NOTÍCIAS POLÍTICAS
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Fidel volta ao Parlamento 4 anos depois
Antigo presidente cubano foi ovacionado de pé numa sessão parlamentar especial convocada para debater os perigos de uma iminente guerra nuclear mundial
Foi um momento de reescrita da História. Fidel Castro voltou ao Parlamento cubano, pela primeira vez em quatro anos, relata a Reuters.
Fidel, com 84 anos, tem aparecido várias vezes em público nos últimos tempos, seja na apresentação do seu livro «Por Todos los Caminos de la Sierra: la Victoria Estratégica», seja nas comemorações do Dia da Revolução ou ainda na homenagem a militares.
Vestido com a inconfundível farda verde militar, sem insígnias, Castro recebeu uma ovação de pé numa sessão parlamentar especial convocada para debater os perigos de uma guerra nuclear mundial devido às movimentações dos Estados Unidos contra o Irão.
Em 2006, Fidel resignou como líder cubano devido a uma cirurgia aos intestinos e passou a pasta presidencial ao seu irmão mais novo, Raul Castro.
http://diario.iol.pt/internacional/fide ... -4073.html
Antigo presidente cubano foi ovacionado de pé numa sessão parlamentar especial convocada para debater os perigos de uma iminente guerra nuclear mundial
Foi um momento de reescrita da História. Fidel Castro voltou ao Parlamento cubano, pela primeira vez em quatro anos, relata a Reuters.
Fidel, com 84 anos, tem aparecido várias vezes em público nos últimos tempos, seja na apresentação do seu livro «Por Todos los Caminos de la Sierra: la Victoria Estratégica», seja nas comemorações do Dia da Revolução ou ainda na homenagem a militares.
Vestido com a inconfundível farda verde militar, sem insígnias, Castro recebeu uma ovação de pé numa sessão parlamentar especial convocada para debater os perigos de uma guerra nuclear mundial devido às movimentações dos Estados Unidos contra o Irão.
Em 2006, Fidel resignou como líder cubano devido a uma cirurgia aos intestinos e passou a pasta presidencial ao seu irmão mais novo, Raul Castro.
http://diario.iol.pt/internacional/fide ... -4073.html
Triste sina ter nascido português
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
PQD escreveu:no caso do Collor acho muita cara de pau, que ousadia miseravelPQD escreveu: e o caso dele? pode?
Mas o pior é que o povo vota, e cara pode até ganhar... ele e os amiginhos!
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Rejeição a Obama nos EUA ultrapassa aprovação
WASHINGTON - As pacatas férias do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na ilha de Martha's Vineyard, foram perturbadas nesta terça-feira pelos resultados da nova pesquisa de opinião Reuters/Ipsos. Pela primeira vez, a maioria dos entrevistados, 52%, desaprovou o desempenho de Obama na Presidência; apenas 45% lhe deram uma nota positiva - o menor índice registrado até agora (48% no mês passado). Em janeiro de 2009, o índice de aprovação do recém-eleito presidente atingia um confortável percentual de 69%. Desde janeiro deste ano, no entanto, a popularidade do titular da Casa Branca está em queda do simbólico patamar de 50%.
Outros dados da sondagem também deverão servir de reflexão para o presidente durante seus dias de descanso insular. Entre as pessoas ouvidas, 92% manifestaram inquietação com o atual índice de 9,5% de desemprego, e 72% se disseram extremamente preocupadas com o desemprego em geral no país. Outros 67% igualmente expressaram sua extrema preocupação com os atuais gastos do governo - 54% consideram mais importante reduzir o déficit público, e 43% priorizam o corte de impostos para todos os americanos. Na avaliação geral, 62% apontaram que o país está no rumo equivocado.
Em relação às eleições legislativas de 2 de novembro, 46% dos eleitores registrados disseram que votariam no Partido Republicano, e 45% escolheriam candidatos democratas. Entre o total de entrevistados, o partido do governo supera por pouco a oposição: 45% a 43%. O Partido Democrata, no entanto, perdeu 10% da importante vantagem que possuía na pesquisa de fevereiro último.
Como consolo ao presidente, sobre o mau funcionamento da política em Washington a pesquisa apontou um maior número de queixas aos republicanos (36%) do que aos democratas (28%). A sondagem Reuters/Ipsos, de margem de erro de 3 pontos percentuais, ouviu 1.063 adultos entre 19 e 22 de agosto.
Em pleno clima de campanha eleitoral, e aproveitando os desfavoráveis índices do governo, o líder da minoria republicana na Câmara, John Boehner (Ohio), exigiu, também na terça, a demissão da equipe econômica de Obama - incluindo o secretário do Tesouro, Timothy Geithner, e conselheiro da Casa Branca, Larry Summers - pela sua incapacidade de estimular a economia e gerar empregos.
Na ausência de Obama, o vice-presidente Joe Biden se encarregou de responder com ironia às declarações do parlamentar republicano.
- Um conselho muito construtivo e agradecemos aos líderes por isso - disse Biden, ao deixar claro que o governo não levaria a sério suas provocações.
http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2010/ ... 471143.asp
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
P44 escreveu:Fidel volta ao Parlamento 4 anos depois
Antigo presidente cubano foi ovacionado de pé numa sessão parlamentar especial convocada para debater os perigos de uma iminente guerra nuclear mundial
Foi um momento de reescrita da História. Fidel Castro voltou ao Parlamento cubano, pela primeira vez em quatro anos, relata a Reuters.
Fidel, com 84 anos, tem aparecido várias vezes em público nos últimos tempos, seja na apresentação do seu livro «Por Todos los Caminos de la Sierra: la Victoria Estratégica», seja nas comemorações do Dia da Revolução ou ainda na homenagem a militares.
Vestido com a inconfundível farda verde militar, sem insígnias, Castro recebeu uma ovação de pé numa sessão parlamentar especial convocada para debater os perigos de uma guerra nuclear mundial devido às movimentações dos Estados Unidos contra o Irão.
Em 2006, Fidel resignou como líder cubano devido a uma cirurgia aos intestinos e passou a pasta presidencial ao seu irmão mais novo, Raul Castro.
http://diario.iol.pt/internacional/fide ... -4073.html
Perigo de uma guerra nuclear? Vai me dizer que os cubanos estão naquelas dos missesi até hoje?
Foi um momento de reescrita da História.
Fidel não fez coisa, se não reescrever a história!!
A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
- P44
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
não é bem politica mas não sabia onde colocar
http://sic.sapo.pt/online/noticias/mund ... mentos.htmPublicação: 01-09-2010 09:22 | Última actualização: 01-09-2010 11:09
Protesto contra subida de preços gera caos na capital de Moçambique
A polícia moçambicana prendeu, hoje, manifestantes em Maputo (capital), ao mesmo tempo que escoltou carros particulares e veículos dos Transportes Públicos de Moçambique (TPM), apedrejados por grevistas que protestam contra subida dos preços dos transportes e dos bens essenciais. As autoridades disparam para o ar para tentar dispersar as pessoas, mas o caos está nas ruas, com algumas delas cortadas por pneus queimados.
O Governo português não tem conhecimento de quaisquer portugueses envolvidos nos protestos que hoje decorrem em Moçambique.
"Não temos conhecimento de qualquer português que tenha sido envolvido de qualquer maneira nas manifestações", disse à Agência Lusa fonte do gabinete do secretário de Estado das Comunidades.
Populares moçambicanos queixaram-se à agência Lusa de que "a situação não está a dar", referindo-se ao aumento do custo de vida.
Para hoje estão previstos aumentos dos preços da água e da luz e dentro de dias do pão, depois de os combustíveis terem aumentado em Moçambique quatro vezes, nos últimos meses.
A manifestação de hoje já era anunciada na terça feira, por e-mail e por mensagens, mas a polícia alertou, nesse dia, que nenhuma manifestação estava autorizada, apelando para a calma.
Violência na zona do aeroporto e no centro
Ainda assim, na manhã de hoje, há relatos da imprensa de apedrejamento de autocarros, tiros e disparos de gás lacrimogéneo em vários bairros de Maputo, onde milhares de pessoas protestam.
A polícia moçambicana disparou contra os manifestantes e há vários feridos, constatou a Lusa em alguns bairros da capital de Moçambique.
Não é possível quantificar o número de feridos ou a existência de mortos, embora alguns órgãos de comunicação social falem de pelo menos dois mortos, duas crianças, na zona do aeroporto.
A televisão STV já mostrou imagens de alguns populares baleados.
Na zona do aeroporto da capital de Moçambique, segundo fontes contactadas pela Lusa, apesar dos disparos e de a polícia já ter começado a prender manifestantes, há carros a chegar com mais manifestantes e há ambulâncias no local.
A entrada em Maputo para quem chega do norte de Moçambique, a principal porta de entrada na capital, está cortada com pneus e só a polícia circula, constatou a Lusa no local.
Na zona perto do estádio do Zimpeto, após o bairro do Jardim, a polícia efetuou disparos para dispersar manifestantes, que colocaram pneus a arder na estrada.
A avenida de Angola, no centro da cidade, está cortada ao trânsito e há pneus a arder, tendo sido apedrejado um autocarro.
No bairro da Coop, segundo a imprensa, há relatos de tiros.
Vandalismo e lojas saqueadas
Na avenida Sebastião Mabote, em direção à praça de Magoanine, grupos de jovens estavam hoje de manhã a partir garrafas e a queimar pneus. Lojas do bairro de Magoanine, começaram a ser saqueadas por populares.
Das várias lojas, a Lusa viu populares a sair carregados de caixas de cerveja mas também com refrigerantes e arroz.
