FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
X2 paisano!
Isso sim é o meu conceito de Deus, Não a de um fulano que vive numa casa nas nuvens e que se chateia se eu tiver a gravata torta na missa de Domingo.
Quando estava a ver a imagem, veio-me ao corrente que naquele ponto minúsculo onde estamos, tem uns seres mais minúsculos que precisam de um microscópio electrónico para ver estruturas complexas, infimamente pequenas. É arrasador.
Isso sim é o meu conceito de Deus, Não a de um fulano que vive numa casa nas nuvens e que se chateia se eu tiver a gravata torta na missa de Domingo.
Quando estava a ver a imagem, veio-me ao corrente que naquele ponto minúsculo onde estamos, tem uns seres mais minúsculos que precisam de um microscópio electrónico para ver estruturas complexas, infimamente pequenas. É arrasador.
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
O talibã é aqui.
Serra foi excomungado por arcebispo pernambucano

No dia 3 de março de 2009, um rumoroso caso envolvendo uma menina de nove anos movimentou os noticiários. A menor, internada em um hospital público de Recife, fora estuprada pelo próprio padrasto e estava grávida de gêmeos, com a vida em iminente perigo. A equipe médica responsável pelo atendimento avaliou a gravidade da situação e, cumprindo as normas, procedeu à interrupção da gravidez. “Há duas indicações legais no abortamento previsto em lei, que é o estupro e o risco de vida. Ela está incluída nos dois e, como médico, a gente não pode deixar que uma menina de 9 anos seja submetida a sofrimento e até a pagar com a própria vida”, disse à imprensa, na ocasião, o médico Olímpio Moraes.
Ao tomar conhecimento do ocorrido, o arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, entrou em delíquio cósmico: para o sacerdote, teria sido consumado um crime e “um ato inaceitável para a doutrina”. O vigário, então, decidiu excomungar sumariamente da Igreja todas as pessoas que participaram do aborto, exceto a criança.
Os médicos que atenderam – e salvaram – a menina levaram em consideração a Norma Técnica “Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes”, assinada em 1998 por José Serra, então ministro da Saúde. A íntegra do documento pode ser encontrada no site da organização não-governamental CFEMEA – Centro Feminista de Estudos e Assessoria. Clique aqui para ler.
Para você ver que esta não é uma questão de “ser ou não ser”, sugerimos a leitura deste artigo do blog Café & Aspirinas.
Cloaca News
Serra foi excomungado por arcebispo pernambucano

No dia 3 de março de 2009, um rumoroso caso envolvendo uma menina de nove anos movimentou os noticiários. A menor, internada em um hospital público de Recife, fora estuprada pelo próprio padrasto e estava grávida de gêmeos, com a vida em iminente perigo. A equipe médica responsável pelo atendimento avaliou a gravidade da situação e, cumprindo as normas, procedeu à interrupção da gravidez. “Há duas indicações legais no abortamento previsto em lei, que é o estupro e o risco de vida. Ela está incluída nos dois e, como médico, a gente não pode deixar que uma menina de 9 anos seja submetida a sofrimento e até a pagar com a própria vida”, disse à imprensa, na ocasião, o médico Olímpio Moraes.
Ao tomar conhecimento do ocorrido, o arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, entrou em delíquio cósmico: para o sacerdote, teria sido consumado um crime e “um ato inaceitável para a doutrina”. O vigário, então, decidiu excomungar sumariamente da Igreja todas as pessoas que participaram do aborto, exceto a criança.
Os médicos que atenderam – e salvaram – a menina levaram em consideração a Norma Técnica “Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes”, assinada em 1998 por José Serra, então ministro da Saúde. A íntegra do documento pode ser encontrada no site da organização não-governamental CFEMEA – Centro Feminista de Estudos e Assessoria. Clique aqui para ler.
