duas décadas mais avançados que os europeus nesse campo.
Outro dia foi noticiado que um Eurofighter conseguiu, em testes, lançar um míssil BVR com um plot radar recebido por data-link a partir de outra aeronave.
Em 2001 essa capacidade estava certificada no Gripen C/D e foi publicada em periódicos da época.
Antonio Alvarenga
Skyway escreveu:Não é bem verdade.GERSON VICTORIO escreveu:
Mas Skyway...
na vida real o gripen A/B/C/D pode até ter alguma equivalência, porém lembro que o NG ainda não existe....só podendo, por enquanto, fazer comparações no Super-Trunfo até que o primeiro NG de série saia da fabrica.
Gerson
O NG ainda não existe, mas o Demo está voando e pode-se comparar muitas capacidades dos outros com o C/D.
O que chamo de Super-Trunfo é essa conversa de Capacidade Máxima e Alcance máximo.
Na vida real, você não vai ver uma Força Aérea operando uma aeronave moderna carregada até o peso máximo, muitas vezes nem perto disso.
E entra nessa conta de "vida real" tambem doutrinas, cenários...
Essa é a diferença que quero ressaltar.
Um abraço!