No local não é visível grande aparato policial e só a dependência do Millennium Bim está a ser guardada por dois polícias.
O bairro de Magoanine foi o epicentro dos protestos de há dois anos, quando as pessoas também saíram à rua contra o aumento do custo de vida.
Outras entradas em Maputo também estão bloqueadas, como a da Matola. Na cidade da Matola, ao lado de Maputo, algumas lojas começaram a ser invadidas e saqueadas, disse à Lusa outra fonte.
Lusa
Triste sina ter nascido português
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Enquanto isso, na Gaucholândia....
Operação investiga desvio de R$ 10 milhões do Banrisul
Terra
Uma força-tarefa da Polícia Federal (PF), do Ministério Público Estadual e do Ministério Público de Contas investiga possíveis desvios de recursos da área de marketing com prejuízo ao Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul). A suposta organização criminosa, integrada por um alto funcionário do banco, diretores de agências de publicidade e prestadores de serviços, pode ter causado um prejuízo de mais de RS 10 milhões nos últimos 18 meses.
A Operação Mercari pretende cumprir nesta quinta-feira 11 mandados de busca e apreensão, sendo 10 em Porto Alegre e um em Gravataí, com a participação de 76 policiais federais.
O esquema se daria através de superfaturamento na produção de ações de marketing contratadas junto a agências, as quais eram terceirizadas a empresas que, por sua vez, subcontratariam os reais executores dos serviços a preços muito menores do que aqueles cobrados do banco.
A Justiça Estadual, acionada pelo Ministério Público Estadual, autorizou o compartilhamento de informações com o Ministério Público de Contas, que requereu ao Tribunal de Contas do Estado inspeção especial no Banrisul - já determinada -, assim como com a Polícia Federal, que atua na operação em busca de indícios de crimes de evasão de divisas, ocultação de bens e valores e sonegação fiscal.
Procurada, a assessoria de imprensa do Banrisul não comentou o assunto e informou que deve divulgar ainda nesta quinta-feira um posicionamento oficial sobre as investigações.
Operação investiga desvio de R$ 10 milhões do Banrisul
Terra
Uma força-tarefa da Polícia Federal (PF), do Ministério Público Estadual e do Ministério Público de Contas investiga possíveis desvios de recursos da área de marketing com prejuízo ao Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul). A suposta organização criminosa, integrada por um alto funcionário do banco, diretores de agências de publicidade e prestadores de serviços, pode ter causado um prejuízo de mais de RS 10 milhões nos últimos 18 meses.
A Operação Mercari pretende cumprir nesta quinta-feira 11 mandados de busca e apreensão, sendo 10 em Porto Alegre e um em Gravataí, com a participação de 76 policiais federais.
O esquema se daria através de superfaturamento na produção de ações de marketing contratadas junto a agências, as quais eram terceirizadas a empresas que, por sua vez, subcontratariam os reais executores dos serviços a preços muito menores do que aqueles cobrados do banco.
A Justiça Estadual, acionada pelo Ministério Público Estadual, autorizou o compartilhamento de informações com o Ministério Público de Contas, que requereu ao Tribunal de Contas do Estado inspeção especial no Banrisul - já determinada -, assim como com a Polícia Federal, que atua na operação em busca de indícios de crimes de evasão de divisas, ocultação de bens e valores e sonegação fiscal.
Procurada, a assessoria de imprensa do Banrisul não comentou o assunto e informou que deve divulgar ainda nesta quinta-feira um posicionamento oficial sobre as investigações.
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
TCE apontou irregularidades nos gastos de publicidade do Banrisul na gestão de Fernando Lemos
Sep 2nd, 2010 by Marco Aurélio Weissheimer - RS Urgente
O período abrangido pelas investigações da Operação Mercari (18 meses) pega em cheio a gestão de Fernando Lemos na direção do banco. Considerado da “quota do PMDB” e, mais particularmente, do senador Pedro Simon, Lemos esteve à frente de uma megaoperação publicitária do governo tucano que despejou milhões de reais em anúncios e campanhas.
Cabe lembrar que a despesa total do governo Yeda Crusius com publicidade aumentou consideravelmente a partir de 2008: cresceu 23% acima da inflação. Foi uma das receitas para enfrentar os escândalos e denúncias de corrupção. O governo tucano abriu os cofres e despejou publicidade na mídia gaúcha. Em dois anos, foram gastos em propaganda (a preços médios de 2008) cerca de 306 milhões. Deste total, mais de 200 milhões foram gastos pelas estatais. Mais de 80% deste valor (cerca de 164 milhões de reais) vieram do Banrisul.
Segundo análise do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, relativa aos anos de 2007 e 2008, dos 164 milhões gastos pelo Banrisul em publicidade, menos da metade foi legalmente autorizada. Cerca de 90 milhões gastos pelo banco em publicidade contrariaram a Constituição Federal e as LDOs (Leis de Diretrizes Orçamentárias) de 2007 e 2008. Neste período, apenas 8% da despesa com publicidade se enquadra no item “publicidade legal obrigatória”. Cerca de 92% foram gastos com publicidade institucional, ou seja, propaganda do governo.
Em 2009, o governo Yeda gastou 201 milhões em publicidade – quase três quartos do montante gasto em obras (271 milhões). Do total gasto em propaganda, quase a metade (99,5 milhões), veio do Banrisul. Cabe observar que só havia autorização orçamentária para o banco estatal despender 50 milhões, 49,5 milhões foram gastos ilegalmente, contrariando o disposto no artigo 149, § 7º da Constituição estadual.
Além da análise desses gastos, o Tribunal de Contas também realizou uma inspeção especial no banco a pedido do Procurador Geral do Ministério Público de Contas, Geraldo Da Camino. Coincidência ou não, em meio a esse processo de investigação, Fernando Lemos deixou a direção do banco no início deste ano, sendo premiado pela governadora Yeda Crusius com um cargo de juiz no Tribunal de Justiça Militar.
Sep 2nd, 2010 by Marco Aurélio Weissheimer - RS Urgente
O período abrangido pelas investigações da Operação Mercari (18 meses) pega em cheio a gestão de Fernando Lemos na direção do banco. Considerado da “quota do PMDB” e, mais particularmente, do senador Pedro Simon, Lemos esteve à frente de uma megaoperação publicitária do governo tucano que despejou milhões de reais em anúncios e campanhas.
Cabe lembrar que a despesa total do governo Yeda Crusius com publicidade aumentou consideravelmente a partir de 2008: cresceu 23% acima da inflação. Foi uma das receitas para enfrentar os escândalos e denúncias de corrupção. O governo tucano abriu os cofres e despejou publicidade na mídia gaúcha. Em dois anos, foram gastos em propaganda (a preços médios de 2008) cerca de 306 milhões. Deste total, mais de 200 milhões foram gastos pelas estatais. Mais de 80% deste valor (cerca de 164 milhões de reais) vieram do Banrisul.
Segundo análise do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, relativa aos anos de 2007 e 2008, dos 164 milhões gastos pelo Banrisul em publicidade, menos da metade foi legalmente autorizada. Cerca de 90 milhões gastos pelo banco em publicidade contrariaram a Constituição Federal e as LDOs (Leis de Diretrizes Orçamentárias) de 2007 e 2008. Neste período, apenas 8% da despesa com publicidade se enquadra no item “publicidade legal obrigatória”. Cerca de 92% foram gastos com publicidade institucional, ou seja, propaganda do governo.
Em 2009, o governo Yeda gastou 201 milhões em publicidade – quase três quartos do montante gasto em obras (271 milhões). Do total gasto em propaganda, quase a metade (99,5 milhões), veio do Banrisul. Cabe observar que só havia autorização orçamentária para o banco estatal despender 50 milhões, 49,5 milhões foram gastos ilegalmente, contrariando o disposto no artigo 149, § 7º da Constituição estadual.
Além da análise desses gastos, o Tribunal de Contas também realizou uma inspeção especial no banco a pedido do Procurador Geral do Ministério Público de Contas, Geraldo Da Camino. Coincidência ou não, em meio a esse processo de investigação, Fernando Lemos deixou a direção do banco no início deste ano, sendo premiado pela governadora Yeda Crusius com um cargo de juiz no Tribunal de Justiça Militar.
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
A PERDEDORA.
Miriam Leitão - O GLOBO/Blog do Noblat - 2.9.2010.
Já se sabe quem perdeu a eleição de 2010: a Receita Federal. O órgão sai dessa campanha com uma queda violenta de credibilidade.
Pelo que fez, pelo que deixou de fazer, pelo que deixou que fizessem em suas repartições, a Receita que tinha o respeito dos brasileiros — e o temor dos sonegadores — hoje está reduzida a um braço de um partido político.
A violação do sigilo fiscal da filha do candidato José Serra é daqueles fatos que acabam com quaisquer dúvidas que por acaso ainda persistiam. A resposta dada pela Receita de que interposta pessoa levou procuração pedindo para quebrar o sigilo da contribuinte foi espantosamente grosseira.
Quem pare um minuto para pensar na explicação do órgão sabe que não faz sentido algum. Quer dizer então que uma pessoa com documento falsificado pode pedir informações protegidas? As primeiras apurações derrubaram a versão oficial.
Na campanha governista a avaliação é que este assunto não terá impacto eleitoral porque apenas alguns milhões de brasileiros declaram imposto de renda no país.
Isso equivale a dizer que crimes que atingem poucos eleitores podem ser cometidos, sem problema, desde que não ponham em risco a eleição da candidata do governo.
A atual direção da Receita tem cometido erros sequenciais. Não presta as informações necessárias, protela deliberadamente o esclarecimento do assunto, dá explicações inaceitáveis para os fatos dos quais não consegue escapar.
