Ameaça REAL ao Brasil

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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J.Ricardo
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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#661 Mensagem por J.Ricardo » Qua Abr 06, 2011 4:23 pm

Ué Rodrigo, você só notou esse tipo de postura agora, já faz tempo que nem esquento mais a cabeça com essa postura típica da esquerda mundial...




Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
P. K. Liulba

Re: Ameaça REAL ao Brasil

#662 Mensagem por P. K. Liulba » Qua Abr 06, 2011 7:18 pm

rodrigo escreveu:A mesma esquerda que aplaudiu a decisão da OEA sobre a comissão da verdade vem agora acusar o golpe sobre a manifestação da usina de Belo Monte. Primeiro dão credibilidade ao órgão, e agora querem relativizar a importância. Com a campanha de desmoralização das forças armadas, junto com essa iniciativa internacional de caracterizar o Brasil como destruidor da floresta, os pesadelos vão se tornando realidade.
Permita-me discordar, mas...
Quem postou-se contra a Usina de Belo Monte, no Brasil, no campo político, foi o Partido Verde capitaneado pela ex-senadora Marina Silva, que de "esquerda", como demonstrado na última campanha eleitoral, nada tem. Até criacionista a "criatura" é. Além disso, a "gritaria" contra o projeto se dá através da Rede Globo de Televisão e de outros canais do mesmo grupo empresarial de comunicação, que por deslumbramento ou cooptação, dá asas aos delírios do cineasta James Cameron.

Onde entra a esquerda política nisso tudo? Só vejo a direita.




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Slotrop
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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#663 Mensagem por Slotrop » Qua Abr 06, 2011 8:26 pm

P. K. Liulba escreveu:
rodrigo escreveu:A mesma esquerda que aplaudiu a decisão da OEA sobre a comissão da verdade vem agora acusar o golpe sobre a manifestação da usina de Belo Monte. Primeiro dão credibilidade ao órgão, e agora querem relativizar a importância. Com a campanha de desmoralização das forças armadas, junto com essa iniciativa internacional de caracterizar o Brasil como destruidor da floresta, os pesadelos vão se tornando realidade.
Permita-me discordar, mas...
Quem postou-se contra a Usina de Belo Monte, no Brasil, no campo político, foi o Partido Verde capitaneado pela ex-senadora Marina Silva, que de "esquerda", como demonstrado na última campanha eleitoral, nada tem. Até criacionista a "criatura" é. Além disso, a "gritaria" contra o projeto se dá através da Rede Globo de Televisão e de outros canais do mesmo grupo empresarial de comunicação, que por deslumbramento ou cooptação, dá asas aos delírios do cineasta James Cameron.

Onde entra a esquerda política nisso tudo? Só vejo a direita.
O deslumbramento desses meios de comunicação se da a tempo de mais pra ser só isso. A decadas vem defendendo interesses estrangeiros, algo que eu tenho bastante curiosidade de saber é como se da essa cooptação. Possivelmente tem a ver com correspondentes estrangeitos como Willian Wack que passou muito anos morando por la. Mas sera que agentes da Cia tem algum envolvimento direto?




O Troll é sutil na busca por alimento.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#664 Mensagem por Luiz Bastos » Qui Abr 07, 2011 5:39 am

Mas sera que agentes da Cia tem algum envolvimento direto?
O amigo ainda tem duvida disso? E vou dizer mais uma coisa: Vai ser muito difícil o Brasil sair das garras da águia. Algumas mudanças estão acontecendo mas ainda muito insipientes.

Quanto ao Wack, este é traíra de longa data, daquelas traíras do porte do FHC, Goldemberg, Serra e tantos outros. Estes não são brasileiros. Apenas falam português. Fui :wink:




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#665 Mensagem por Tupi » Qui Abr 07, 2011 2:36 pm

...
Quanto ao Wack, este é traíra de longa data, daquelas traíras do porte do FHC, Goldemberg, Serra e tantos outros. Estes não são brasileiros. Apenas falam português. Fui :wink:
Só para constar. Todos com discurso de esquerda e contra o regime instaurado em 64.
8-]





Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#666 Mensagem por rodrigo » Qui Abr 07, 2011 2:49 pm