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
A República Fundamentalista Cristã
Um poder moderador vigia o debate político e impede que pautas de modernização social cheguem ao Brasil
FUNDADA EM 31 de outubro de 2010 após a expulsão dos infiéis do poder, a República Fundamentalista Cristã do Brasil apareceu em substituição à República Federativa do Brasil. Dela, ela herdou quase tudo, acrescentando uma importante novidade institucional: um poder moderador, pairando acima dos outros Três Poderes e composto pela ala conservadora do catolicismo em aliança com certos setores protestantes. Os mesmos setores que, nos EUA, deram suporte canino a George W. Bush. A função deste poder moderador consiste em vigiar o debate político e social, impedindo que pautas de modernização social já efetivadas em todos os países desenvolvidos cheguem ao Brasil.
Na verdade, a fundação desta nova República começou após uma eleição impulsionada pelo problema do aborto. Procurando uma tábua de salvação para uma candidatura que nunca decolara e que passou ao segundo turno exclusivamente por obra e graça de Marina Silva, José Serra resolveu inovar na política brasileira ao instrumentalizar politicamente os dogmas mais arcaicos deste que é o maior país católico do mundo.
Assim, sua mulher foi despachada pelos quatro cantos para alertar a população contra o fato de Dilma Rousseff apoiar "matar criancinhas" (conforme noticiou um jornal que declarou apoio explícito a seu marido). As portas de seu comitê de campanha foram abertas para os voluntários da TFP, com seus folhetos contra a "ameaça vermelha" capaz de perverter a família brasileira através da legalização da prostituição e do casamento gay (conforme noticiou o blog do jornalista Fernando Rodrigues). A internet foi invadida por mensagens "espontâneas" contra a infiel Dilma e o PNDH-3.
José Serra já havia dado a senha quando afirmou, em um debate, que legalizar o aborto seria uma "carnificina". Que 15% das mulheres brasileiras entre 18 e 39 anos tenham abortado em condições indescritíveis, isto não era "carnificina". Carnificina, para Serra, seria o Brasil importar esta prática tão presente na vida dos "bárbaros selvagens" que são os ingleses, franceses, alemães, norte-americanos, espanhóis, italianos, ou seja, todos para quem o aborto é, pasmem, uma questão de saúde pública e planejamento familiar.
Confrontada com esta guinada, a "classe média esclarecida" não se indignou. As clínicas privadas que fazem abortos ilegais continuariam funcionando. O direito sagrado de salvar a filha de classe média de uma gravidez indesejada continuaria intacto. Para tal classe, o discurso sobre "valores cristãos" era apenas uma radicalização eleitoral.
Quando o poder moderador, confiante em sua nova força, começou a exigir que o criacionismo fosse ensinado nas escolas, que o Estado subvencionasse atividades de proselitismo religioso travestidas de filantropia, já era tarde. Então, alguns lembraram, com tristeza, dos pais fundadores da República Federativa do Brasil, decididos a criar uma república laica onde os dogmas religiosos não seriam balizas da vida social. Uma república onde seria possível dar a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. Uma República que morreu no dia 31 de outubro de 2010.
VLADIMIR SAFATLE é professor no departamento de filosofia da USP.
Um poder moderador vigia o debate político e impede que pautas de modernização social cheguem ao Brasil
FUNDADA EM 31 de outubro de 2010 após a expulsão dos infiéis do poder, a República Fundamentalista Cristã do Brasil apareceu em substituição à República Federativa do Brasil. Dela, ela herdou quase tudo, acrescentando uma importante novidade institucional: um poder moderador, pairando acima dos outros Três Poderes e composto pela ala conservadora do catolicismo em aliança com certos setores protestantes. Os mesmos setores que, nos EUA, deram suporte canino a George W. Bush. A função deste poder moderador consiste em vigiar o debate político e social, impedindo que pautas de modernização social já efetivadas em todos os países desenvolvidos cheguem ao Brasil.
