Um dos pontos principais é a blindagem e esse ai me parece ter uma equivalente ao do 1A5 ou pouca coisa pior.pmicchi escreveu:Levando em conta seus comentários e mais duas coisas:
- o nosso principal cenario para um combate blindado é a regiao Sul
- temos necessidade de uma força leve de alta mobilidade e poder de fogo, de preferencia anfibia e aerotransportável
Não seria melhor investir em carros de combate leves SOBRE LAGARTAS com bom poder de fogo?
Um exemplo é o ZTQ-105 (http://www.military-today.com/tanks/new ... t_tank.htm)
Ele não substitui um MBT MAS não seria um melhor complemento para as necessidades do EB do que uma versão armada do Guarani?
Leopard 1A5 do EB
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Re: Leopard 1A5 do EB
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Re: Leopard 1A5 do EB
Ok, você não deve ter lido tudo sobre a seção terrestre, então, especialmente para você, não custa repetir.pmicchi escreveu:Não seria melhor investir em carros de combate leves SOBRE LAGARTAS com bom poder de fogo?
Um exemplo é o ZTQ-105 (http://www.military-today.com/tanks/new ... t_tank.htm)
Ele não substitui um MBT MAS não seria um melhor complemento para as necessidades do EB do que uma versão armada do Guarani?
A sua ideia nõa é má, alias, grandes potências já investiram em ideias semelhantes, a URSS na forma do PT-76 e os EUA na forma do AGS, e as duas ideias falharam em relação a resultados práticos, e o teste foi o Vietnã.
No fim, a falta de blindagem adequada faz com que as perdas desse tipo de veículo tornem ele inviável, os veículos sobre rodas tem um outro tipo de vantagem: a mobilidade estratégica, embora eles sejam tão vulneráveis quanto e ainda tenham dificuldade com o terreno eles tem a inegável vantagem de estarem onde precisam estar.
Então, resumindo, veículos leves sobre lagartas não tem tanta blindagem quanto deveriam ter, mas, veículos leves sobre rodas também não tem, mas estão no local antes que qualquer outro veículo, então, ganham quando a pergunta é ter alguma coisa ou não ter nada.
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Re: Leopard 1A5 do EB
Creio que esta parte da sua fala resume bem o pensamento do EB quanto a questão da necessidade quase que imperativa do investimento na VBR-LR e na família Guarani. E principalmente na relação desta família com as bgdas de cav mec do EB e a combinação de RCB + RCM.Marechal-do-ar escreveu:Então, resumindo, veículos leves sobre lagartas não tem tanta blindagem quanto deveriam ter, mas, veículos leves sobre rodas também não tem, mas estão no local antes que qualquer outro veículo, então, ganham quando a pergunta é ter alguma coisa ou não ter nada.
Eu tenho cá para mim que a união de uma bgda cav mec e outra de inf mec seria mais do que suficiente para dotar, por exemplo, a região nordeste com algum tipo de defesa crível, até a chegada de tropas mais pesadas, e não simplesmente servir de "pau de arara" para a infantaria em outras regiões, como não é de hoje visto as tropas daquela região.
RCC são muito bons e muito divertidos de se ter, mas sem um adversário que justifique a sua existência de fato no outro lado da fronteira - que é o nosso caso desde o século XIX - penso que as Bgdas Cav Mec equipadas na íntegra com a nova família Guarani e VBTP-SL e versões, mais um CC atual, deveriam ser a ponta de lança da cavalaria blda do EB. São muito mais funcionais, leves o suficiente, flexíveis em termos de emprego operacional e muito menos custosas de se manter.
Uma reorganização da cav blda neste termos podeira nos dar a possibilidade, inclusive, de dispor de CC's em todo o território nacional, principalmente ao longo de nossas fronteiras secas, desde Mato Grosso até o Rio Grande do Sul. Uma por estado fronteiriço já estava bom demais, acompanhada de uma bgda cav mec. Com menos de 150 CC equiparíamos as 5 bgdas Cav Mec e ainda teríamos espaço para dotar outras bgdas com estes mesmos CC's em outras regiões. Ou seja, pelo que se supõe vamos comprar e/ou dispor de Leo IA5 no curto prazo, para equipar apenas undes que ficarão restritas a região sul em sua maioria, podermos ter undes bldas pelo país inteiro e a preços de CC quiçá novos.
Já seria um grande avanço em termos de reorganização do nosso pensamento estratégico militar. Uma luz para finalmente abandonarmos de vez o olhar que nos ainda nos prende ao século XIX em termos militares.
abs.
