Re: Carros: marcas, nacionalidade, qualidades e defeitos
Enviado: Sáb Jun 02, 2018 7:11 am
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Up! agora é mais caro que o Polo
Com reposicionamento, Volkswagen Up! agora parte de R$ 50.270. Polo começa em R$ 49.990
O preço inicial do Volkswagen Up! agora é o mais alto entre os hatches compactos da linha Volkswagen. Anteriormente tabelado a partir de R$ 39 mil, aproximadamente, o carro agora começa em R$ 50.270.
Esse valor é mais alto que o do hatch compacto topo de linha da Volkswagen, o Polo. Ele parte de R$ 49.990. E nem dá para dizer que o motor é mais potente. Em suas versões de entrada, ambos usam o mesmo 1.0.
O posicionamento dos hatches da Volkswagen, aliás, está um tanto estranho. O Fox, sem o apelo de novidade do Polo, parte dos mesmos R$ 49.990.
Já o Gol, o carro de entrada da Volks, que passou recentemente por mudanças, começa em R$ 43.840.
A Volkswagen está promovendo uma simplificação em sua linha. O Gol, agora, só tem duas versões. O mesmo ocorre com o Fox (o que pode justificar o valor de entrada igual o do Polo).
No caso do Up!, o posicionamento pode parecer ainda mais confuso. É fato que, desde seu lançamento, o carro nunca teve uma aceitação muita alta no Brasil.
No segmento de entrada, o brasileiro é racional. O Up!, assim como o Mobi, é apertado, e praticamente não tem porta-malas.
Por muitos anos, o brasileiro comprou o Uno, com características semelhantes. Porém, ele tinha preço muito competitivo (era o carro mais barato do Brasil). Com a chegada do Mobi, a Fiat reposicionou o veterano, e não deu certo. Ele despencou no ranking de vendas (confira detalhes aqui).
Nova linha Up!
O Up!, agora, fica ainda mais caro que o Uno. Na verdade, a tabela está cerca de R$ 8 mil mais alta. Isso porque saiu de linha aquela que era a versão de entrada, Take Up!
Agora, a opção mais em conta é a Move Up!, e já com um bom pacote de equipamentos. O modelo sai de fábrica com ar-condicionado, retrovisores, vidros e direção elétrica e sensor de estacionamento traseiro.
Com o motor 1.0 turbo, a tabela vai a R$ 55.700. Há ainda as opções Cross (a partir de R$ 58.730) e Pepper (R$ 59.240 iniciais).
As versões Cross e Pepper têm apenas o motor 1.0 turbo.
Reposicionamento do Up!
Não dá mais para considerar o Up! um rival de Mobi e do Kwid. Para comparação, o preço do VW é superior ao Renault topo de linha (que sai por pouco menos de R$ 42 mil).
Em minha análise, a Volkswagen quer transformar o Up! em algo parecido com o Fiat 500. Um carro compacto, urbano e bem equipado. E de nicho (ou seja: com vendas baixas).
A Fiat tentou fazer isso com o Mobi, e não deu certo. Nos primórdios do carrinho, a ideia vendida na concessionárias da marca era de que o modelo tinha apelo de design, era para pessoas descoladas, guiadas pelo fator emocional na compra.
A montadora teve de recuar, no entanto. Primeiramente, essa ideia não convenceu o consumidor. Além disso, a Fiat tinha pretensões de altos volumes, não de fazer do Mobi um carro de nicho.
Hoje, ele foi reposicionado como o carro que realmente é: popular de entrada. Seu preço inicial é bem semelhante ao do Kwid, aliás. O Fiat parte de R$ 32.590 e o Renault, de R$ 32.590.
Com o Up! pode dar certo? Pode sim. O carro é mais moderno, tecnológico e, principalmente na versão turbo, agrada muito os entusiastas.
A estratégia é boa, mas desde que a VW esteja mesmo pretendendo transformar o Up! em carro de nicho. Atualmente, seus volumes já não impressionam. Em maio, somou 1.447 emplacamentos e foi apenas o 43º veículo mais vendido do Brasil.
