Vai ter que vir, não importa se Dilma ou Aécio. Os combustíveis também vão subir bastante. Ano que vem promete. Somado a isso, a estabilização da economia americana vai tirar muitos dólares daqui.mmatuso escreveu:Provavelmente depois das eleições vão começar a enfiar o sabugo na população para pagar essa conta.
Geopolítica Energética
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- rodrigo
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Re: Geopolítica Energética
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
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Re: Geopolítica Energética
Tem enchente e falta água e tudo o que o governador faz é culpar São Pedro.joao fernando escreveu:Aqui em SP não chove mesmo, mas o governo do estado sabe a mais de 10 anos, que deve criar um sistema de captação de água no sul do estado. Mas prefere reclamar apenas e desviar grana do Metrô
"Quando um rico rouba, vira ministro" (Lula, 1988)
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Re: Geopolítica Energética
O secretário de Estado da Energia revela que o mercado ibérico vai ter acesso a gás norte-americano com preços bastante inferiores ao gás natural africano.
Portugal "está em condições de poder receber gás norte-americano - muito mais barato que o gás natural de origem africana ou russa - através do terminal portuário de Sines", revela ao Expresso o secretário de Estado da Energia, Artur Trindade.
O governante explica que esta nova alternativa de abastecimento de gás reduz a dependência ibérica e europeia face aos produtores tradicionais, sobretudo em relação às empresas de energia russas que controlam boa parte dos fornecedores de gás que abastecem a Europa.
Num momento em que a tensão nas relações entre a União Europeia e a Rússia aumentou por causa da crise na Ucrânia - o contencioso já envolve o embargo russo aos produtos agrícolas europeus -, Artur Trindade explica que "podemos tirar partido dos frutos da última visita oficial aos EUA, em que o Governo português promoveu, com sucesso, um encontro entre as empresas de energia que operam em Portugal e os fornecedores de gás não convencional norte-americanos".
Preços mais baixos
"O mercado do designado shale gas, ou gás de xisto, tem preços muito mais baixos que os que são praticados para o gás natural na Europa e constitui uma boa base para ter fornecedores alternativos de gás destinado aos consumidores ibéricos", explica Artur Trindade.
Estes contactos não se ficaram pelas palavras e foram firmados contratos de abastecimento. "Um dos primeiros contratos foi firmado pela Endesa, que poderá começar a receber gás norte-americano a partir de 2016, o que no setor do gás é um prazo muito curto", refere o secretário de Estado.
"Sines é um porto com capacidade ideal para receber este gás, que depois poderá ser distribuído pela rede de gasodutos existente em Portugal e Espanha, com a vantagem deste gás ter preços muito convidativos para os consumidores do mercado ibérico", adianta Artur Trindade.
Reduzir e uniformizar preços do gás
O grande aumento da extração de gás não convencional nos EUA - habitualmente referido como gás de xisto, também extraído de solos de ardósia - contribuirá para reduzir a uniformizar o preço do gás a nível mundial, refere a seguradora Crédito y Caución no estudo "Gas Market Outlook". Para a convergência dos preços do gás a nível mundial contribuirá igualmente o aumento da distribuição do gás natural liquefeito (GNL), considera a seguradora.
Ao contrário do mercado dos produtos petrolíferos, que está globalizado, o mercado do gás tem atualmente grandes diferenças de preços regionais, com os países asiáticos a pagaram o gás por um preço seis vezes mais elevado que nos Estados Unidos, onde o baixo custo do gás de xisto tem vindo a pressionar a queda de preços de mercado.
A Crédito y Caución considera que nos próximos anos vai assistir-se a uma convergência de preços do gás, levando à uniformização dos seus custos em todo o mundo. Por enquanto, não existe um mercado global para o gás, dividindo os grandes grupos de consumidores e três grandes mercados regionais que não se encontram ligados entre si, designadamente, os Estados Unidos, a Ásia e a Europa, sendo neste último mercado que se praticam preços intermédios.
Rússia controla 26% do mercado mundial de gás
A Rússia controla 26% do comércio mundial de gás através de gasodutos, sendo a principal fonte para os consumidores europeus. Os Estados Unidos estão interligados ao Canadá e ao México. A região mais recente no mercado do gás é a Ásia, que produz 12% do produto extraído, embora já seja responsável pelo consumo de 22% do gás mundial.
Foram precisamente as crescentes necessidades de consumo da Ásia que motivaram o desenvolvimento da tecnologia alternativa ao gás canalizado e transportado pela via dos gasodutos, e que é o GNL, que tem custos superiores e implica o arrefecimento do gás a temperaturas muito negativas (até -162ºC) e que alteram o seu estado gasoso para líquido, reduzindo o seu volume 600 vezes.
O GNL começou a ser produzido no início da I Guerra Mundial - em 1914 - mas só começou a ser utilizado em grande escala em 1964, pela Argélia, para poder abastecer os mercados francês e italiano. A Crédito y Caución diz que atualmente "o GNL corresponde a três quartos do comércio de gás entre continentes, especialmente do Médio Oriente à Ásia."
EUA com energia mais barata
Segundo o estudo, "os preços do gás na Ásia triplicaram e são atualmente os mais elevados do mundo, enquanto na Europa os preços do gás apenas duplicaram e, ao invés, nos Estados Unidos, os preços não deixaram de cair".