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Re: Leopard 1A5 do EB
Concordo, mas de pouco vale se o terreno não permite sua utilização, seja de MBTs ou de blindados sobre rodas. Usei de proposito esse exemplo de tanque leve chinês pois eles tem uma boa parte do territorio sul com terrenos praticamente impossiveis para MBTs. Certamente, eles consideram o uso combinado desses tanques leves com unidades mais pesadas e outras leves sobre rodas, aeromóveis, etc. O exemplo serve pra gente, na proporção das nossas necessidades.Marechal-do-ar escreveu:Ok, você não deve ter lido tudo sobre a seção terrestre, então, especialmente para você, não custa repetir.pmicchi escreveu:Não seria melhor investir em carros de combate leves SOBRE LAGARTAS com bom poder de fogo?
Um exemplo é o ZTQ-105 (http://www.military-today.com/tanks/new ... t_tank.htm)
Ele não substitui um MBT MAS não seria um melhor complemento para as necessidades do EB do que uma versão armada do Guarani?
A sua ideia nõa é má, alias, grandes potências já investiram em ideias semelhantes, a URSS na forma do PT-76 e os EUA na forma do AGS, e as duas ideias falharam em relação a resultados práticos, e o teste foi o Vietnã.
No fim, a falta de blindagem adequada faz com que as perdas desse tipo de veículo tornem ele inviável, os veículos sobre rodas tem um outro tipo de vantagem: a mobilidade estratégica, embora eles sejam tão vulneráveis quanto e ainda tenham dificuldade com o terreno eles tem a inegável vantagem de estarem onde precisam estar.
Então, resumindo, veículos leves sobre lagartas não tem tanta blindagem quanto deveriam ter, mas, veículos leves sobre rodas também não tem, mas estão no local antes que qualquer outro veículo, então, ganham quando a pergunta é ter alguma coisa ou não ter nada.
Imagino que os M-41 atendiam bem essa necessidade no passado. e talvez tenha ficado uma lacuna.
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Re: Leopard 1A5 do EB
Houve projetos para substituir o M-41, mas foram cancelados, por mais romântica que a ideia de um tanque leve possa parecer, esse conceito teve seu teste (Vietnã, que o terreno não é dos mais amigáveis) e o resultado não agradou, então, não é questão do M-41 ter deixado uma lacuna a questão é que ele mesmo não preenchia lacuna nenhuma.
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Re: Leopard 1A5 do EB
Não é a toa que o mundo todo substituiu não só os tanques leves como também os médios e os pesados por um só modelo, o conceito de Main Battle Tank que surgiu nos anos 70.
Todo mundo fez isso: os EUA, o Reino Unido, a França, a Alemanha, a Rússia etc. Acredito que deva ter um porquê, não?
Todo mundo fez isso: os EUA, o Reino Unido, a França, a Alemanha, a Rússia etc. Acredito que deva ter um porquê, não?
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Re: Leopard 1A5 do EB
Excelente comentário! Resume bastante a questão.Bolovo escreveu:Não é a toa que o mundo todo substituiu não só os tanques leves como também os médios e os pesados por um só modelo, o conceito de Main Battle Tank que surgiu nos anos 70.
Todo mundo fez isso: os EUA, o Reino Unido, a França, a Alemanha, a Rússia etc. Acredito que deva ter um porquê, não?
Tanque leve, hoje em dia, é carro de combate de pobre! Os principais exércitos do mundo aboliram o conceito. O que tais países tem que mais se aproxima a este conceito são os veículos blindados de reconhecimento sobre rodas. Cuja função não é de combater carros de combate (como os antigos caça-tanques), mas dar apoio de fogo à infantaria mecanizada.
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Re: Leopard 1A5 do EB
Vejas bem, não é que eu discorde de ti, o problema que vejo é que queres, ao menos aparentemente, ter algo simplesmente por ter e te fixaste no Leo2A4 sem estudar que vantagens poderia (ou não) ter para nós no mundo Real. Vou repetir de modo resumido algo que já postei - vai saber onde - de maneira bem detalhada anteriormente:Luís Henrique escreveu:O debate aqui está muito interessante.
Independente de quem é melhor Leo 1A5 ou TAM, eu ainda acho um absurdo o Brasil possuir um MBT EQUIVALENTE ao argentino e ainda mais manter uma EQUIVALÊNCIA QUANTITATIVA.
Sendo um país bem maior economicamente e territorialmente, se os Argentinos possuem cerca de 300 MBT, nós deveríamos possuir, pelo menos, o DOBRO.
E com vantagens QUALITATIVAS também.
Uma vez que as forças armadas argentinas estão quase quebradas, não DEVERIA servir de parâmetro para nós.
