Fórum Defesa Brasil

Túlio escreveu:

Marechal-do-ar escreveu:Não Túlio, o EB (quero dizer, quem tem voz de verdade lá dentro) não está interessado em MBTs, IFVs ou qualquer coisa de caráter militar, não estão interessados em uma guerra convencional e nem devem acreditar na possibilidade de uma, por mais que alguns oficiais pensem diferente, o EB hoje não é administrado como uma força de combate convencional, esse tópico nem existiria se fosse.

Ah tá, falas dos generais de gabinete & carreiristas afins: de acordo, é por aí mesmo, se depender deles o EB faz GLO o ano inteiro e uma que outra manobra só pra poder dizer que ainda é Exército; só que aos poucos estão virando MINORIA e tá cada vez mais brabo de segurar a tigrada sangue no zóio que está emergindo...

Deus lhe ouça. Demora ainda mais um pouco, mas eles chegarão lá. E tomaram que não se contaminem.

As missões da ONU lá fora estão ajudando a forjar uma nova oficialidade, e por conseguinte, uma nova mentalidade, no EB.

Infelizmente a burrocracia aqui empaca que participemos mais de uma missão por vez. Mas mesmo assim, já melhor que nada. A Ministah, e outras que as procederam nos anos 90's, já está produzindo os seus frutos.

abs.

gabriel219 escreveu:

FCarvalho escreveu:Substituir os Leo 1 pelos Leo 2 seria até procedente, em uma visão de longo prazo. O problema é que não temos essa visão - e nem perspectivas - de longo prazo, e menos ainda recursos para sustentar qualquer opção neste sentido. Seja esta ou aquela...

O problema é que não temos visão pra bosta nenhuma, nem pra míssil anticarro!
O EB tem que deixar de ser besta e esquecer esses 1A5. A própria KMW ofereceu 2A4 quando o EB procurava por mais 1A5 e sabe qual foi a resposta? "Nossas pontes não suportam", isso mesmo, um CC que pesa pouco mais que duas toneladas que o nosso M60A3.
Se não mudar a mentalidade dentro dos quartéis, não adianta.

Agora tu tocastes no nosso principal problema. E isso meu caro Gabriel, dadas a nossa realidade, nua e crua, ainda vai demorar muito tempo para acontecer.

Na verdade, uma ou duas gerações talvez.

abs.

gabriel219 escreveu:O 1A5 não vai chegar nem em 2027 operando o mínimo possível, se deixar pra comprar algo quando acabar a vida útil, não terá nada além de opções novas, ai que vai ser mais caro ainda.

Talvez, insisto, talvez, essa seja a ideia. Não de todos, mas de uns poucos com uma visão um pouco mais aberta do próprio trabalho a fim de se chegar a bom termo sobre toda esta questão.

Se vai vingar, veremos.

abs.

FCarvalho escreveu:

Marechal-do-ar escreveu:
Não posso de deixar de concordar com você. Sim, estes bldos adicionais podem ser realmente destinados a isso, também. Mas fato é que os RCB precisam de um substituto para os Leo 1A1.

Como será isso, e qual veículo os substituirão, hoje na verdade é uma incógnita. Porque nem o EB sabe.

Vamos ter que aguardar, penso eu, pelo menos até o final do ano que vem para ter realmente uma ideia do que será possível fazer. Até lá, no mais, temos apenas suposições.

abs

Não acredito em adquirir 120 Leo 1A5 para fornecer peças.

Os 3 RCB precisam de 84 Leo 1A5.

O RESTANTE fica para isso.

Mas, com certeza, se o contrato for assinado, pelo menos 84 serão utilizados não para fornecer peças, mas para SUBSTITUIR os Leo 1 antigos nos 3 RCB do Sul.

Luis Henrique, até onde sei nem a dotação dos RCB e nem dos RCC está completa, e, dos blindados que eles possuem boa parte está parada, então, embora eu não tenha detalhes em relação a essa informação, sugiro que vá com calma em relação ao otimismo.

A dotação de cada RCC é de 54 CC para cada RCC e isso está completo.
Cada RCB deve ter 28 CC, e estes deverão ser completados com 84 CC. Peças de reposição, a regra é de mais 12%, ou seja mais 10 CC.
Quanto aos 28 CC do 20º RCB, ainda não foi batido o martelo se serão trocados. La existem 60 CC M60 "spare parts".

Jauro o EB deve comprar 110 leo 1A5?

Acho que não, ou compra 84 ou compra 112 CC e mais os spare parts.

Luis Henrique e Gabriel,

Com a pressão sobre a Europa do Trump de um lado e Rússia do outro, ainda há Leopard 2 disponível para a venda?

jauro escreveu: Cada RCB deve ter 28 CC, e estes deverão ser completados com 84 CC. Peças de reposição, a regra é de mais 12%, ou seja mais 10 CC.

Ou seja, aqueles 100 que estão disponíveis em Villese dão conta e pode-se equipar a AMAN.

