Carlos Mathias escreveu:Se a pergunta é se o F-16E serve ao Brasil como caça em si, é muito óbvio que sim. É, inegavelmente, um ótimo avião na sua classe.
Agora, é conveniente fazer este tipo de compra estratégica, cujos efeitos permanecerão por décadas à fio, com a corda no pescoço? Será que durante as décadas passadas e mesmo recentemente, a FAB não tinha motivos para rejeitar este mesmo avião em ofertas tão boas quanto?
Olá Carlos! São boas as perguntas que fez, mas eu confesso que não tenho respostas claras para elas...
O primeiro fato é que já não sei se ainda existe tal proposta na mesa. Segundo não sei claramente as propostas antigas e quais seriam as
possíveis propostas atuais.
Uma das dúvidas que tenho é se as propostas antigas eram tão boas mesmo. Digo isso por um motivo simples: suponha que exista tal proposta. Por que os americanos iriam fazer as mesmíssimas propostas de antes? Pra perder de novo? Até onde eu sei, eles entram pra ganhar e normalmente perdem por outros fatores.
Se a possível proposta existir de fato (eita!!! rsrs), seria natural algo a mais em relação as propostas anteriores. E por que não com menos ou nenhuma corda no pescoço desta vez?
São apenas questionamentos pessoal. Eu em particular não tenho nada contra o vetor também, mas preferia pelo menos um "mix". Alguma coisa de maior porte (podemos até especular números e modelos), tipo vetor bi-turbina e alguma coisa intermediária (não necessariamente "lo" no sentido pejorativo do termo). Se possível que estes últimos pudessem substituir os F-5 e A-1.
Também não sei se a idéia do "mix" seria boa para o país. Deveríamos ter alguma comunalidade entre os dois vetores. E isso parece meio meio complicado de se fazer hoje, pois o que temos disponível são vetores de 4ªG.
Se a FAB pretende algum dia ter seu vetor de 5ªG, então ficaria com três modelos, piorando o cenário de logística, manutenção, etc.
Abraços,
Orestes