Desde o século XIX foram sendo estabelecidas as ameaças ao Brasil e como combatê-las. Eram:
SÉCULO XIX:
1 - Vizinhos (inimigo externo) - Éramos uma Monarquia de origem Portuguesa em meio a um grupo bastante instável de Repúblicas resultantes do desmanche das colônias Espanholas na América do Sul. Lutavam constantemente entre si e contra nós. Culminou na Guerra do Paraguai quando, após a Vitória Final, ficou estabelecido que se deveria estar sempre em condições de enfrentar a vizinhança, talvez até mais de um ao mesmo tempo mas jamais todos juntos, eis que demasiado desunidos e mesmo demasiado hostis entre si para isso.
2 - Povo (inimigo interno) - Constantes revoltas e movimentos independentistas/separatistas mostraram que o Povo era perigoso à integridade nacional. Após a derrota dos últimos movimentos de cunho separatista, ficou estabelecido que se deveria estar sempre em condições de enfrentar qualquer tipo de insurreição popular.
E foi com estas noções de Capacidades de Defesa que entramos no
SÉCULO XX:
Já tínhamos experiência, oriunda do século anterior, de que disputas com a Potência Regional (EUA) e as Grandes Potências Mundiais (principalmente Inglaterra e França) podiam ser facilmente resolvidas pela Diplomacia, tendo sido perdido no final do século XIX em territórios pouco menos de 20.000 km² para uma delas (Inglaterra), que no entanto havia tomado para sua Guiana Inglesa cerca de 33.000 km²; por mediação do Rei da Itália, pouco mais de 13.000 km² nos foram devolvidos.
Então, em meados da segunda década, surge a terceira ameaça:
3 - Ataques por parte de grandes potências (inimigo externo) - Apesar de oficialmente neutro, o Brasil apoiava a Inglaterra, comerciando com ela e mesmo colocando navios mercantes à sua disposição. Isso levou a Alemanha a liberar seus submarinos para afundar nossos navios. A já mencionada Ameaça 2 (Povo) também ressurgiu, na forma de violentas manifestações populares, a favor e contra a participação do Brasil na guerra. Assim, com apoio principalmente de Inglaterra e França, o País pôde se defender dos ataques Alemães; do Povo já sabia se defender sozinho.
Ainda na primeira metade do século, nova grande conflagração e nós novamente sob ataque Alemão. Desta vez o aliado - até hoje - que realmente segurou as pontas foi os EUA. Após a Vitória Final (onde não ficamos só no Plano Calógeras mas efetivamente mandamos forças para lutar em terras Europeias), a resposta para a Ameaça 3 estava definida: diante de um ataque por parte de uma grande potência, os EUA nos acudiriam.
Assim, ao longo do século XX, todo o planejamento, treinamento, Doutrina e equipamento (e mesmo ações) de nossas FFAA estiveram voltados para o enfrentamento - sós ou com a ajuda de grandes potências, primeiro Inglaterra e França, depois os EUA - das 3 Ameaças citadas. Isso perdura até hoje (e justifica plenamente o Leo1A5, p ex), mas...
SÉCULO XXI - UMA PROSPECÇÃO
A - O FATOR LULA
Movido por seu imenso ego e, deste modo, decidido a deixar marca indelével de sua passagem pelo governo (no que foi muito bem sucedido, até em vias onde não esperava que ocorresse) o citado ex-presidente, que assumiu em 2003, decidiu adotar um maior protagonismo nas relações internacionais, coisa da qual mal se falava no Brasil. Demoliu o até então vigente "pragmatismo responsável", coisa tão indefinida quanto o próprio nome e, em tese sob os auspícios da ONU mas na prática dos EUA, obteve o comando da MINUSTAH que, por bem mais de uma década, somou a maior quantidade de tropas que o Brasil deslocou para o exterior desde a 2GM.
B - O CRIME ORGANIZADO
Desde finais do século anterior, o progressivo abandono pelo Estado de comunidades inteiras foi criando um vácuo de poder, ocupado pela criminalidade. Com a popularização dos telefones celulares e da internet, já neste século, o crime começou a se sofisticar e mesmo ganhar ares empresariais. Ante a omissão do Estado em criar políticas eficazes de reocupação dos espaços abandonados e criação de melhores capacidades de Segurança Pública, as própria Forças Armadas foram chamadas - e o são cada vez mais - a intervir, com as chamadas Ações GLO. Passaram então a identificar uma nova ameaça, a 4 (na verdade uma variação da 2), na forma do Crime Organizado.