Na verdade, a fundação desta nova República começou após uma eleição impulsionada pelo problema do aborto. Procurando uma tábua de salvação para uma candidatura que nunca decolara e que passou ao segundo turno exclusivamente por obra e graça de Marina Silva, José Serra resolveu inovar na política brasileira ao instrumentalizar politicamente os dogmas mais arcaicos deste que é o maior país católico do mundo.
Assim, sua mulher foi despachada pelos quatro cantos para alertar a população contra o fato de Dilma Rousseff apoiar "matar criancinhas" (conforme noticiou um jornal que declarou apoio explícito a seu marido). As portas de seu comitê de campanha foram abertas para os voluntários da TFP, com seus folhetos contra a "ameaça vermelha" capaz de perverter a família brasileira através da legalização da prostituição e do casamento gay (conforme noticiou o blog do jornalista Fernando Rodrigues). A internet foi invadida por mensagens "espontâneas" contra a infiel Dilma e o PNDH-3.
José Serra já havia dado a senha quando afirmou, em um debate, que legalizar o aborto seria uma "carnificina". Que 15% das mulheres brasileiras entre 18 e 39 anos tenham abortado em condições indescritíveis, isto não era "carnificina". Carnificina, para Serra, seria o Brasil importar esta prática tão presente na vida dos "bárbaros selvagens" que são os ingleses, franceses, alemães, norte-americanos, espanhóis, italianos, ou seja, todos para quem o aborto é, pasmem, uma questão de saúde pública e planejamento familiar.
Confrontada com esta guinada, a "classe média esclarecida" não se indignou. As clínicas privadas que fazem abortos ilegais continuariam funcionando. O direito sagrado de salvar a filha de classe média de uma gravidez indesejada continuaria intacto. Para tal classe, o discurso sobre "valores cristãos" era apenas uma radicalização eleitoral.
Quando o poder moderador, confiante em sua nova força, começou a exigir que o criacionismo fosse ensinado nas escolas, que o Estado subvencionasse atividades de proselitismo religioso travestidas de filantropia, já era tarde. Então, alguns lembraram, com tristeza, dos pais fundadores da República Federativa do Brasil, decididos a criar uma república laica onde os dogmas religiosos não seriam balizas da vida social. Uma república onde seria possível dar a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus. Uma República que morreu no dia 31 de outubro de 2010.
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- Guerra
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
Para mim, o problema dele esta aqui:César escreveu:Eu respeito a opinião de todos, mas admito que não entendo direito porque tanta hostilidade para com o Stephen Hawking.
Antes de mais nada, ele em momento algum falou que Deus não existe. Em momento algum. Só defendeu a POSSIBILIDADE de que ele não seja necessário para explicar a criação do Universo. Nessa visão, Deus poderia existir, não ter criado o Universo, mas continuar Onipotente e se focar em problemas de dever-ser, problemas morais, sociais, bem e mal e etc. Ou seja, coisas não físicas.
Porque acredito que Hawking afirma "Acho que é possível que Deus não seja necessário pra explicar a criação/existência do Universo" ao invés de sua parente próxima, "Eu afirmo que Deus não criou o Universo"? Por um simples motivo: O discurso científico(e Hawking, sendo um cientista do gabarito dele que já desprovou muitas teorias, sabe disso) é sempre um discurso de possibilidades. De conjecturas. É justamente isso uma das grandes diferenças entre ciência e religião: Na ciência nunca se tem certeza de nada, só se tem evidências, e só isso, a favor certas teorias. Na religião se tem certeza que Deus, Deuses ou qualquer outra entidade existe, e agem de determinada forma e pronto. É o dogma da religião, ou se aceita ou não.
