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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Mai 10, 2010 3:03 pm
por cassiosemasas
Saudações moçada!!!

Então o que dizer da avaliação do senhor Hans, mas o que me deixou mais impressionado foi ver como os hermanos reagem a isso la na argentina.


SAÙDE!!!


BRASIL!!!



Edu Lopes escreveu:
O Brasil está desenvolvendo a bomba atômica?

Transcrevo abaixo, sem comentários, um inquietante artigo sobre o programa nuclear brasileiro publicado na importante revista alemã Der Spiegel em 7 de maio passado:

O Brasil está desenvolvendo a bomba?

Por Hans Rühle

O Brasil assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear, mas especialistas suspeitam que pode estar trabalhando em uma bomba. O país pode legalmente enriquecer urânio para seus submarinos nucleares, mas ninguém sabe o que acontece com o combustível, uma vez que é confinado em bases militares.

Em outubro de 2009, a prestigiosa revista Foreign Policy publicou um artigo intitulado "As Futuras potências nucleares" Segundo o autor, o Cazaquistão, Bangladesh, Birmânia, os Emirados Árabes Unidos e Venezuela são os próximos candidatos - depois do Irã - para a filiação no clube das potências nucleares. Apesar de seus argumentos interessantes, o autor deixou de mencionar o mais importante: o Brasil.

Atualmente, o Brasil é tido em grande estima pelo resto do mundo. Seu presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, tornou-se uma estrela no cenário internacional. "Esse aqui é o cara", disse certa vez o presidente Barack Obama, em louvor do seu homólogo brasileiro. Lula, como é conhecido, ainda pode dar-se ao luxo de receber o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinedjá, com todas as honras e aprovar o seu programa nuclear, embora o Irã esteja agora isolado em todo o mundo.

A confiança de Lula da Silva é um indicativo da auto-afirmação do Brasil no status de grande potência - inclusive em termos militares. Isto se reflete no documento Estratégia Nacional de Defesa, que foi publicado no final de 2008. Além do domínio do ciclo completo do combustível nuclear - que já foi alcançado - o documento solicita a construção de submarinos de propulsão nuclear.

Parece inofensivo, mas não é, porque o termo "submarinos de propulsão nuclear" pode na verdade ser um disfarce para um programa de armas nucleares. O Brasil já teve três programas nucleares militares secretos, entre 1975 e 1990. A abordagem da Marinha provou ser o mais bem sucedido: com centrífugas importadas de alto desempenho para produzir urânio altamente enriquecido de hexafluoreto de urânio, de modo a ser capaz de operar pequenos reactores para submarinos. No momento oportuno, o país poderia ter usado suas recém-adquiridas capacidades nucleares para conduzir uma "explosão nuclear pacífica", baseado no exemplo da Índia. O buraco de 300 metros (984 pés) destinado ao teste já havia sido perfurado na Serra do Cachimbo. De acordo com declarações do ex-presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, em 1990, os militares brasileiros estava à beira da construção de uma bomba.

Mas nunca chegou a esse ponto. Durante a democratização do Brasil, os programas nucleares secretos foram efetivamente abandonadas. Sob a Constituição do país em 1988, as atividades nucleares eram restritas a "fins pacíficos". O Brasil ratificou o Tratado para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe em 1994 e, em 1998,assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) e o Tratado de proscrição de ensaios nucleares.O namoro do Brasil com a bomba aparentemente terminara.

Na presidência de Lula da Silva, no entanto, este namoro foi reacendido, e os brasileiros estão se tornando cada vez menos reticentes em brincar com a sua própria opção nuclear. Apenas alguns meses depois da posse de Lula em 2003, o país retomou oficialmente o desenvolvimento de um submarino de propulsão nuclear.

Mesmo durante sua campanha eleitoral, Lula criticou o TNP, chamando-o de injusto e obsoleto. Embora o Brasil não se retire do tratado, as condições de trabalho dos inspectores da Autoridade Internacional de Energia Atômica (AIEA)ficaram mais difíceis. A situação ficou tensa em abril de 2004, quando a agência foi negado o acesso ilimitado a uma instalação de enriquecimento de recém-construída em Resende, perto do Rio de Janeiro. O governo brasileiro também deixou claro que não tinha a intenção de assinar o protocolo adicional ao TNP, que teria exigido a abertura para inspeções não avisadas de instalações nucleares.