C - A CRISE POLÍTICA
Esta, praticamente eterna no Brasil, se agudizou ali pela metade do segundo mandato da sucessora de Lula, Dilma Roussef, causando inclusive seu Impeachment. Os escândalos e casuísmos para encobri-los não se reduziram, ao contrário, aumentaram exponencialmente, tornando vulnerável a própria essência do Estado de Direito. A situação, cada vez mais insustentável, chegou a um ponto crítico com as declarações do General Mourão, falando abertamente em golpe militar e sem ser sequer repreendido. Ao mesmo tempo, foi anunciado aqui mesmo no DB que, mesmo com crise econômica, as FFAA começam a se preparar para nova intervenção externa, desta vez provavelmente na República Centro Africana (RCA), TO muito mais complicado e perigoso do que o Haiti. A Missão também o é, agora não se trata de simples manutenção mas de IMPOSIÇÃO de paz. Somando-se isso ao iminente final da MINUSTAH, é muito difícil não chegar à conclusão de que as FFAA se impuseram ao Poder Civil - podre até a medula - e, como condição para não intervirem de vez na situação política, receberem novas e mais complexas comissões no exterior. Lugares problemáticos onde desdobrar e empregar forças não faltam no perigoso mundo de hoje, bem como solicitações da ONU e, com o tempo, dos EUA (em suas famigeradas coalizões). E eis que finalmente chegamos ao ponto, onde abandonamos o off-topic e retornamos ao tema:
AMEAÇA 5 - Proteção de forças desdobradas em missões de combate em TOs no exterior - Ásia, África e Oriente Médio (até a América Latina) são lugares necessitados de intervenções da ONU, mas é suicídio se envolver lá na base do improviso, com armas e equipamentos de segunda mão ou de duvidosa qualidade. São lugares infestados de RPGs, Msls AT, minas e IEDs, e tudo isso manejado por pessoal que passou a maior parte da vida lutando contra forças superiores, tendem a levar ao limite tanto homens quanto armas e equipamentos. Com os primeiros (lotes de) sacos pretos retornando ao Brasil, ou de preferência como prevenção a isso (difícil mas...), o treinamento, as técnicas e táticas usadas por nossas FFAA terão que evoluir muito. Ante a necessidade de emprego de MBTs, será visto que Leo1A5 (diante das ameaças citadas anteriormente) é apenas um custoso caixão, com péssimo efeito propagandístico; mesmo o 2A4¹ ou versões mais antigas do Abrams e de MBTs Russos não gozam de alta estima neste tipo de missão, sendo usados apenas por quem não tem opção e pode se dar ao luxo de sequer ter que explicar baixas à sua população. Nosso caso é muito diferente, lembremos de 2010: num único dia morreram dezoito militares Brasileiros. Poucos problemas ocorreram, se é que houve algum. É que faleceram numa tragédia natural, um terremoto que matou cerca de 200 MIL pessoas. Como teria sido se, num único dia, dezoito de nossos militares fossem a óbito NO EXTERIOR por ação direta de forças inimigas, metralhados, bombardeados, torrados dentro de blindados de fraca proteção? Creio que o resultado seria bem diferente...
Assim, concluo dizendo que, a se confirmar o envolvimento cada vez mais aprofundado de nossas FFAA em ações realmente de guerra e no exterior, ou a aquisição de equipamentos up-to-date, desde armas leves até blindados e peças de artilharia será inevitável, ou o dito envolvimento se encerrará de maneira bastante precoce. No primeiro caso, outra coisa inevitável será passarmos a contar com FFAA de alto nível e progressiva retirada do objeto deste tópico, o Leopard 1, dos nossos RCCs/RCBs, assumindo o seu lugar blindados realmente de meter medo (neutralizando de vez as Ameaças 1 e 2) na cambada; no segundo caso a convulsão social é que será inevitável e, com as FFAA agora desacreditadas e desmoralizadas, pouco poderão fazer.
Aguardemos, pois. SE de fato partir a missão de Imposição de Paz rumo a um País conflagrado e com tudo para piorar ainda mais e SE as FFAA compreenderem que não é mais o Haiti e solicitarem (e receberem) o que é realmente necessário, teremos muitos debates pela frente, sobre coisas que ainda sequer imaginamos possíveis.
¹ - Leo2A4 só se for assim, e fica mais caro que 2A7:
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
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Re: Leopard 1A5 do EB
Sou mais o 2A4 que propus ao Luís Henrique véio, cupincha. E não é para assustar vizinho (nem precisa muito para isso, não recordas da CRUZEX 2006, quando o conjunto F-5M + Derby BVR + AEW&C deram um pau nos Mirage 2000-5 com AWACS e tudo? Logo em seguida até a FACh botou tudo o que era caça no ar), é para o acima proposto e que advém, em suas partes finais, de muitas charlas que tive com Oficiais subalternos e superiores (no normal ia de Ten a TC, Inf Bld/Mec e Cav), onde enjoei de ouvir termos como "Coalizão" e "Imposição de Paz". A tigrada descobriu que está em outro nível, treinando para final de campeonato e não quer saber de ficar - como as gerações anteriores, menos preparadas - só na torcida ou, no melhor dos casos, no banco: QUEREM JOGAR!!!
