prometheus escreveu: ↑Ter Mai 23, 2023 8:29 pm
Mazocam2 escreveu: ↑Ter Mai 23, 2023 4:28 pm
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Quando a poeira abaixar e os europeus não tiverem mais o seu bode expiatório, se essa discussão vingar, ou seja, o conselho de segurança da ONU, não serão eles próprios a irem contra a Alemanha? Eu acho que a busca na vaga de conselho de segurança na ONU esta em segundo plano, por mais que se venha batendo nessa tecla. Afinal já é algo desejado pelo Lula não é de agora e todos sabem de suas posições. Além da Alemanha terem os seus vizinhos, o Japão também tem a China.
Acho que ele esta navegando em águas que ele já conhece e sabe o resultado final. A projeção que ele esta almejando não deve ser só sobre a reformulação, mas projeção para o Brasil dentro do próprio BRICS. Por mais que não seja um bloco de fato ainda, caminha para ser e ter a adesão de mais Países. E se a cúpula de agosto não for só uma visita a África do Sul para tirar fotos e memorandos decorativos, pode ser que ai seja o real objetivo.
Resta aguardar.
De fato, pode ser que ele esteja "jogando" com os 2 lados p saber se o Brasil se projeta melhor, e onde levará a melhor, logo não vejo mal nele, nessa situação, posicionar-se para "chamar atenção" para quem dá mais, até porque, penso eu, que os BRICS e G7 agora - c as mudanças desencadeadas pela guerra da Ucrania - estão se "definindo" melhor em 2 polos antagônicos. Pelo pouco que vi das relações internacionais, o BRICS está sendo a "alternativa" frente a OTAN e o G7, com as políticas de desdolarizacao sendo adotadas, alguns países desejando ingressar nele p não depender muito do ocidente, a china intervindo no oriente médio p beneficiar o bloco em detrimento dos EUA (e ocidente) assim como Rússia e Índia e etc etc. Logo acho muito difícil o Brasil manter-se totalmente neutro nesse cenário, embora fosse o "melhor" a se fazer. Só imagino que, dos BRICS, somos um dos mais irrelevantes... não receberemos muito apoio, suponho, e acho muito difícil o Brasil liderar um projeto que se distancie tanto do BRICS quanto do G7, logo estamos fadados cada vez mais a co-dependencia de algum "bloco" se os posicionamentos pendurarem... P os EUA ou p Europa cada vez mais isolada de hoje, e c a China económicamente forte e a guerra na Ucrânia perpetrada pela Rússia, neutralidade significa "apoio" velado, logo difícil haver "sintonia" nesse sentido, necessariamente desagradaremos alguém... Não sei o que o Brasil poderia fazer frente a isso, talvez buscar apoiar ora um ora outro em busca de uma força regional ao invés de internacional??? Mas difícil visto que a própria França, que deseja o diálogo da paz, é a mesma que não quer o acordo mercosul UE... Então francamente não sei.
E tem mais variáveis:
- Paquistão no BRICS - Junto com a Índia e a China, tem suas contentas a resolver.
- Mercosul - Uruguai, mesmo afirmando que esta a passos lentos, mas progredindo o acordo de livre comércio com a China, corre o risco de sair do Mercosul. Lula deve entender que aqui é a sua área de influência e deve ter levado ao conhecimento dos chineses seus descontentamento com tal arranjo.
- Superada essa fase e o acordo ou não com a UE, o Mercosul quer buscar um acordo similar com a China, onde o Paraguai reconhece a ilha rebelde e não tem relações com a China. Outro lugar que Lula deve se impor. O abacaxi é dele e do Itamaraty e se e quando ocorrer, já deve se preparar para as manchetes: "Imperialismo brasileiro". (Os "Pedros" poderiam ter resolvido isso tudo, mas
)
Provável que na órbita brasileira, vamos fazer o que? Obras de infraestrutura - provável que já tenha acenado para o Uruguai nesse sentido. Com a Argentina idem.
"Ainnnnnnnnnnnn, o lula ladrão ta dando o nosso dinheiro"
Tá, e se quer ser grande, uma das facetas é investir em menores. O correto é brigar para que seja o mais transparente possível e que tenhamos os meios de receber de volta estes recursos, como estão sendo estudados com a Argentina.
E na ótica chinesa, creio EU, é muito mais interessante, mas muito, um Brasil integrado economicamente com eles, com agendas similares, com sua autonomia defendida, assim como a sua esfera de influência, do que o contrário. Afinal, alguém, logo acima do México já deixou claro, historicamente, que a visão que tem daqui é um "quintal".
Óbvio que eles tem seus interesses, mas o Brasil pode fazer um papel que o Japão faz, com a vantagem territorial, ManPower e recursos que o Japão não tem.