Mas fica a dúvida: será que é justificada a produção local de um compacto de nicho? A conta fecha? Vamos aguardar os próximos passos da Volkswagen.
http://jornaldocarro.estadao.com.br/pri ... o-de-polo/
Oficial: Toyota Yaris chega por R$ 59.590 - veja versões, conteúdos e preços
Com motores 1.3 e 1.5, e transmissão automática do tipo CVT, vem atuar entre Etios e Corolla
Agora é oficial: o Toyota Yaris finalmente está entre nós. A marca japonesa apresentou o modelo nesta noite (7) à imprensa e ao público (por meio de sua página no Facebook). Como adiantamos no começo do dia, será vendido nas versões hatchback e sedã, com preços que variam entre R$ 59.590 e R$ 79.990, com motorização 1.3 e 1.5, para ficar posicionado entre o Etios e o Corolla. Estará nas concessionárias de todo o país a partir do dia 21 de junho.
O Yaris hatch entrará no segmento dos compactos mais equipados, como Ford Fiesta, Honda Fit e Volkswagen Polo, enquanto o sedã irá disputar espaço com Chevrolet Cobalt, Honda City e Volkswagen Virtus, na faixa de preços entre R$ 55 mil e R$ 80 mil. A Toyota está mirando muito mais sua arquirrival Honda do que as demais, colocando valores bem próximos do Fit e City.
O novo modelo tem parentesco forte com o Etios, incluindo plataforma, motores e transmissão manual (o CVT vem do Corolla) O hatch mede 4,14 m de comprimento, 1,73 m de largura e 1,50 de altura. O porta-malas tem capacidade para 310 litros. Já o sedã tem 4,42 m de comprimento e 1,47 m de altura, enquanto o entre-eixos é de 2,55 m (mesmo do hatch), com porta-malas de 473 l.
A motorização passou por mudanças na calibração em relação ao Etios e ganhou um novo sistema de exaustão. O 1.3 agora gera 101 cv e 12,9 kgfm de torque, enquanto o 1.5 conta com 110 cv e 14,9 kgfm, com etanol. A transmissão manual é a mesma do Etios, com 6 marchas, mas deixa de lado o câmbio automático de 4 posições para a adotar o mesmo CVT utilizado pelo Corolla, que simula 7 marchas. A suspensão está 13 milímetros mais alta do que o modelo asiático, mudança feita pela equipe de engenharia da marca no Brasil, para ficar mais confortável e aguentar as ruas brasileiras.
O Yaris adota a nova central multimídia da Toyota, que foi desenvolvida em parceria com a Harman-Kardon. Utiliza uma tela de 7 polegadas com espelhamento de smartphone. Embora a Apple finalmente tenha anunciado que dará suporte a outros navegadores por GPS ao utilizar o Apple CarPlay, a Toyota desenvolveu uma forma de utilizar o Waze e o TomTom pelo iOS.
A Toyota espera vender 6 mil unidades do Yaris por mês, sendo 45% do sedã e 55% do hatchback. A versão manual existe apenas para ter um modelo de entrada, já que a marca acredita que as configurações com câmbio CVT responderão por 95% das vendas. No mix de versões, a Toyota espera que as XL Plus Tech, XS e XLS sejam as mais procuradas, com destaque para a XL Plus Tech (que pode ter 28% de participação). A XL CVT terá apenas 17%, enquanto a XL manual corresponderá a apenas 5% dos emplacamentos.
O motivo de apostar neste segmento, para a Toyota, é bem claro. Os compactos tiveram 186.800 unidades emplacadas entre janeiro e abril de 2017, enquanto a faixa premium (com mais de 100 cv e preços acima de R$ 60 mil) emplacou 89.500. Neste ano, os compactos "premium" cresceram 47%, com 131.700 unidades emplacadas. A marca mira nos clientes do Corolla que querem algo diferente ou têm interesse em adquirir um carro da Toyota, mas não queria algo tão simples quanto o Etios. Pretendem atrair clientes em torno dos 35 anos, mais exigente, que entende de carros e está em ascensão, considerando a qualidade do carro como item obrigatório.