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Re: Leopard 1A5 do EB
Túlio escreveu:Vejas bem, não é que eu discorde de ti, o problema que vejo é que queres, ao menos aparentemente, ter algo simplesmente por ter e te fixaste no Leo2A4 sem estudar que vantagens poderia (ou não) ter para nós no mundo Real. Vou repetir de modo resumido algo que já postei - vai saber onde - de maneira bem detalhada anteriormente:Luís Henrique escreveu:O debate aqui está muito interessante.
Independente de quem é melhor Leo 1A5 ou TAM, eu ainda acho um absurdo o Brasil possuir um MBT EQUIVALENTE ao argentino e ainda mais manter uma EQUIVALÊNCIA QUANTITATIVA.
Sendo um país bem maior economicamente e territorialmente, se os Argentinos possuem cerca de 300 MBT, nós deveríamos possuir, pelo menos, o DOBRO.
E com vantagens QUALITATIVAS também.
Uma vez que as forças armadas argentinas estão quase quebradas, não DEVERIA servir de parâmetro para nós.
Desde o século XIX foram sendo estabelecidas as ameaças ao Brasil e como combatê-las. Eram:
SÉCULO XIX:
1 - Vizinhos (inimigo externo) - Éramos uma Monarquia de origem Portuguesa em meio a um grupo bastante instável de Repúblicas resultantes do desmanche das colônias Espanholas na América do Sul. Lutavam constantemente entre si e contra nós. Culminou na Guerra do Paraguai quando, após a Vitória Final, ficou estabelecido que se deveria estar sempre em condições de enfrentar a vizinhança, talvez até mais de um ao mesmo tempo mas jamais todos juntos, eis que demasiado desunidos e mesmo demasiado hostis entre si para isso.
2 - Povo (inimigo interno) - Constantes revoltas e movimentos independentistas/separatistas mostraram que o Povo era perigoso à integridade nacional. Após a derrota dos últimos movimentos de cunho separatista, ficou estabelecido que se deveria estar sempre em condições de enfrentar qualquer tipo de insurreição popular.
E foi com estas noções de Capacidades de Defesa que entramos no
SÉCULO XX:
Já tínhamos experiência, oriunda do século anterior, de que disputas com a Potência Regional (EUA) e as Grandes Potências Mundiais (principalmente Inglaterra e França) podiam ser facilmente resolvidas pela Diplomacia, tendo sido perdido no final do século XIX em territórios pouco menos de 20.000 km² para uma delas (Inglaterra), que no entanto havia tomado para sua Guiana Inglesa cerca de 33.000 km²; por mediação do Rei da Itália, pouco mais de 13.000 km² nos foram devolvidos.
Então, em meados da segunda década, surge a terceira ameaça:
3 - Ataques por parte de grandes potências (inimigo externo) - Apesar de oficialmente neutro, o Brasil apoiava a Inglaterra, comerciando com ela e mesmo colocando navios mercantes à sua disposição. Isso levou a Alemanha a liberar seus submarinos para afundar nossos navios. A já mencionada Ameaça 2 (Povo) também ressurgiu, na forma de violentas manifestações populares, a favor e contra a participação do Brasil na guerra. Assim, com apoio principalmente de Inglaterra e França, o País pôde se defender dos ataques Alemães; do Povo já sabia se defender sozinho.
Ainda na primeira metade do século, nova grande conflagração e nós novamente sob ataque Alemão. Desta vez o aliado - até hoje - que realmente segurou as pontas foi os EUA. Após a Vitória Final (onde não ficamos só no Plano Calógeras mas efetivamente mandamos forças para lutar em terras Europeias), a resposta para a Ameaça 3 estava definida: diante de um ataque por parte de uma grande potência, os EUA nos acudiriam.
Assim, ao longo do século XX, todo o planejamento, treinamento, Doutrina e equipamento (e mesmo ações) de nossas FFAA estiveram voltados para o enfrentamento - sós ou com a ajuda de grandes potências, primeiro Inglaterra e França, depois os EUA - das 3 Ameaças citadas. Isso perdura até hoje (e justifica plenamente o Leo1A5, p ex), mas...
SÉCULO XXI - UMA PROSPECÇÃO
A - O FATOR LULA
Movido por seu imenso ego e, deste modo, decidido a deixar marca indelével de sua passagem pelo governo (no que foi muito bem sucedido, até em vias onde não esperava que ocorresse) o citado ex-presidente, que assumiu em 2003, decidiu adotar um maior protagonismo nas relações internacionais, coisa da qual mal se falava no Brasil. Demoliu o até então vigente "pragmatismo responsável", coisa tão indefinida quanto o próprio nome e, em tese sob os auspícios da ONU mas na prática dos EUA, obteve o comando da MINUSTAH que, por bem mais de uma década, somou a maior quantidade de tropas que o Brasil deslocou para o exterior desde a 2GM.
