Fórum Defesa Brasil

faterra escreveu:

JT8D escreveu: Só lembrando que no FX-1, mesmo com 20% das ações da Embraer nas mãos dos franceses eles não levaram nada.
No caso atual a Boeing não tem nem uma açãozinha da Embraer.
Outra coisa: você acha que a Dassault tem alguma tecnologia que a Boeing já não tenha? E que a Boeing precisa da Embraer para "descobrir" o que os franceses estão fazendo?


[]´s,

JT

JT, bom dia!
A questão não é a sociedade com uma ou a parceria com outra em si, o que ganhou ou deixou de levar, mas a atitude e o momento escolhido. A meu ver, no mínimo, incovenientes.
Em 1999, a Embraer assustou todo mundo quando declarou a sociedade com os franceses assumindo publicamente a adoção do Mirage-BR como seu caça na disputa, passando a representar assim a Dassault e a pressionar os tomadores da decisão. Pelo que já li, havia um compromisso entre a Embraer e a FAB para que ela assumisse a montagem do caça ganhador. As empresas concorrentes passaram a procurar pelo país por parceiro também. A Sukhoi procurou a Avibrás para o seu Su-35 e a Lockheed a VEM/Varig para o seu F-16/BR, por exemplo.
Desta vez é a parceria com a Boeing em um momento final de definição do FX-2. O que podemos aguardar desta parceria? O que ambas declararam no anunciado pela imprensa? Pode até ser, mas...!
Não vejo nada de estranho nisto. Toda empresa protege seus projetos dos concorrentes. Se a Boeing precisa ou não da Embraer para espionar a Dassault... depende! Todos têm sempre uma carta na manga, o que atiça a curiosidade da concorrência, portanto, procurarão utilizar sempre os meios mais fáceis que têm nas mãos no momento.
Lamento muito, mas é o que penso.

Bom dia Fernando.

Entendo seu ponto de vista e respeito sua opinião. A Embraer não teria de enfrentar esses dilemas se a novela do FX já tivesse acabado. Eu pessoalmente acredito que a Embraer não tome nenhuma decisão estratégica sem a concordância do governo, mas essas coisas nunca são reveladas ao público, por motivos óbvios. Então só nos resta torcer para que eles saibam o que estão fazendo.

Abraços,

JT

Concordo com tudo o que você disse acima. Na verdade o FX-2 foi definido em 07 de setembro de 2009, pelo Lula, quando declarou que poderiam abrir as negociações com a Dassault pelo Rafale. Aconteceu que o MD/FAB e imprensa foram ligeiros em derrubar esta decisão. Agora todos padecemos pelos eternos adiamentos.

Dia de caça

Sonia Racy - O ESTADO DE SÃO PAULO"
07.julho.2012

A tendência é Dilma não aceitar convite de François Holland para visitar Paris antes das Olimpíadas de Londres. A presidente quer que Celso Amorim converse antes com a nova administração sobre os caças Rafale.

Em tempo: o governo pediu aos três finalistas da licitação que congelem suas propostas até 31 de dezembro.

Prezados,
A Sonia Racy é uma colunista do Estadão muito bem informada. Alguma idéia do que pode ocorrer após esta visita "exploratória" do CA?

1 abraço

Arataca escreveu:

Dia de caça

Sonia Racy - O ESTADO DE SÃO PAULO"
07.julho.2012

A tendência é Dilma não aceitar convite de François Holland para visitar Paris antes das Olimpíadas de Londres. A presidente quer que Celso Amorim converse antes com a nova administração sobre os caças Rafale.

Em tempo: o governo pediu aos três finalistas da licitação que congelem suas propostas até 31 de dezembro.

Prezados,
A Sonia Racy é uma colunista do Estadão muito bem informada. Alguma idéia do que pode ocorrer após esta visita "exploratória" do CA?

1 abraço

Hmm, vejamos, de acordo com o padrão das decisões tomadas até aqui no FX-2 ... nada.

[]´s,

JT

Pessoal, não foi a FAB ou o MD que deram pra tras na compra do 7 de setembro. O que houve sem ter muitos detalhes é que após o anúncio da negociação por parte do Presidente, houve um mal estar devido ao relatório não ter passado pelo estudo de viabilidade economica do Ministério da Fazenda e por parte do Planejamento,isto resultou no que sabe-se, este estudo foi concluido por volta de março deste ano. A parte dos grandes interessados foi feita, faltou até o momento presente vontade política para a compra, o motivo não sei. Uma coisa eu acho, se esse projeto estivesse associado a alguma construtora teria chances de já ter acontecido. Minha previsão(achismo puro) é que no fim do ano será anunciado o cancelamento do programa e a aquisição de algum caça usado e o inicio do estudo de fabricação de um caça nacional.