Num dos seus piores momentos, a Receita Federal quis garantir que não era um evento com motivações políticas, explicando que era um caso de corrupção. Se há um balcão de compra e venda de informações sigilosas num órgão que tem a prerrogativa de ser a guardiã desse sigilo, é gravíssimo. Isso não atenua o descalabro.
No caso de ser uma espionagem política, e com fins bem óbvios, é preciso que se saiba tudo antes do fim do pleito. É urgente que se faça uma investigação que acabe com as dúvidas e não as aumente.
Há um claro exagero do PSDB em pedir a cassação do registro da candidata que está em tão confortável vantagem nas intenções de voto.
Por outro lado, Dilma Rousseff, seu entorno, e o governo têm feito declarações espantosamente amenas ou equivocadas diante da gravidade do caso. Reiteradamente eles têm tentado subestimar o que está acontecendo dizendo que é briga de campanha.
Dilma disse esta semana que o PSDB "tem trajetória de vazamentos e grampos expressiva." Falou para justificar os fatos que estão sendo divulgados. Referiu-se ao caso das fitas gravadas no BNDES. Não há qualquer comparação possível.
As fitas do BNDES tentavam comprometer pessoas do próprio governo — e não políticos de um partido adversário em campanha. Elas foram resultado de gravação ilegal, as pessoas foram identificadas, e foram condenadas.
A candidata precisa mostrar seriedade no trato dessa questão — ainda que tarde. Esse tipo de resposta criada por assessor pode dar a impressão de esperteza, mas o que passa é a convicção de que está se aceitando como banal e corriqueiro o que é inaceitável, a quebra de um princípio constitucional.
O Estado não pode ser usado pelo partido que está temporariamente no poder para espionar adversários políticos. Foi isso que derrubou o então presidente Richard Nixon no caso Watergate.
É preciso restaurar a noção da dimensão do crime de usar a máquina para espionar e usar informações, entregues ao Estado, como parte da guerra eleitoral. A luta tem que ser travada apenas em torno de ideias, projetos, estilos de governo.
O secretário Otacílio Cartaxo disse que a Receita foi "pega de surpresa" e que "está traumatizada". Causa com isso novos danos à imagem do órgão, que sempre teve reputação de competência.
Quebra-se o sigilo fiscal em bases seriais e o fato nem é notado, monta-se um balcão de compra e venda e isso só vem a público pela imprensa.
Para evitar o trauma, a Receita precisa rapidamente trabalhar para mitigar o dano à sua imagem. Isso só se faz se houver uma apuração rigorosa e ágil. A demora nesse caso deixará a impressão de acobertamento. E se for isso a desconfiança se espalhará por toda a instituição.
No governo Lula, o aparelhamento de alguns órgãos ficou acima do tolerável. Como o que acontece com o Ipea, por exemplo. O órgão não foi usado nem mesmo pelos militares durante a ditadura, e, ao contrário, tornou-se uma espécie de centro de pensamento crítico que produziu análises valiosas para o país.
Agora virou estação repetidora do partido. A qualidade dos estudos comandados pela presidência do órgão é sofrível. A imagem do instituto só não está inteiramente demolida porque alguns resistentes, ainda que marginalizados, continuam mantendo a capacidade de produção de informação de qualidade no órgão. Mas hoje, o Ipea, com seus exóticos escritórios em Havana e Caracas, é uma sombra do que foi nos anos em que sua inteligência foi tão útil ao país.
O primeiro sinal de que a Receita Federal não era mais um território protegido do uso indevido aconteceu na queda da ex-secretária Lina Vieira, derrubada por ter dado informações que constrangeram a hoje candidata Dilma Rousseff.
O caso nunca foi suficientemente esclarecido. Até o fato de não haver ainda a foto dela na parede dos ex-secretários da Receita é um sinal estranho. Lembra os regimes autoritários que mudam a história pregressa e apagam personagens que incomodam.
Construir a reputação de seriedade, competência e neutralidade da Receita Federal custou muito trabalho. Esse patrimônio está sendo destruído nessa eleição.
É ela, a Receita, a perdedora. Mais do que as vítimas da espionagem.
DEMOCRACIA EM PERIGO.
De Merval Pereira - O GLOBO/Blog do Noblat - 2.09.10.
A face mais dura do aparelhamento do Estado brasileiro por forças políticas está sendo revelada nesse episódio da quebra do sigilo fiscal da filha do candidato do PSDB à Presidência da República. Em um país sério, o secretário da Receita já teria se demitido, envergonhado, ou estaria demitido pelo seu chefe, o ministro da Fazenda Guido Mantega. E alguém acabaria na cadeia.
Ao contrário, o secretário Otacílio Cartaxo tentou até onde pôde minimizar a situação, preferindo despolitizar o caso e desmoralizar sua repartição.
Ao mesmo tempo surgem de vários lados do governo tentativas de contornar o problema, ora atribuindo à própria vítima a culpa da quebra de seu sigilo fiscal, ora sugerindo que uma disputa política dentro do próprio PSDB poderia ter gerado a quebra do sigilo fiscal de Verônica Serra.
Uma análise muito encontradiça entre os políticos governistas é de que as denúncias, tendo aparecido em período eleitoral, perdem muito de sua credibilidade e de seu poder de influenciar o voto do eleitor, ficam com sabor "eleitoreiro".
Como se essa fosse a questão central. Pensamentos e atos de quem não tem espírito público.
O aparelhamento político da máquina pública não ocasiona apenas a ineficiência dos serviços, o que fica patente em casos como o dos Correios, outrora uma empresa exemplar e que se transformou em um cabide de empregos que gera mais escândalos de corrupção do que seria possível supor.
Dessa vez a revelação de que a Receita Federal transformou-se em um balcão de negócios onde o sigilo fiscal dos cidadãos brasileiros está à venda, seja por motivos meramente pecuniários, seja por razões políticas, coloca em xeque uma instituição que, até bem pouco tempo, era respeitada por sua eficiência e pelo absoluto respeito aos direitos dos cidadãos.
O episódio da quebra do sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB Eduardo Jorge Caldas Pereira, de três pessoas ligadas de alguma maneira ao partido ou ao candidato oposicionista e, mais grave, da sua filha, mostra que diversas agências da Receita Federal são utilizadas para práticas criminosas, não apenas a de Mauá, que se transformou em um local onde se compra e se vende o sigilo de qualquer um.
O sigilo de Verônica Serra foi quebrado na agência de Santo André, numa demonstração de que se vulgarizou a privacidade dos contribuintes brasileiros.
Não terá sido coincidência que, além de Verônica, os nomes ligados ao PSDB que tiveram seu sigilo fiscal quebrado — Luiz Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira e Gregório Marin Preciado — sejam personagens de um suposto livro que o jornalista Amaury Ribeiro Junior estaria escrevendo com denúncias sobre o processo de privatizações ocorrido no país durante o governo de Fernando Henrique.
O jornalista fazia parte do grupo de comunicação da campanha de Dilma Rousseff, subordinado a Luiz Lanzetta, e os dois tiveram encontro com um notório araponga tentando contratá-lo para serviços de espionagem que incluíam grampear o próprio candidato tucano à Presidência.
Além da denúncia do araponga, delegado aposentado da Polícia Federal Onésimo de Souza, feita no Congresso, outro ator do submundo petista surgiu nos últimos dias denunciando manobras criminosas nas campanhas eleitorais.
Wagner Cinchetto, conhecido sindicalista, afirmou ao "Estado de S. Paulo" e à revista "Veja" que o núcleo envolvido com a violação de sigilo fiscal de tucanos na ação da Receita é uma extensão do grupo de inteligência criado em 2002 por lideranças do PT.
Ele diz ter certeza de que os mesmos personagens atuam nos dois episódios. Revelou que o escândalo que levou ao fim a candidatura de Roseana Sarney em 2002 foi montado por esse grupo petista para incriminar o então candidato tucano à Presidência, José Serra, que foi considerado responsável pela denúncia pela família Sarney.
Até mesmo um fax teria sido enviado ao Palácio do Planalto para dar a impressão de que a Polícia Federal havia trabalhado sob a orientação do governo de Fernando Henrique.
No caso atual, os diversos órgãos do governo envolvidos na apuração — Polícia Federal, Receita Federal, Ministério da Fazenda — tiveram atuação leniente, e foram os jornais que descobriram rapidamente que a procuração era completamente falsa, desde a assinatura de Verônica Serra até o carimbo do Cartório do 16 Tabelião de Notas de São Paulo, onde aliás Verônica nunca teve firma.
Não basta a Receita dizer que por causa de uma procuração está tudo legal. Não faz sentido que qualquer pessoa que apareça em qualquer agência da Receita Federal com uma procuração possa ter acesso a dados sigilosos.
Aliás, o pedido em si não faz o menor sentido. Então o contribuinte que declara seu imposto de renda não tem uma cópia?
Agora, que quase todo mundo declara pela internet, como não ter uma gravação da declaração?
A funcionária da Receita que achou normal a apresentação da procuração deveria ter desconfiado de alguma coisa, pelo menos do fato de uma pessoa que declara seu imposto de renda na capital de São Paulo mandar um procurador a uma agência de Santo André para ter acesso a uma cópia.
O contador Antônio Carlos Atella Ferreira admitiu que foi ele quem retirou cópias das declarações de IR de Verônica Serra na agência da Receita Federal em Santo André, mas alega que fez isso por encomenda de uma pessoa que "queria prejudicar Serra".