Em meados de Janeiro de 2009, durante uma reunião do Grupo de Fornecedores Nucleares, um grupo de países fornecedores nucleares, que trabalha para o controle das exportações de materiais nucleares, as razões para esta política restritiva tornaram-se claras para os participantes, quando representante do Brasil travou os esforços para tornar mais transparente o programa de submarino nuclear.

"Aberto a negociação"

Por que todo esse segredo? O que há a esconder no desenvolvimento de pequenos reatores para submarinos de energia, sistemas que vários países têm tido ao longo de décadas? A resposta é tão simples quanto perturbadora: o Brasil está , provavelmente, também desenvolvendo algo mais nas usinas que tenha declarado como instalações de produção de submarinos: armas nucleares. O vice-presidente José Alencar ofereceu uma razão quando defendeu abertamente a aquisição pelo Brasil de armas nucleares em setembro de 2009. Para um país com 15 mil quilômetros de fronteira e ricas reservas de petróleo no mar , disse Alencar, estas armas não só seriam um importante instrumento de "intimidação", mas também os meios para dar ao Brasil mais sua importância no cenário internacional. Quando ele foi apontado que o Brasil assinou o TNP, Alencar reagiu calmamente, dizendo que era "uma questão que podia ser objeto de negociação."

Exatamente como o Brasil poderia chegar à construção de armas nucleares? A resposta, infelizmente, é que seria relativamente fácil. Uma condição prévia para a construção de pequenos reatores para os motores de submarinos é que o material nuclear regulamentado pela AIEA seja aprovado. Mas porque o Brasil designou como áreas militares restritas suas instalações de produção para a construção de submarino nuclear, os inspectores da AIEA deixaram de ter acesso. Em outras palavras, uma vez que o urânio enriquecido fornecido legalmente passou pelo portão da fábrica, onde os submarinos nucleares estão sendo construídas, ele pode ser usado para qualquer finalidade, incluindo a produção de armas nucleares. E porque quase todos os submarinos nucleares são operados com urânio altamente enriquecido, o que também acontece com armas, o Brasil pode facilmente justificar a produção de combustível nuclear altamente enriquecido. Mesmo se não há nenhuma prova definitiva das atividades nucleares do Brasil (ainda), eventos passados sugerem que é altamente provável que o Brasil está desenvolvendo armas nucleares. Nem a proibição constitucional, nem o TNP vão impedir que isso aconteça.

Hans Rühle, 72, foi o diretor de planejamento do Ministério da Defesa alemão 1982-1988.


Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/lampreia/ ... 290218.asp

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Mai 10, 2010 3:04 pm
por Bolovo
A impressão que eu tenho é os caras tem até medo de debater esse assunto. Parece um tabu.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Mai 10, 2010 3:07 pm
por Marino
Cassio, a NOSSA reação você pode ler a partir daqui:
viewtopic.php?f=11&t=15590&start=615
A dos argentinos, dê uma olhada no ZM.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Mai 10, 2010 3:07 pm
por Edu Lopes
Marino escreveu:Edu, estamos discutindo este artigo já em umas 5 páginas. [003] [003]
Putz! Segundo fora. :oops: :oops: Tenho que acordar. Rápido.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Mai 10, 2010 3:07 pm
por Marino
:lol: :lol: :lol: :lol: :lol:
É que vc está muito preso ao tópico do FX.
Há vida fora daquele debate.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Mai 10, 2010 6:05 pm
por alexmabastos
Dividi em dois minha resposta em azul.