Slotrop escreveu: decadas vem defendendo interesses estrangeiros, algo que eu tenho bastante curiosidade de saber é como se da essa cooptação. Possivelmente tem a ver com correspondentes estrangeitos como Willian Wack que passou muito anos morando por la. Mas sera que agentes da Cia tem algum envolvimento direto?
Se soltarem o $$$, a cooptação funciona de volta, basta ver o PHA! Era chefe da Globo em Nova Iorque, melhor amigo do Paulo Francis, falava toda semana sobre os melhores restaurantes da cidade americana, os melhores vinhos e os hotéis mais sofisticados. Depois que entrou em decadência profissional, topou o emprego que pagou mais. Depois de curtir Nova Iorque, virou um atento crítico social. Escreveu um livro falando mal do Roberto Marinho, depois de beijar a mão do global durante quase 20 anos. É o ´´raríssimo`` esquerdista por conveniência. Qualquer dia vai pro PMDB!
Permita-me discordar, mas...
Quem postou-se contra a Usina de Belo Monte, no Brasil, no campo político, foi o Partido Verde capitaneado pela ex-senadora Marina Silva, que de "esquerda", como demonstrado na última campanha eleitoral, nada tem. Até criacionista a "criatura" é. Além disso, a "gritaria" contra o projeto se dá através da Rede Globo de Televisão e de outros canais do mesmo grupo empresarial de comunicação, que por deslumbramento ou cooptação, dá asas aos delírios do cineasta James Cameron.

Onde entra a esquerda política nisso tudo? Só vejo a direita.
Tente esquecer a Globo, os tucanos e outros objetos da paranóia petista. Estamos falando da OEA e a reação do governo brasileiro. James Cameron está acompanhado do democrata Bill Clinton e do republicano Swarzenegger, o que demonstra que o ataque ao Brasil é unido, a defesa não!




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#667 Mensagem por kurgan » Qui Abr 07, 2011 7:16 pm

07/04/2011 - 19h10
Novo conceito de intervenção da Otan no mundo preocupa o Brasil

Alana Gandra Da Agência Brasil No Rio de Janeiro

O governo brasileiro está preocupado com o novo conceito estratégico da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que permite a intervenção em qualquer lugar do mundo onde os interesses dos países integrantes tenham sido lesados, com ou sem a autorização prévia da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Isso é carta branca”, disse hoje (7) o ministro da Defesa, Nelson Jobim, ao participar de conferência internacional promovida pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), no Rio de Janeiro. Ele não crê que isso possa afetar os interesses brasileiros, mas deu um recado: “O Brasil tem um compromisso muito sério na América do Sul com a preservação da soberania da Argentina sobre as [Ilhas] Malvinas”.

No contexto da segurança internacional, o ministro defendeu os objetivos do país de garantir a soberania nacional e a integridade do território; a construção de uma identidade sul- americana de segurança e defesa baseada na cooperação; e a ampliação da capacidade de respaldo da política externa por parte da estratégia de defesa. Para isso, terá grande importância, segundo ele, o aparelhamento das Forças Armadas. “A defesa é um projeto de desenvolvimento, porque fundamenta um bem público intangível, que é a segurança.”

O ministro afirmou que o Brasil vai continuar pleiteando um assento no Conselho de Segurança da ONU e insistindo na busca de “relacionamentos produtivos e não excludentes com todos os atores relevantes”. Por ser um país tolerante, que busca sempre o diálogo e a cooperação, o Brasil poderá contribuir muito no Conselho de Segurança da ONU, assinalou.

Jobim assegurou, contudo, que a posição brasileira é de distanciamento da questão da Líbia, apesar de a intervenção naquele país ter sido autorizada pela ONU. O Brasil não se intromete em conflitos externos que objetivem fazer a paz, mas em ações de manutenção da paz, esclareceu. “Não contem conosco”, afirmou. O governo brasileiro vê com cautela esse tipo de intervenção, porque, muitas vezes, pode esconder interesses de outras nações, acrescentou..

Ele disse que as experiências de soluções armadas no Oriente sempre acabaram em condições de agravamento da situação de instabilidade. “O que temos que buscar é uma situação de estabilidade na região que seja produzida interna e não imposta de fora”. Jobim lembrou que a questão das armas de destruição em massa no Iraque que foram a motivação para a invasão norte americana naquele país. E indagou: “Onde estavam [as armas]? Ninguém respondeu”.