Toyota Yaris XL (1.3 e 1.5, manual e CVT): Ar-condicionado, direção eletroassistida progressiva, computador de bordo com 7 funções, cinto de segurança de três pontos para todos os bancos, controle de estabilidade e tração, assistente de partida em rampas, controle de cruzeiro, volante multifuncional, rodas de liga leve de 15” com pneus 185/60 R15, vidros elétricos com função one-touch, acendimento automático dos faróis, alarme e apoio de cabeça para todos os assentos.
Toyota Yaris XL Plus Tech (1.3 e 1.5 CVT): Todos os itens do Yaris XL e adiciona chave presencial, central multimídia com tela de 7 polegadas com 2 alto-falantes, apoio de braço com porta-copo, e ar-condicionado digital.
Toyota Yaris XS (1.5 CVT): Acrescenta câmera de ré, computador de bordo com 8 funções, comandos no volante para o computador de bordo e central multimídia, volante e acabamento em couro, rodas de liga leve de 15” com pneus 185/60 R15, e paddle-shift atrás do volante para trocas manuais de marcha.
Toyota Yaris XLS (1.5 CVT): Ganha sete airbags (2 frontais, 2 laterais, 2 de cortina e 1 de joelho para o motorista), faróis com projetor e máscara negra, lanternas de LED, sensor de chuva, teto solar, rebatimento elétrico dos retrovisores e maçanetas cromadas.
https://motor1.uol.com.br/news/244335/t ... ancamento/
Enfim o câmbio automático está combinado ao motor 1.0 TSI, mas será que vale a pena ou é melhor ficar no Polo completão?
Quem já dirigiu o Golf 1.0 TSI sabe que só faltava uma coisa: o câmbio automático. Agora não falta mais. Além da leve mudança no visual, o hatch médio produzido no Paraná ganhou o mesmo conjunto mecânico do Polo 1.0 TSI, que inclui a recalibração do motor. Ele recebeu mais itens de série desde a versão de entrada, mas também ficou mais caro. Será que vale a pena abraçar o Golf de entrada ou ficar com o Polo top de linha? É isso que vamos responder agora.
O que é?
Versão de entrada da linha, este Golf tem no conjunto mecânico as novidades mais significativas. Ele vem equipado com o recalibrado motor 200 TSI (1.0 Turbo com injeção direta), que gera potência de 128 cv a 5.500 rpm com etanol (116 cv/gasolina) e 200 Nm (20,4 kgfm) de torque, com gasolina ou etanol, a partir de 2.000 rpm. Ele é associado ao câmbio automático de 6 marchas, caixa AQ250-6F, com conversor de torque e opção de troca manual na alavanca ou pelas aletas no volante. Câmbio manual e motor 1.6 aspirado? Só no Polo. De agora em diante, o Golf tem somente câmbio automático e motores turbo.
Além do powertrain, o Golf 2018 traz uma leve reestilização, com direito a novos para-choques, faróis que mudam o desenho dos elementos internos e ganham luzes de uso diurno de LED. Na traseira, as lanternas são em LED com nova assinatura noturna. São mudanças tão sutis que só serão notadas pelos fãs do carro, passando despercebidas nas ruas.
Por dentro, a novidade fica por conta da central Composition Media, que já vem de série com tela sensível ao toque de 8" e App-Connect com Android Auto e Apple CarPlay integrados. Mais recheado, o Golf de entrada traz câmera traseira, 7 airbags, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, bloqueio eletrônico do diferencial EDS e XDS+, controle eletrônico de estabilidade (ESC), Sistema de Frenagem Automática Pós-Colisão (Automatic Post-Collision Braking System), ar-condicionado e direção elétrica.
Sensores de chuva e crepuscular e sistema “coming&leaving home”, retrovisor interno eletrocrômico, piloto automático e novas rodas de liga leve aro 16" polegadas também são de série.