Infelizmente o Brasil padece novamente de uma descisão errada e covarde por parte do governo brasileiro, acho que a FAB deveria comprar os Mirage-2000-5 da Grécia(se eles quisessem nos vender?) ou dos EAU(que já desmonstraram interesse em nos vender), os M-2000-5 em torno de 20 células aumentar em muito o nosso fator de disuação, ou o Brasil poderia comprar como caça tampão os F-18C ou E hornets dos estoques dos EUA.
A minha pergunta que fica para os companheiros é que qual caça tampão deveria entrar no lugar dos M-2000 até a fatidica descisão seja tomada sobre o FX????

Everson Garcia escreveu: Infelizmente o Brasil padece novamente de uma descisão errada e covarde por parte do governo brasileiro, acho que a FAB deveria comprar os Mirage-2000-5 da Grécia(se eles quisessem nos vender?) ou dos EAU(que já desmonstraram interesse em nos vender), os M-2000-5 em torno de 20 células aumentar em muito o nosso fator de disuação, ou o Brasil poderia comprar como caça tampão os F-18C ou E hornets dos estoques dos EUA.
A minha pergunta que fica para os companheiros é que qual caça tampão deveria entrar no lugar dos M-2000 até a fatidica descisão seja tomada sobre o FX????

F-5M





Sds

Lord Nauta

Lord Nauta escreveu:

Everson Garcia escreveu: Infelizmente o Brasil padece novamente de uma descisão errada e covarde por parte do governo brasileiro, acho que a FAB deveria comprar os Mirage-2000-5 da Grécia(se eles quisessem nos vender?) ou dos EAU(que já desmonstraram interesse em nos vender), os M-2000-5 em torno de 20 células aumentar em muito o nosso fator de disuação, ou o Brasil poderia comprar como caça tampão os F-18C ou E hornets dos estoques dos EUA.
A minha pergunta que fica para os companheiros é que qual caça tampão deveria entrar no lugar dos M-2000 até a fatidica descisão seja tomada sobre o FX????

F-5M





Sds

Lord Nauta

Verdade kkkkkkkkkkkk!!!!

osolamaalua escreveu:Pessoal, não foi a FAB ou o MD que deram pra tras na compra do 7 de setembro. O que houve sem ter muitos detalhes é que após o anúncio da negociação por parte do Presidente, houve um mal estar devido ao relatório não ter passado pelo estudo de viabilidade economica do Ministério da Fazenda e por parte do Planejamento,isto resultou no que sabe-se, este estudo foi concluido por volta de março deste ano. A parte dos grandes interessados foi feita, faltou até o momento presente vontade política para a compra, o motivo não sei. Uma coisa eu acho, se esse projeto estivesse associado a alguma construtora teria chances de já ter acontecido. Minha previsão(achismo puro) é que no fim do ano será anunciado o cancelamento do programa e a aquisição de algum caça usado e o inicio do estudo de fabricação de um caça nacional.

O que mais se viu naqueles dias foi o NJ dando entrevistas "explicando" que a FAB não havia concluído o relatório, que sem ele não poderia anunciar nada, que deveria respeitar os procedimentos para se fechar o processo, blá... blá... blá... Esta que foi a Fazenda e o Planejamento quem estava por trás disto, para mim, é novidade. Pode até ter acontecido, sinceramente nunca ouvi esta versão. Mas quem toreou a imprensa desde o primeiro momento foi o MD e a FAB. E a operação abafa foi rápida, na mesma noite começaram a desmentir a definição do Lula.

JT, bom dia!
A questão não é a sociedade com uma ou a parceria com outra em si, o que ganhou ou deixou de levar, mas a atitude e o momento escolhido. A meu ver, no mínimo, incovenientes.
Em 1999, a Embraer assustou todo mundo quando declarou a sociedade com os franceses assumindo publicamente a adoção do Mirage-BR como seu caça na disputa, passando a representar assim a Dassault e a pressionar os tomadores da decisão. Pelo que já li, havia um compromisso entre a Embraer e a FAB para que ela assumisse a montagem do caça ganhador. As empresas concorrentes passaram a procurar pelo país por parceiro também. A Sukhoi procurou a Avibrás para o seu Su-35 e a Lockheed a VEM/Varig para o seu F-16/BR, por exemplo.
Desta vez é a parceria com a Boeing em um momento final de definição do FX-2. O que podemos aguardar desta parceria? O que ambas declararam no anunciado pela imprensa? Pode até ser, mas...!
Não vejo nada de estranho nisto. Toda empresa protege seus projetos dos concorrentes. Se a Boeing precisa ou não da Embraer para espionar a Dassault... depende! Todos têm sempre uma carta na manga, o que atiça a curiosidade da concorrência, portanto, procurarão utilizar sempre os meios mais fáceis que têm nas mãos no momento.
Lamento muito, mas é o que penso.