Portanto, creio que Hawking afirma apenas a possibilidade de que Deus não seja uma hipótese necessária pra justificar a existência do Universo. Se negar a sequer discutir uma mera possibilidade, é dogmatismo e não há pra onde fugir. O problema é que essa opinião, e o seu contrário("Deus criou o Universo") não são refutáveis, estão na fronteira entre ciência e religião. Não há nenhum experimento que vá refutar essa afirmação, e nenhum que possa prová-la. Por isso ele poderia até ter se abstido de tê-la declarado já que nunca(e ele sabe disso) poderá provar ou desprová-la.
Por fim, quando ele afirma que a ciência poderia nos levar a entender "a mente de Deus", é claramente só uma licença poética, de que entenderíamos o funcionamento das leis físicas(o que há de absurdo nisso?) que são, segundo se diz, obras de Deus. Não se deve tomar as afirmações dele literalmente, assim como defenderam aqui que não se deve tomar a bíblia literalmente e etc. Óbvio que por "Mente de Deus", ele está se referindo apenas as leis físicas, afinal ele é um físico.
Terminando, ele sequer afirma que saberíamos que descobrimos as tais 'leis finais' da física. Ele apenas diz SE um dia as descobríssimos, o que é algo totalmente factível, veríamos a "Mente de Deus", entendido nesse contexto como o conjunto das leis físicas do Universo, seu funcionamento e suas consequências.
Por fim, eu não sou ateu.
Abraços
César
Stephen Hawking não acredita que Deus criou o mundo
Que tipo de afirmação é essa? Que tipo de linguagem ele esta usando? É cientifica? Filosofica? Poética?
A Biblia é mitologica. A Biblia é poetica. Nenhuma igreja negou isso. Mas o conteudo da biblia não é cietifico. Ele não é para explicar nada. O conteúdo da Biblia é para o desenvolvimento espiritual. Quando vc diz que Deus criou o homem isso não é uma afirmação cientifica. Isso é um exercicio de fé. É algo para o desenvolvimento espiritual.
O Antigo testamento é mitologico. Essa era a linguagem da epoca. Já o novo nem tanto. Cristo teve a habilidade de acrescentar o valor do desenvolvimento espiritual numa epoca que se pregava que a fé tinha que ser um ato coletivo (porque já era um instrumento de controle do estado). Essa foi a grande revolução dele.
Por isso eu digo que Stephen Hawking esta fora da área dele. Quando cientistas, revistas que se dizem cientificas como a superinteressante aborda essas questões elas estão fora da área de atuação. Fazem isso para vender reviistas e se promoverem.
Esse tipo de afirmação não acrescenta nada. Nem na minha fé, muito menos no meio cientifico.
Portanto, não existe nenhuma fronteira entre a ciência e o religioso. Dessa discussão não se tira nada produtivo para nenhm dos dois lados. Quem ganha são os espertinhos que lançam as polemicas. E mais ninguém.
Isso para mim tem um nome: oportunismo. Stephen Hawking é um oportunista.
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
Como mesmo a Biblá diz:
Se seguissemos todas estas palavras que contém neste livro ainda seríamos servos inúteis.
Jó argumenta com Deus porque de toda a criação. Deus disse que não tem obrigação de lhe responder nada , isto é, não há argumentos no homens para contestar Deus.
A Biblía é uma obra Divina. Deus em toda seu poder não deixaria o homem escrever o que lhe convinha. Se não, convenhamos Deus não seria tão supremo assim. Onipotente, Onipresente e Oniciente.
Se seguissemos todas estas palavras que contém neste livro ainda seríamos servos inúteis.
Jó argumenta com Deus porque de toda a criação. Deus disse que não tem obrigação de lhe responder nada , isto é, não há argumentos no homens para contestar Deus.
A Biblía é uma obra Divina. Deus em toda seu poder não deixaria o homem escrever o que lhe convinha. Se não, convenhamos Deus não seria tão supremo assim. Onipotente, Onipresente e Oniciente.