O ministro reafirmou que a Constituição Federal não prevê o desenvolvimento de armas nucleares. A tecnologia é desenvolvida no país para atuação nas áreas de energia e saúde e, também, para impulsionar um submarino mais ágil e moderno para defender a costa nacional, onde se destaca a exploração do petróleo da camada pré-sal.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... rasil.jhtm




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#668 Mensagem por Boss » Qui Abr 07, 2011 8:36 pm

Engraçado os discursos da Dilma e do Jobim.

Ambos falam que o Brasil tem que ter uma força de defesa substancial para a defesa de seus recursos naturais (e nem se fossemos um deserto sem porra nenhuma, era obrigação de um país continental e uma das maiores economias do mundo ter uma força de defesa a altura de seu posto no mundo), viram as costas e amanhã sai uma nota adiando o encerramento do FX-2 para quando o Atlético/MG ganhar a Libertadores :roll:

Jobim chora que a OTAN faz isso, faz aquilo, fará isso, fará aquilo... Mas quer peitar tal gangue com escoltas de quando Cabral veio pra cá e aviões que acompanharam o Big Bang ? :roll: Claro que ele é mais uma vítima e não um culpado, vide que só pode fazer coisas para a defesa com o dinheiro liberado pelo GF, mas como a cada azia do Mantega o dinheiro é cortado... :roll:

Tá certo que noto uma movimentação pelo menos no pensamento/papel do GF quanto a defesa, desde a END, e creio que tenha mãos (ou bocas) do GF no que se refere à consolidação de nossa Indústria de Defesa, mas acho que o tema ainda não é levado a sério como devia.

Se fosse, poderiamos peitar a OTAN por essas bandas sim, com mísseis e quetais, e não com meros discursos que no virar das costas se trasformam em cortes e não em investimentos.

E claro, temos um porte muito mais "pesado" no mundo que esses "playgrounds" que a gentalha se une para atacar. Isso mesmo com a defesa em frangalhos. Imaginemos com a mesma sendo levada a sério, nosso peso seria bem maior, e não precisaríamos ficar cagando nas calças a cada "cm" que a OTAN mexe para o Atlântico Sul.

Espero que esse governo, após o aperto desse ano, invista dignamente na defesa e em temas relacionados (pesquisa e desenvolvimento, indústria aeroespacial, etc), e o próximo também (se Aécio se candidatar o meu voto é dele, apesar da sigla infame que o acompanha - torcida em dobro), para que além de discurso, tenhamos punhos para encarar a OTAN.




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#669 Mensagem por Carlos Mathias » Qui Abr 07, 2011 9:17 pm

Querem se defender da OTAN comprando armas da .... OTAN !!!!! :shock: :roll: :lol:

Essa foi uma ótima piada de mal gosto. :? :x




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#670 Mensagem por Boss » Qui Abr 07, 2011 9:21 pm

Primeiro peido torto do Obama direcionado para Brasília, a França, bom capacho que é, nos manda fabricar o submarino que o diabo soldou e pronto... :lol:


O certo era não depender de ninguém de fora para fabricar nossos equipamentos principais, deixando para importar apenas ninharias não tão relevantes, mas como temos preguiça de aprender sozinho... Por mais custoso, demorado, etc que fosse, seria o melhor a ser feito. Mas deveria ter sido feito a tempos, agora o trem já tá andando, vamos ver se não sai do trilho...




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#671 Mensagem por Bourne » Qui Abr 07, 2011 10:12 pm

A França não é da OTAN e logo vai deixar a UE para formar com o Brasil a aliança para contrabalançar a máfia anglo-saxã (by fracófila de TPM). :lol:

Se o Brasil quer contrabalançar ou por medo na OTAN pode começar com o GF liberando mais verba para as FA's treinaram, depois para desenvolvimento de novos equipamentos e produção. Aí sim, lembraria outros países em desenvolvimento e os ToTs teriam algum fim. Caso contrário, o "contrapor a OTAN" é para consumo interno, sem ser acompanhado de ações de facto. Assim, o país vira o "gente boa" que todos ouvem e são simpáticos, mas não ligam.