B - O CRIME ORGANIZADO
Desde finais do século anterior, o progressivo abandono pelo Estado de comunidades inteiras foi criando um vácuo de poder, ocupado pela criminalidade. Com a popularização dos telefones celulares e da internet, já neste século, o crime começou a se sofisticar e mesmo ganhar ares empresariais. Ante a omissão do Estado em criar políticas eficazes de reocupação dos espaços abandonados e criação de melhores capacidades de Segurança Pública, as própria Forças Armadas foram chamadas - e o são cada vez mais - a intervir, com as chamadas Ações GLO. Passaram então a identificar uma nova ameaça, a 4 (na verdade uma variação da 2), na forma do Crime Organizado.
C - A CRISE POLÍTICA
Esta, praticamente eterna no Brasil, se agudizou ali pela metade do segundo mandato da sucessora de Lula, Dilma Roussef, causando inclusive seu Impeachment. Os escândalos e casuísmos para encobri-los não se reduziram, ao contrário, aumentaram exponencialmente, tornando vulnerável a própria essência do Estado de Direito. A situação, cada vez mais insustentável, chegou a um ponto crítico com as declarações do General Mourão, falando abertamente em golpe militar e sem ser sequer repreendido. Ao mesmo tempo, foi anunciado aqui mesmo no DB que, mesmo com crise econômica, as FFAA começam a se preparar para nova intervenção externa, desta vez provavelmente na República Centro Africana (RCA), TO muito mais complicado e perigoso do que o Haiti. A Missão também o é, agora não se trata de simples manutenção mas de IMPOSIÇÃO de paz. Somando-se isso ao iminente final da MINUSTAH, é muito difícil não chegar à conclusão de que as FFAA se impuseram ao Poder Civil - podre até a medula - e, como condição para não intervirem de vez na situação política, receberem novas e mais complexas comissões no exterior. Lugares problemáticos onde desdobrar e empregar forças não faltam no perigoso mundo de hoje, bem como solicitações da ONU e, com o tempo, dos EUA (em suas famigeradas coalizões). E eis que finalmente chegamos ao ponto, onde abandonamos o off-topic e retornamos ao tema:
AMEAÇA 5 - Proteção de forças desdobradas em missões de combate em TOs no exterior - Ásia, África e Oriente Médio (até a América Latina) são lugares necessitados de intervenções da ONU, mas é suicídio se envolver lá na base do improviso, com armas e equipamentos de segunda mão ou de duvidosa qualidade. São lugares infestados de RPGs, Msls AT, minas e IEDs, e tudo isso manejado por pessoal que passou a maior parte da vida lutando contra forças superiores, tendem a levar ao limite tanto homens quanto armas e equipamentos. Com os primeiros (lotes de) sacos pretos retornando ao Brasil, ou de preferência como prevenção a isso (difícil mas...), o treinamento, as técnicas e táticas usadas por nossas FFAA terão que evoluir muito. Ante a necessidade de emprego de MBTs, será visto que Leo1A5 (diante das ameaças citadas anteriormente) é apenas um custoso caixão, com péssimo efeito propagandístico; mesmo o 2A4¹ ou versões mais antigas do Abrams e de MBTs Russos não gozam de alta estima neste tipo de missão, sendo usados apenas por quem não tem opção e pode se dar ao luxo de sequer ter que explicar baixas à sua população. Nosso caso é muito diferente, lembremos de 2010: num único dia morreram dezoito militares Brasileiros. Poucos problemas ocorreram, se é que houve algum. É que faleceram numa tragédia natural, um terremoto que matou cerca de 200 MIL pessoas. Como teria sido se, num único dia, dezoito de nossos militares fossem a óbito NO EXTERIOR por ação direta de forças inimigas, metralhados, bombardeados, torrados dentro de blindados de fraca proteção? Creio que o resultado seria bem diferente...
Assim, concluo dizendo que, a se confirmar o envolvimento cada vez mais aprofundado de nossas FFAA em ações realmente de guerra e no exterior, ou a aquisição de equipamentos up-to-date, desde armas leves até blindados e peças de artilharia será inevitável, ou o dito envolvimento se encerrará de maneira bastante precoce. No primeiro caso, outra coisa inevitável será passarmos a contar com FFAA de alto nível e progressiva retirada do objeto deste tópico, o Leopard 1, dos nossos RCCs/RCBs, assumindo o seu lugar blindados realmente de meter medo (neutralizando de vez as Ameaças 1 e 2) na cambada; no segundo caso a convulsão social é que será inevitável e, com as FFAA agora desacreditadas e desmoralizadas, pouco poderão fazer.
Aguardemos, pois. SE de fato partir a missão de Imposição de Paz rumo a um País conflagrado e com tudo para piorar ainda mais e SE as FFAA compreenderem que não é mais o Haiti e solicitarem (e receberem) o que é realmente necessário, teremos muitos debates pela frente, sobre coisas que ainda sequer imaginamos possíveis.