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
Legal, comparar o aborto de uma gravidez decorrente de um estupro ao aborto de uma gravidez feita por uma vadia irresponsável que esqueceu de colocar a camisinha é simplesmente............. vou ali bater minha cabeça na parede e volto daqui a pouco.GustavoB escreveu:O talibã é aqui.
Serra foi excomungado por arcebispo pernambucano
No dia 3 de março de 2009, um rumoroso caso envolvendo uma menina de nove anos movimentou os noticiários. A menor, internada em um hospital público de Recife, fora estuprada pelo próprio padrasto e estava grávida de gêmeos, com a vida em iminente perigo. A equipe médica responsável pelo atendimento avaliou a gravidade da situação e, cumprindo as normas, procedeu à interrupção da gravidez. “Há duas indicações legais no abortamento previsto em lei, que é o estupro e o risco de vida. Ela está incluída nos dois e, como médico, a gente não pode deixar que uma menina de 9 anos seja submetida a sofrimento e até a pagar com a própria vida”, disse à imprensa, na ocasião, o médico Olímpio Moraes.
Ao tomar conhecimento do ocorrido, o arcebispo de Olinda e Recife, dom José Cardoso Sobrinho, entrou em delíquio cósmico: para o sacerdote, teria sido consumado um crime e “um ato inaceitável para a doutrina”. O vigário, então, decidiu excomungar sumariamente da Igreja todas as pessoas que participaram do aborto, exceto a criança.
Os médicos que atenderam – e salvaram – a menina levaram em consideração a Norma Técnica “Prevenção e Tratamento dos Agravos Resultantes da Violência Sexual contra Mulheres e Adolescentes”, assinada em 1998 por José Serra, então ministro da Saúde. A íntegra do documento pode ser encontrada no site da organização não-governamental CFEMEA – Centro Feminista de Estudos e Assessoria. Clique aqui para ler.
Para você ver que esta não é uma questão de “ser ou não ser”, sugerimos a leitura deste artigo do blog Café & Aspirinas.
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
Não vejo nenhum problema em o Stephen Hawking externar a sua opinião sobre um determinado assunto. É apenas uma opinião, cada um tem a sua e muitas(e até onde eu vi até agora, a maioria) são diferentes das dele.Guerra escreveu:Para mim, o problema dele esta aqui:
Stephen Hawking não acredita que Deus criou o mundo
Que tipo de afirmação é essa? Que tipo de linguagem ele esta usando? É cientifica? Filosofica? Poética?
A Biblia é mitologica. A Biblia é poetica. Nenhuma igreja negou isso. Mas o conteudo da biblia não é cietifico. Ele não é para explicar nada. O conteúdo da Biblia é para o desenvolvimento espiritual. Quando vc diz que Deus criou o homem isso não é uma afirmação cientifica. Isso é um exercicio de fé. É algo para o desenvolvimento espiritual.
O Antigo testamento é mitologico. Essa era a linguagem da epoca. Já o novo nem tanto. Cristo teve a habilidade de acrescentar o valor do desenvolvimento espiritual numa epoca que se pregava que a fé tinha que ser um ato coletivo (porque já era um instrumento de controle do estado). Essa foi a grande revolução dele.
Por isso eu digo que Stephen Hawking esta fora da área dele. Quando cientistas, revistas que se dizem cientificas como a superinteressante aborda essas questões elas estão fora da área de atuação. Fazem isso para vender reviistas e se promoverem.
Esse tipo de afirmação não acrescenta nada. Nem na minha fé, muito menos no meio cientifico.
Portanto, não existe nenhuma fronteira entre a ciência e o religioso. Dessa discussão não se tira nada produtivo para nenhm dos dois lados. Quem ganha são os espertinhos que lançam as polemicas. E mais ninguém.
Isso para mim tem um nome: oportunismo. Stephen Hawking é um oportunista.