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#672 Mensagem por romeo » Sex Abr 08, 2011 12:06 am

Bourne escreveu:A França não é da OTAN e logo vai deixar a UE para formar com o Brasil a aliança para contrabalançar a máfia anglo-saxã (by fracófila de TPM). :lol:

Se o Brasil quer contrabalançar ou por medo na OTAN pode começar com o GF liberando mais verba para as FA's treinaram, depois para desenvolvimento de novos equipamentos e produção. Aí sim, lembraria outros países em desenvolvimento e os ToTs teriam algum fim. Caso contrário, o "contrapor a OTAN" é para consumo interno, sem ser acompanhado de ações de facto. Assim, o país vira o "gente boa" que todos ouvem e são simpáticos, mas não ligam.
É isso mesmo... Afinal somos vizinhos da França.

E o Sarcozy vai mudar a capital da França para Cayenne. :D




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#673 Mensagem por romeo » Sex Abr 08, 2011 12:21 am

kurgan escreveu:07/04/2011 - 19h10
Novo conceito de intervenção da Otan no mundo preocupa o Brasil

Alana Gandra Da Agência Brasil No Rio de Janeiro

O governo brasileiro está preocupado com o novo conceito estratégico da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), que permite a intervenção em qualquer lugar do mundo onde os interesses dos países integrantes tenham sido lesados, com ou sem a autorização prévia da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Isso é carta branca”, disse hoje (7) o ministro da Defesa, Nelson Jobim, ao participar de conferência internacional promovida pelo Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri), no Rio de Janeiro. Ele não crê que isso possa afetar os interesses brasileiros, mas deu um recado: “O Brasil tem um compromisso muito sério na América do Sul com a preservação da soberania da Argentina sobre as [Ilhas] Malvinas”.............



http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... rasil.jhtm
Deviam postar isso no Forum dos hermanos.




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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#674 Mensagem por GustavoB » Qui Abr 14, 2011 1:38 pm

Governador de Rondônia diz que problemas em Jirau foram provocados por gente de fora do estado

Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil


Brasília – O governador de Rondônia, Confúcio Moura, tomou posse com o desafio de aliviar o que chamou de caos dramáticoda saúde pública, além de dar prioridade à regularização fundiária e ambiental em um estado com 237,5 mil quilômetros quadrados de área territorial.

Moura disse que passou os primeiros dias de governo “retirando o lixo de debaixo do tapete” – chegou a decretar estado de perigo iminente e de calamidade pública da rede hospitalar rondoniana. O plano, segundo ele, é “arrumar a casa” para, em seguida, recorrer ao governo federal para ajuda financeira.

Sobre os recentes episódios de confronto registrados na Usina Hidrelétrica Jirau, no Rio Madeira, o governador rebate as críticas de que não houve ação pronta e eficaz do estado e afirmou que é da União a responsabilidade pela segurança no local. Ele defende a contratação de mão de obra local como parte da solução do problema.

Agência Brasil – Governador, Rondônia registrou recentemente problemas no canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Jirau, no Rio Madeira. Qual a sua avaliação a respeito dos últimos acontecimentos e o que está sendo feito para resolver ou amenizar os problemas no local?
Confúcio Moura - Da parte do estado, foi feito tudo. Foi contido o contencioso com bombeiros, Polícia Civil e Militar. No início, já estávamos lá dentro. Depois, vieram as ligações para Brasília. Só um ministério foi de pronto atendimento, o da Justiça. Os outros ficaram adiando, enrolando. O José Eduardo Cardozo [ministro da Justiça], na mesma hora, mandou a Força Nacional. Usinas nucleares, hidrelétricas e refinarias de petróleo, compete ao Estado nacional oferecer a segurança que necessita, não é o estado federado. Ele participa de maneira complementar. O [governo federal] falhou. Vamos exigir que a Força Nacional continue dentro dos canteiros prestando apoio até a conclusão das obras. As próprias empresas, embora tenham a visão do lucro, não podem usar armamentos dentro dos canteiros, apenas guardas patrimoniais. Como é uma obra que envolve dinheiro do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], consórcio nacional e internacional muito bem costurado, se essa onda pega... E já está esparramando – em Mato Grosso também já manifestou. [Vou levar ao Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência] Algumas condicionantes do estado. Até agora, o estado ficou só ouvindo tudo. Vamos fazer algumas exigências. Por exemplo, que contrate gente do estado. Toda essa bagunça lá [na Usina Jirau] foi promovida não por trabalhadores do estado. Queremos que eles sejam recrutados. Temos mão de obra. Não temos qualificada, precisamos de soldador, de carpintaria. Mas essa preparação é feita massivamente por institutos, dá para preparar. O motivo [da rebelião em Jirau], até agora, não está diagnosticado. A Abin [Agência Brasileira de Inteligência] e o serviço de inteligência do estado não chegaram a um fato concreto, se são negociações trabalhistas, desacertos. Há, logicamente, um clima subterrâneo de insatisfação. A polícia [estadual] pode, em um determinado momento, ajudar, mas na condição de prestar auxílio. Precisamos de armamentos não letais, o que não nos foi oferecido. O Estado tem que nos ajudar. Mandamos em torno de 400 homens, desarticulando presídios, bancos. Fomos retirando à medida que a Força Nacional chegou. Nossa ação foi muito rápida. Com certeza, vai haver atraso de cronograma [nas obras da usina]. Isso desarticula os fornecedores, há uma demissão em série, que nos causa preocupação. Grande parte dos fornecedores de comida, água, materiais e até equipamento é do estado. Eles ficam apreensivos. Queremos um cronograma de retomada das obras o mais rapidamente possível. De posse disso, o estado já está preparando gente, o setor de construção civil vai aproveitar essa mão de obra depois, muita gente vai sair e montar pequenos negócios. O estado vai ganhar com essa preparação.