¹ - Leo2A4 só se for assim, e fica mais caro que 2A7:
Cupincha, excelente resumo da história de nossas forças armadas.
Seria bom nossas forças armadas participarem de mais missões da ONU.
Precisamos mudar completamente a VISÃO.
A América Latina é a região MENOS ARMADA do mundo.
Se o Brasil continuar olhando para os vizinhos, seremos eternamente um ANÃO MILITAR.
O Brasil é o 5º país do mundo em tamanho territorial e populacional.
E mesmo com toda nossa incompetência administrativa, não ficamos muito atrás disso no poder econômico.
Já no poder militar, estamos MUITO atrás.
Temos que pensar grande. Nossas forças armadas devem mudar a visão e começar a pensar em equipamentos MODERNOS.
Não precisa ser tudo novo e estado-da-arte. A questão orçamentária atrapalha muito, mas da para melhorar bastante.
Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: Leopard 1A5 do EB
O problema básico com os 2A4 que penso Túlio, é que no final das contas, como iríamos comprar usados, sendo a nossa capacidade de investimento pífia como é, ficaríamos na mesma situação dos Leopard atuais, ou seja, com o mínimo básico necessário do CC do jeito que ele vier.Túlio escreveu:Sou mais o 2A4 que propus ao Luís Henrique véio, cupincha. E não é para assustar vizinho (nem precisa muito para isso, não recordas da CRUZEX 2006, quando o conjunto F-5M + Derby BVR + AEW&C deram um pau nos Mirage 2000-5 com AWACS e tudo? Logo em seguida até a FACh botou tudo o que era caça no ar), é para o acima proposto e que advém, em suas partes finais, de muitas charlas que tive com Oficiais subalternos e superiores (no normal ia de Ten a TC, Inf Bld/Mec e Cav), onde enjoei de ouvir termos como "Coalizão" e "Imposição de Paz". A tigrada descobriu que está em outro nível, treinando para final de campeonato e não quer saber de ficar - como as gerações anteriores, menos preparadas - só na torcida ou, no melhor dos casos, no banco: QUEREM JOGAR!!!
Hora parece que estamos comprando mais Leo 1A5 para conseguir alguma homogenização da nossa logística das OM's de cav mec/bldas, mas nada disso garante que amanhã ou depois teremos a chance de dar uma sobrevida a estes bldos em condições que realmente eles possam proporcionar mais do que já nos oferecem, quer seja, uma base mínima de atualização do que existe no mundo da guerra blda.
Por mim, para as expectativas que colocastes acima, seria melhor acolher das duas, uma destas opções: ou partir direto para um CC novo comprado lá fora, ou esperar por um outro milagre econômico acontecer e aproveitar para tirar aquela idéia de CC nacional da gaveta.
Nenhuma das duas sairá barata para nós se pensarmos bem, mas ambas tem a vantagem de nos dar a capacidade de poder nos ombrear as melhores cavalarias que existem por aí nos próximos 30 anos, e também, e ao mesmo tempo, nos dar condições de participar das operações no exterior sem ficar sentado no banco esperando pela sua vez.
De qualquer forma, do jeito que estamos agora, e no curto/médio prazo, já vamos ter muita sorte se o Leo 1A5 hora sendo comprados e os que já estão por aqui chegarem a sofrer algum refit como dissestes lá atrás e depois colocar neles algumas coisas que os possam trazer minimamente para o séc XXI. Tem como fazer isso sem gastar os tubos e num prazo, suponho, de uns 10 anos.
Depois disso, querendo ou não, vamos ter que pensar em outro CC, novo ou usado, de qualquer jeito.
Acho que vamos ter que esperar por 2027, e quiçá além, para saber.
abs.
Carpe Diem
- gabriel219
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Re: Leopard 1A5 do EB
Existem também outros tipos de modernização (possivelmente mais barato que a da KMW) ou mesmo poderíamos solicitar um tipo de modernização que caiba dentro do nosso bolso. Os mais importantes para esse cenário são AMAP-ADS, AMAP-IED E AMAP-M, o resto pode ser mesclado com a blindagem padrão do 2A7 ou algo como o Canadense.
Opção 1: Ruag
Opção 2: Canadense
Opção 3: Mistura de Revolution com 2A7:
Como eu falei há um tempo atrás, há a possibilidade de adquirirmos 2A4 apenas com o custo de translado e da modernização, mas...
Além disso, há 150 Challenger II mofando na reserva das forças Britânicas, podem também ser uma opção (ali só trocaria canhão, sistema de tiro, motor e adicionaria blindagem lateral). Fora ambos, só coisa nova, que pode sair até mais caro (dependendo da procedência e esqueçam, infelizmente, o T-90 por essas bandas).