"Desde 2005, a produção de gás natural nos Estados Unidos acumulou um crescimento de 26% e esse é um dos principais fatores que explica esta evolução com preços favoráveis", refere o estudo. A extração de gás de xisto e de ardósia nos EUA é feita por perfuração horizontal, com fratura hidráulica de rochas, e "tem permitido aumentar a sua produção, passado dos 11 biliões de metros cúbicos em 2000 para os 287 biliões em 2012", adianta o estudo.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/sines-pode-rece ... z3AqjtIxiB
Portugal "está em condições de poder receber gás norte-americano - muito mais barato que o gás natural de origem africana ou russa - através do terminal portuário de Sines", revela ao Expresso o secretário de Estado da Energia, Artur Trindade.
O governante explica que esta nova alternativa de abastecimento de gás reduz a dependência ibérica e europeia face aos produtores tradicionais, sobretudo em relação às empresas de energia russas que controlam boa parte dos fornecedores de gás que abastecem a Europa.
Num momento em que a tensão nas relações entre a União Europeia e a Rússia aumentou por causa da crise na Ucrânia - o contencioso já envolve o embargo russo aos produtos agrícolas europeus -, Artur Trindade explica que "podemos tirar partido dos frutos da última visita oficial aos EUA, em que o Governo português promoveu, com sucesso, um encontro entre as empresas de energia que operam em Portugal e os fornecedores de gás não convencional norte-americanos".
Preços mais baixos
"O mercado do designado shale gas, ou gás de xisto, tem preços muito mais baixos que os que são praticados para o gás natural na Europa e constitui uma boa base para ter fornecedores alternativos de gás destinado aos consumidores ibéricos", explica Artur Trindade.
Estes contactos não se ficaram pelas palavras e foram firmados contratos de abastecimento. "Um dos primeiros contratos foi firmado pela Endesa, que poderá começar a receber gás norte-americano a partir de 2016, o que no setor do gás é um prazo muito curto", refere o secretário de Estado.
"Sines é um porto com capacidade ideal para receber este gás, que depois poderá ser distribuído pela rede de gasodutos existente em Portugal e Espanha, com a vantagem deste gás ter preços muito convidativos para os consumidores do mercado ibérico", adianta Artur Trindade.
Reduzir e uniformizar preços do gás
O grande aumento da extração de gás não convencional nos EUA - habitualmente referido como gás de xisto, também extraído de solos de ardósia - contribuirá para reduzir a uniformizar o preço do gás a nível mundial, refere a seguradora Crédito y Caución no estudo "Gas Market Outlook". Para a convergência dos preços do gás a nível mundial contribuirá igualmente o aumento da distribuição do gás natural liquefeito (GNL), considera a seguradora.
Ao contrário do mercado dos produtos petrolíferos, que está globalizado, o mercado do gás tem atualmente grandes diferenças de preços regionais, com os países asiáticos a pagaram o gás por um preço seis vezes mais elevado que nos Estados Unidos, onde o baixo custo do gás de xisto tem vindo a pressionar a queda de preços de mercado.
A Crédito y Caución considera que nos próximos anos vai assistir-se a uma convergência de preços do gás, levando à uniformização dos seus custos em todo o mundo. Por enquanto, não existe um mercado global para o gás, dividindo os grandes grupos de consumidores e três grandes mercados regionais que não se encontram ligados entre si, designadamente, os Estados Unidos, a Ásia e a Europa, sendo neste último mercado que se praticam preços intermédios.
Rússia controla 26% do mercado mundial de gás
A Rússia controla 26% do comércio mundial de gás através de gasodutos, sendo a principal fonte para os consumidores europeus. Os Estados Unidos estão interligados ao Canadá e ao México. A região mais recente no mercado do gás é a Ásia, que produz 12% do produto extraído, embora já seja responsável pelo consumo de 22% do gás mundial.
Foram precisamente as crescentes necessidades de consumo da Ásia que motivaram o desenvolvimento da tecnologia alternativa ao gás canalizado e transportado pela via dos gasodutos, e que é o GNL, que tem custos superiores e implica o arrefecimento do gás a temperaturas muito negativas (até -162ºC) e que alteram o seu estado gasoso para líquido, reduzindo o seu volume 600 vezes.
O GNL começou a ser produzido no início da I Guerra Mundial - em 1914 - mas só começou a ser utilizado em grande escala em 1964, pela Argélia, para poder abastecer os mercados francês e italiano. A Crédito y Caución diz que atualmente "o GNL corresponde a três quartos do comércio de gás entre continentes, especialmente do Médio Oriente à Ásia."
EUA com energia mais barata
Segundo o estudo, "os preços do gás na Ásia triplicaram e são atualmente os mais elevados do mundo, enquanto na Europa os preços do gás apenas duplicaram e, ao invés, nos Estados Unidos, os preços não deixaram de cair".
"Desde 2005, a produção de gás natural nos Estados Unidos acumulou um crescimento de 26% e esse é um dos principais fatores que explica esta evolução com preços favoráveis", refere o estudo. A extração de gás de xisto e de ardósia nos EUA é feita por perfuração horizontal, com fratura hidráulica de rochas, e "tem permitido aumentar a sua produção, passado dos 11 biliões de metros cúbicos em 2000 para os 287 biliões em 2012", adianta o estudo.
Ler mais: http://expresso.sapo.pt/sines-pode-rece ... z3AqjtIxiB
Re: Geopolítica Energética
cabeça de martelo escreveu:O secretário de Estado da Energia revela que o mercado ibérico vai ter acesso a gás norte-americano com preços bastante inferiores ao gás natural africano.
Portugal "está em condições de poder receber gás norte-americano - muito mais barato que o gás natural de origem africana ou russa - através do terminal portuário de Sines", revela ao Expresso o secretário de Estado da Energia, Artur Trindade.
