De fato, o EB demora muito para adotar novos conceitos, mas creio que isso seja o mal de um exército pobre, sem $$$, com um milhão de prioridades. O ideal seria ter adotado um Fz 556 e a Minimi lá no começo dos anos 90. A ideia até era essa, mas não rolou. O CFN conseguiu, talvez possam discutir a troca da M16 e Minimi em breve. Mas no caso do EB, não creio que fiquemos assim tão atrás do resto do mundo. Os exércitos hoje estão substituindo seus antigos fuzis por fuzis novos, mas o conceito ainda é o mesmo. A Bélgica vai trocar seus FNC pelo SCAR. A França vai trocar seus FAMAS por algum fuzil novo atual (SCAR, H416 etc), ou seja, continuará muito tempo com o fuzil no calibre 5,56mm S109. São melhores do que o IA2, mas conceitualmente são iguais. A Minimi é a mesma coisa, vai continuar um bom tempo. O Exército Americano não discute a troca da M249, a Minimi deles, mas sim a atualização, a diminuição de tamanho e peso. E por aí vai. Creio que pelo andar das coisas, acho que até vale aquela frase "antes tarde do que nunca"...Marechal-do-ar escreveu:É verdade Bolovo, ainda assim, é triste a demora do EB em adotar novos conceitos, o FAL só veio para o Brasil em 64, quando os americanos estavam se equipando com as M-16, e o EB só se equipou totalmente com os FAL anos depois dos americanos terem feito a troca, estamos falando em adotar a Minimi 3 ou 4 décadas depois deles, e, por coincidência, em um momento que eles discutem a substituição das Minimi.
Conseguir claro que conseguem, mas não podem pois o projeto é baseado no "chassis" do FAL, o que impossibilita (em tese) essas mudanças. Creio que isso seja outra consequência do EB ser um exército sem $$$. Como não há dinheiro para uma grande modernização da Imbel, tiveram que aproveitar muito do ferramental utilizado na fabricação do FAL, que foi adquirido lá nos anos 60/70, o que acabou obrigando o IA2 ser baseado no FAL. Pra apoiar minha teoria, o Roberto Caiafa fez uma visita a Imbel e mostrou a foto de uma máquina vinda nos anos 60, utilizada no FAL e agora no IA2, e brabando orgulhosamente "só existem quatro dessas no mundo!" (coisa que eu duvido por demais). Qualquer empresa do mundo sofre uma grande reformulação quando muda sua linha de produção de um produto antigo para um mais novo. Desconsiderando a diferença tecnológica entre um avião e um fuzil, imagina a Embraer fabricando hoje em dia o KC-390 com o ferramental da época do Bandeirante, não dá né?Marechal-do-ar escreveu:Ao menos, o 5,56 parece que vai durar um bom tempo, ainda, mas, mesmo pelo IA2 é possível ver a resistência a mudanças, os vários problemas apontados no fuzil são, basicamente, pela insistência em ter um FAL em outro calibre, ou aqui alguém realmente acha que os engenheiros da Imbel conseguem mudar o mecanismo de trancamento mas são incapazes de fazer uma porcaria de alavanca presa ao ferrolho ou um seletor de tiro com a volta menor?
Achei o post do Caiafa falando da máquina. Coloquei a parte que interessa, repara na data (1974):Marechal-do-ar escreveu:Ótima teoria Bolovo.
E acho que já estava na hora de atualizar as maquinas compradas na década de 60 e 70, já deve existir coisa mais atual no mercado.
MasterCaiafa escreveu:Trabalho realizado por uma máquina que está na Imbel desde 1974, como resultado do ToT com a FN - Só existem cinco iguais a ela em todo o mundo.
A medida que a broca de raiamento vai entrando no cano, eloe vai recebendo marteladas pneumáticas e vai se conformando a broca, que vai girando milimetricamente no processo.
Bolovo escreveu:Conseguir claro que conseguem, mas não podem pois o projeto é baseado no "chassis" do FAL, o que impossibilita (em tese) essas mudanças. Creio que isso seja outra consequência do EB ser um exército sem $$$. Como não há dinheiro para uma grande modernização da Imbel, tiveram que aproveitar muito do ferramental utilizado na fabricação do FAL, que foi adquirido lá nos anos 60/70, o que acabou obrigando o IA2 ser baseado no FAL. Pra apoiar minha teoria, o Roberto Caiafa fez uma visita a Imbel e mostrou a foto de uma máquina vinda nos anos 60, utilizada no FAL e agora no IA2, e brabando orgulhosamente "só existem quatro dessas no mundo!" (coisa que eu duvido por demais). Qualquer empresa do mundo sofre uma grande reformulação quando muda sua linha de produção de um produto antigo para um mais novo. Desconsiderando a diferença tecnológica entre um avião e um fuzil, imagina a Embraer fabricando hoje em dia o KC-390 com o ferramental da época do Bandeirante, não dá né?
Realmente, análise muito perspicaz.Marechal-do-ar escreveu:Ótima teoria Bolovo.
E acho que já estava na hora de atualizar as maquinas compradas na década de 60 e 70, já deve existir coisa mais atual no mercado.
É verdade, a maioria já deve ter pifado por falta de peças de reposição.Túlio escreveu:Já eu não duvido que realmente só exista cerca de meia dúzia no mundo todo: as atuais devem ser muito mais modernas, ou seja, há poucas DAQUELE MODELO...
Achei uma máquina igualzinha a da Imbel, a GFM SHK-10, pra comprar na internet.Viktor Reznov escreveu:É verdade, a maioria já deve ter pifado por falta de peças de reposição.Túlio escreveu:Já eu não duvido que realmente só exista cerca de meia dúzia no mundo todo: as atuais devem ser muito mais modernas, ou seja, há poucas DAQUELE MODELO...
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Talvez na época que essa máquina foi comprada, fosse uma tecnologia diferenciada. hoje em dia, está cheio de fabriquetas de "fundo de quintal" fornecendo canos aftermarket forjados a frio para uma infinidade de armas. As pistolas da Glock, HK e da CZ, possuem canos forjados a frio de fábrica, já vi até carabina de pressão chinesa na internet com esse recurso. Faz muito tempo que deixou de ser um recurso diferenciado, só esqueceram de avisar a Imbel. Mas para quem proibia, na década de 70 a importação de bicicletas (modernas na época) de corrida com quadros em cromo molibdênio, para que não pudessem ser usadas na fabricação de canos de arma, esperar o que????Bolovo escreveu:Achei uma máquina igualzinha a da Imbel, a GFM SHK-10, pra comprar na internet.Viktor Reznov escreveu: É verdade, a maioria já deve ter pifado por falta de peças de reposição.
Uma austríaca de 1971, outra da Lituânia do mesmo ano e outra polonesa de 1980.
Vamos fazer uma vaquinha, comprar uma e fabricar nossos próprios fuzis.
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