Que tipo de opinião é essa? Ao dar essa opinião, ele está usando ciência? Sim, em partes. Sim, no sentido de que a ciência deve estar dando a ele alguma evidência que isso é possível, a saber: Hawking aparentemente nunca precisou invocar a hipótese "Deus" para dar explicações plausíveis(mas nunca finais) para os fenômenos que estudava. Isso dá uma evidência de que, tal como os outros fenômenos físicos que estudou, talvez, a criação do Universo não necessite da hipótese "Deus" para ser explicada. Isso 'prova' que Deus não criou o Universo? Claro que não, é apenas uma possibilidade que pode ser errada, mas que também pode ser certa.
Eu criticaria o Hawking se ele afirmasse que Deus não existe. Eu o criticaria se ele afirmasse que Deus não criou o Universo. Mas a fraqueza da afirmação dele é tão grande que não tenho como criticá-lo. Ele só diz que talvez seja possível explicar essa origem sem envolver Deus. Por que descartar essa possibilidade a priori? Oras, certamente há millhares de anos, os antigos explicavam raios e trovões invocando a existência de Deuses. E hoje conseguimos explicar esses fenômenos sem necessitar dessa afirmação.
Explicar um fenômeno sem envolver Deus no meio, obviamente, não refuta a existência de Deus. Explicar um fenômeno sem envolver Deus, obviamente, não refuta a sua possível participação nesse fenômeno(que se pode dar de outra forma mais indireta, que não sabemos ou percebemos). Enfim, a afirmação de Hawking é muito fraca, é só trocar 'raios e trovões' por 'início do Universo'. Embora sejam fenômenos completamente diferentes em tamanho e importância, são fenômenos que estão aí e gostaríamos de ter explicação.
O fato de Hawking acreditar ou não nessa possibilidade pouco faz para tornar essa afirmação menos fraca do que é. Mesmo que ele estivesse certo(e nunca se saberá disso), explicar o início do Universo sem Deus não refutaria nem a existência de Deus nem a possível participação de Deus nesse início de alguma forma que não percebemos.
A fé não deveria se sentir atacada por isso. Não acrescentaria à fé qualquer fosse a afirmação, uma afirmação contrária a que ele deu também seria inócua. Isso porque a fé não necessita de elementos externos para se sustentar. Se há fé de que Deus criou o Universo, por hipótese, pouco importa se alguém diz que isso é mentira ou que é verdade. A fé não necessita disso.
Também não sei até que ponto ele está fora de sua área de atuação. A criação do Universo é um problema físico relevante e que merece ser investigado. E creio que há ocasiões que esse tipo de discussão trás elementos positivos para a ciência. A própria Cosmologia(estudo do Universo) é um forte exemplo disso: Antes de 1900, tratar o Universo como objeto de estudo parecia cientificamente impossível, e todas as explicações de porque o Universo surgiu e como evoluiu, se era eterno ou não, eram dadas pelas diferentes religiões. Porém foi mostrado nesses 100 anos que é possível estudar o Universo sem invocar Deus, o que deu origem a teoria do Big Bang, nucleossíntese primordial, estudo de formação de estruturas e uma penca de coisas interessantes que nunca saberíamos, se fosse considerado sempre que Cosmologia era domínio apenas da religião.
A religião não deveria se sentir ameaçada pela ciência. A ciência não pode 'matar' Deus, como alguns(infelizmente) acham que é esse o objetivo dela. Deus é imune à ciência, pelo simples fato de que nenhum experimento imaginável poderia refutar sua existência, e nem os textos sagrados, visto que esses, como é reiterado, não podem ser interpretados literalmente. Não concordo com cientistas que tentam refutar religiões ou Deus, se o fazem não sabem quais as limitações de um cientista e se esquecem que isso está fora de seu escopo. Também não concordo com religiosos que tentam atacar a ciência por esta por vezes defender teorias que eles não concordam, e muito menos religiosos que tentam usar a ciência para dar 'embasamento científico' a suas crenças.