Mais uma história mal contada. E tudo leva ao que aconteceu em 2006, quando um grupo de petistas ligados diretamente à campanha de Aloizio Mercadante e à direção nacional do PT foi preso em flagrante tentando comprar um dossiê, com uma montanha de dinheiro vivo, contra Serra, candidato ao governo de São Paulo, e Alckmin, o candidato tucano à Presidência.
O presidente chamou-os de "aloprados", indignado nem tanto com o episódio em si, mas com a burrice de seus correligionários que acabaram impedindo que ganhasse a eleição no primeiro turno.
Hoje o caso é mais grave, pois envolve um órgão do Estado que deveria proteger o sigilo de seus cidadãos.
O que menos importa é se a repercussão do caso influenciará o resultado da eleição. O grave é a ameaça ao estado de direito embutida nesse uso da máquina pública para chantagem eleitoral.
Miriam Leitão - O GLOBO/Blog do Noblat - 2.9.2010.
Já se sabe quem perdeu a eleição de 2010: a Receita Federal. O órgão sai dessa campanha com uma queda violenta de credibilidade.
Pelo que fez, pelo que deixou de fazer, pelo que deixou que fizessem em suas repartições, a Receita que tinha o respeito dos brasileiros — e o temor dos sonegadores — hoje está reduzida a um braço de um partido político.
A violação do sigilo fiscal da filha do candidato José Serra é daqueles fatos que acabam com quaisquer dúvidas que por acaso ainda persistiam. A resposta dada pela Receita de que interposta pessoa levou procuração pedindo para quebrar o sigilo da contribuinte foi espantosamente grosseira.
Quem pare um minuto para pensar na explicação do órgão sabe que não faz sentido algum. Quer dizer então que uma pessoa com documento falsificado pode pedir informações protegidas? As primeiras apurações derrubaram a versão oficial.
Na campanha governista a avaliação é que este assunto não terá impacto eleitoral porque apenas alguns milhões de brasileiros declaram imposto de renda no país.
Isso equivale a dizer que crimes que atingem poucos eleitores podem ser cometidos, sem problema, desde que não ponham em risco a eleição da candidata do governo.
A atual direção da Receita tem cometido erros sequenciais. Não presta as informações necessárias, protela deliberadamente o esclarecimento do assunto, dá explicações inaceitáveis para os fatos dos quais não consegue escapar.
Num dos seus piores momentos, a Receita Federal quis garantir que não era um evento com motivações políticas, explicando que era um caso de corrupção. Se há um balcão de compra e venda de informações sigilosas num órgão que tem a prerrogativa de ser a guardiã desse sigilo, é gravíssimo. Isso não atenua o descalabro.
No caso de ser uma espionagem política, e com fins bem óbvios, é preciso que se saiba tudo antes do fim do pleito. É urgente que se faça uma investigação que acabe com as dúvidas e não as aumente.
Há um claro exagero do PSDB em pedir a cassação do registro da candidata que está em tão confortável vantagem nas intenções de voto.
Por outro lado, Dilma Rousseff, seu entorno, e o governo têm feito declarações espantosamente amenas ou equivocadas diante da gravidade do caso. Reiteradamente eles têm tentado subestimar o que está acontecendo dizendo que é briga de campanha.
Dilma disse esta semana que o PSDB "tem trajetória de vazamentos e grampos expressiva." Falou para justificar os fatos que estão sendo divulgados. Referiu-se ao caso das fitas gravadas no BNDES. Não há qualquer comparação possível.
As fitas do BNDES tentavam comprometer pessoas do próprio governo — e não políticos de um partido adversário em campanha. Elas foram resultado de gravação ilegal, as pessoas foram identificadas, e foram condenadas.
A candidata precisa mostrar seriedade no trato dessa questão — ainda que tarde. Esse tipo de resposta criada por assessor pode dar a impressão de esperteza, mas o que passa é a convicção de que está se aceitando como banal e corriqueiro o que é inaceitável, a quebra de um princípio constitucional.
O Estado não pode ser usado pelo partido que está temporariamente no poder para espionar adversários políticos. Foi isso que derrubou o então presidente Richard Nixon no caso Watergate.
É preciso restaurar a noção da dimensão do crime de usar a máquina para espionar e usar informações, entregues ao Estado, como parte da guerra eleitoral. A luta tem que ser travada apenas em torno de ideias, projetos, estilos de governo.
O secretário Otacílio Cartaxo disse que a Receita foi "pega de surpresa" e que "está traumatizada". Causa com isso novos danos à imagem do órgão, que sempre teve reputação de competência.
Quebra-se o sigilo fiscal em bases seriais e o fato nem é notado, monta-se um balcão de compra e venda e isso só vem a público pela imprensa.
Para evitar o trauma, a Receita precisa rapidamente trabalhar para mitigar o dano à sua imagem. Isso só se faz se houver uma apuração rigorosa e ágil. A demora nesse caso deixará a impressão de acobertamento. E se for isso a desconfiança se espalhará por toda a instituição.
No governo Lula, o aparelhamento de alguns órgãos ficou acima do tolerável. Como o que acontece com o Ipea, por exemplo. O órgão não foi usado nem mesmo pelos militares durante a ditadura, e, ao contrário, tornou-se uma espécie de centro de pensamento crítico que produziu análises valiosas para o país.
Agora virou estação repetidora do partido. A qualidade dos estudos comandados pela presidência do órgão é sofrível. A imagem do instituto só não está inteiramente demolida porque alguns resistentes, ainda que marginalizados, continuam mantendo a capacidade de produção de informação de qualidade no órgão. Mas hoje, o Ipea, com seus exóticos escritórios em Havana e Caracas, é uma sombra do que foi nos anos em que sua inteligência foi tão útil ao país.
O primeiro sinal de que a Receita Federal não era mais um território protegido do uso indevido aconteceu na queda da ex-secretária Lina Vieira, derrubada por ter dado informações que constrangeram a hoje candidata Dilma Rousseff.
O caso nunca foi suficientemente esclarecido. Até o fato de não haver ainda a foto dela na parede dos ex-secretários da Receita é um sinal estranho. Lembra os regimes autoritários que mudam a história pregressa e apagam personagens que incomodam.
Construir a reputação de seriedade, competência e neutralidade da Receita Federal custou muito trabalho. Esse patrimônio está sendo destruído nessa eleição.
É ela, a Receita, a perdedora. Mais do que as vítimas da espionagem.
DEMOCRACIA EM PERIGO.
De Merval Pereira - O GLOBO/Blog do Noblat - 2.09.10.
A face mais dura do aparelhamento do Estado brasileiro por forças políticas está sendo revelada nesse episódio da quebra do sigilo fiscal da filha do candidato do PSDB à Presidência da República. Em um país sério, o secretário da Receita já teria se demitido, envergonhado, ou estaria demitido pelo seu chefe, o ministro da Fazenda Guido Mantega. E alguém acabaria na cadeia.
Ao contrário, o secretário Otacílio Cartaxo tentou até onde pôde minimizar a situação, preferindo despolitizar o caso e desmoralizar sua repartição.
Ao mesmo tempo surgem de vários lados do governo tentativas de contornar o problema, ora atribuindo à própria vítima a culpa da quebra de seu sigilo fiscal, ora sugerindo que uma disputa política dentro do próprio PSDB poderia ter gerado a quebra do sigilo fiscal de Verônica Serra.
Uma análise muito encontradiça entre os políticos governistas é de que as denúncias, tendo aparecido em período eleitoral, perdem muito de sua credibilidade e de seu poder de influenciar o voto do eleitor, ficam com sabor "eleitoreiro".
Como se essa fosse a questão central. Pensamentos e atos de quem não tem espírito público.
O aparelhamento político da máquina pública não ocasiona apenas a ineficiência dos serviços, o que fica patente em casos como o dos Correios, outrora uma empresa exemplar e que se transformou em um cabide de empregos que gera mais escândalos de corrupção do que seria possível supor.
Dessa vez a revelação de que a Receita Federal transformou-se em um balcão de negócios onde o sigilo fiscal dos cidadãos brasileiros está à venda, seja por motivos meramente pecuniários, seja por razões políticas, coloca em xeque uma instituição que, até bem pouco tempo, era respeitada por sua eficiência e pelo absoluto respeito aos direitos dos cidadãos.
O episódio da quebra do sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB Eduardo Jorge Caldas Pereira, de três pessoas ligadas de alguma maneira ao partido ou ao candidato oposicionista e, mais grave, da sua filha, mostra que diversas agências da Receita Federal são utilizadas para práticas criminosas, não apenas a de Mauá, que se transformou em um local onde se compra e se vende o sigilo de qualquer um.
O sigilo de Verônica Serra foi quebrado na agência de Santo André, numa demonstração de que se vulgarizou a privacidade dos contribuintes brasileiros.
Não terá sido coincidência que, além de Verônica, os nomes ligados ao PSDB que tiveram seu sigilo fiscal quebrado — Luiz Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira e Gregório Marin Preciado — sejam personagens de um suposto livro que o jornalista Amaury Ribeiro Junior estaria escrevendo com denúncias sobre o processo de privatizações ocorrido no país durante o governo de Fernando Henrique.
O jornalista fazia parte do grupo de comunicação da campanha de Dilma Rousseff, subordinado a Luiz Lanzetta, e os dois tiveram encontro com um notório araponga tentando contratá-lo para serviços de espionagem que incluíam grampear o próprio candidato tucano à Presidência.
Além da denúncia do araponga, delegado aposentado da Polícia Federal Onésimo de Souza, feita no Congresso, outro ator do submundo petista surgiu nos últimos dias denunciando manobras criminosas nas campanhas eleitorais.