Senhores,

Eu ví parte do programa, e devo dizer que muito me preocupa os comentários aqui. Parece que virou palavra de ordem lutar contra os "entreguismos" ou contra a imprensa "vendida" do tucanato. E o problema de palavras de ordem é que elas eliminam a necessidade de se pensar ou discutir o assunto. É perfeitamente legítimo discutir, como brasileiros fiéis e nacionalistas, se a estratégia de conversas com o Irã é positiva ou não. É totalmente racional se perguntar se nossa atitude perante os EUA é sempre estratégica e inteligente, a favor de nossos interesses, ou se pode conter um viés ideológico, dadas as influências de pessoas como o MAG e da esquerda ideológica do PT. As respostas para ambas as questões devem ser debatidas sem preconceitos, sem armas como o "entreguismo" ou o "ufanismo", que ambos os lados parecem usar para simplismente desmerecer as considerações do outro lado, sem lhe dar o devido valor.
Devem ser debatidas sem preconceitos e baseando se em argumentos sólidos. O dito vir falar que não temos nada de estar dando pitaco neste tema é dureza! Somos do CS da ON, é obrigação.
A esquerda ideológica do PT se aproximou e ainda quer se aproximar mais ainda da europa que de outros países como Russia, China...India...( vide END ).
Não é uma questão de nacionalismo. Querem debater? Debatam com ARGUMENTOS. Não venha uns ditos pensadores num programa de TV mandar pérolas como do garoto de rua querendo bater no mais forte.


Eu não acho que deveríamos apoiar abertamente o Irã, e isso é um medo legítimo que os "tucanos" expressam repetidamente. Também entendo que há motivos para exigirmos que todos os meios diplomáticos e legítimos sejam esgotados antes da aplicação de sanções, tanto pela legalidade quanto para estabelecer um precedente quando as pressões se voltarem contra nosso programa nuclear, que é para fins pacíficos, mas é nosso, e não deve servir de desculpa para facilitar o trabalho dos serviços de inteligência estrangeiros a nosso respeito.
Está claro que o Brasíl tem o direito de falar com quem quiser, sem dever explicações ou obediência aos EUA ou à OTAN, mas também isso não quer dizer que devamos, ou que seja do nosso maior interesse fazê-lo sempre, nem que seja por birra ou ideologismo. Até agora, a posição oficial do país tem sido bem medida, e as pressões que ocorrem são normais no jogo da diplomacia. Mas o debate sobre o assunto não pode se tornar uma unanimidade burra como desejam os pró-tudo-que-o-cara-diz, senão, quando ele errar, vamos todos para o brejo com ele... Debate honesto e respeitoso, de ambas as partes, não faz mal a ninguém.(não estou dizendo que a imprensa ou a TV sejam sempre respeitosos. Não são. Mas espero motivar os colegas no forum a pesar mais seus pensamentos antes de soltar as mesmas respostas pausterizadas do "partido")
Você assistiu ao programa? O dipl. do GF disse claramente que não estamos a favor do Irã. Estamos a favor do que defendemos para nós e queremos dar tempo para tentarmos resolver sem sanções. O que incomoda outros países é a possibilidade de resolvermos o assunto por lá (com TODAS AS DEVIDAS GARANTIAS IRANIANAS) e ganharmos mercado e influência num país rico de petroleo, que precisa de tudo e que pode depois comprar nosso urânio. Sairíamos como um país extremamente legítimo em pertencer ao CS pleno. Estes países nunca mais vão deixar uma empresa americana, inglesa...explorar petroleo lá por exemplo. Dá lhe Petrobras...
Diversos países apoiam a tentativa brasileira. É um tema extremamente complicado pois mexe com a mesa do jogo, e não mais no jogo em questão.

Allan

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Mai 10, 2010 6:35 pm
por Rock n Roll
cassiosemasas escreveu:Saudações moçada!!!

Então o que dizer da avaliação do senhor Hans, mas o que me deixou mais impressionado foi ver como os hermanos reagem a isso la na argentina.


SAÙDE!!!


BRASIL!!!



Edu Lopes escreveu:
O Brasil está desenvolvendo a bomba atômica?

Transcrevo abaixo, sem comentários, um inquietante artigo sobre o programa nuclear brasileiro publicado na importante revista alemã Der Spiegel em 7 de maio passado:

O Brasil está desenvolvendo a bomba?

Por Hans Rühle

O Brasil assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear, mas especialistas suspeitam que pode estar trabalhando em uma bomba. O país pode legalmente enriquecer urânio para seus submarinos nucleares, mas ninguém sabe o que acontece com o combustível, uma vez que é confinado em bases militares.