ABr - O senhor assumiu o governo de Rondônia com a meta de melhorar o sistema de saúde e trabalhar pela regularização fundiária e ambiental. Como o senhor pretende fazer isso e quais os principais desafios enfrentados nesses primeiros dias de governo?
Moura - A primeira coisa que pudemos verificar foi o caos dramático da saúde pública. Pacientes pelo chão, filas enormes de cirurgias que, com tanta demora, [pessoas que sofreram fraturas e não fizeram a cirurgia] os ossos consolidam-se viciosamente. Algo alarmante! Estamos trabalhando no sentido de não buscar nenhum dinheiro novo federal. Achamos que o problema não é falta de recurso. É falta, mesmo, de competência, de gestão local. Tão logo a gente tenha esses dados evidenciados e melhorada a gestão, aí, sim, vamos voltar a Brasília para pedir um socorro de recursos financeiros. Vamos trabalhar procurando treinar e capacitar pessoal para uma gestão qualificada, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Vamos passo a passo melhorando, essa é a nossa meta inicial. Hoje, você melhora o pronto-socorro, amanhã ele piora de novo. Não há ainda um encadeamento de propostas e de ações. Tudo é muito amadorístico. Não tem controle de estoques, de compras – muitas vezes se compra um produto que tem estocado. Já corremos seis estados, e estamos implantando modelos de Minas Gerais, Pernambuco, do Paraná, Rio Grande do Sul e Acre. Estamos pegando pedacinhos de cada um para montar o nosso quebra-cabeça local em busca dessa eficiência. Na hora em que você fizer uma gestão eficiente do gasto, do controle do desperdício, se faltar recurso, é pouco. O Ministério da Saúde, com todos os seus problemas, é um ministério generoso. O que você notifica, ele paga. O problema nosso é que subnotificamos, não comunicamos nossos serviços ao ministério. Então, não vem nem o dinheiro previsto. Os salários baixos para a nossa região não atraem algumas especialidades como oncologia, neurocirurgia e ortopedia. A solução é o pagamento por preço de mercado, mas a legislação não permite. Se você não paga, não tem especialista. Fica sempre inventando formas mágicas para ludibriar, de certa forma, a legislação brasileira. Salários de R$ 10 mil, em média. Não há atratividade. Se na capital está assim, pior nos municípios de fronteira. O único padrão de incentivo é o salário. Você não vai levar o cara por filosofia ou patriotismo. Depois disso tudo feito, e vamos até o final do ano, aí, sim, vamos chegar ao ministério e falar que o dinheiro é pouco. Mas, por enquanto, não temos nem condição técnica de falar nada.

