Fórum Defesa Brasil

gabriel219 escreveu: Dom Nov 10, 2019 10:48 pm

Marcelo Ponciano escreveu: Qua Set 04, 2019 2:13 pm Excelentes questionamentos JL.

De fato, os componentes nucleares não costumam ter cooperação internacional. Ninguem coopera publicamente com outro país para fazer uma bomba atômica, um míssil balístico ou um sub nuclear. Acho mesmo que o caso do SNBR é único no mundo nesse sentido.

A mensagem é antiga, mas destaco esse ponto:

Discordo totalmente. Todo programa nuclear fora EUA, África do Sul, França e URSS (ainda existem outros), fora concebido por parcerias, como Israel, Paquistão, China, Índia, Japão, Coréia do Sul...

É muito comum, inclusive hoje em dia, parcerias sobre reatores nucleares. Nós mesmos somos membros de um Fórum Internacional e até de uma parceria para desenvolver reatores de 4ª geração.

Eu não sei, eu não estava lá para ver e desconheço fontes confiáveis que me municiem dessas informações. Se o colega as tiver compartilha conosco que será bem vindo.

Certo é que isso é algo falado e repetido pela MB todo santo dia. Inclusive nessa reportagem o Fantástico.

Portanto, se não é uma verdade universal essa premissa, certamente é em relação à MB. Ela provavelmente não encontrou parceiros que topassem compartilhar tecnologia e resolveu desenvolver sozinha.

Marcelo Ponciano escreveu: Ter Nov 12, 2019 11:52 am
Eu não sei, eu não estava lá para ver e desconheço fontes confiáveis que me municiem dessas informações. Se o colega as tiver compartilha conosco que será bem vindo.

Certo é que isso é algo falado e repetido pela MB todo santo dia. Inclusive nessa reportagem o Fantástico.

Portanto, se não é uma verdade universal essa premissa, certamente é em relação à MB. Ela provavelmente não encontrou parceiros que topassem compartilhar tecnologia e resolveu desenvolver sozinha.

É muito raro se ver reportagens que visem informar corretamente e na íntegra sobre os percalços, problemas e limitações encontradas durante o desenvolvimento dos programa de subnuc no Brasil. Daria uma reportagem de capa por assim dizer, ou um programa inteiro só para falar nisso. Mas nunca vi nenhuma mídia de tv, ou fora dela, dar-se o trabalho de fazer algo desta envergadura.

Aliás, dos 7 minutos da reportagem, menos de 2 foram usados para falar sobre o subnuc. E ainda por cima, dando realce extrema ao fato dele não carregar armas nucleares. E quando chega na parte de alguém que entende dos porquês da necessidade de submarinos e "gastar" tanto dinheiro, não deixam o cara sequer completar a frase inteira.

Enfim, mais uma puxada de saco da globo na tentativa de parecer interessada, no que de fato nunca esteve. Jornalismo bom e sério morreu neste país faz tempo.

abs

Vou tentar ser mais claro.

Programa nuclear em parcerias, com desenvolvimento de reatores, nunca foi obstáculo. Até onde sei, o PWR que a Marinha desenvolve é derivado do conhecimento adquirido através do Reator de Angra 1, que também é PWR. A arquitetura é extremamente similar.

Não falei em ajuda pra desenvolver reator pra submarino nuclear, falei no desenvolvimento de reatores para usinas nucleares.

O que seria nosso primeiro SSN:

https://www.naval.com.br/blog/2020/09/2 ... o-labgene/

talves até o final do ano que vem a marinha venha a ativar o reator.

https://www.infodefensa.com/texto-diari ... -da-nuclep

Na atualidade, a Nuclep está finalizando a construção do Bloco 40, seção onde ficará o reator do LABGENE.Essa seção deverá ser entregue até o dia 29 de abril de 2023.

Dando uma olhada nos docummentos e pdfs que eu tenho salvado sobre o Àlvaro Alberto, uma coisa me chamou a atenção, diferente da grande maioria dos SubNuc no mundo todo que ultilizam a força do turbo gerador para mover as hélices do submarino, O Àlvaro irá ultilizar um sistema turbo eletrico, no qual os turbo geradores fornecem energia a um motor elétrico que então gira as hélices, foi testado nos submarinos americanos USS Tulibee e Lipscomb e futuramente irá equipar os submarinos da classe Columbia que irão substituir os subs da classe Ohio.

É bem possivel que o LABGENE venha a ter sua primeira criticalidade em 2023 ou 2024.

Aim For The Top escreveu: Dom Jan 29, 2023 3:45 pm É bem possivel que o LABGENE venha a ter sua primeira criticalidade em 2023 ou 2024.