Wagner Cinchetto, conhecido sindicalista, afirmou ao "Estado de S. Paulo" e à revista "Veja" que o núcleo envolvido com a violação de sigilo fiscal de tucanos na ação da Receita é uma extensão do grupo de inteligência criado em 2002 por lideranças do PT.
Ele diz ter certeza de que os mesmos personagens atuam nos dois episódios. Revelou que o escândalo que levou ao fim a candidatura de Roseana Sarney em 2002 foi montado por esse grupo petista para incriminar o então candidato tucano à Presidência, José Serra, que foi considerado responsável pela denúncia pela família Sarney.
Até mesmo um fax teria sido enviado ao Palácio do Planalto para dar a impressão de que a Polícia Federal havia trabalhado sob a orientação do governo de Fernando Henrique.
No caso atual, os diversos órgãos do governo envolvidos na apuração — Polícia Federal, Receita Federal, Ministério da Fazenda — tiveram atuação leniente, e foram os jornais que descobriram rapidamente que a procuração era completamente falsa, desde a assinatura de Verônica Serra até o carimbo do Cartório do 16 Tabelião de Notas de São Paulo, onde aliás Verônica nunca teve firma.
Não basta a Receita dizer que por causa de uma procuração está tudo legal. Não faz sentido que qualquer pessoa que apareça em qualquer agência da Receita Federal com uma procuração possa ter acesso a dados sigilosos.
Aliás, o pedido em si não faz o menor sentido. Então o contribuinte que declara seu imposto de renda não tem uma cópia?
Agora, que quase todo mundo declara pela internet, como não ter uma gravação da declaração?
A funcionária da Receita que achou normal a apresentação da procuração deveria ter desconfiado de alguma coisa, pelo menos do fato de uma pessoa que declara seu imposto de renda na capital de São Paulo mandar um procurador a uma agência de Santo André para ter acesso a uma cópia.
O contador Antônio Carlos Atella Ferreira admitiu que foi ele quem retirou cópias das declarações de IR de Verônica Serra na agência da Receita Federal em Santo André, mas alega que fez isso por encomenda de uma pessoa que "queria prejudicar Serra".
Mais uma história mal contada. E tudo leva ao que aconteceu em 2006, quando um grupo de petistas ligados diretamente à campanha de Aloizio Mercadante e à direção nacional do PT foi preso em flagrante tentando comprar um dossiê, com uma montanha de dinheiro vivo, contra Serra, candidato ao governo de São Paulo, e Alckmin, o candidato tucano à Presidência.
O presidente chamou-os de "aloprados", indignado nem tanto com o episódio em si, mas com a burrice de seus correligionários que acabaram impedindo que ganhasse a eleição no primeiro turno.
Hoje o caso é mais grave, pois envolve um órgão do Estado que deveria proteger o sigilo de seus cidadãos.
O que menos importa é se a repercussão do caso influenciará o resultado da eleição. O grave é a ameaça ao estado de direito embutida nesse uso da máquina pública para chantagem eleitoral.
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Miriam Leitão no blog do Noblablablabalat? HUHAUHAUAHNUAHAUAHAUAHAUAHAUA, desculpe, mas não deu pra segurar.
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Clermont escreveu:A PERDEDORA.
Miriam Leitão - O GLOBO/Blog do Noblat - 2.9.2010.Vamos rebater pontualmente, essa reporcagem.
Já se sabe quem perdeu a eleição de 2010: a Receita Federal. O órgão sai dessa campanha com uma queda violenta de credibilidade.Vazamento de informação existe dentro de qualquer órgão governamental é também na iniciativa privada, no caso do Goleiro do Flamengo, uma entrevista vazada custou a saída Presidência do Inquerito de duas delegadas da Polícia Civil Mineira. Algo muito mais restrito que é sobre uma assassinato hediondo. E a credibilidade da Polícia Mineiro foi para o Brejo?
Pelo que fez, pelo que deixou de fazer, pelo que deixou que fizessem em suas repartições, a Receita que tinha o respeito dos brasileiros — e o temor dos sonegadores — hoje está reduzida a um braço de um partido político.Não existe coisa mais facil hoje obter dados reservados, porque a informática facilitou muito o trabalho.
A violação do sigilo fiscal da filha do candidato José Serra é daqueles fatos que acabam com quaisquer dúvidas que por acaso ainda persistiam. A resposta dada pela Receita de que interposta pessoa levou procuração pedindo para quebrar o sigilo da contribuinte foi espantosamente grosseira.Não foi a resposta da receita a interposta pessoa já foi indentificada, e pelo que o tal Despachante falou, ele faz isso de modo corriqueiro, porque outra coisa que a informática ajudou em muito foram as falsificações, dá para fazer excelentes em muito pouco tempo.
Quem pare um minuto para pensar na explicação do órgão sabe que não faz sentido algum. Quer dizer então que uma pessoa com documento falsificado pode pedir informações protegidas? As primeiras apurações derrubaram a versão oficial.Oras, se alguém quer ter acesso ilegal a documentos, a fraude é uma das maneiras mais fáceis de fazer tal ato.
Na campanha governista a avaliação é que este assunto não terá impacto eleitoral porque apenas alguns milhões de brasileiros declaram imposto de renda no país.Não tem impacto eleitoral porque nada liga o vazamento ocorrido em setembro de 2009, a corrida eleitoral atual, isso só a nossa mídia PIG e o candidato da oposição fizeram, porque nada dos dados vazados foi usado até agora.
Isso equivale a dizer que crimes que atingem poucos eleitores podem ser cometidos, sem problema, desde que não ponham em risco a eleição da candidata do governo.Aqui começa a mentira, afinal, foram tomadas todas as atitudes cabiveis, sindicância interna na Receita, Inquerito na Polícia Federal e junto ao Ministério Público. Além disso, é apenas manobra eleitoral.
A atual direção da Receita tem cometido erros sequenciais. Não presta as informações necessárias, protela deliberadamente o esclarecimento do assunto, dá explicações inaceitáveis para os fatos dos quais não consegue escapar.Isso é opinião da Miriam Leitão, pode-se concordar ou não porém, sindicância e inquerito são por definição secretos.
Num dos seus piores momentos, a Receita Federal quis garantir que não era um evento com motivações políticas, explicando que era um caso de corrupção. Se há um balcão de compra e venda de informações sigilosas num órgão que tem a prerrogativa de ser a guardiã desse sigilo, é gravíssimo. Isso não atenua o descalabro.Aqui é uma mistura de ingenuidade com hipocrisia, já não foram poucas vezes que repórteres acusaram a compra de CD´s com informações da Receita e de outras repartições públicas, algo que acontece aqui e nos EUA, como mostram uma montanha de documentos considerados segredos de estado sobre o Afeganistão paranram na internet.
No caso de ser uma espionagem política, e com fins bem óbvios, é preciso que se saiba tudo antes do fim do pleito. É urgente que se faça uma investigação que acabe com as dúvidas e não as aumente.Aqui começa a verdadeira intenção golpista, não existe qualquer indício que se trata de uma espionagem política, mesmo porque a filha do Sr Serra é sócia da Filha de Daniel Dantas, um santo. Fora do Brasil, e pelo que foi falado, o Sr, Daniel Dantas contratou agências de detetives particulares, na verdade, existe um exército de arapongas vendendo todo tipo de falcatruas no Brasil e pelo mundo, e a Jornalistas da Mídia fazem uso dos serviços deles.
Há um claro exagero do PSDB em pedir a cassação do registro da candidata que está em tão confortável vantagem nas intenções de voto.Não se trata de exagero, a intenção é vem clara, como não conseguem ganhar, o jeito é apelar para o golpe.
Por outro lado, Dilma Rousseff, seu entorno, e o governo têm feito declarações espantosamente amenas ou equivocadas diante da gravidade do caso. Reiteradamente eles têm tentado subestimar o que está acontecendo dizendo que é briga de campanha.Sim, porque até agora se trata de briga de campanha, porque não existe qualquer prova de que os dados vazados foram usados para alguma coisa.
Dilma disse esta semana que o PSDB "tem trajetória de vazamentos e grampos expressiva." Falou para justificar os fatos que estão sendo divulgados. Referiu-se ao caso das fitas gravadas no BNDES. Não há qualquer comparação possível.Isso na opinião da Miriam, todos nós sabemos dos escandalosos grampos do Governo FHC, que foram feitos por integrantes do próprio governo, o PSDB já se mostrou a piores batalhas internas, com ocorreu entre José Serra e Aécio Neves, por sinal, o pseudo dossiê atriduido ao PT, foi feito por gente ligada ao Sr. Aécio Neves.
As fitas do BNDES tentavam comprometer pessoas do próprio governo — e não políticos de um partido adversário em campanha. Elas foram resultado de gravação ilegal, as pessoas foram identificadas, e foram condenadas.Interessante essa teoria, a ilegalidade não tem partido, e deve ser punida, porém, somente pode ser feito isso com provas, inquérito e o devido processo legal. Aqui a Miriam apenas demonstrou seu lado, inclusive fazendo ilações levianas e sem provas.
A candidata precisa mostrar seriedade no trato dessa questão — ainda que tarde. Esse tipo de resposta criada por assessor pode dar a impressão de esperteza, mas o que passa é a convicção de que está se aceitando como banal e corriqueiro o que é inaceitável, a quebra de um princípio constitucional.Isso é opinião de quem tem lado, a Dilma está dando a importância devida, entrando com mais 03 ações judiciais contra acusações levianas.
O Estado não pode ser usado pelo partido que está temporariamente no poder para espionar adversários políticos. Foi isso que derrubou o então presidente Richard Nixon no caso Watergate.Aqui entra a comparação sem pé nem cabeça, a filha do Serra não é partido político, nem de perto podemos comparar Watergate com o que ocorreu agora.