ABr – Governador, o seu estado tem sérios problemas na área fundiária. Como resolvê-los?
Moura - A regularização fundiária é uma falha do federalismo centralizado demais. O território federal de Rondônia, quando passou a ser estado, o governo não recebeu suas terras. É um estado que não gerencia suas terras, não tem como fazer uma reforma agrária local, não titulariza os imóveis e, com isso, metade do estado é de posseiros. O circuito vicioso de invasões de terra é permanente e os conflitos não param nunca. Temos que receber, por delegação, as terras. Vou pedir à presidenta Dilma Rousseff que nos passe as terras para que o estado possa legislar sobre elas. É um estado sem lei. Com essas demandas crescentes do Código Florestal, que não votam nunca, esse estado de expectativa permanente gera a ocupação irresponsável e ilegal de áreas de floresta, a busca pela madeira, pelo minério. Queremos o estado com seus terremos legalizados e legislando sobre o meio ambiente. Se pacifica, dobra o PIB [Produto Interno Bruto], só com esse gesto – regularização de terras e ambiental. Temos que saber, um por um, o que fazem com suas terras, ter algum incentivo compensatório para o reflorestamento, mas ele não existe. Fundo nenhum incentiva a regularização ambiental da propriedade privada.

ABr - Como tem sido a relação com o governo federal nesse início de mandato da presidenta Dilma Rousseff?
Moura - Por enquanto, ainda há um início de governo tanto dela quanto do estado. Ela está trabalhando seu estilo de governo no âmbito central, fazendo ajustes de pessoal e de políticas, de controle inflacionário. Por enquanto, cada estado que cuide de seu estado. Não existe ainda nenhuma norma geral, a não ser alguns programas como o da mãe-canguru e, aqui e ali, outra iniciativa que fica para os estados analisarem a conveniência de implantar ou não. Implantar programa federal, só para aumentar gasto com pessoal, não vamos aceitar. Vamos fazer nossa gestão em saúde a nosso modo, sem tanto impactar em folha e gasto público. Nada de ficar gerando filosofias por parte do governo federal, e mandando que os estados copiem. Cada estado tem sua realidade, sua vida própria e seus próprios interesses a resolver.

ABr - O governo federal anunciou um ajuste fiscal para este ano. O estado de Rondônia adotou alguma medida nesse sentido?
Moura - O estado de Rondônia é um estado, por sua natureza, de ajuste feito. A única coisa errada que vimos foi o descumprimento, pelo governo passado, da Lei de Responsabilidade Fiscal, passando a dívida para o meu governo. Está dando um prejuízo inicial à imagem do estado na captação de recursos públicos, de endividamento. Fora isso, o estado está com o pé no freio, controlado, com as receitas em bom estágio. Se se mantiver como está, está bom. Nossa receita vem de ICMS [Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] do estado. Com usinas em construção e outros investimentos do PAC [Programa de Aceleração do Crescimento], houve aumento também. O estado tem feito o seu dever de casa ao longo dos anos – 1,5 milhão de habitantes, uma grande produção de gado de corte, grandes indústrias de laticínio, exportamos madeira, peixe, minério. Nosso orçamento é de R$ 5,1 bilhões este ano, tem crescido muito. Rondônia é um dos estados com maior crescimento de receita – no ano passado, entre 8% e 9% do PIB [Produto Interno Bruto]. O PIB per capita é desigual ainda, porque temos um segmento que não tem acompanhado esse ímpeto progressista do estado. Nossas dividas são muito pequenas, queremos nos endividar mais, nas áreas de educação, saúde e segurança. Precisamos nos endividar para dar um choque de gestão inicial e pagar a conta no decorrer de 15 ou 20 anos. Precisamos de ações concretas nos presídios, hospitais e nas escolas. Quero dinheiro do BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento], do BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] e da Caixa, de longo prazo. A dívida do estado não compromete. Tem uma folga grande para endividar, e eu vou aproveitar essa folga.

ABr - A reforma tributária é um dos compromissos da presidenta Dilma Rousseff para este governo, e a guerra fiscal entre os estados é um dos temas dessa reforma. A preocupação do governo é com relação aos benefícios concedidos por estados que reduzam ou anulam a cobrança do ICMS incidente sobre as importações. Qual a avaliação do senhor sobre o assunto?
Moura - A reforma tributária brasileira vem rolando, e não é de agora. Está tudo escrito, não tem nada a se fazer, é só pegar na gaveta e dar uma atualizada. Do imposto único até a série de tributos foram propostos. O problema maior não é a Federação, o problemas são os estados produtores e os consumidores. Essa é a guerra permanente. Os produtores querem que o ICMS seja cobrado na origem, e os consumidores, no destino. Tem que fazer uma conciliação. Os estados não acreditam no Tesouro. Isso nunca funcionou no Brasil. Sempre houve um calote declarado ao longo da história. Governador nenhum acredita nessa conversa. Tem que ser algo concreto, em que haja um meio termo entre origem e destino, de forma que as receitas não caiam, porque os estados têm compromissos com repasses e folhas de salário. Não dá para ficar uma temporada esperando que haja um equilíbrio natural das coisas.