Túlio escreveu: Dom Jan 29, 2023 10:30 pm

Aim For The Top escreveu: Dom Jan 29, 2023 3:45 pm É bem possivel que o LABGENE venha a ter sua primeira criticalidade em 2023 ou 2024.

Que eu saiba isso quer dizer que o bicho começa a "dar lucro" em energia e que isso vai durar até que o combustível se esgote, certo? Bueno, e para que será usado este "lucro"?

Tá aí um ponto que me interessa mais que o próprio sub.

Até que a humanidade atinja a fusão nuclear sustentável (o que é pesquisado por outros países, mas ainda estão longe de conseguir), somente a energia da fissão nuclear é capaz de sustentar a nossa demanda energética mundial. Afinal de contas...energia para 8 bi de pessoas não é coisa pouca...

Aí que entra, na minha opinião, o tal do reator compacto de subs. Vários desses espalhados pelo país em mini instalações nucleares ajudaria bastante nos períodos de seca e estiagem. E geraria demanda para indústria nacional fazer manutenção desses aparelhos (e dos subs também). Resumindo: indústria, emprego, dinheiro e tecnologia!!!

Marcelo Ponciano escreveu: Dom Jan 29, 2023 10:55 pm
Tá aí um ponto que me interessa mais que o próprio sub.

Até que a humanidade atinja a fusão nuclear sustentável (o que é pesquisado por outros países, mas ainda estão longe de conseguir), somente a energia da fissão nuclear é capaz de sustentar a nossa demanda energética mundial. Afinal de contas...energia para 8 bi de pessoas não é coisa pouca...

Aí que entra, na minha opinião, o tal do reator compacto de subs. Vários desses espalhados pelo país em mini instalações nucleares ajudaria bastante nos períodos de seca e estiagem. E geraria demanda para indústria nacional fazer manutenção desses aparelhos (e dos subs também). Resumindo: indústria, emprego, dinheiro e tecnologia!!!

Algumas imagens que, pelo menos para mim, são inéditas:

https://www.infodefensa.com/texto-diari ... -da-nuclep

Na notícia tem a foto do vaso do reator e do tanque de inundação.

Túlio escreveu: Dom Jan 29, 2023 11:16 pm

Marcelo Ponciano escreveu: Dom Jan 29, 2023 10:55 pm
Tá aí um ponto que me interessa mais que o próprio sub.

Até que a humanidade atinja a fusão nuclear sustentável (o que é pesquisado por outros países, mas ainda estão longe de conseguir), somente a energia da fissão nuclear é capaz de sustentar a nossa demanda energética mundial. Afinal de contas...energia para 8 bi de pessoas não é coisa pouca...

Aí que entra, na minha opinião, o tal do reator compacto de subs. Vários desses espalhados pelo país em mini instalações nucleares ajudaria bastante nos períodos de seca e estiagem. E geraria demanda para indústria nacional fazer manutenção desses aparelhos (e dos subs também). Resumindo: indústria, emprego, dinheiro e tecnologia!!!

Creio que todo mundo com alguma capacidade de raciocinar pensa ao menos um pouquinho sobre isso; aqui no DB, até onde vi, o @gabriel219 tem sido o mais vocal (e técnico) sobre isso, ele até apareceu com uma sigla que não lembro mais mas fico pensando, módulos nas proximidades de grandes cidades e indústrias, o Progresso que isso traria, bem como a tremenda redução de custos pela desnecessidade de milhares e milhares de km de linhas de transmissão...

SMNR ou Pequenos Reatores Nucleares Modulares. Esse reator pode perfeitamente se encaixar nesse requisito.

Energia Nuclear nem é mais o futuro mas sim o presente. Seria bom se fizéssemos parceria para reatores de quarta geração, já operacionais na China e Rússia.

A Atech está envolvida no tema dos SMR, entrevista com o diretor durante a conferencia da AIEA:

...Dentre outros temas de grande relevância geopolítica, como o acordo AUKUS entre Austrália, Reino Unido e Estados Unidos, um assunto que dominou a conferência foram os “Small Modular Reactors”, reatores nucleares modulares de pequeno porte, conhecidos pela sigla SMR.

Especialistas sugerem que a tecnologia pode revitalizar a indústria de energia nuclear, fornecendo energia limpa em uma escala local, compatível com baixos níveis de emissão de carbono.

A experiência com o LABGENE pode ajudar muito neste sentido, uma vez que possui um reator de pequeno porte e que pode ser comparado a um SMR, contribuindo assim, para a construção de novas usinas.

Atualmente, a Atech participa do processo de harmonização de requisitos para plantas SMR que está sendo desenvolvido pela AIEA, que servirá de referência para o mercado internacional...

https://www.defesaaereanaval.com.br/ent ... -nucleares

sds