Em outubro de 2009, a prestigiosa revista Foreign Policy publicou um artigo intitulado "As Futuras potências nucleares" Segundo o autor, o Cazaquistão, Bangladesh, Birmânia, os Emirados Árabes Unidos e Venezuela são os próximos candidatos - depois do Irã - para a filiação no clube das potências nucleares. Apesar de seus argumentos interessantes, o autor deixou de mencionar o mais importante: o Brasil.

Atualmente, o Brasil é tido em grande estima pelo resto do mundo. Seu presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, tornou-se uma estrela no cenário internacional. "Esse aqui é o cara", disse certa vez o presidente Barack Obama, em louvor do seu homólogo brasileiro. Lula, como é conhecido, ainda pode dar-se ao luxo de receber o presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinedjá, com todas as honras e aprovar o seu programa nuclear, embora o Irã esteja agora isolado em todo o mundo.

A confiança de Lula da Silva é um indicativo da auto-afirmação do Brasil no status de grande potência - inclusive em termos militares. Isto se reflete no documento Estratégia Nacional de Defesa, que foi publicado no final de 2008. Além do domínio do ciclo completo do combustível nuclear - que já foi alcançado - o documento solicita a construção de submarinos de propulsão nuclear.

Parece inofensivo, mas não é, porque o termo "submarinos de propulsão nuclear" pode na verdade ser um disfarce para um programa de armas nucleares. O Brasil já teve três programas nucleares militares secretos, entre 1975 e 1990. A abordagem da Marinha provou ser o mais bem sucedido: com centrífugas importadas de alto desempenho para produzir urânio altamente enriquecido de hexafluoreto de urânio, de modo a ser capaz de operar pequenos reactores para submarinos. No momento oportuno, o país poderia ter usado suas recém-adquiridas capacidades nucleares para conduzir uma "explosão nuclear pacífica", baseado no exemplo da Índia. O buraco de 300 metros (984 pés) destinado ao teste já havia sido perfurado na Serra do Cachimbo. De acordo com declarações do ex-presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear, em 1990, os militares brasileiros estava à beira da construção de uma bomba.

Mas nunca chegou a esse ponto. Durante a democratização do Brasil, os programas nucleares secretos foram efetivamente abandonadas. Sob a Constituição do país em 1988, as atividades nucleares eram restritas a "fins pacíficos". O Brasil ratificou o Tratado para a Proscrição das Armas Nucleares na América Latina e no Caribe em 1994 e, em 1998,assinou o Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) e o Tratado de proscrição de ensaios nucleares.O namoro do Brasil com a bomba aparentemente terminara.

Na presidência de Lula da Silva, no entanto, este namoro foi reacendido, e os brasileiros estão se tornando cada vez menos reticentes em brincar com a sua própria opção nuclear. Apenas alguns meses depois da posse de Lula em 2003, o país retomou oficialmente o desenvolvimento de um submarino de propulsão nuclear.

Mesmo durante sua campanha eleitoral, Lula criticou o TNP, chamando-o de injusto e obsoleto. Embora o Brasil não se retire do tratado, as condições de trabalho dos inspectores da Autoridade Internacional de Energia Atômica (AIEA)ficaram mais difíceis. A situação ficou tensa em abril de 2004, quando a agência foi negado o acesso ilimitado a uma instalação de enriquecimento de recém-construída em Resende, perto do Rio de Janeiro. O governo brasileiro também deixou claro que não tinha a intenção de assinar o protocolo adicional ao TNP, que teria exigido a abertura para inspeções não avisadas de instalações nucleares.

Em meados de Janeiro de 2009, durante uma reunião do Grupo de Fornecedores Nucleares, um grupo de países fornecedores nucleares, que trabalha para o controle das exportações de materiais nucleares, as razões para esta política restritiva tornaram-se claras para os participantes, quando representante do Brasil travou os esforços para tornar mais transparente o programa de submarino nuclear.

"Aberto a negociação"

Por que todo esse segredo? O que há a esconder no desenvolvimento de pequenos reatores para submarinos de energia, sistemas que vários países têm tido ao longo de décadas? A resposta é tão simples quanto perturbadora: o Brasil está , provavelmente, também desenvolvendo algo mais nas usinas que tenha declarado como instalações de produção de submarinos: armas nucleares. O vice-presidente José Alencar ofereceu uma razão quando defendeu abertamente a aquisição pelo Brasil de armas nucleares em setembro de 2009. Para um país com 15 mil quilômetros de fronteira e ricas reservas de petróleo no mar , disse Alencar, estas armas não só seriam um importante instrumento de "intimidação", mas também os meios para dar ao Brasil mais sua importância no cenário internacional. Quando ele foi apontado que o Brasil assinou o TNP, Alencar reagiu calmamente, dizendo que era "uma questão que podia ser objeto de negociação."