O governante explica que esta nova alternativa de abastecimento de gás reduz a dependência ibérica e europeia face aos produtores tradicionais, sobretudo em relação às empresas de energia russas que controlam boa parte dos fornecedores de gás que abastecem a Europa.
Num momento em que a tensão nas relações entre a União Europeia e a Rússia aumentou por causa da crise na Ucrânia - o contencioso já envolve o embargo russo aos produtos agrícolas europeus -, Artur Trindade explica que "podemos tirar partido dos frutos da última visita oficial aos EUA, em que o Governo português promoveu, com sucesso, um encontro entre as empresas de energia que operam em Portugal e os fornecedores de gás não convencional norte-americanos".
Preços mais baixos
"O mercado do designado shale gas, ou gás de xisto, tem preços muito mais baixos que os que são praticados para o gás natural na Europa e constitui uma boa base para ter fornecedores alternativos de gás destinado aos consumidores ibéricos", explica Artur Trindade.
Estes contactos não se ficaram pelas palavras e foram firmados contratos de abastecimento. "Um dos primeiros contratos foi firmado pela Endesa, que poderá começar a receber gás norte-americano a partir de 2016, o que no setor do gás é um prazo muito curto", refere o secretário de Estado.
"Sines é um porto com capacidade ideal para receber este gás, que depois poderá ser distribuído pela rede de gasodutos existente em Portugal e Espanha, com a vantagem deste gás ter preços muito convidativos para os consumidores do mercado ibérico", adianta Artur Trindade.
Reduzir e uniformizar preços do gás
O grande aumento da extração de gás não convencional nos EUA - habitualmente referido como gás de xisto, também extraído de solos de ardósia - contribuirá para reduzir a uniformizar o preço do gás a nível mundial, refere a seguradora Crédito y Caución no estudo "Gas Market Outlook". Para a convergência dos preços do gás a nível mundial contribuirá igualmente o aumento da distribuição do gás natural liquefeito (GNL), considera a seguradora.
Ao contrário do mercado dos produtos petrolíferos, que está globalizado, o mercado do gás tem atualmente grandes diferenças de preços regionais, com os países asiáticos a pagaram o gás por um preço seis vezes mais elevado que nos Estados Unidos, onde o baixo custo do gás de xisto tem vindo a pressionar a queda de preços de mercado.
A Crédito y Caución considera que nos próximos anos vai assistir-se a uma convergência de preços do gás, levando à uniformização dos seus custos em todo o mundo. Por enquanto, não existe um mercado global para o gás, dividindo os grandes grupos de consumidores e três grandes mercados regionais que não se encontram ligados entre si, designadamente, os Estados Unidos, a Ásia e a Europa, sendo neste último mercado que se praticam preços intermédios.
Rússia controla 26% do mercado mundial de gás
A Rússia controla 26% do comércio mundial de gás através de gasodutos, sendo a principal fonte para os consumidores europeus. Os Estados Unidos estão interligados ao Canadá e ao México. A região mais recente no mercado do gás é a Ásia, que produz 12% do produto extraído, embora já seja responsável pelo consumo de 22% do gás mundial.
Foram precisamente as crescentes necessidades de consumo da Ásia que motivaram o desenvolvimento da tecnologia alternativa ao gás canalizado e transportado pela via dos gasodutos, e que é o GNL, que tem custos superiores e implica o arrefecimento do gás a temperaturas muito negativas (até -162ºC) e que alteram o seu estado gasoso para líquido, reduzindo o seu volume 600 vezes.
O GNL começou a ser produzido no início da I Guerra Mundial - em 1914 - mas só começou a ser utilizado em grande escala em 1964, pela Argélia, para poder abastecer os mercados francês e italiano. A Crédito y Caución diz que atualmente "o GNL corresponde a três quartos do comércio de gás entre continentes, especialmente do Médio Oriente à Ásia."
EUA com energia mais barata
Segundo o estudo, "os preços do gás na Ásia triplicaram e são atualmente os mais elevados do mundo, enquanto na Europa os preços do gás apenas duplicaram e, ao invés, nos Estados Unidos, os preços não deixaram de cair".
"Desde 2005, a produção de gás natural nos Estados Unidos acumulou um crescimento de 26% e esse é um dos principais fatores que explica esta evolução com preços favoráveis", refere o estudo. A extração de gás de xisto e de ardósia nos EUA é feita por perfuração horizontal, com fratura hidráulica de rochas, e "tem permitido aumentar a sua produção, passado dos 11 biliões de metros cúbicos em 2000 para os 287 biliões em 2012", adianta o estudo.
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kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Obrigado, cabeça, adorei essa piadinha para alegrar minha manhã... comecei bem o dia....
Você realmente acreditou nessa bobagem? se isso fosse verdade, os Estados Unidos já estariam vendendo gás para Europa desde já....nem precisaria de sanções, só a venda desse gás já derrubaria a Rússia.... é claro e é óbvio que os EUA podem abastecer a Europa com seu gás....só que esse gás norte-americano é muito, muito mais caro....
kkkkkkkkkkkkkkkkkk
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Re: Geopolítica Energética
Você vai ver o papai noel voando com renas antes...desde quando estourou a crise, o Obama falou que os EUA podem abastecer a Europa com gás de xisto americano....cabeça de martelo escreveu:Prefiro ver para crer.
Claro que podem: os EUA vendem gás mais caro, lucram bastante com suas bichinhas europeias e ainda por cima derrubam a Rússia, num golpe só!
kkkkkkkkkkkkkkk
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Re: Geopolítica Energética
Chris eu estou a tentar ter uma discussão saudável, mas sempre que chamas-me de bichinha torna-se um pouco dificil.
