Fórum Defesa Brasil

Bolovo escreveu:Olha, agora vou dar uma opinião séria sobre o assunto.

Tudo se passa no que a FAB quer, no que a FAB pensa. Eu atualmente penso que a FAB quer um caça completo, que possa opera-lo, modifica-lo, sem ressalvas, sem complicações, até as asas começarem a se desfragmentar. Tá, e o que é isso na prática? Esqueçam idéias mirabolantes de caças de quinta geração, fábrica de motores, fábrica de armamentos e essas coisas que a gente lê por aí. Pode até ser que o governo pense nisso (MU e cia), mas creio eu, que a FAB não, está preocupada com outras coisas.

Então o que a FAB quer?

A FAB quer o código fonte dos aviões, para poder modificar o software dos computadores de bordo dos aviões. E que melda é essa? É um monte de código que fica escrito em linguagem C, coloca um, tira o outro, modifica esse e tal, simples assim, a FAB quer ter acesso a isso. Pra quê? Para, se quiser, poder colocar um míssil nacional, sem ter que pedir isso ao dono do código fonte, para ter que fazer isso no país de origem; para colocar um míssil francês sem ter que mandar o avião pra França; para colocar um pod de interferência sem ter que fazer isso em White Sands nos EUA, essas coisas. O passado da FAB é lotado desses causos, se ferraram muito com isso, aprenderam na pele a coisa. E por fim, a manutenção 100% feita aqui. Não querem ter que mandar o motor fazer revisão no país de origem, não querem pagar uma nota num óleo lubrificante X, porque só esse funciona, não querem usar uma pastilha de freio que é feito com galhos secos de arvores raras do sul de Lesoto. Pode parece babaca, mas se todos os aviões não tiverem uma maldita pastilha de freio, eles não decolam, só para entender a situação.

Agora, analisando os caças que passaram a RFP, acho que tudo isso foi muito bem avaliado.

Creio que qualquer um dos três cumprem isso.

Cunha escreveu:Desculpa o off-topic, mas eu não podia deixar de postar:

Super Flanker nosso, que estais no papel
Santificado seja vossos motores.
Venha a nós o vosso sobrevôo,
Seja feito em realidade
Assim na Sibéria quanto no céu.
O SU-35 sonhado um dia nos dai hoje.
Perdoai-nos os nossos atrasos
Assim como nós perdoamos a Rosboronexport
E não nos deixeis adquirir outro avião
Mas livrai-nos principalmente do Tio Sam.
Amén.


PS: Encontrei essa em um blog (não lembro o nome) ontem.

Santiago escreveu:

Bolovo escreveu:Olha, agora vou dar uma opinião séria sobre o assunto.

Tudo se passa no que a FAB quer, no que a FAB pensa. Eu atualmente penso que a FAB quer um caça completo, que possa opera-lo, modifica-lo, sem ressalvas, sem complicações, até as asas começarem a se desfragmentar. Tá, e o que é isso na prática? Esqueçam idéias mirabolantes de caças de quinta geração, fábrica de motores, fábrica de armamentos e essas coisas que a gente lê por aí. Pode até ser que o governo pense nisso (MU e cia), mas creio eu, que a FAB não, está preocupada com outras coisas.

Então o que a FAB quer?

A FAB quer o código fonte dos aviões, para poder modificar o software dos computadores de bordo dos aviões. E que melda é essa? É um monte de código que fica escrito em linguagem C, coloca um, tira o outro, modifica esse e tal, simples assim, a FAB quer ter acesso a isso. Pra quê? Para, se quiser, poder colocar um míssil nacional, sem ter que pedir isso ao dono do código fonte, para ter que fazer isso no país de origem; para colocar um míssil francês sem ter que mandar o avião pra França; para colocar um pod de interferência sem ter que fazer isso em White Sands nos EUA, essas coisas. O passado da FAB é lotado desses causos, se ferraram muito com isso, aprenderam na pele a coisa. E por fim, a manutenção 100% feita aqui. Não querem ter que mandar o motor fazer revisão no país de origem, não querem pagar uma nota num óleo lubrificante X, porque só esse funciona, não querem usar uma pastilha de freio que é feito com galhos secos de arvores raras do sul de Lesoto. Pode parece babaca, mas se todos os aviões não tiverem uma maldita pastilha de freio, eles não decolam, só para entender a situação.

Agora, analisando os caças que passaram a RFP, acho que tudo isso foi muito bem avaliado.