É preciso restaurar a noção da dimensão do crime de usar a máquina para espionar e usar informações, entregues ao Estado, como parte da guerra eleitoral. A luta tem que ser travada apenas em torno de ideias, projetos, estilos de governo.Como a oposição faz, porque sempre usou baixarias, já que nem programa de governo se preocupou fazer, isso só pode ser piada.
O secretário Otacílio Cartaxo disse que a Receita foi "pega de surpresa" e que "está traumatizada". Causa com isso novos danos à imagem do órgão, que sempre teve reputação de competência.
Quebra-se o sigilo fiscal em bases seriais e o fato nem é notado, monta-se um balcão de compra e venda e isso só vem a público pela imprensa.Como não tem mais o que dizer entrou em loop.
Para evitar o trauma, a Receita precisa rapidamente trabalhar para mitigar o dano à sua imagem. Isso só se faz se houver uma apuração rigorosa e ágil. A demora nesse caso deixará a impressão de acobertamento. E se for isso a desconfiança se espalhará por toda a instituição.Agora, começa a dizer besteiras, dado que foi apurado um crime de gente que não pertence a receira, a competência para apuração passou para a Polícia Federal e o Ministério Público, a receita tem um âmbito de atuação, que foi extrapolado.
No governo Lula, o aparelhamento de alguns órgãos ficou acima do tolerável. Como o que acontece com o Ipea, por exemplo. O órgão não foi usado nem mesmo pelos militares durante a ditadura, e, ao contrário, tornou-se uma espécie de centro de pensamento crítico que produziu análises valiosas para o país.
Agora virou estação repetidora do partido. A qualidade dos estudos comandados pela presidência do órgão é sofrível. A imagem do instituto só não está inteiramente demolida porque alguns resistentes, ainda que marginalizados, continuam mantendo a capacidade de produção de informação de qualidade no órgão. Mas hoje, o Ipea, com seus exóticos escritórios em Havana e Caracas, é uma sombra do que foi nos anos em que sua inteligência foi tão útil ao país.Está falando besteira, o IPEA continua como sempre foi, isso é apenas opinião ideológica.
O primeiro sinal de que a Receita Federal não era mais um território protegido do uso indevido aconteceu na queda da ex-secretária Lina Vieira, derrubada por ter dado informações que constrangeram a hoje candidata Dilma Rousseff.Como podemos observar o vazamento foi muito antes disso, foi em 2009. Portanto, nada haver o que foi falado.
O caso nunca foi suficientemente esclarecido. Até o fato de não haver ainda a foto dela na parede dos ex-secretários da Receita é um sinal estranho. Lembra os regimes autoritários que mudam a história pregressa e apagam personagens que incomodam.Aqui quer se requentar fatos passados, a Sra Lina afirmou uma coisa e não provou, portanto, nada mais o que dizer aqui.
Construir a reputação de seriedade, competência e neutralidade da Receita Federal custou muito trabalho. Esse patrimônio está sendo destruído nessa eleição.
É ela, a Receita, a perdedora. Mais do que as vítimas da espionagem.Miriam Leitão a defensora da receita! Como diz alguém trata-se de uma urubuloroga a serviço de seus patrões, uma das capangas mais fiéis da Globo, sempre pronta para escrever besteiras sobre qualquer assunto, mesmo os que não entendem como o atual, trata-se de uma jornalista de economia.
DEMOCRACIA EM PERIGO.
De Merval Pereira - O GLOBO/Blog do Noblat - 2.09.10.Por falar em capanga de plantão chega aqui o fiel escudeiro do Kamel.
A face mais dura do aparelhamento do Estado brasileiro por forças políticas está sendo revelada nesse episódio da quebra do sigilo fiscal da filha do candidato do PSDB à Presidência da República. Em um país sério, o secretário da Receita já teria se demitido, envergonhado, ou estaria demitido pelo seu chefe, o ministro da Fazenda Guido Mantega. E alguém acabaria na cadeia.Num país séria capachos levianos como você não existiriam, como ficou revelado, o caso da filha do Serra não pode ser imputado a falha da Receita, esse caso não! Porque foi obetido por meio de fraude.
Ao contrário, o secretário Otacílio Cartaxo tentou até onde pôde minimizar a situação, preferindo despolitizar o caso e desmoralizar sua repartição.
Ao mesmo tempo surgem de vários lados do governo tentativas de contornar o problema, ora atribuindo à própria vítima a culpa da quebra de seu sigilo fiscal, ora sugerindo que uma disputa política dentro do próprio PSDB poderia ter gerado a quebra do sigilo fiscal de Verônica Serra.Aqui faz uma prática muito comum no meio jornalista da PIG, criar uma realidade e depois desqualificar ela. Existiu em setembro até dezembro do ano passado uma disputa interna no PSDB, que originou um livro que será lançado, se a quebra do sigilo foi feito por esse disputa, ninguém sabe, cabe a investigação descobrir, e não a Merval.
Uma análise muito encontradiça entre os políticos governistas é de que as denúncias, tendo aparecido em período eleitoral, perdem muito de sua credibilidade e de seu poder de influenciar o voto do eleitor, ficam com sabor "eleitoreiro".Isso é fato, estão usando um fato ocorrido no ano passado eleitoralmente, isso é claro.
Como se essa fosse a questão central. Pensamentos e atos de quem não tem espírito público.Aqui começa o golpe, Merval é quem deve definir o que é a questão central?
O aparelhamento político da máquina pública não ocasiona apenas a ineficiência dos serviços, o que fica patente em casos como o dos Correios, outrora uma empresa exemplar e que se transformou em um cabide de empregos que gera mais escândalos de corrupção do que seria possível supor.Aqui começa a ficção, não existe qualquer aparelhamento da máquina pública diferente do sempre ocorreu em nossa história, é claro existe administrações melhores e outras piores.
Dessa vez a revelação de que a Receita Federal transformou-se em um balcão de negócios onde o sigilo fiscal dos cidadãos brasileiros está à venda, seja por motivos meramente pecuniários, seja por razões políticas, coloca em xeque uma instituição que, até bem pouco tempo, era respeitada por sua eficiência e pelo absoluto respeito aos direitos dos cidadãos.Como falei acima, infelizmente, a corrupção é algo presente entre nosso funcionalismo público de carreira, concursado inclusive. Como comprova os inquéritos da Polícia Federal, envolvendo em muitos casos agentes e policiais da própria FEDERAL, e uma grande quantidade de funcionários públicos.
O episódio da quebra do sigilo fiscal do vice-presidente do PSDB Eduardo Jorge Caldas Pereira, de três pessoas ligadas de alguma maneira ao partido ou ao candidato oposicionista e, mais grave, da sua filha, mostra que diversas agências da Receita Federal são utilizadas para práticas criminosas, não apenas a de Mauá, que se transformou em um local onde se compra e se vende o sigilo de qualquer um.Tentanto requentar fatos já amplamente divulgados.
O sigilo de Verônica Serra foi quebrado na agência de Santo André, numa demonstração de que se vulgarizou a privacidade dos contribuintes brasileiros.Aqui foi diferente, e está bem claro isso.
Não terá sido coincidência que, além de Verônica, os nomes ligados ao PSDB que tiveram seu sigilo fiscal quebrado — Luiz Carlos Mendonça de Barros, Ricardo Sérgio de Oliveira e Gregório Marin Preciado — sejam personagens de um suposto livro que o jornalista Amaury Ribeiro Junior estaria escrevendo com denúncias sobre o processo de privatizações ocorrido no país durante o governo de Fernando Henrique.Quem tem que definir isso são as investigações.
O jornalista fazia parte do grupo de comunicação da campanha de Dilma Rousseff, subordinado a Luiz Lanzetta, e os dois tiveram encontro com um notório araponga tentando contratá-lo para serviços de espionagem que incluíam grampear o próprio candidato tucano à Presidência.Aqui começa o nosso Merval querer bancar o policial, isso já foi investigado, e nada foi apurado nesse sentido.
Além da denúncia do araponga, delegado aposentado da Polícia Federal Onésimo de Souza, feita no Congresso, outro ator do submundo petista surgiu nos últimos dias denunciando manobras criminosas nas campanhas eleitorais.Mais um que acusou e não provou.
Wagner Cinchetto, conhecido sindicalista, afirmou ao "Estado de S. Paulo" e à revista "Veja" que o núcleo envolvido com a violação de sigilo fiscal de tucanos na ação da Receita é uma extensão do grupo de inteligência criado em 2002 por lideranças do PT.Aqui começa o golpe, a criação de fontes com suas afirmações levianas.
Ele diz ter certeza de que os mesmos personagens atuam nos dois episódios. Revelou que o escândalo que levou ao fim a candidatura de Roseana Sarney em 2002 foi montado por esse grupo petista para incriminar o então candidato tucano à Presidência, José Serra, que foi considerado responsável pela denúncia pela família Sarney.Aqui começa a coisa ridícula, foi a Policia Federal que estourou a candidatura de Roseana Sarney a mando do Governo FHC, aí o Merval se entrega.
Até mesmo um fax teria sido enviado ao Palácio do Planalto para dar a impressão de que a Polícia Federal havia trabalhado sob a orientação do governo de Fernando Henrique.Vejam que o capacho do Merval faz o seviço direitinho, leviano até o último fio de cabelo
No caso atual, os diversos órgãos do governo envolvidos na apuração — Polícia Federal, Receita Federal, Ministério da Fazenda — tiveram atuação leniente, e foram os jornais que descobriram rapidamente que a procuração era completamente falsa, desde a assinatura de Verônica Serra até o carimbo do Cartório do 16 Tabelião de Notas de São Paulo, onde aliás Verônica nunca teve firma.Mais uma opinião sem provas, o caso está começando a ser invetigado agora pela PF e o Ministério Público. Como podemos ver a nossa mídia é muito competente, vamos colocar ela na Polícia Federal, isso só pode ser alguma piada desse capacho, não dá para levar a sério esse tipo de coluna, ou seria calúnia?