Por tugal não precisa do gás Russo ou Norte-Americano já que temos uma fonte relativamente estável (por agora), o norte de áfrica. Se um representante do governo Norte-Americano diz que é possível aos EUA vender gás a preços mais competitivos na UE através de Portugal, quem sou eu para dizer que sim ou que não? Eu não percebo nada disso, por isso prefiro aguardar para ver.
Por tugal não precisa do gás Russo ou Norte-Americano já que temos uma fonte relativamente estável (por agora), o norte de áfrica. Se um representante do governo Norte-Americano diz que é possível aos EUA vender gás a preços mais competitivos na UE através de Portugal, quem sou eu para dizer que sim ou que não? Eu não percebo nada disso, por isso prefiro aguardar para ver.
Re: Geopolítica Energética
Eu não xinguei você de bichinha, mas a população europeia age como tal ao aceitar o jugo americano....mas a idéias dos EUA é essa: isolar a Rússia, cortar o fornecimento de gás da Rússia para a Europa e vencer seu gás, a preço de ouro, para os europeus...seria sensacional: para os EUA.....cabeça de martelo escreveu:Chris eu estou a tentar ter uma discussão saudável, mas sempre que chamas-me de bichinha torna-se um pouco dificil.
Por tugal não precisa do gás Russo ou Norte-Americano já que temos uma fonte relativamente estável (por agora), o norte de áfrica. Se um representante do governo Norte-Americano diz que é possível aos EUA vender gás a preços mais competitivos na UE através de Portugal, quem sou eu para dizer que sim ou que não? Eu não percebo nada disso, por isso prefiro aguardar para ver.
A Rússia poderia vencer seu gás para a Ásia, então talvez não perdesse tanto....
Já a Europa.....
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Re: Geopolítica Energética
Eu estou onde em áfrica? E os "europeus" inclui muita gente, incluindo pessoas bastante anti-EUA.
Os Norte-Americanos para conseguirem vender seja o que for têm primeiro de serem competitivos, até agora a Rússia e o Norte de África eram muito mais capazes a esse nível, vamos ver se eles conseguem vender abaixo dos preços agora praticados.
Já agora, EU e qualquer Português quando gasta electricidade está a gastar acima de tudo de recursos renováveis, conheço quem gaste uma bilha de gás por ano. Eu neste momento tenho a caldeira a 60º e tenho o esquentador desligado. Os meus painéis solares não são de topo e muito menos o sistema que o apoia. Quem tem coisas como tubos de vácuo passa grande parte do ano sem usar qualquer tipo de apoio para o aquecimento das águas. O futuro será cada vez mais isso, a utilização dos recursos renováveis, a racionalização da energia e a redução muito substâncial da mesma (15kWh/m2/ano por casa).
Salvo erro já foi aprovado em Bruxelas a imposição de que as casas no futuro sejam feitas usando a metodologia das Casas Passivas.
http://www.homegrid.pt/pdfs/04_Revista_ ... 8set11.pdf
http://ria.ua.pt/handle/10773/11490
Os Norte-Americanos para conseguirem vender seja o que for têm primeiro de serem competitivos, até agora a Rússia e o Norte de África eram muito mais capazes a esse nível, vamos ver se eles conseguem vender abaixo dos preços agora praticados.
Já agora, EU e qualquer Português quando gasta electricidade está a gastar acima de tudo de recursos renováveis, conheço quem gaste uma bilha de gás por ano. Eu neste momento tenho a caldeira a 60º e tenho o esquentador desligado. Os meus painéis solares não são de topo e muito menos o sistema que o apoia. Quem tem coisas como tubos de vácuo passa grande parte do ano sem usar qualquer tipo de apoio para o aquecimento das águas. O futuro será cada vez mais isso, a utilização dos recursos renováveis, a racionalização da energia e a redução muito substâncial da mesma (15kWh/m2/ano por casa).
Salvo erro já foi aprovado em Bruxelas a imposição de que as casas no futuro sejam feitas usando a metodologia das Casas Passivas.


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Re: Geopolítica Energética
A coisa é simples, a Russia é FOD.NA, e qualquer um que ao menos tente bater de frente com ela é algum tipo de monstro do poço de piche. Isso beira o infantil.

- J.Ricardo
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Re: Geopolítica Energética
Os EUA só não exportam por não terem a estrutura necessária para exportar ainda, também há um temor que se começarem a exportar o excedente de gás ele irá aumentar o preço interno e prejudicar as indústrias domésticas.
Não temais ímpias falanges,
Que apresentam face hostil,
Vossos peitos, vossos braços,
São muralhas do Brasil!
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Re: Geopolítica Energética
O fim do milagre económico alemão?
Noah Barkin (Berlim)
20/08/2014 - 07:43
A maior economia da Europa diminuiu inesperadamente no segundo trimestre. Governo procura formas de combater a crise no investimento.
REUTERS/Ina Fassbender
A vitória da equipa alemã no Mundial de Futebol no mês passado foi saudada no país como um símbolo da emergência da Alemanha como potência económica global segura. Mas, numa reviravolta irónica, o agradável triunfo no Brasil pode ter surgido numa altura em que o novo "Wirtschaftswunder", ou milagre económico da Alemanha, está a chegar ao fim. Nas últimas semanas, a economia que políticos alemães descreveram orgulhosamente como "locomotiva de crescimento" e "âncora de estabilidade" para a Europa, foi assolada por uma série de más notícias que surpreenderam até os mais ardentes cépticos da Alemanha.