Creio que qualquer um dos três cumprem isso.

Manutencao das turbinas GE do SH e Gripen -> Celma (GE)
Manutencao das turbinas Snecma -> ?

orestespf escreveu:Já me decidi: enquanto caça, ficaria com o Gripen ou até mesmo o F-18 por estar mais maduro, mas acho que o Rafale seria o "mais adequado", não necessariamente "o melhor". Primeiro o País, depois as preferências e gostos pessoais.

Se o Orestes estiver surtado, joguem a "boinha" pra salvá-lo, mas acho que estou sendo racional, pelo menos tentando!


Sds,

Orestes


PS: alguns maquiavelicamente dirão que fiz esta escolha para passar o "azar" do SU-35 ter perdido para o Rafale, mas não é isso.

projeto escreveu:

Santiago escreveu: Manutencao das turbinas GE do SH e Gripen -> Celma (GE)
Manutencao das turbinas Snecma -> ?

Turbomeca do Brasil, grupo Safran?

Bolovo escreveu:Olha, agora vou dar uma opinião séria sobre o assunto.

Tudo se passa no que a FAB quer, no que a FAB pensa. Eu atualmente penso que a FAB quer um caça completo, que possa opera-lo, modifica-lo, sem ressalvas, sem complicações, até as asas começarem a se desfragmentar. Tá, e o que é isso na prática? Esqueçam idéias mirabolantes de caças de quinta geração, fábrica de motores, fábrica de armamentos e essas coisas que a gente lê por aí. Pode até ser que o governo pense nisso (MU e cia), mas creio eu, que a FAB não, está preocupada com outras coisas.

Então o que a FAB quer?

A FAB quer o código fonte dos aviões, para poder modificar o software dos computadores de bordo dos aviões. E que melda é essa? É um monte de código que fica escrito em linguagem C, coloca um, tira o outro, modifica esse e tal, simples assim, a FAB quer ter acesso a isso. Pra quê? Para, se quiser, poder colocar um míssil nacional, sem ter que pedir isso ao dono do código fonte, para ter que fazer isso no país de origem; para colocar um míssil francês sem ter que mandar o avião pra França; para colocar um pod de interferência sem ter que fazer isso em White Sands nos EUA, essas coisas. O passado da FAB é lotado desses causos, se ferraram muito com isso, aprenderam na pele a coisa. E por fim, a manutenção 100% feita aqui. Não querem ter que mandar o motor fazer revisão no país de origem, não querem pagar uma nota num óleo lubrificante X, porque só esse funciona, não querem usar uma pastilha de freio que é feito com galhos secos de arvores raras do sul de Lesoto. Pode parece babaca, mas se todos os aviões não tiverem uma maldita pastilha de freio, eles não decolam, só para entender a situação.

Agora, analisando os caças que passaram a RFP, acho que tudo isso foi muito bem avaliado.

Creio que qualquer um dos três cumprem isso.

Santiago escreveu:
A manutencao das Snecma M53 dos M2000 da FAB eh feita na Turbomeca do Brasil?

projeto escreveu:

Santiago escreveu:
A manutencao das Snecma M53 dos M2000 da FAB eh feita na Turbomeca do Brasil?

Não, melhor ainda, é feita pela FAB, em Anápolis.
Aliás, procure sobre o contrato de manutenção dos Mirage 2000 que terá uma bela surpresa, tipo CLS.
Nada a ver com Mirage III, a FAB está aprendendo Jacques.

[]'s

Santiago escreveu:

projeto escreveu: Não, melhor ainda, é feita pela FAB, em Anápolis.
Aliás, procure sobre o contrato de manutenção dos Mirage 2000 que terá uma bela surpresa, tipo CLS.
Nada a ver com Mirage III, a FAB está aprendendo Jacques.

[]'s

Todos os niveis de manutencao?