Exatamente como o Brasil poderia chegar à construção de armas nucleares? A resposta, infelizmente, é que seria relativamente fácil. Uma condição prévia para a construção de pequenos reatores para os motores de submarinos é que o material nuclear regulamentado pela AIEA seja aprovado. Mas porque o Brasil designou como áreas militares restritas suas instalações de produção para a construção de submarino nuclear, os inspectores da AIEA deixaram de ter acesso. Em outras palavras, uma vez que o urânio enriquecido fornecido legalmente passou pelo portão da fábrica, onde os submarinos nucleares estão sendo construídas, ele pode ser usado para qualquer finalidade, incluindo a produção de armas nucleares. E porque quase todos os submarinos nucleares são operados com urânio altamente enriquecido, o que também acontece com armas, o Brasil pode facilmente justificar a produção de combustível nuclear altamente enriquecido. Mesmo se não há nenhuma prova definitiva das atividades nucleares do Brasil (ainda), eventos passados sugerem que é altamente provável que o Brasil está desenvolvendo armas nucleares. Nem a proibição constitucional, nem o TNP vão impedir que isso aconteça.

Hans Rühle, 72, foi o diretor de planejamento do Ministério da Defesa alemão 1982-1988.


Fonte: http://oglobo.globo.com/blogs/lampreia/ ... 290218.asp




Dor de corno (cornitis agudae) por perderem o contrato da MB. Se tivesse como fechado o contrato com a alemanaha o chororô seria de um gaulês. Como diz um colega aqui do DB:

CHORA VIOLA.

O reator do Sub Nuc vai ser verde e amarelo com certeza !!!!

[005] [005] [005]

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Mai 10, 2010 8:16 pm
por thiagokrioca
alexmabastos escreveu:Dividi em dois minha resposta em azul.

Senhores,

Eu ví parte do programa, e devo dizer que muito me preocupa os comentários aqui. Parece que virou palavra de ordem lutar contra os "entreguismos" ou contra a imprensa "vendida" do tucanato. E o problema de palavras de ordem é que elas eliminam a necessidade de se pensar ou discutir o assunto. É perfeitamente legítimo discutir, como brasileiros fiéis e nacionalistas, se a estratégia de conversas com o Irã é positiva ou não. É totalmente racional se perguntar se nossa atitude perante os EUA é sempre estratégica e inteligente, a favor de nossos interesses, ou se pode conter um viés ideológico, dadas as influências de pessoas como o MAG e da esquerda ideológica do PT. As respostas para ambas as questões devem ser debatidas sem preconceitos, sem armas como o "entreguismo" ou o "ufanismo", que ambos os lados parecem usar para simplismente desmerecer as considerações do outro lado, sem lhe dar o devido valor.
Devem ser debatidas sem preconceitos e baseando se em argumentos sólidos. O dito vir falar que não temos nada de estar dando pitaco neste tema é dureza! Somos do CS da ON, é obrigação.
A esquerda ideológica do PT se aproximou e ainda quer se aproximar mais ainda da europa que de outros países como Russia, China...India...( vide END ).
Não é uma questão de nacionalismo. Querem debater? Debatam com ARGUMENTOS. Não venha uns ditos pensadores num programa de TV mandar pérolas como do garoto de rua querendo bater no mais forte.