O grande golpe ocorreu na quinta-feira, quando o Departamento Federal de Estatística revelou que o Produto Interno Bruto (PIB) tinha baixado 0,2% no segundo trimestre. "A euforia a que assistimos, a percepção de que a economia alemã está em expansão simplesmente não tem razão de ser" disse Marcel Fratzscher, director do instituto económico DIW em Berlim. Então por que é que a economia alemã ficou subitamente enferma? Os meios e comunicação social alemães atribuíram boa parte da culpa ao impasse com a Rússia acerca da Ucrânia. Mas esse conflito pode só afectar drasticamente a economia no terceiro trimestre. Só no mês passado é que a Europa atingiu Moscovo com sanções económicas, levando a uma resposta “olho por olho” por parte do presidente russo Vladimir Putin. Na realidade, economistas e alguns responsáveis governamentais reconhecem que há razões mais profundas para a recente reviravolta. E têm pouco a ver com o aumento das tensões geopolíticas na Europa de leste ou no Médio Oriente.
Os problemas começam em casa, onde a saída repentina da chanceler Angela Merkel da energia nuclear, após o desastre de Fukushima no Japão e com a agressiva estratégia de investimento nas renováveis, intimidou a indústria alemã. Uma revisão recente da complexa lei das energias renováveis pouco fez para aliviar a incerteza em relação à política energética futura ou para atenuar os receios sobre a competitividade da energia alemã. "Em particular, as indústrias com uso intensivo de energia perderam a confiança no futuro da Alemanha como localização de empresas," disse Thomas Mayer, um antigo economista chefe do Deutsche Bank agora à frente do Instituto de Investigação Flossbach von Storch com sede em Colónia. "Penso que esta é uma questão importantíssima que vai ser um peso para a indústria alemã nos próximos anos."
Recuo na reforma
Piorando ainda mais a disposição das empresas tivemos um recuo nas reformas económicas que o predecessor de Merkel, Gerhard Schroeder, introduziu há uma década, e que muita gente acredita ter contribuído para a grande diminuição do desemprego na Alemanha e para uma melhoria no crescimento que começou em 2006 – ano em que a própria Alemanha acolheu (mas não conseguiu ganhar) o Campeonato do Mundo. Desde que subiu ao poder em Dezembro do ano passado que o governo alemão de coligação esquerda-direita tem vindo a implementar uma redução na idade da reforma para alguns trabalhadores e ganhou a aprovação do Parlamento para um salário mínimo nacional de 8,50 euros por hora.
O ponto seguinte da agenda é uma maior restrição no trabalho temporário. A reforma das pensões que permite aos trabalhadores com muitos anos de desconto aposentarem-se quatro anos antes, aos 63, arrisca-se a agravar a escassez de trabalhadores qualificados em alguns sectores da economia. A agência de rating Moody's já disse que isso abalou a sustentabilidade do sistema de pensões alemão.
O efeito inesperado destas políticas traduziu-se no desencorajamento das empresas em investir no país. O investimento empresarial em maquinaria e equipamento, por exemplo, atingiu a menor percentagem de sempre, 6,2% do PIB no ano passado, como salienta Elga Bartsch da Morgan Stanley. Isto apesar de uma forte dinâmica de procura interna, das baixas taxas de juro dos empréstimos e do sentimento de optimismo ainda presente.
O problema tem sido a descida acentuada do investimento público. Um estudo levado a cabo no mês passado pela Câmara do Comércio e Indústria (DIHK) disse que a Alemanha estava a sofrer uma quebra no investimento global que chegava aos 3% do PIB, ou 80 mil milhões de euros por ano. Nos cerca de 17% do PIB, os níveis de investimento total por ano na Alemanha estão abaixo dos de outros países industrializados, cuja média é de cerca de 21%. No país vizinho do Sul da Alemanha, a Áustria, por exemplo, o nível é de 27%. Apontando para estes números, o presidente da DIHK, Eric Schweitzer, compara o actual estado de espírito na Alemanha ao do Titanic: "Estão todos em festa e ninguém se apercebe da ameaça iminente do iceberg." Os responsáveis governamentais admitem também, em privado, a sua preocupação.
O ministro da Economia tem estado a estudar formas de combater o problema do investimento na Alemanha e o ministro Sigmar Gabriel convidou especialistas estrangeiros para discutir a questão mais para o final do mês. Depois de os sociais-democratas (SPD) terem conseguido fazer passar a legislação do salário mínimo e da idade da reforma, Gabriel esforça-se por mostrar à comunidade empresarial que está a ouvir. No início deste mês passou quase uma semana a visitar pequenas e médias empresas no leste da Alemanha. "Houve períodos, por exemplo no final da década de 1990, em que a Alemanha perdeu a sua vantagem económica", disse um responsável do governo que pediu anonimato dada a sensibilidade do debate sobre o crescimento. "Será que nos aproximamos de mais um desses períodos? Há quem esteja preocupado com essa possibilidade."
Rússia muda o jogo
A Alemanha continua a estar bem em comparação com parceiros europeus como a Itália, cuja economia contraiu também 0,2% no segundo trimestre, e com a Franç,a que admitiu no final da semana passada não conseguir cumprir os seus objectivos para este ano em relação ao défice, dada a estagnação da sua economia. Parte do enfraquecimento da Alemanha neste segundo trimestre pode ser explicada por efeitos meteorológicos: o inverno rigoroso levou as empresas de construção civil a um investimento bastante maior nos três meses do ano, o que se reflectiu no segundo trimestre. O desemprego alemão, com uma taxa de 6,7%, está quase tão baixo como na pós-unificação e os salários estão a aumentar, estimulando a procura que retirou à transacções comerciais o lugar de principal pilar do crescimento.