Luís Henrique escreveu:Não acredito em adquirir 120 Leo 1A5 para fornecer peças.
Os 3 RCB precisam de 84 Leo 1A5.
O RESTANTE fica para isso.
Mas, com certeza, se o contrato for assinado, pelo menos 84 serão utilizados não para fornecer peças, mas para SUBSTITUIR os Leo 1 antigos nos 3 RCB do Sul.

Eu tendo a crer que esta é a lógica, por isso coloquei o 'também' no final da frase.
Mesmo porque, as fotos que apareceram por aqui dos bldos italianos mostrava eles com caixas ao lado dos mesmos, nas quais estariam, supõem-se, peças e acessórios para os mesmos.
Quero crer que o EB não vá se dá o trabalho de comprar mais de 100 CC's para se dar o trabalho de desmontá-los todos aqui para fazer peças de reposição.

abs.

knigh7 escreveu:Luis Henrique e Gabriel,

Com a pressão sobre a Europa do Trump de um lado e Rússia do outro, ainda há Leopard 2 disponível para a venda?

Existe e bastante opções, isso te afirmo.

Não estão mais interessados em manter Leopard 2, mas sim desenvolver o próximo e já estão bem empenhados nisso.

FCarvalho escreveu:

gabriel219 escreveu:O 1A5 não vai chegar nem em 2027 operando o mínimo possível, se deixar pra comprar algo quando acabar a vida útil, não terá nada além de opções novas, ai que vai ser mais caro ainda.

Talvez, insisto, talvez, essa seja a ideia. Não de todos, mas de uns poucos com uma visão um pouco mais aberta do próprio trabalho a fim de se chegar a bom termo sobre toda esta questão.

Se vai vingar, veremos.

abs.

O problema é a consequência que um ato totalmente irresponsável desse vai trazer pro futuro. Corremos um seríssimo risco de não operarmos carros de combate até 2030.

knigh7 escreveu:Luis Henrique e Gabriel,

Com a pressão sobre a Europa do Trump de um lado e Rússia do outro, ainda há Leopard 2 disponível para a venda?

Sim.

A Finlândia tinha 139 2A4.
Em 2014 comprou 100 2A6NL da Holanda e colocou quase todos os 2A4 na reserva.
Deve ter em torno de 100 2A4 dando sopa na Finlândia

A Espanha tem 108 2A4.
Depois eles receberam os novos 2A6+, construídos localmente (219 unidades) e colocaram os 108 2A4 na reserva.
Ofereceram para o Peru em 2013.
Portanto tem em torno de 108 2A4 dando sopa na Espanha.

A Suíça adquiriu 380 2A4. 134 foram Modernizados para um padrão de blindagem equivalente ao 2A6M, porém sem a troca de canhão. 12 foram convertidos em veículos especializados. 42 foram vendidos de volta para a Rheinmethal. Os restantes estão estocados. São cerca de 192 2A4 dando sopa na Suíça.

A Alemanha, eu não sei. Mas acredito que possua 2A4 e 2A5 dando sopa também.
A Suécia, por exemplo, operou 160 2A4 da Alemanha, através de contrato de Leasing. Não operam mais.
Onde foram parar esses 160 2A4? Talvez foram vendidos para outro país, talvez estejam dando sopa na Alemanha.
Em 2015 a Croácia estava negociando com a Alemanha a aquisição de cerca de 50 2A5 dos estoques alemães.
Tem MAIS 2A4 e 2A5 dando sopa por ai.

Mas, apenas os 3 países que eu citei, da um total de 400 2A4, o que seria SUFICIENTE para dotar TODOS os RCC e TODOS os RCB do Exército Brasileiro, ainda sobrariam 72 unidades para serem distribuídas para centros de treinamentos e utilizadas como Spare Parts.

A Finlândia adquiriu em 2014 100 2A6 por 200 mi de euros.
Portanto, acredito que da para ADQUIRIR os 2A4 e MODERNIZAR para um padrão de blindagem EQUIVALENTE AO 2A6, por MENOS de 2 mi cada.
Não precisa trocar o canhão. Apenas melhorar blindagem lateral, proteção contra minas e IED reforçada e alguns sistemas e eletrônica mais nova.
Eu faria isso.

Primeiro: Adquiriria todos os 400
Depois modernizaria 328, com os trabalhos realizados, de preferência, AQUI.

Eu aproveitaria a presença da KMW no Brasil e traria para o Brasil mais blindados alemães num acordo que garantisse a completa manutenção local até o desenvolvimento de um novo blindado de lagartas nacional por essa empresa (coisa pra daqui uns 15~20 anos). Padronizaria o Leopard 1A5 em todos os RCB (não sei se aproveitaria os M60), colocaria o Leopard 2A4 nos RCC e traria também uns Marder 1A3 pra equipar pelo menos os BIB. Ficaria parecendo a força blindada chilena: