Geopolítica Energética

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Re: Geopolítica Energética

#676 Mensagem por Túlio » Qua Ago 20, 2014 9:57 am

cabeça de martelo escreveu:Chris eu estou a tentar ter uma discussão saudável, mas sempre que chamas-me de bichinha torna-se um pouco dificil.

Por tugal não precisa do gás Russo ou Norte-Americano já que temos uma fonte relativamente estável (por agora), o norte de áfrica. Se um representante do governo Norte-Americano diz que é possível aos EUA vender gás a preços mais competitivos na UE através de Portugal, quem sou eu para dizer que sim ou que não? Eu não percebo nada disso, por isso prefiro aguardar para ver.

HAMMERHEAD, cupincha véio, te peço desculpas pelo comportamento desrespeitoso do colega. Eu não sei o que diabos está havendo, chegamos ao ponto em que dar paulada em colega está virando costume. Te peço que desconsideres, imaturidade RULES... :roll: :roll: :roll: :roll:




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Re: Geopolítica Energética

#677 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Ago 20, 2014 10:36 am

Sem stresses Túlio, se não tivesse estômago à muito tinha deixado de participar nos fóruns. Uma pessoa tem que pensar em tudo o que "tira" para não pensar nestas coisas.




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Re: Geopolítica Energética

#678 Mensagem por mmatuso » Qua Ago 20, 2014 12:13 pm

motumbo escreveu:Curioso, se não me engano havia até um gráfico mostrando que a produção americana de petróleo e gás ultrapassaria a russa.

De todo modo, no meu modo de ver, o domínio da tecnologia é que vai fazer a diferença, pq existem muitos outros países com poços que podem ser explorados.
Mas essa é a questão motumbo, ainda não é uma realidade e tudo por enquanto são estimativas para um cenário positivo e falo que tem até um pouco de marketing em cima, essa é uma matéria do washington post que saiu no começo do ano.

O jeito é esperar uns 10 ou 15 anos para ver se o processo todo vai alcançar maturidade e se vai valer a pena explorar, porque o processo pode existir mas tem que ver se é lucrativo. É que nem exploração de petróleo, ninguém extrai um "poço" por inteiro, mas até onde é lucrativo, chegando no ponto que não vale mais largam o poço e partem para outro.




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Re: Geopolítica Energética

#679 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Ago 20, 2014 1:00 pm

Só para completar, há petróleo e gás natural em Portugal, mas ainda não é lucrativo explorar esses recursos, no futuro talvez vá ser. Neste momento pelo que eu li há uma forma que já é lucrativa, mas é à Americana o que é extremamente poluidora e ainda por cima seria na costa do Algarve, zona profundamente turistica. O resultado final é que os recursos e os meios existem, só não há é vontade tanto do governo central, como das autoridades locais.




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Re: Geopolítica Energética

#680 Mensagem por motumbo » Qua Ago 20, 2014 4:40 pm

Então, o que se sabe é que nos últimos anos vem crescendo a produção pelo lado dos EUA, vários países vão optar por essa tecnologia principalmente para se ver cada vez mais livres do Oriente médio. Vamos aguardar.




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Re: Geopolítica Energética

#681 Mensagem por cabeça de martelo » Qua Ago 20, 2014 6:33 pm

Na UE o problema é mesmo com a poluição que esta forma de extração de crude faz no meio ambiente (dizem eles).




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Re: Geopolítica Energética

#682 Mensagem por akivrx78 » Dom Ago 24, 2014 9:43 pm

A China entra no “fracking” em yuans e ameaça a arma principal dos EUA

Pequim tem as maiores jazidas de gás de xisto, seguida da Argentina, Argélia, e EUA. Com isso reduziria o uso de carvão, principal contaminador da atmosfera. Mas as ameaças ambientais do “fracking” podem significar ir de mau a pior. Por outro lado, os chineses querem impor o comércio de gás de xisto em yuans. Por Marco Antonio Moreno, El Blog Salmón
25 de Agosto, 2014 - 00:40h
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A China tem as maiores jazidas de gás de xisto do mundo e está decidida a extraí-lo pela via do “fracking”. O gigante asiático enfrenta os desafios económicos e ambientais para desenvolver a fatura hidráulica numa geologia complexa e de alto custo. Mas esta opção permitir-lhe-ia abandonar o carvão, recurso pelo qual a China é acusada de ser o país que mais contamina o planeta. A China é o principal consumidor mundial de carvão, e portanto a maior fonte contaminante de dióxido de carbono. Por isso se pensa que a extração do gás de xisto poderia provocar uma viragem nas alterações climáticas e travar a deterioração ambiental, como sugere a Scientifican American. A China quer negociar o gás em yuans, ameaçando a arma principal dos Estados Unidos.