Ao contrário do que acontece noutros parceiros europeus, as finanças alemãs estão também em excelente forma. Dados revelados na quinta-feira mostraram que a dívida pública total – governos federal e estatal, autarquias locais e sistema de segurança social em conjunto - diminuiu no ano passado pela primeira vez depois da guerra. O orçamento do Governo para 2015 não inclui novas necessidades líquidas de financiamento pela primeira vez desde 1969. "Não parecemos estar à beira do precipício," disse Andreas Woergoetter, chefe do departamento económico da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE), com sede em Paris.
No entanto, economistas como, por exemplo, Fratzscher da DIW, crêem que a economia vai continuar a contrair no terceiro trimestre colocando a Alemanha em recessão, e aumentando as preocupações sobre uma recuperação europeia mais alargada. Woergoetter diz que seria loucura menosprezar o impacto a longo prazo do conflito com a Rússia que acredita poder ser muito maior do que os laços comerciais bilaterais – a Rússia apenas constitui 3% do total de exportações alemãs - poderiam fazer pensar. "Seja o que for que advenha desta crise há uma alteração das regras do jogo porque a cooperação económica entre a Alemanha e a Rússia ficou gravemente prejudicada," disse. "A Rússia era um mercado extremamente lucrativo. Era uma oportunidade de investimento insubstituível e neste momento os planos estratégicos de muitas empresas terão de ser repensados. Também isso vai contribuir para a incerteza na Alemanha".
http://www.publico.pt/economia/noticia/ ... page=-1#/0
HOJE às 10:26
Japão: paragem das centrais nucleares prolonga série de défice comercial
O resultado de balança comercial japonesa (mercadorias) continuou negativo em julho, pelo 25º mês consecutivo, refletindo a paragem prolongada das centrais nucleares determinada pelo desastre de Fukushima.
O défice comercial nipónico ascendeu aos 964 mil milhões de ienes (cerca de 7 000 M€), em julho, refletindo o aumento da importação de combustíveis fósseis destinados a compensar o défice de energia provocado pela paragem das centrais a energia nuclear.
As exportações até subiram (pela primeira vez em três meses) aumentando 3,9%, suportada pelo crescimento de vendas exteriores de automóveis e metalurgia, totalizando 6,19 biliões de ienes.
Por seu lado, as importações cresceram 2,3%, para os 7,15 biliões, refletindo um incremento de 23% na compra de produtos petrolíferos e de 7% no gás liquefeito.
Apesar do resultado negativo no comércio externo, o défice desde 6,6% face ao valor de um ano antes.
http://dinheirodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=218755
A energia nuclear é mais cara mas importar gás não parece ser a solução, eu acredito que as energias renováveis tem futuro mas é um processo longo que vai demorar décadas não da para transferir a matriz energética em pouco tempo como os antinucleares querem.
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Re: Geopolítica Energética
Os EUA esta com esse negócio de tirar gás de xisto ou sei la o que que era uma jazida que eles sempre tiveram mas que não havia tecnologia para explorar, parece que agora existe e é economicamente viável, por isso é claro que vão querer exportar.
A economia alemã deu uma freada forte mesmo, mas era de se esperar com a forte expansão que teve (não no sentido de crescer o PIB, mas de acordos fechados com outros países em crise) que fazer em seus investimentos nos países europeus; até agora tem aguentado o tranco vamos ver se continua.
A economia alemã deu uma freada forte mesmo, mas era de se esperar com a forte expansão que teve (não no sentido de crescer o PIB, mas de acordos fechados com outros países em crise) que fazer em seus investimentos nos países europeus; até agora tem aguentado o tranco vamos ver se continua.

- mmatuso
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Re: Geopolítica Energética
Boom do xisto nos EUA já não atrai tanto dinheiro
Por DANIEL GILBERT CONNECT
Atualizado terça-feira, 7 de janeiro de 2014 00:03 EDT
Desde 2008, investidores estrangeiros endinheirados vêm subsidiando o boom da exploração petrolífera nos Estados Unidos, enquanto as empresas gastam muito mais dinheiro arrendando terras e perfurando poços do que ganham vendendo petróleo e gás natural.
Mas o fluxo de dinheiro estrangeiro para as petrolíferas americanas está secando. Em 2013, as multinacionais do petróleo gastaram US$ 3,4 bilhões em participações em campos de xisto nos EUA, menos da metade do que investiram em 2012 e um décimo dos seus gastos de 2011, segundo dados da IHS Herold, uma firma de pesquisa e consultoria.
É um sinal de tempos difíceis para as empresas de finanças apertadas que reviveram o setor energético americano. O valor dos negócios ligados a petrolíferas nos EUA caiu 48% em 2013 comparado a 2012, para US$ 47 bilhões, a primeira queda anual desde 2008, segundo a IHS.
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Um poço em produção num campo da Monterey Shale, uma formação de xisto na Califórnia. O investimento estrangeiro financiou boa parte do boom da exploração de petróleo e gás de xisto nos EUA. Reuters
Por causa disso, os produtores de petróleo e gás natural dos EUA já começaram a cortar gastos. "Os dias de dinheiro fácil acabaram", diz Amy Myers Jaffe, diretora executiva de energia e sustentabilidade na Universidade da Califórnia, em Davis. "A ênfase será na redução de custos."