[]s

*

* Photo (High Definition)

Paris, 11 July 2008 – Dassault Aviation, Snecma and Thales announce that the contract with the Brazilian Ministry of Defence to maintain the Mirage 2000 aircraft operated by the Brazilian Air Force is now effective.
In close partnership with end users the three manufacturers provide repair and support services from the Annapolis airbase in Brazil where the Mirage 2000 fleet is located. These added value “door-to-door” services encompass the platform and the whole aircraft equipment maintenance.
This type of contract significantly reduces turnaround times. The Brazilian Air Force thus benefits from higher levels of service performance, leading in turn to increased availability of its Mirage 2000 fleet.
This improvement is achieved by simplifying logistics management processes and by industry taking full responsibility for the equipment and system repairs on a door-to-door basis.
The partners have successfully operated multi-year fixed-price support contracts with the French Air Force for several years. They now plan to make this proven expertise and experience available to other Air Forces.
About Dassault Aviation, Snecma et Thales
Dassault Aviation
In the past sixty years, Dassault Aviation has delivered more than 7500 civil and military aircraft to 75 countries, logging some 20 million-flight hours to date. This unique worldwide experience has allowed Dassault Aviation to build up considerable expertise in the design, development, production, sale and support of all types of aircraft and a recognized and demonstrated know-how, innovative operational solutions, as well as a pragmatic and dynamic approach to co-operation. Within the frame of a step-by-step approach initiated several years ago, its know-how in the field of systems technologies and airborne vectors allow the company to propose the best cost-efficient solutions to the users. Thanks to a pragmatic approach in its partnerships, Dassault Aviation has been able to establish a wide cooperation network with other companies, which is not only optimised for the success of today’s programmes, but also contributing to the synergy of tomorrow’s defence industries.
Snecma
Snecma, SAFRAN group, is one of the world’s leading manufacturers of aircraft and space engines, with a wide range of propulsion systems on offer. The company designs and builds commercial aircraft engines that are powerful, reliable, economical and environmentally friendly, along with military aircraft engines that have always delivered world-class performance. Snecma develops and produces propulsion systems and equipment for launch vehicles and satellites. CFM56 engines are produced and marketed by CFM International, a 50/50 joint company between General Electric and Snecma (SAFRAN Group).
Thales
Thales is a leading international electronics and systems group, addressing defence, aerospace and security markets worldwide. Thales’ leading-edge technology is supported by 22,000 R&D engineers who offer a capability unmatched in Europe to develop and deploy field-proven mission-critical information systems. To this end, the group’s civil and military businesses develop in parallel and share a common base of technologies to serve a single objective: the security of people, property and nations. The group builds its growth on its unique multi-domestic strategy based on trusted partnerships with national customers and market players, while leveraging its global expertise to support local technology and industrial development. Thales employs 68,000 people in 50 countries with 2007 revenues of €12.3 billion..

projeto escreveu:[ quote="Santiago"]

projeto escreveu: Não, melhor ainda, é feita pela FAB, em Anápolis.
Aliás, procure sobre o contrato de manutenção dos Mirage 2000 que terá uma bela surpresa, tipo CLS.
Nada a ver com Mirage III, a FAB está aprendendo Jacques.

[]'s

Todos os niveis de manutencao?

[]s

Santiago escreveu:
O inclui em cada nivel?

[]s

orestespf escreveu:Já me decidi: enquanto caça, ficaria com o Gripen ou até mesmo o F-18 por estar mais maduro, mas acho que o Rafale seria o "mais adequado", não necessariamente "o melhor". Primeiro o País, depois as preferências e gostos pessoais.

Se o Orestes estiver surtado, joguem a "boinha" pra salvá-lo, mas acho que estou sendo racional, pelo menos tentando!


Sds,

Orestes

PS: alguns maquiavelicamente dirão que fiz esta escolha para passar o "azar" do SU-35 ter perdido para o Rafale, mas não é isso.

cb_lima escreveu:

orestespf escreveu:Já me decidi: enquanto caça, ficaria com o Gripen ou até mesmo o F-18 por estar mais maduro, mas acho que o Rafale seria o "mais adequado", não necessariamente "o melhor". Primeiro o País, depois as preferências e gostos pessoais.

Se o Orestes estiver surtado, joguem a "boinha" pra salvá-lo, mas acho que estou sendo racional, pelo menos tentando!


Sds,

Orestes

PS: alguns maquiavelicamente dirão que fiz esta escolha para passar o "azar" do SU-35 ter perdido para o Rafale, mas não é isso.

Mas mestre,

Voce foi um dos que sempre disse o quanto nao gostava do Rafale, o radar ser isso e aquilo e conversar com fulano e ciclano que tinham acesso ao tal de um relatorio que falava coisas horrendas sobre o Rafale e no fim a sua escolha recai sobre ele?

Isso est'a cheirando a dor de cotovelo Flankista ... mas nao se preocupe, voce ainda pode mudar de opniao



[]s e bola para frente!

CB_Lima