ABr - No início do ano, o governo de Rondônia decretou “estado de perigo iminente e de calamidade pública” da rede hospitalar, e pediu ajuda do governo federal. Recentemente, o senhor fez críticas ao programa de saúde chamado de Tratamento Fora do Domicilio e avaliou que é preciso oferecer alternativas dentro do próprio estado. O que o senhor pretende fazer para mudar o atual quadro da saúde?
Moura - Essa medida foi para chamar a atenção mesmo, e retirar o lixo de debaixo do tapete. Mostrar a verdade nua e crua dos acontecimentos no Brasil. Fiz aquilo tudo, cheguei aqui, a Brasília, e o Agnelo [governador do Distrito Federal] está do mesmo jeito, gritando e chorando piedosamente. Se Brasília, nas barbas do Palácio do Planalto, está com caos na saúde, nós também estamos. Temos que arrumar a nossa casa para depois começarmos a pleitear novos serviços, como o de oncologia, de cirurgias cardíacas, de transplantes, doenças responsáveis pela grande quantidade de pacientes que saem para tratamento fora do estado.

ABr - Quais os projetos para a área de educação previstos para o estado, sobretudo no que diz respeito à capacitação de mão de obra?
Moura - Temos um ensino médio de péssima qualidade como no resto do país. O ensino médio brasileiro é muito ruim, é caótico de ponta a ponta. A alternativa é que fazemos uma sincronia entre o ensino tradicional ruim e o ensino profissional, de forma que o aluno possa aprender uma profissão e ir trabalhar. É isso que estamos perseguindo, com as escolas de alternância na zona rural, para formar o agricultor, e na área urbana, técnicos, de acordo com a demanda do próprio estado. Investir em laboratórios, bibliotecas, qualificação de professores, em parcerias com a Fucap [Faculdade Capivari], o Instituto Federal de Rondônia e o Senai [Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial ]. Vamos gradativamente, mas nossa meta é essa.

ABr - No próximo mês, o governo federal deverá anunciar um plano para a erradicação da extrema pobreza no país. Quais os projetos do estado para reduzir as desigualdades regionais e sociais?
Moura - Entre mestres e doutores, por exemplo, todos os da região amazônica inteira são menos do que os do Paraná. Um 'país' como é a Amazônia, com dois terços do território nacional. Essa é uma desigualdade de conhecimento violenta. E sem conhecimento, sem pesquisa científica, sem a interiorização de mestres e doutores, não combateremos a desigualdade. O conhecimento científico na Amazônia pode amenizar a imensa desigualdade. Todas as agências de desenvolvimento criadas não deram resposta, como a Sudam [Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia], que ficou só no Pará e esqueceu os demais estados da Amazônia. Essas agências vieram para promover o combate à desigualdade em seu sentido pleno, que seriam projetos de desenvolvimento, auxílio aos prefeitos, busca e captação de recursos, por meio de fundos especiais.

Edição: Aécio Amado




GustavoB
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Re: Ameaça REAL ao Brasil