O dinheiro estrangeiro ajudou a cobrir os custos da perfuração de poços profundos e das técnicas para extrair petróleo e o gás de formações de xisto e de outras rochas de baixa permeabilidade nos EUA. O investimento tem custado caro: no ano passado, 80 grandes petrolíferas da América do Norte gastaram US$ 50,6 bilhões a mais do que faturaram com suas operações, de acordo com dados da S&P Capital IQ. Esse déficit foi duas vezes maior que em 2011 e quatro vezes maior que em 2010.
Essas mesmas empresas reduziram suas despesas nos primeiros nove meses de 2013, embora ainda tenham gasto cerca de US$ 18,7 bilhões a mais do que seu fluxo de caixa.
Produtores americanos e canadenses estão "voltando a gastar dentro de suas possibilidades", escreveram analistas da Sanford C. Bernstein num relatório de análise de dezembro, que analisou os padrões de gastos de 50 petrolíferas.
As empresas também estão se voltando para outros investidores, inclusive de private equity e da bolsa de valores, à medida que compradores estrangeiros perdem o apetite pelo setor de petróleo americano. A mudança tem grandes implicações para a indústria de petróleo e gás natural, dizem analistas, porque os investidores de Wall Street tendem a ser mais sensíveis a lucros e aos preços das ações, enquanto os investidores estrangeiros são, historicamente, mais focados na aquisição de tecnologia e reservas de petróleo.
John Walker viveu essa mudança de perto. O diretor-presidente da empresa de capital fechado EnerVest Ltd. cortejou grandes petrolíferas do Japão, Coréia e China quando decidiu vender grandes participações da empresa nos campos da formação de xisto Utica, no Estado de Ohio.
Mas um ano depois, a EnerVest, que é sediada em Houston, e seu braço de capital aberto EV Energy Partners EVEP +3.80% LP tinham vendido apenas uma parcela dos seus campos na Utica por US$ 284 milhões, muito menos que os US$ 6 bilhões que Walker estava buscando por todos os ativos da formação. E o comprador não veio da Ásia, mas sim do Estado de Oklahoma: uma empresa nova financiada por firmas de private equity e liderada por Aubrey McClendon, ex-diretor-presidente da Chesapeake Energy Corp. CHK +2.71%
"Todo o mercado mudou", disse Walker em entrevista recente. Investidores asiáticos estavam interessados nos ativos de xisto da empresa na Utica, disse ele, mas poucos fizeram ofertas. A EnerVest mudou de estratégia, dividindo os ativos da Utica em pacotes menores para atrair outras petrolíferas com menos dinheiro disponível.
Aos poucos, os preços baixos do gás natural diminuíram o interesse das empresas internacionais pelo xisto americano, e alguns se arrependeram do investimento. Em julho, a Royal Dutch Shell RDSB.LN -1.16% PLC concluiu que seus ativos de xisto na América do Norte valiam US$ 2 bilhões a menos do que havia estimado. Um ano antes, a BHP Billiton Ltd. BHP.AU -3.91% registrou uma baixa contábil de US$ 2,8 bilhões relativa ao valor de seus campos de xisto nos EUA.
Em 2013, os preços do gás natural subiram 26%, fechando o ano em US$ 4,23 por milhão de unidades térmicas britânicas. Mas esse aumento se deu a partir de mínimos quase históricos. Os preços do gás natural caíram para menos de US$ 2 em 2012, o nível mais baixo em dez anos, à medida que o crescimento da produção nos EUA e temperaturas amenas (que requerem menos calefação) provocaram um excesso de oferta de combustível. Os preços voltaram a subir no ano passado porque algumas geradoras de energia se voltaram para o gás natural para reduzir o uso de carvão.
Alguns dos maiores financiadores do boom de xisto não esperam que as grandes empresas asiáticas e europeias reabram seus cofres tão cedo.
"Eles ainda estão digerindo", diz Ralph Eads, vice-presidente do conselho e diretor global de investimentos em energia do banco de investimento Jefferies Group LLC. Ainda assim, diz ele, "à medida que os estrangeiros se retiraram, vimos um aquecimento da atividade de private equity".
No mês passado, a Riverstone Holdings LLC, uma gigante de private equity especializada em energia, anunciou que iria investir até US$ 300 milhões na empresa de petróleo e gás natural Eagle Energy Exploration LLC, de capital fechado.
O mercado de abertura de capital também continua a ser uma grande fonte de financiamento para os produtores de petróleo e gás. A abertura de capital da Antero Resources Corp. AR +2.15% , que arrecadou US$ 1,6 bilhão no mês passado, foi a quinta maior do ano entre as empresas com ações negociadas nas bolsas americanas.
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tentaram transformar na bala de prata, mas...
Por DANIEL GILBERT CONNECT
Atualizado terça-feira, 7 de janeiro de 2014 00:03 EDT
Desde 2008, investidores estrangeiros endinheirados vêm subsidiando o boom da exploração petrolífera nos Estados Unidos, enquanto as empresas gastam muito mais dinheiro arrendando terras e perfurando poços do que ganham vendendo petróleo e gás natural.
Mas o fluxo de dinheiro estrangeiro para as petrolíferas americanas está secando. Em 2013, as multinacionais do petróleo gastaram US$ 3,4 bilhões em participações em campos de xisto nos EUA, menos da metade do que investiram em 2012 e um décimo dos seus gastos de 2011, segundo dados da IHS Herold, uma firma de pesquisa e consultoria.
É um sinal de tempos difíceis para as empresas de finanças apertadas que reviveram o setor energético americano. O valor dos negócios ligados a petrolíferas nos EUA caiu 48% em 2013 comparado a 2012, para US$ 47 bilhões, a primeira queda anual desde 2008, segundo a IHS.