Não basta a Receita dizer que por causa de uma procuração está tudo legal. Não faz sentido que qualquer pessoa que apareça em qualquer agência da Receita Federal com uma procuração possa ter acesso a dados sigilosos.Sim, com uma procução e a pedido do interessado a Receita tem que repassar os dados, afinal a Constituição Federal é quem manda, todos tem o direito a acessar seus dados no Governo.
Aliás, o pedido em si não faz o menor sentido. Então o contribuinte que declara seu imposto de renda não tem uma cópia?Faz sim, conheço muita gente que já perdeu suas declarações, muitos porque não guardam nada em papel, e disquete não é local seguro.
Agora, que quase todo mundo declara pela internet, como não ter uma gravação da declaração?Aqui ele fala uma besteira, a declaração é feita em Computador e somente enviada pela internet, a declaração pela internet é feita por quem não tem muita coisa a declarar.
A funcionária da Receita que achou normal a apresentação da procuração deveria ter desconfiado de alguma coisa, pelo menos do fato de uma pessoa que declara seu imposto de renda na capital de São Paulo mandar um procurador a uma agência de Santo André para ter acesso a uma cópia.Isso nada tem haver, afinal, são centenas de pedidos desse, e duvido muito que o funcionário vai ficar olhando esse fato. Isso é apenas achismo.
O contador Antônio Carlos Atella Ferreira admitiu que foi ele quem retirou cópias das declarações de IR de Verônica Serra na agência da Receita Federal em Santo André, mas alega que fez isso por encomenda de uma pessoa que "queria prejudicar Serra".Aqui cabe uma investigação.
Mais uma história mal contada. E tudo leva ao que aconteceu em 2006, quando um grupo de petistas ligados diretamente à campanha de Aloizio Mercadante e à direção nacional do PT foi preso em flagrante tentando comprar um dossiê, com uma montanha de dinheiro vivo, contra Serra, candidato ao governo de São Paulo, e Alckmin, o candidato tucano à Presidência.O engraçado é que ninguém perguntou quem fez o Dossiê? Mas aqui apenas demonstra que a Rede Globo na figura de seu capacho está querendo fazer uma ilação sem qualquer sentido, porque no caso atual não existe qualquer prova dos vazamentos ligando o PT a ele. Mas isso é apenas um detalhe para quem está querendo fazer panfletagem política a favor de uma candidatura.
O presidente chamou-os de "aloprados", indignado nem tanto com o episódio em si, mas com a burrice de seus correligionários que acabaram impedindo que ganhasse a eleição no primeiro turno.
Hoje o caso é mais grave, pois envolve um órgão do Estado que deveria proteger o sigilo de seus cidadãos.Vejam como a falácia tenta ser construída colocando dois casos que nada tem haver um com outro, e espaçado no tempo em mais de 3 anos.
O que menos importa é se a repercussão do caso influenciará o resultado da eleição. O grave é a ameaça ao estado de direito embutida nesse uso da máquina pública para chantagem eleitoral.Eu diria que isso é cúmulo da mentira, e eles não tem a menor vergonha na cara em mentir desse jeito, é por isso que nossa mídia deixou de ter relevância, trata-se de uma panfletagem das mais descaradas! Felizmente, esses golpes não colam mais!!
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Vejam só como os fatos desmentem o Sr. Merval e a Miriam, como age o PSDB de Serra, e como era civilizado o embate político dentro do partido oposicionista. Como podemos ver, quem vive dentro do PSDB não precisa temer os outros partidos.
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(Matéria de Christiane Samarco / BRASÍLIA – O Estado de S.Paulo)
“… Ele sonha com a Presidência da República desde menino e trabalha metódica e obstinadamente para chegar lá há exatos 12 anos, 2 meses e 12 dias, desde que assumiu o comando do Ministério da Saúde, em 1998
(…)
Boa parte dos movimentos de Aécio rumo ao Planalto foi feita no embalo da resistência de companheiros a mais uma candidatura de São Paulo. Desde 2002, o tucanato das várias regiões amarga um incômodo e um certo cansaço em relação à hegemonia paulista. A queixa geral é de que ser um candidato a presidente “fora do establishment” é muito difícil em qualquer circunstância. Praticamente impossível, se houver um concorrente de São Paulo.
Esse sentimento tomou conta das regionais do partido depois da morte de Mário Covas. O câncer que tirou Covas do governo de São Paulo levou junto o candidato natural do PSDB a presidente da República e também a possibilidade da construção pacífica de uma candidatura de consenso.
Já bastante doente, Covas recebeu, em 2000, a visita de Tasso no Palácio dos Bandeirantes. Em meio à conversa sobre cenário político nacional e a sucessão presidencial, o anfitrião abriu o jogo. “Não vou ter saúde para ser candidato. Essa disputa vai ficar entre você e o Serra. E meu candidato é você”, avisou. Em seguida, fez questão de telefonar para o presidente Fernando Henrique, comunicando sua preferência.
Tasso lançou-se na disputa presidencial em 2001, ao final do seu terceiro mandato de governador do Ceará. Além do incentivo de Covas, morto em março daquele ano, arrebanhou apoios públicos no PFL do senador Antonio Carlos Magalhães (BA). Mas acabou desistindo, com queixas de que havia “uma espécie de conspiração paulista em favor de Serra, desequilibrando a disputa interna”.
“Eu vim aqui comunicar que não serei mais candidato a presidente. Estou saindo fora”, disse Tasso ao presidente Fernando Henrique. Era dezembro de 2001, quando o cearense chegou ao Palácio da Alvorada, já muito irritado e disposto a protestar contra “setores do PSDB no governo” que estariam dificultando a liberação de recursos para o Ceará e, pior, investigando sua vida.
Na chegada ao Alvorada, deparou-se com o ex-ministro da Justiça e secretário-geral da Presidência, Aloysio Nunes Ferreira, mas não amenizou as críticas. Ao contrário: Tasso tinha Aloysio como o “ponta de lança” de Serra contra ele e ainda achava que FHC atuava para desequilibrar a disputa sucessória em favor de São Paulo. Pior, suspeitava da influência de Aloysio sobre uma operação da Polícia Federal que colocou agentes em seu encalço, em meio a uma investigação de lavagem de dinheiro.
Neste cenário, o que era para ser um jantar de autoridades no salão palaciano descambou para as ofensas em tom crescente, a ponto de Tasso apontar “a safadeza e a molecagem” do ministro, que agiria para prejudicá-lo. Bastou um “não é bem assim” de Aloysio para o bate-boca começar.
“Vocês jogam sujo!”, devolveu Tasso.
“Vocês quem?”, quis saber Aloysio.
Diante da desistência pública do cearense e das indagações da imprensa sobre o racha no PSDB e sobre o que Serra poderia fazer para unir o partido, Arthur Virgílio disse diante das câmeras de televisão que falar com Tasso era fácil. “Basta discar o DDD 085 e o número do telefone”, sugeriu.
“Você… o Serra… Vocês estão jogando sujo e eu estou saindo (da disputa presidencial) por causa de gente como você, que está me fodendo nesse governo”, reagiu Tasso.
“Jogando sujo é a puta que o pariu”, berrou Aloysio, já partindo para cima do governador. Fora de controle e vermelho de raiva, Tasso chegou a arrancar o paletó e os dois armaram os punhos para distribuir os socos. Foi preciso que um outro convidado ilustre para o jantar no Alvorada, o governador do Pará, Almir Gabriel, entrasse do meio dos dois, com as mãos para cima, apartando a briga. Fernando Henrique, estupefato, pedia calma.
(…)
“Mas o que é isso? Você me ensinando a falar com Tasso pela TV?”, cobrou Serra. “Não fiz para te sacanear. Só respondi à pergunta de como vocês iriam se falar. Você é o meu candidato a presidente”, amenizou Virgílio. O telefonema não aconteceu e Tasso acabou optando pela candidatura presidencial do amigo e conterrâneo Ciro Gomes, que lhe pedia apoio e ajuda e com quem nunca se atritou.
Também foi nos braços de Ciro que os aliados do PFL se jogaram na eleição de 2002. Serra estava rompido com os pefelistas, hoje rebatizados de DEM, desde o desmonte da candidatura presidencial de Roseana Sarney, a partir de uma operação da Polícia Federal que investigou fraudes na Sudam. Em 1º de março de 2001, a PF encontrou R$ 1,34 milhão em cédulas de R$ 50 no cofre da empresa Lunus Participações e Serviços Ltda, de propriedade de Roseana e seu marido Jorge Murad. O casal não esclareceu a origem do dinheiro. O episódio deixou sequelas.
O PFL demorou a se aproximar de Serra. O cacique Antonio Carlos Magalhães dizia que Serra fazia aquilo que era a especialidade do baiano: atropelava todos de quem não gostava. Contava que ele próprio fora atropelado por conta da amizade do paulista com Jutahy.
Nos últimos meses de Serra à frente do Ministério da Saúde, em 2002, quando agilizava os convênios com prefeituras de todo o Brasil para deixar a pasta, o ministro recebeu um telefonema de ACM com um recado direto: “Eu quero que Jutahy perca esta eleição. Quem ajudá-lo não é meu amigo”. O pedido ali embutido era para que o ministério não assinasse convênios com prefeituras ligadas ao deputado baiano. Serra ponderou que não tinha como ajudar Jutahy. “O senhor é o presidente do Senado e ele está sem mandato”, argumentou.