#675 Mensagem por GustavoB » Ter Mai 31, 2011 2:49 pm

O Código Florestal e a quinta coluna

Aldo Rebelo*

Conta a lenda que ao cercar Madri durante a Guerra Civil Espanhola o general Emilio Mola Vidal, ao ser questionado sobre qual das quatro colunas que comandava entraria primeiro na cidade sitiada, respondeu: a quinta coluna. Mola referia-se aos seus agentes, que de dentro sabotavam a resistência republicana.
Durante a Segunda Guerra Mundial a expressão tornou-se sinônimo de ações contra o esforço aliado na luta para derrotar o eixo nazi-fascista. A quinta coluna disseminava boatos, procurava enfraquecer e neutralizar a vontade da resistência e desmoralizar a reação contra o inimigo.
Após a votação do Código Florestal, no último dia 24, um restaurante de Brasília acolheu os principais “cabeças” das ONGs internacionais para um jantar que avançou madrugada adentro. A Câmara acabara aprovar por 410 x 63 votos o relatório do Código Florestal e derrotara de forma avassaladora a tentativa do grupo de pressão externo de impedir a decisão sobre a matéria. O ambiente era de consternação pela derrota, mas ali nascia a tática da quinta coluna moderna para pressionar o Senado e o governo contra a agricultura e os agricultores brasileiros. Os agentes internacionais recorreriam à mídia estrangeira e espalhariam internamente a ideia de que o Código “anistia” desmatadores e permite novos desmatamentos.
A sucessão dos fatos ilumina o caminho trilhado pelos conspiradores de botequim. No último domingo o Estado de São Paulo abriu uma página para reportagem assinada pelas jornalistas Afra Balazina e Andrea Vialli com a seguinte manchete: Novo Código permite desmatar mata nativa em área equivalente ao Paraná. Não há, no próprio texto da reportagem, uma informação sequer que confirme o título da matéria.
É evidente que o projeto votado na Câmara não autoriza desmatamento algum. O que se discute é se dois milhões de proprietários que ocupam áreas de preservação permanente (margem de rio, encostas, morros) devem ser expulsos de suas terras ou em que proporção podem continuar cultivando como fazem há séculos no Brasil, à semelhança de seus congêneres em todo mundo.
No jornal O Globo, texto assinado por Cleide Carvalho, procura associar o desmatamento no Mato Grosso ao debate sobre o Código Florestal e as ONGs espalham por seus contatos na mídia a existência de relação entre o assassínio de camponeses na Amazônia e a votação da lei na Câmara dos Deputados. O Guardian de Londres publica artigo de um dos chefetes do Greenpeace com ameaças ao Brasil pela votação do Código Florestal. Tratam-nos como um enclave colonial carente das lições civilizatórias do império.
As ONGs internacionais consideram toda a área ocupada pela agropecuária no Brasil, passivo ambiental que deve ser convertido em floresta. Acham razoável que milhões de agricultores sejam obrigados a arrancar lavoura e capim e plantar vegetação nativa em seu lugar, em um país que mantém mais de 60% de seu território de áreas verdes.
A “anistia” atribuída ao relatório não é explicada pelos que a denunciam, nem a explicação é cobrada pela imprensa. Apenas divulgam que estão “anistiados” os que desmataram até 2008. Quem desmatou até 2008? Os que plantaram as primeiras mudas de cana no Nordeste e em São Paulo na época das capitanias hereditárias? Os primeiros cafeicultores do Pará, Rio de Janeiro e São Paulo no século XVIII? Os colonos convocados pelo governo de Getúlio Vargas para cultivar o Mato Grosso? Os gaúchos e nordestinos levados pelos governos militares para expandir a fronteira agrícola na Amazônia? Os assentados do Incra que receberam suas terras e só tinham acesso ao título de propriedade depois do desmatamento?
É importante destacar que pela legislação em vigor são todos “criminosos” ambientais submetidos ao vexame das multas e autuações do Ministério Público e dos órgãos de fiscalização. Envolvidos na teia de “ilegalidade” estão quase 100% dos agricultores do País por não terem a Reserva Legal que a lei não previa ou mata ciliar que a legislação de 1965 estabelecia de cinco a 100 metros e na década de 1980 foi alterada para 30 até 500 metros.
Reconhecendo o absurdo da situação, o próprio governo em decreto assinado pelo presidente Lula e pelo ministro Carlos Minc suspendeu as multas em decorrência da exigência “legal”, cujo prazo expira em 11 de junho e que provavelmente será re-editado pela presidente Dilma.
O governo e o País estão sob intensa pressão da desinformação e da mentira. A agricultura e os agricultores brasileiros tornaram-se invisíveis no Palácio do Planalto. Não sei se quando incorporou à delegação da viagem à China os suinocultores brasileiros em busca de mercado no gigante asiático a presidente tinha consciência de que quase toda a produção de suínos no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná está na ilegalidade por encontrar-se em área de preservação permanente.
A Câmara dos Deputados, por grande maioria, mostrou estar atenta aos interesses da preservação ambiental e da agricultura, votando uma proposta que foi aceita por um dos lados, mas rejeitada por aqueles que desconhecem ou precisam desconhecer a realidade do campo brasileiro. O Senado tem agora grande responsabilidade e o governo brasileiro precisa decidir se protege a agricultura do País ou se capitulará diante das pressões externas que em nome do meio ambiente sabotam o bem-estar do nosso povo e a economia nacional.




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