A opção mais barata de todas é adquirir mais M-60 e modernizar para o padrão SABRA. Mesmo sendo a pior opção de todas, ainda sim é muito melhor do que comprar mais 1A5 e ainda moderniza-los.
Opções e suas quantidades:
Leopard 2A4: 423 (265 na reserva Suíça e 104 na Reserva Alemã, provavelmente mais em alguns estoques e 54 Espanhóis também).
Challenger II: 150 (reserva Britânica).
M-60: +400.
Ainda há outras opções - menos prováveis, mas ainda sim opções - como M1 nas reservas do EUA, talvez alguns Merkavas em estoques...
Opção 1: Ruag
Opção 2: Canadense
Opção 3: Mistura de Revolution com 2A7:
Como eu falei há um tempo atrás, há a possibilidade de adquirirmos 2A4 apenas com o custo de translado e da modernização, mas...
Além disso, há 150 Challenger II mofando na reserva das forças Britânicas, podem também ser uma opção (ali só trocaria canhão, sistema de tiro, motor e adicionaria blindagem lateral). Fora ambos, só coisa nova, que pode sair até mais caro (dependendo da procedência e esqueçam, infelizmente, o T-90 por essas bandas).
A opção mais barata de todas é adquirir mais M-60 e modernizar para o padrão SABRA. Mesmo sendo a pior opção de todas, ainda sim é muito melhor do que comprar mais 1A5 e ainda moderniza-los.
Opções e suas quantidades:
Leopard 2A4: 423 (265 na reserva Suíça e 104 na Reserva Alemã, provavelmente mais em alguns estoques e 54 Espanhóis também).
Challenger II: 150 (reserva Britânica).
M-60: +400.
Ainda há outras opções - menos prováveis, mas ainda sim opções - como M1 nas reservas do EUA, talvez alguns Merkavas em estoques...
- FCarvalho
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Re: Leopard 1A5 do EB
Substituir os Leo 1 pelos Leo 2 seria até procedente, em uma visão de longo prazo. O problema é que não temos essa visão - e nem perspectivas - de longo prazo, e menos ainda recursos para sustentar qualquer opção neste sentido. Seja esta ou aquela.
Então, no presente caso, o que o EB está fazendo é simplesmente tentando manter o pouco que já tem e poupar o mais que possível na verba da manutenção dos veículos com a homogenização da frota para tentar dispor de uma operacionalidade melhor. Ao menos para manter o treinamento das tripulações e a doutrina.
O que vier depois disso é lucro.
ps: é preciso não esquecer que, com ou sem KMW por aqui, uma troca de CC nesta altura do campeonato seria algo extremamente custoso para o EB não apenas em vista destes em si, mas principalmente em função das (muitas) mudanças necessárias em toda a infraestrutura da Cav Blda - de manuais a treinamento, passando por garagens e oficinas - para poder receber, manutenir e operar adequadamente qualquer outro CC que não os Leo 1A5. E isso levaria não menos que uns bons dez anos. Duvido que o pessoal do cmdo do EB, e da própria cavalaria, esteja disposto, ou interessado, em esperar tanto por uma eventual modernização dos seus bldos, quando sabe-se muito bem que o restante de vida útil da atual frota não passa disso. Com ou sem mais Leo I comprados. Daí o EB ainda ter esperanças de um dia conseguir emplacar o seu projeto próprio de CC nacional neste meio tempo. Se vai dar certo ou não esta aposta, o tempo dirá.
abs
Então, no presente caso, o que o EB está fazendo é simplesmente tentando manter o pouco que já tem e poupar o mais que possível na verba da manutenção dos veículos com a homogenização da frota para tentar dispor de uma operacionalidade melhor. Ao menos para manter o treinamento das tripulações e a doutrina.
O que vier depois disso é lucro.
ps: é preciso não esquecer que, com ou sem KMW por aqui, uma troca de CC nesta altura do campeonato seria algo extremamente custoso para o EB não apenas em vista destes em si, mas principalmente em função das (muitas) mudanças necessárias em toda a infraestrutura da Cav Blda - de manuais a treinamento, passando por garagens e oficinas - para poder receber, manutenir e operar adequadamente qualquer outro CC que não os Leo 1A5. E isso levaria não menos que uns bons dez anos. Duvido que o pessoal do cmdo do EB, e da própria cavalaria, esteja disposto, ou interessado, em esperar tanto por uma eventual modernização dos seus bldos, quando sabe-se muito bem que o restante de vida útil da atual frota não passa disso. Com ou sem mais Leo I comprados. Daí o EB ainda ter esperanças de um dia conseguir emplacar o seu projeto próprio de CC nacional neste meio tempo. Se vai dar certo ou não esta aposta, o tempo dirá.
abs
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