Eu não acho que deveríamos apoiar abertamente o Irã, e isso é um medo legítimo que os "tucanos" expressam repetidamente. Também entendo que há motivos para exigirmos que todos os meios diplomáticos e legítimos sejam esgotados antes da aplicação de sanções, tanto pela legalidade quanto para estabelecer um precedente quando as pressões se voltarem contra nosso programa nuclear, que é para fins pacíficos, mas é nosso, e não deve servir de desculpa para facilitar o trabalho dos serviços de inteligência estrangeiros a nosso respeito.
Está claro que o Brasíl tem o direito de falar com quem quiser, sem dever explicações ou obediência aos EUA ou à OTAN, mas também isso não quer dizer que devamos, ou que seja do nosso maior interesse fazê-lo sempre, nem que seja por birra ou ideologismo. Até agora, a posição oficial do país tem sido bem medida, e as pressões que ocorrem são normais no jogo da diplomacia. Mas o debate sobre o assunto não pode se tornar uma unanimidade burra como desejam os pró-tudo-que-o-cara-diz, senão, quando ele errar, vamos todos para o brejo com ele... Debate honesto e respeitoso, de ambas as partes, não faz mal a ninguém.(não estou dizendo que a imprensa ou a TV sejam sempre respeitosos. Não são. Mas espero motivar os colegas no forum a pesar mais seus pensamentos antes de soltar as mesmas respostas pausterizadas do "partido")
Você assistiu ao programa? O dipl. do GF disse claramente que não estamos a favor do Irã. Estamos a favor do que defendemos para nós e queremos dar tempo para tentarmos resolver sem sanções. O que incomoda outros países é a possibilidade de resolvermos o assunto por lá (com TODAS AS DEVIDAS GARANTIAS IRANIANAS) e ganharmos mercado e influência num país rico de petroleo, que precisa de tudo e que pode depois comprar nosso urânio. Sairíamos como um país extremamente legítimo em pertencer ao CS pleno. Estes países nunca mais vão deixar uma empresa americana, inglesa...explorar petroleo lá por exemplo. Dá lhe Petrobras...
Diversos países apoiam a tentativa brasileira. É um tema extremamente complicado pois mexe com a mesa do jogo, e não mais no jogo em questão.

Allan

Concordo plenamente com as suas respostas... :wink:

Ninguém por aqui é ingênuo para imaginar que os EUA querem resolver os problemas com o Irã, eles querem é que o circo pegue fogo e para isso já estão espalhando as mesmas mentiras fantasiosas de quando quiseram invadir o Iraque...

O presidente Lula entra nessa situação toda, sem o apoio da comunidade internacional e de uma parte menos informada dos Brasileiros que como o “Rubens” pensa ainda com uma mentalidade do século passado, colocando o Brasil em uma posição de subordinação aos paises ditos desenvolvidos...

Se a visão do governo for de ir além do que nos é imposto, este momento poderá ser de extrema importância...

Como foi dito pelo “Alex” o acordo bilateral a respeito da exploração de petróleo certamente seria muito lucrativa para o Brasil, mais também poderia a se tornar um serio problema com nossos visinhos do norte, pois estes vão claramente continuar a criar novas guerras por causa deste maldito petróleo.

Pergunto-me se não for com o Irã será com quem?? [085]

Se considerarmos que nós somos donos de grandes reservas de petróleo, água, e de vários tipos de matérias primas que se reservam ao nosso Brasil e principalmente em nossa Amazônia da para imaginar quem será a bola da vez...

Talvez uma arma nuclear seja até bem vinda, pois mesmo que não tenhamos que utilizá-la ainda poderia servir para intimidar, ou mesmo tornar inviável uma possível ameaça a nossa soberania...

Desculpe se fiz alguma confusão é que to de plantão de 24h aqui no hospital, e como não posso dormir e o fórum paga pato... :D

Abraço a todos...

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Mai 10, 2010 8:51 pm
por alexmabastos
O Brasil não é contra os EEUU. Todos precisam de energia. Fico com o mesmo receio de uma China sem materias primas quanto ficaria se fosse os EEUU.
O fato é que estamos crescendo, cresceremos mais e se não tivermos aqueles 3 pilares bem dispostos, seremos uma grande nação capenga, subordinada. O peso político, o econômica e o militar devem crescer por iguais.

Ter boas relações com grande detentores de petróleo não quer dizer que fecharemos torneiras. Isso é, além de tudo, barganha, poder político, poder comercial...que pode ter ganhos econômicos diretos em nossa sociedade através de melhores acordos internacionais de comércio, preços, competitividade, emprego, renda etc etc...são só mais cartas na manga. O certo seria que tais países fizessem assim tb....mas preferem trocar seus dirigentes à força.