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Um poço em produção num campo da Monterey Shale, uma formação de xisto na Califórnia. O investimento estrangeiro financiou boa parte do boom da exploração de petróleo e gás de xisto nos EUA. Reuters
Por causa disso, os produtores de petróleo e gás natural dos EUA já começaram a cortar gastos. "Os dias de dinheiro fácil acabaram", diz Amy Myers Jaffe, diretora executiva de energia e sustentabilidade na Universidade da Califórnia, em Davis. "A ênfase será na redução de custos."
O dinheiro estrangeiro ajudou a cobrir os custos da perfuração de poços profundos e das técnicas para extrair petróleo e o gás de formações de xisto e de outras rochas de baixa permeabilidade nos EUA. O investimento tem custado caro: no ano passado, 80 grandes petrolíferas da América do Norte gastaram US$ 50,6 bilhões a mais do que faturaram com suas operações, de acordo com dados da S&P Capital IQ. Esse déficit foi duas vezes maior que em 2011 e quatro vezes maior que em 2010.
Essas mesmas empresas reduziram suas despesas nos primeiros nove meses de 2013, embora ainda tenham gasto cerca de US$ 18,7 bilhões a mais do que seu fluxo de caixa.
Produtores americanos e canadenses estão "voltando a gastar dentro de suas possibilidades", escreveram analistas da Sanford C. Bernstein num relatório de análise de dezembro, que analisou os padrões de gastos de 50 petrolíferas.
As empresas também estão se voltando para outros investidores, inclusive de private equity e da bolsa de valores, à medida que compradores estrangeiros perdem o apetite pelo setor de petróleo americano. A mudança tem grandes implicações para a indústria de petróleo e gás natural, dizem analistas, porque os investidores de Wall Street tendem a ser mais sensíveis a lucros e aos preços das ações, enquanto os investidores estrangeiros são, historicamente, mais focados na aquisição de tecnologia e reservas de petróleo.
John Walker viveu essa mudança de perto. O diretor-presidente da empresa de capital fechado EnerVest Ltd. cortejou grandes petrolíferas do Japão, Coréia e China quando decidiu vender grandes participações da empresa nos campos da formação de xisto Utica, no Estado de Ohio.
Mas um ano depois, a EnerVest, que é sediada em Houston, e seu braço de capital aberto EV Energy Partners EVEP +3.80% LP tinham vendido apenas uma parcela dos seus campos na Utica por US$ 284 milhões, muito menos que os US$ 6 bilhões que Walker estava buscando por todos os ativos da formação. E o comprador não veio da Ásia, mas sim do Estado de Oklahoma: uma empresa nova financiada por firmas de private equity e liderada por Aubrey McClendon, ex-diretor-presidente da Chesapeake Energy Corp. CHK +2.71%
"Todo o mercado mudou", disse Walker em entrevista recente. Investidores asiáticos estavam interessados nos ativos de xisto da empresa na Utica, disse ele, mas poucos fizeram ofertas. A EnerVest mudou de estratégia, dividindo os ativos da Utica em pacotes menores para atrair outras petrolíferas com menos dinheiro disponível.
Aos poucos, os preços baixos do gás natural diminuíram o interesse das empresas internacionais pelo xisto americano, e alguns se arrependeram do investimento. Em julho, a Royal Dutch Shell RDSB.LN -1.16% PLC concluiu que seus ativos de xisto na América do Norte valiam US$ 2 bilhões a menos do que havia estimado. Um ano antes, a BHP Billiton Ltd. BHP.AU -3.91% registrou uma baixa contábil de US$ 2,8 bilhões relativa ao valor de seus campos de xisto nos EUA.
Em 2013, os preços do gás natural subiram 26%, fechando o ano em US$ 4,23 por milhão de unidades térmicas britânicas. Mas esse aumento se deu a partir de mínimos quase históricos. Os preços do gás natural caíram para menos de US$ 2 em 2012, o nível mais baixo em dez anos, à medida que o crescimento da produção nos EUA e temperaturas amenas (que requerem menos calefação) provocaram um excesso de oferta de combustível. Os preços voltaram a subir no ano passado porque algumas geradoras de energia se voltaram para o gás natural para reduzir o uso de carvão.
Alguns dos maiores financiadores do boom de xisto não esperam que as grandes empresas asiáticas e europeias reabram seus cofres tão cedo.
"Eles ainda estão digerindo", diz Ralph Eads, vice-presidente do conselho e diretor global de investimentos em energia do banco de investimento Jefferies Group LLC. Ainda assim, diz ele, "à medida que os estrangeiros se retiraram, vimos um aquecimento da atividade de private equity".
No mês passado, a Riverstone Holdings LLC, uma gigante de private equity especializada em energia, anunciou que iria investir até US$ 300 milhões na empresa de petróleo e gás natural Eagle Energy Exploration LLC, de capital fechado.
O mercado de abertura de capital também continua a ser uma grande fonte de financiamento para os produtores de petróleo e gás. A abertura de capital da Antero Resources Corp. AR +2.15% , que arrecadou US$ 1,6 bilhão no mês passado, foi a quinta maior do ano entre as empresas com ações negociadas nas bolsas americanas.
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tentaram transformar na bala de prata, mas...
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Re: Geopolítica Energética
Curioso, se não me engano havia até um gráfico mostrando que a produção americana de petróleo e gás ultrapassaria a russa.
De todo modo, no meu modo de ver, o domínio da tecnologia é que vai fazer a diferença, pq existem muitos outros países com poços que podem ser explorados.
De todo modo, no meu modo de ver, o domínio da tecnologia é que vai fazer a diferença, pq existem muitos outros países com poços que podem ser explorados.