O custo de um milagre energético

O gás de xisto transformou-se na nova fonte energética dos Estados Unidos e isto tem muito a ver com a guerra do Iraque de 2003. Até antes desse conflito, o barril de petróleo era cotado em 20 dólares. Desde então, o barril de petróleo não tem parado de subir e hoje está cotado a 100 dólares, depois dos preços recorde de julho de 2008, quando chegou a 147 dólares o barril. O que levou o petróleo a subir 400 por cento em menos de uma década? Nada menos que o financiamento do “fracking”, uma tecnologia muito cara e arriscada para a saúde e o meio ambiente.

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Apesar dos riscos, o gás de xisto transformou-se num sistema de energia central dos Estados Unidos, gerando um auge económico em plena crise financeira. Quanto tempo vai durar este fenómeno? Ninguém sabe. Como também ninguém sabe os riscos reais que implica a extração do recurso a 3 mil (ou mais) metros de profundidade, que requer o uso de elementos altamente tóxicos e cancerígenos e a inevitável contaminação das camadas subterrâneas. E quando se trata de contaminação, podemos estar perfeitamente a ir de mau a pior.

O assunto não acaba aqui. Dos 7.300 biliões de pés cúbicos de gás de xisto reconhecidos pela AIA, 15,5 por cento (1.130 biliões de pés cúbicos) ficam na China (ver imagem); 802 biliões de pés cúbicos na Argentina (razão pela qual George Soros duplicou o seu investimento na YPF); 707 biliões de pés cúbicos na Argélia, enquanto os Estados Unidos entram no quarto lugar, com reservas de 650 biliões de pés cúbicos.

Um plano para abandonar o carvão

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A China produz e consome tanto carvão quanto o resto do mundo junto, como mostra esta imagem com dados da AIA. Desde 1980, a China baseou no carvão 70 por cento do seu consumo energético, sendo este elemento a principal fonte por trás do seu sólido processo de expansão das últimas três décadas. Desde 2007, deu impulso ao gás, e o consumo de gás tem crescido à taxa de 10 por cento, e os planos para os próximos anos do presidente Xi Jinping procuram expandir ainda mais o consumo do gás para diminuir o uso do carvão... e a contaminação do planeta.

A China quer impulsionar a produção de gás de xisto no país e entrar no desenvolvimento do “fracking” e a exportação de gás de xisto. No entanto, declarou que negociará o gás diretamente em yuans. Desta maneira, o dólar dos Estados Unidos começa a sofrer a ameaça de ser substituído como moeda de intercâmbio no comércio mundial de energia. O golpe atinge diretamente os petrodólares e a China já está a pagar o petróleo procedente da Rússia e do Irão em yuans. Isto significa que perto de 2 biliões de barris diários, dos 20 biliões de barris que se usam por dia, estão a ser liquidados em yuans.

Países como Angola, Sudão ou Venezuela preparam-se para seguir o exemplo da China e abandonar o dólar nas transações do petróleo, com o que a China avança na internacionalização da sua moeda. Como apontamos, uma parte cada vez maior do comércio mundial realiza-se em yuans, e a emissão de instrumentos financeiros em yuans aumenta. Nos centros financeiros do Luxemburgo, Londres, Paris e Frankfurt estão a emitir-se instrumentos financeiros em yuans e a tendência vai em aumento. O “fracking”, responsável pelo auge económico dos Estados Unidos nos últimos anos, pode também ser responsável pela derrota financeira dos Estados Unidos, ao fazer nas suas transações um olímpico abandono da nota verde, a divisa que tem servido como meio de pagamento dos recursos energéticos nos últimos 70 anos.

http://www.esquerda.net/artigo/china-en ... -eua/33862




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Re: Geopolítica Energética

#683 Mensagem por mmatuso » Dom Ago 24, 2014 9:50 pm

"A China quer impulsionar a produção de gás de xisto no país e entrar no desenvolvimento do “fracking” e a exportação de gás de xisto. No entanto, declarou que negociará o gás diretamente em yuans. Desta maneira, o dólar dos Estados Unidos começa a sofrer a ameaça de ser substituído como moeda de intercâmbio no comércio mundial de energia. O golpe atinge diretamente os petrodólares e a China já está a pagar o petróleo procedente da Rússia e do Irão em yuans. Isto significa que perto de 2 biliões de barris diários, dos 20 biliões de barris que se usam por dia, estão a ser liquidados em yuans.