Agora, além de tudo, temos que ver o que o Irã quer e como quer fazer...eles não podem pisar na bola com o Brasil.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Mai 10, 2010 9:51 pm
por alexmabastos
Engraçado como não caem de pau em cima da China.

http://noticias.uol.com.br/album/100510 ... fotoNav=22

Mas na Coreia do Norte tem petroleo????

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Seg Mai 10, 2010 11:17 pm
por thiagokrioca
alexmabastos escreveu:Engraçado como não caem de pau em cima da China.

http://noticias.uol.com.br/album/100510 ... fotoNav=22

Mas na Coreia do Norte tem petroleo????

se tem petroleo eu não sei... segundo wikipedia tem o país tem importantes recursos naturais e é o 18º maior produtor de ferro e zinco do mundo, tendo a 22ª maior reserva de carvão do mundo. Também é o 15ª maior produtor de fluorita e o 12º maior produtor de cobre e sal na Ásia. Outras maiores reservas naturais em produção incluem: chumbo, tungstênio, grafita, magnesita, ouro, pirita, fluorita

só achei isso...

abraço

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Ter Mai 11, 2010 12:51 am
por ninjanki
alexmabastos escreveu:Dividi em dois minha resposta em azul.

Senhores,

Eu ví parte do programa, e devo dizer que muito me preocupa os comentários aqui. Parece que virou palavra de ordem lutar contra os "entreguismos" ou contra a imprensa "vendida" do tucanato. E o problema de palavras de ordem é que elas eliminam a necessidade de se pensar ou discutir o assunto. É perfeitamente legítimo discutir, como brasileiros fiéis e nacionalistas, se a estratégia de conversas com o Irã é positiva ou não. É totalmente racional se perguntar se nossa atitude perante os EUA é sempre estratégica e inteligente, a favor de nossos interesses, ou se pode conter um viés ideológico, dadas as influências de pessoas como o MAG e da esquerda ideológica do PT. As respostas para ambas as questões devem ser debatidas sem preconceitos, sem armas como o "entreguismo" ou o "ufanismo", que ambos os lados parecem usar para simplismente desmerecer as considerações do outro lado, sem lhe dar o devido valor.
Devem ser debatidas sem preconceitos e baseando se em argumentos sólidos. O dito vir falar que não temos nada de estar dando pitaco neste tema é dureza! Somos do CS da ON, é obrigação.
A esquerda ideológica do PT se aproximou e ainda quer se aproximar mais ainda da europa que de outros países como Russia, China...India...( vide END ).
Não é uma questão de nacionalismo. Querem debater? Debatam com ARGUMENTOS. Não venha uns ditos pensadores num programa de TV mandar pérolas como do garoto de rua querendo bater no mais forte.


Eu não acho que deveríamos apoiar abertamente o Irã, e isso é um medo legítimo que os "tucanos" expressam repetidamente. Também entendo que há motivos para exigirmos que todos os meios diplomáticos e legítimos sejam esgotados antes da aplicação de sanções, tanto pela legalidade quanto para estabelecer um precedente quando as pressões se voltarem contra nosso programa nuclear, que é para fins pacíficos, mas é nosso, e não deve servir de desculpa para facilitar o trabalho dos serviços de inteligência estrangeiros a nosso respeito.
Está claro que o Brasíl tem o direito de falar com quem quiser, sem dever explicações ou obediência aos EUA ou à OTAN, mas também isso não quer dizer que devamos, ou que seja do nosso maior interesse fazê-lo sempre, nem que seja por birra ou ideologismo. Até agora, a posição oficial do país tem sido bem medida, e as pressões que ocorrem são normais no jogo da diplomacia. Mas o debate sobre o assunto não pode se tornar uma unanimidade burra como desejam os pró-tudo-que-o-cara-diz, senão, quando ele errar, vamos todos para o brejo com ele... Debate honesto e respeitoso, de ambas as partes, não faz mal a ninguém.(não estou dizendo que a imprensa ou a TV sejam sempre respeitosos. Não são. Mas espero motivar os colegas no forum a pesar mais seus pensamentos antes de soltar as mesmas respostas pausterizadas do "partido")
Você assistiu ao programa? O dipl. do GF disse claramente que não estamos a favor do Irã. Estamos a favor do que defendemos para nós e queremos dar tempo para tentarmos resolver sem sanções. O que incomoda outros países é a possibilidade de resolvermos o assunto por lá (com TODAS AS DEVIDAS GARANTIAS IRANIANAS) e ganharmos mercado e influência num país rico de petroleo, que precisa de tudo e que pode depois comprar nosso urânio. Sairíamos como um país extremamente legítimo em pertencer ao CS pleno. Estes países nunca mais vão deixar uma empresa americana, inglesa...explorar petroleo lá por exemplo. Dá lhe Petrobras...
Diversos países apoiam a tentativa brasileira. É um tema extremamente complicado pois mexe com a mesa do jogo, e não mais no jogo em questão.