Mas há um porém... Sabe aquele painel digital, grande e bonitão que é oferecido na linha Polo? Na linha Golf, quem quiser, terá que comprar o GTI. Não é oferecido nem como opcional.
Como anda?
Ao assumir o posto de comando do Golf, tudo está como antes. A nova central multimídia, com acabamento em cinza escuro (no lugar do prata), e o volante multifuncional revestido em couro (de série) são as únicas novidades. O acabamento segue muito bem feito, com material emborrachado no painel, porta-objetos das portas revestido com carpete e a boa ergonomia dos comandos já conhecida. Tudo que é ponto de crítica no acabamento do Polo, aqui no Golf é elogio. Até aquela falta de acabamento na parte inferior do banco do irmão menor não aparece no Golf.
O Golf 1.0 TSI manual era um carro muito bem acertado. Com câmbio automático a coisa não é diferente. O motor "mil" turbo entrega quase 90% do torque (17,8 kgfm) a apenas 1.500 rpm, ou seja, você tem força suficiente em baixa rotação para arrancar com muita tranquilidade. Aliás, as arrancadas com este conjunto chegam a lembrar as do 1.4. Dirigimos em um trecho urbano na cidade de São Paulo, inclusive com ladeiras de respeito e situações de trânsito que exigiam aquela agilidade para mudar de faixa. Com a direção elétrica bem calibrada, o Golf 1.0 TSI tem folego suficiente para cumprir essas tarefas com tranquilidade. A calibração deste motor com o câmbio é basicamente a mesma do Polo, com trocas de marcha dentro do tempo esperado, inclusive quando feitas pelas borboletas.
O que muda em relação ao Polo é o comportamento dinâmico. Embora seja construído sobre a mesma plataforma, o Golf é mais refinado em tudo. É mais silencioso, aparenta ter mais rigidez na carroceria e a suspensão é ligeiramente mais firme, sem ser desconfortável. No Golf você consegue curtir mais em uma condução esportiva, com a sensação de carro no chão. Além da posição para dirigir ser melhor, você tem mais espaço para as pernas.
O único momento que você lembra que está no Golf 1.0 é quando encara uma ladeira mais íngreme. Não falta força e você não vai passar raiva, mas precisa pisar mais no acelerador, o que fará notar o ronco do motor 3-cilindros dentro da cabine. As reduções são feitas como esperado. Saudades do 1.6? Nunca. Em nossos testes, o modelo chegou aos 100 km/h em 10,8 segundos (contra 9,7 s do Polo) e, de acordo com a VW, a velocidade máxima é de 192 km/h.
Além do desempenho honesto, ainda tem o benefício do consumo de combustível. De acordo com nossas medições, o Golf TSI teve médias de 8,5 km/l na cidade e 12 km/l na estrada, com etanol - praticamente os mesmos números do Polo.
Quanto custa?
O ponto mais crítico do Golf está no preço. Embora seja bem equipado e entregue bom desempenho, o valor de R$ 91.790 é salgado. Estamos falando de uma diferença de R$ 16.650 para o Polo 1.0 TSI Highline (R$ 75.140) com o pacote Tech High (que adiciona o painel digital e praticamente os mesmos itens de série do irmão maior).
Além do salto em relação ao Polo, esse preço também coloca o Golf em rota de colisão com diversos SUVs, o segmento mais desejado do momento. Os números de vendas dos hatches médios também mostram que eles caminham para atender um consumidor de nicho, mais exigente em termos de dinâmica e que não deseja o espaço e a suposta robustez dos SUV.
A sensação é de que o Golf 2018 já iniciou uma transição forçada de posicionamento. É uma pena, pois este conjunto 1.0 turbo com câmbio automático caiu como uma luva no modelo. Oferece mais desempenho e economia do que o finado 1.6, tem ótima dinâmica de condução, excelente nível de equipamentos e segurança. É mais carro que o Polo, mas a diferença de preço é grande demais para quem quer subir de nível, ou apenas continuar no segmento.
https://motor1.uol.com.br/reviews/24999 ... utomatico/