Países como Angola, Sudão ou Venezuela preparam-se para seguir o exemplo da China e abandonar o dólar nas transações do petróleo, com o que a China avança na internacionalização da sua moeda. Como apontamos, uma parte cada vez maior do comércio mundial realiza-se em yuans, e a emissão de instrumentos financeiros em yuans aumenta. Nos centros financeiros do Luxemburgo, Londres, Paris e Frankfurt estão a emitir-se instrumentos financeiros em yuans e a tendência vai em aumento. O “fracking”, responsável pelo auge económico dos Estados Unidos nos últimos anos, pode também ser responsável pela derrota financeira dos Estados Unidos, ao fazer nas suas transações um olímpico abandono da nota verde, a divisa que tem servido como meio de pagamento dos recursos energéticos nos últimos 70 anos."

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Re: Geopolítica Energética

#684 Mensagem por rodrigo » Seg Ago 25, 2014 1:07 pm

Um dia alguém acerta essas previsões de abandono do dólar. Até lá, qualquer balançada que acontece, todo mundo quer dólar e ouro.




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Re: Geopolítica Energética

#685 Mensagem por Túlio » Seg Ago 25, 2014 1:30 pm

O Yuan, do mesmo modo que o certa vez ameaçador Euro, não pode de per si destronar o dólar como ele próprio fez com a Libra Esterlina. Mas incomoda um bocado, ou já esquecemos da VERDADEIRA razão político-econômica para a invasão do Iraque e fim do Saddam? O bigodudo resolveu cotar seu petróleo em Euros e isso é mau exemplo.

Aliás, se a China prosseguir neste desiderato, creio que vamos ter Guerra Fria de verdade de novo...




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Re: Geopolítica Energética

#686 Mensagem por cabeça de martelo » Ter Ago 26, 2014 12:21 pm

Túlio depois de tudo o que eu li aqui e do que eu coloquei no fórum, é impossível já não sentir que há na prática uma nova Guerra Fria, só que esta ainda não é oficial.




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Re: Geopolítica Energética

#687 Mensagem por mmatuso » Ter Ago 26, 2014 12:48 pm

Euro para mim lembra o japão que passaria os EUA como maior economia nos anos 80, mas assim como os japas os europeus nunca foram rivais dos EUA, gostam do status quo.

O que acredito mudar é que a China se tornou um rival no mesmo jogo dos EUA de capitalismo e busca uma ordem mundial nova.

Se a moeda chinesa vai alcançar algo só o tempo dirá, mas dizem as lendas que vão levar nessa a Rússia que já não se bica com os EUA, Irã e Africa, pode não ser um poder econômico maior, mas sem dúvida é uma fatia razoável de recursos naturais do mundo nesse grupo e que não utilizara o dólar para trocas diretas se tudo der certo para eles.




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Re: Geopolítica Energética

#688 Mensagem por akivrx78 » Ter Set 23, 2014 5:12 am





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Re: Geopolítica Energética

#689 Mensagem por rodrigo » Seg Out 06, 2014 1:22 pm

Na sexta-feira, acionamento de termelétricas foi o terceiro maior de todos os tempos no Brasil: 16.730 megawatts médio.

Esse recorde acontece, apesar de o Brasil estar em recessão técnica, com baixo consumo de energia pelas indústrias, e as temperaturas razoavelmente baixas.

A explicação é a seguinte: os reservatórios das hidrelétricas estão secando dia após dia.

De acordo com previsões do governo, no dia 31 de outubro o nível dos reservatórios das hidrelétricas do subsistema Sudeste/Centro-Oeste, responsável por 70% de toda energia gerada no sistema, será de 21,%, o que representa 0,2% acima do nível observado em 2001, quando houve o racionamento.




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Re: Geopolítica Energética

#690 Mensagem por Rodrigoiano » Qua Out 08, 2014 11:47 am

Aqui em Goiânia a chuva não vem e já estamos quase no fim primeiro terço de outubro!!!




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