Allan
Alex,
Entendí seu comentário, mas minha preocupação é a seguinte: O Irã realmente não está buscando a produção de armas nucleares? Será que não estamos sendo usados por ele, e não corremos o risco de entrar para a história como o país que não enxergou o óbvio? Podemos ter certeza disso? Eu não sei a resposta para essa pergunta(ouvi dizer que um líder religioso declarou as armas nucleares ilegais, mas não sei o peso que isso tem por lá), mas sei que o Irã é um regime estranho de governo, uma mistura de democracia, teocracia e pancadaria, e não acho muito confortável pensar que eles eventualmente tenham armas nucleares à disposição, até pelo tom absurdo que algumas vezes o presidente do Irã usou, e pelos comentários brilhantes, como por exemplo afirmar que não houve o holocausto, quando há provas mais que suficientes e verificadas de que houve. Admita que é difícil confiar uma arma nuclear à um maluco, ou no caso, a dúvida se ele quer ou não fazer uma. Entendo que temos de lutar para garantir a legitimidade do processo, e manter o TNP funcionando, sem a necessidade dos protocolos adicionais, mas continuo desconfortável em sentar no mesmo lado da mesa que o Irã...

Allan

ps. Sei que uma democracía usou duas bombas nucleares contra civís, e que portanto ninguém é santo ou seguro... Mas não confio nos Iranianos. De fato, sempre me preocupou mais o Irã doque o Iraque, porque depois da guerra do Kuwait, o Iraque acabou militarmente...

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Ter Mai 11, 2010 1:17 am
por Enlil
E q agente tradicional é digno de confiança no Oriente Médio? As petro-oligarquias medievo-teocráticas árabes? Israel, uma potência nuclear sem nenhuma inspeção em sua história, fora suas anexações de território Palestino/Sírio e crimes de guerra condenados pela comunidade Internacional? O regime de Saad na Síria? A ditadura de Mubarak no Egito? Os colaboracinistas da Autoridade Palestina ou os radicais do Hamas? É confiável um país q já atacou outros 6 da região em 62 anos? São confiáveis petro-oligarquias apoiadas por ocidentais q têm em pleno século XXI governos absolutistas? São confiáveis duas potências Ocidentais q invadem o Iraque com provas falsas para favorecer empresas de energia e um complexo industrial-militar?

Sem teatro, sem discurso para telespectadores alienados e sem senso crítico, é mais do q evidente q o atual contexto geopolítico pró-potências ocidentais do Oriente Médio está caindo de podre de tão hipócrita e oportunista q é, a paz insóluvel é o reflexo de um sistema q está estruturado para se reproduzir de forma caótica para q não haja margem para a ascenção de efetivas forças de oposição q modifiquem esse statu quo.

É exatamente isso q incomoda a ascenção de uma potência iraniana, fora desse sistema; e por isso também q incomoda a interlocução do Brasil, China, Rússia e agora Turquia.

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Ter Mai 11, 2010 1:42 pm
por Carlos Mathias
Perfito Enlil, perfeito!
Só uma pequena observação:
Sem teatro, sem discurso para telespectadores alienados e sem senso crítico
Eu trocaria o negrito discreto por:
"Sem teatro, sem discurso para telespectadores alienados e com senso crítico"
Concordas?

Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

Enviado: Ter Mai 11, 2010 7:47 pm
por Enlil
:?:

Eu quiz dizer q a mídia conservadora faz um discurso para telespectadores sem senso crítico.

Logo, sem esse discurso (para telescpectadores sem senso crítico) a casa cai para argumentos tão hipócriticas e tendenciosos.