Se me lembro bem, era pré requisito que uma empresa estrangeira se aliasse a empresas brasileiras para entrarem na concorrência

Lord Nauta escreveu:

Everson Garcia escreveu: Infelizmente o Brasil padece novamente de uma descisão errada e covarde por parte do governo brasileiro, acho que a FAB deveria comprar os Mirage-2000-5 da Grécia(se eles quisessem nos vender?) ou dos EAU(que já desmonstraram interesse em nos vender), os M-2000-5 em torno de 20 células aumentar em muito o nosso fator de disuação, ou o Brasil poderia comprar como caça tampão os F-18C ou E hornets dos estoques dos EUA.
A minha pergunta que fica para os companheiros é que qual caça tampão deveria entrar no lugar dos M-2000 até a fatidica descisão seja tomada sobre o FX????

F-5M





Sds

Lord Nauta

Agora, e os Esquadrões que "doarem" os seus F-5M, voarão com menos unidades, ou receberão alguns ST para compensar?

Serão tempos negros para a FAB, onde os esquadrões operarão bem abaixo do seu efetivo normal!!!
O Brasil é um verdadeiro gigante com pés de barro!!!!

Para quem sonha com o -9/-5 como tampax: belo video do M-2000



Vendo esse vídeo me faz pensar por que os franceses pararam o desenvolvimento do mesmo… Imaginem um -12 (radar AESA; Sensor Fusion, IRST, MAWS, etc…). A LM tem o F-35... mas também oferece o F-16 Viper.

[]‘s

NovaTO escreveu:Para quem sonha com o -9/-5 como tampax: belo video do M-2000



Vendo esse vídeo me faz pensar por que os franceses pararam o desenvolvimento do mesmo… Imaginem um -12 (radar AESA; Sensor Fusion, IRST, MAWS, etc…). A LM tem o F-35... mas também oferece o F-16 Viper.

[]‘s

X-2

Folha de São Paulo             
OPINIÃO
Armas e política
Kenneth Maxwell


O Brasil adiou, de novo, até o fim do ano, a decisão sobre a compra de uma nova geração de caças a jato para a Força Aérea Brasileira. Há intensa concorrência entre EUA, França e Suécia pelo contrato.

A eleição do socialista François Hollande na França poderia favorecer os franceses.

Marco Aurélio Garcia, assessor de relações internacionais de Dilma Rousseff, vem alardeando suas fortes conexões com os socialistas franceses.

Ele viveu em Paris como exilado nos anos 70, e não é visto como muito simpático aos norte-americanos ou suecos. O mesmo se aplica a Celso Amorim, o ministro da Defesa, cuja desconfiança quanto aos norte-americanos é aparente já há anos.

O adiamento significa que a decisão brasileira será tomada depois que o resultado da eleição presidencial norte-americana for conhecido.

O caso dos EUA foi prejudicado pelo cancelamento de um contrato sob o qual a Força Aérea norte-americana adquiriria 20 aparelhos turboélice Super Tucano para uso da Força Aérea afegã no combate a insurgentes.

Os brasileiros acreditam que questões políticas internas dos EUA influenciaram a decisão. Políticos norte-americanos encamparam a causa de uma concorrente da Embraer, a Hawker Beechcraft.

Mas a companhia norte-americana procurou proteção contra falência, e o banco Goldman Sachs e a Onyx, companhia canadense, em um acordo com a Chinese Aviation Beijing Company, estão envolvidos nesta oferta. Boa parte da equipe econômica do presidente Obama é formada por ex-executivos do Goldman Sachs.

O argumento apresentado contra o Super Tucano é o de que a Embraer é uma companhia estrangeira, ainda que ela opere uma base na Flórida e que o contrato tenha sido concedido em uma parceria com a Serra Nevada Corporation, uma companhia norte-americana, e que os aparelhos em questão devessem ser produzidos nos Estados Unidos.

A Embraer calcula que o mercado de jatos de passageiros que tenham entre 30 e 120 lugares deva expandir-se para algo em torno de US$ 315 bilhões nos próximos 20 anos.

Os EUA responderão por 32% desse total, a Europa por 28% e a China por 15%. Em 2031, porém, a empresa calcula que o mercado asiático responderá por 34%, seguido por Europa e EUA com 21% cada um.

A Embraer recentemente assinou acordo com a Boeing para compartilhamento de know-how e análise de mercado na produção do KC-390, um modelo médio da companhia e outra exportação brasileira promissora. A Boeing é um dos concorrentes na disputa pelo contrato de caças da FAB. É evidente que há alguma coisa acontecendo.

KENNETH MAXWELL escreve às quintas-feiras nesta coluna.