Mas, em vez de vetar o acesso dos prefeitos da base de Jutahy aos programas da Saúde, Serra o alertou: “Trate desta eleição como se estivesse tratando da sua vida”. Abertas as urnas, ACM acusou o golpe com outro telefonema: “Quero te informar que seu amigo se elegeu”. Serra ganhou ali um adversário de peso na Bahia.
Aloysio lembra que, antes mesmo da derrota de 2002, Serra já amargava uma campanha sofrida, mal organizada e sem estrutura, da qual saíra muito abatido. “Até o coordenador se mandou no meio da campanha”, recorda bem humorado, referindo-se à saída de Pimenta da Veiga. “Mas, naquele momento, foi muito sofrido. Ele se levantou porque não é homem de ficar chorando pelos cantos”.
Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Muito interessante. Mais uma notícia de como se dá o embate dentro do PSDB.
Pó pará, Serra!
Sep 2nd, 2010
by Marco Aurélio Weissheimer.
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A via do desespero pode custar caro a Serra. Além das ações judiciais, começam a circular informações dando conta de algumas “coincidências” entre a data em que teria ocorrido a violação do sigilo fiscal de sua filha e o período da guerra surda que travou com o ex-governador de Minas, Aécio Neves.
O corregedor-geral eleitoral, ministro Aldir Passarinho Junior arquivou nesta quinta-feira a representação da coligação O Brasil Pode Mais, do candidato José Serra (PSDB), que pedia a cassação do registro da candidatura de Dilma Rousseff (PT) à presidência da República. Na representação, a coligação de Serra acusa Dilma e outras seis pessoas (o candidato ao Senado por Minas Gerais, Fernando Pimentel, os jornalistas Amaury Junior e Luiz Lanzetta, o secretário da Receita Federal Otacílio Cartaxo, e o corregedor-geral da Receita Federal, Antonio Carlos Costa D’Ávila) de “usar a Receita Federal para quebrar o sigilo fiscal de pessoas ligadas ao candidato Serra, com a intenção de prejudicá-lo em benefício da campanha da candidata Dilma”.
Como se sabe, Serra não apresentou nenhuma prova para sustentar essa grave acusação. Ou, nas palavras do ministro Aldir Passarinho Junior, não apresentou “concreta demonstração” de que a candidata Dilma Rousseff teria se beneficiado dos atos. Além disso, o ministro não reconheceu a existência de “lesividade na conduta capaz de desequilibrar a disputa eleitoral”. Os fatos narrados, destacou ainda o ministro, podem “configurar falta disciplinar e infração penal comum que devem ser apuradas em sede própria, que não é a seara eleitoral”.
Mas Serra já havia atingido seu objetivo: criar um factóide que, graças aos braços midiáticos de sua campanha, ganharam as manchetes dos grandes jornais e uma edição do Jornal Nacional de quarta-feira que, pelo seu evidente caráter manipulatório, lembrou aquela feita no famoso debate entre Lula e Collor. Em queda livre nas pesquisas, sem programa, sem discurso e mudando de linha a cada semana, o candidato José Serra partiu para o vale-tudo. Queria que o episódio ganhasse manchetes para ele usar no horário eleitoral. Conseguiu isso. Esse é, no momento, o programa que o candidato tucano tem a oferecer ao Brasil.
A estratégia desesperada pode ter o efeito totalmente inverso ao esperado. Maria Inês Nassif escreveu hoje no Valor:
“É tênue a separação entre uma acusação – a de que Dilma é a responsável pela quebra de sigilo – e a infâmia, no ouvido do eleitor. Quando a onda está contra o candidato que faz a acusação, um erro é fatal. Essa sintonia não parece que está sendo conseguida. O aumento da rejeição do candidato tucano, desde o início da propaganda eleitoral, é alarmante.”
Pior ainda: além do aumento da já crescente rejeição ao candidato tucano, o episódio pode expor a montagem de uma farsa (e de um crime) com cúmplices espalhados em várias redações brasileiras. A farsa: a campanha de Dilma teria quebrado o sigilo fiscal da filha de Serra. O crime: as acusações desprovidas de prova e fundamento dirigidas contra a pessoa da candidata. O PT anunciou hoje que decidiu entrar com duas ações judiciais contra Serra e uma contra o presidente do PSDB, Sérgio Guerra.
A primeira medida é uma representação no TSE, com base no artigo 323 do código que regula as eleições. O crime previsto é imputar fato sabidamente não praticado pelo adversário para atingir objetivos nas eleições. Neste caso, segundo José Eduardo Cardozo, secretário geral do PT, Serra e o PSDB sabem que o PT e a campanha de Dilma Rousseff não tiveram qualquer participação na quebra de sigilo de pessoas ligadas aos tucanos, mas assim mesmo fazem acusações. Além desta, o partido decidiu entrar com outra ação judicial contra José Serra por calúnia, difamação e injúria. A última medida é a representação na Procuradoria Geral da República contra Sérgio Guerra, por crime contra a honra devido às repetidas declarações de Guerra, acusando o PT e Dilma de serem os responsáveis por quebras de sigilo fiscal.
A estratégia pode custar caro a Serra. Além das ações, começaram a circular informações nesta quinta-feira, dando conta das incríveis “coincidências” entre a data em que teria ocorrido a violação do sigilo da filha de Serra e a da guerra que o ex-governador de São Paulo travou com o ex-governador de Minas, Aécio Neves. Essa guerra tem uma trama novelesca, envolvendo confusões policiais em festas, acusações de agressões, chantagens e investigações especiais realizadas pelos dois lados em disputa. Pois ambas as coisas, a quebra do sigilo com uso de procuração falsa e o ápice da guerra Serra-Aécio ocorreram no mesmo mês, setembro de 2009.
Conforme foi amplamente noticiado, o jornal Estado de Minas estaria, neste período, preparando uma “investigação especial” sobre Serra. O jornalista Amaury Ribeiro Jr., que trabalhou no Estado de Minas, anunciou o lançamento de um livro sobre os bastidores do processo de privatizações. Esse trabalho atingiria Serra e aliados. Em novembro de 2009, o blog de Juca Kfouri publicou uma nota afirmando que Aécio teria agredido a namorada em uma festa. A virulência desta guerra pode ser atestada em um inacreditável artigo de Mauro Chaves (jornalista, advogado, escritor, administrador de empresas e pintor, conforme ele mesmo se apresenta), publicado no jornal O Estado de São Paulo em 28 de fevereiro de 2009. O recado do artigo, que critica as aspirações políticas de Aécio Neves, está resumido no título “Pó Pará, governador?” A expressão aparece na última linha de modo inteiramente abrupto, como quem não quer nada:
O problema tucano, na sucessão presidencial, é que na política cabocla as ambições pessoais têm razões que a razão da fidelidade política desconhece. Agora, quando a isso se junta o sebastianismo – a volta do rei que nunca foi -, haja pressa em restaurar o trono de São João Del Rey… Só que Aécio devia refletir sobre o que disse seu grande conterrâneo João Guimarães Rosa: “Deus é paciência. O diabo é o contrário.” E hoje talvez ele advertisse: Pó pará, governador?
Curiosamente, o jornal O Estado de Minas, ligado a Aécio, deu pouquíssima repercussão ao caso da filha de Serra. O mesmo ocorreu com o Correio Brasiliense. Ambos os jornais pertencem ao mesmo grupo, os Diários Associados. Ao contrário da imensa maioria dos jornalões brasileiros, não julgaram o tema relevante. Coisas da nossa brava imprensa, não é mesmo?
Nada disso importa a Serra, o homem que Pode Mais. O ex-governador de São Paulo é conhecido por isso: acredita que pode qualquer coisa. Pode? O povo brasileiro dará a resposta. E, pegando carona na expressão do articulista do Estadão, ele poderá dizer:
Pó pará, Serra!
- alexmabastos
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Prick,
Depois destas eleições o PSDB e DEM vão encolher tanto, mais tanto...que vão virar nanicos regionais. A oposição será ocupada por partidos como PV e PSOL.
O Brasil cansou deste jeito nojento de governar e "administrar" dos tucanos e demopflistas...
ABACOU! Vão ter que se reinventar!!!
Abs
Depois destas eleições o PSDB e DEM vão encolher tanto, mais tanto...que vão virar nanicos regionais. A oposição será ocupada por partidos como PV e PSOL.
O Brasil cansou deste jeito nojento de governar e "administrar" dos tucanos e demopflistas...
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
É uma pena que as coisas tomem esse rumo. Uma oposição honesta e responsável, com partidos fortes ideologica, adequada e estatutariamente constituídos, é necessária ao país, eu diria até imprescindível.
- alexmabastos
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Re: NOTÍCIAS POLÍTICAS
Concordo plenamente. Oposição sempre será necessária.GustavoB escreveu:É uma pena que as coisas tomem esse rumo. Uma oposição honesta e responsável, com partidos fortes ideologica, adequada e estatutariamente constituídos, é necessária ao país, eu diria até imprescindível.
A que não cabe mais no Brasil é essa hipócrita que constitui a do PSDB e DEM. Acho que partidos como PV e PSOL e algumas pequenas alas mais moderadas e corretas do PSDB vão crescer e se aperfeiçoarem tanto no discurço quanto na competência em governar. Acontece que o povo não é mais burro e tão manipulável quanto antigamente. Hoje é ou dá resultado ou rua!