Hawking não diz nada demais, não ataca a religião de ninguém. Está apenas conjecturando. Não deveria afetar a fé de ninguém. A fé não precisa do aval de ninguém pra sobreviver.
Abraços
César
"- Tú julgarás a ti mesmo- respondeu-lhe o rei - É o mais difícil. É bem mais difícil julgar a si mesmo que julgar os outros. Se consegues fazer um bom julgamento de ti, és um verdadeiro sábio."
Antoine de Saint-Exupéry
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
Eu tb não vejo problema algum. É como eu disse, no campo religioso a opinião dele vale tanto quanto a minha. Porém, não é assim que a opinião dele é recebida na mídia e no público em geral. Aqui mesmo alguém me chamou de pretencioso por querer se comparar a um semideus.César escreveu:Não vejo nenhum problema em o Stephen Hawking externar a sua opinião sobre um determinado assunto. É apenas uma opinião, cada um tem a sua e muitas(e até onde eu vi até agora, a maioria) são diferentes das dele.
Para mim isso é uma jogada dele. Ele se aproveita da imagem que a própria ciência criou para si para fazer marketing e valorizar o que diz.
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
Aqui machismo, irresponsabilidade e talvez até ignorância mostram que o debate sério será abafado por furores intestinais dos setores mais retrógrados da sociedade.Legal, comparar o aborto de uma gravidez decorrente de um estupro ao aborto de uma gravidez feita por uma vadia irresponsável que esqueceu de colocar a camisinha é simplesmente............. vou ali bater minha cabeça na parede e volto daqui a pouco.
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
Eu vejo só opinões antagonicas de diversos setores sobre um tema muito polêmico.GustavoB escreveu: Aqui machismo, irresponsabilidade e talvez até ignorância mostram que o debate sério será abafado por furores intestinais dos setores mais retrógrados da sociedade.
Se um lado esta prevalecendo é porque o outro não esta tão convicto do seu ponto. Principalmente a parte politica que troca de opinião como lhe convem e corre do "debate sério" como o capeta corre da cruz!
O bispo fez seu papel, falta culhão para alguém da vanguarda da sociedade colocar o outro peso na balança e mostar seu furor pelo bem e desenvolvimento social.
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
Agora não adianta mais, o que está em risco é todo um projeto para o país. Os temas em questão foram utilizados de maneira eleitoreira, como estão sendo manipuladas as opiniões.
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
Bem vindo ao jogo político da democracia!!GustavoB escreveu:Agora não adianta mais, o que está em risco é todo um projeto para o país. Os temas em questão foram utilizados de maneira eleitoreira, como estão sendo manipuladas as opiniões.
"Eleitoreira" = política
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Re: FÉ, Religião, Igreja, Razão, Ciência
Eu gostaria que o Stephen Hawking, do alto de sua sapiência, me explicasse como as prosaicas e humildes abelhas e formigas puderam adotar um sistema de vida em sociedade ultra-organizado, quase perfeito, sendo que a abelha teria por finalidade fecundar as plantas, promovendo sua reprodução, ao mesmo tempo que produziria um alimento de alto teor nutritivo, o MEL, enquanto que a formiga teria como finalidade reciclar os resíduos da natureza, colhendo as folhas mortas e vegetais e sementes jogados no solo.
ATÉ HOJE, nenhum cientista conseguiu explicar em detalhe (sem suposições, please) como abelhas e formigas chegaram a tal nível de organização e sofisticação em seus sistemas (colméia e formigueiro).
Não haveria uma inteligência superior por detrás disso?
Ou foi tudo ao acaso?
Wingate
ATÉ HOJE, nenhum cientista conseguiu explicar em detalhe (sem suposições, please) como abelhas e formigas chegaram a tal nível de organização e sofisticação em seus sistemas (colméia e formigueiro).
Não haveria uma inteligência superior por detrás disso?
Ou foi tudo ao acaso?
Wingate