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Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Dom Abr 12, 2020 1:23 pm
por Túlio
Bourne escreveu: Sáb Abr 11, 2020 12:59 pm
Alguém dirá "comunista, vai para cuba!!! Se o capitalismo não é bom se muda para coreia do norte. Volta para o Brasil". Calma, não é o ponto e a gritaria superficial. A percepção da queda de qualidade de vida, capacidade de compra e perspectivas de trabalho estão em todos os lugares para os indivíduos e novas gerações. Seja nos países desenvolvidos e em muitos em desenvolvimento como Brasil, Argentina e Chile. Por exemplo, não adquirir imóvel próprio, carro/moto e focar em bens baratos como eletrônicos, não ter filhos e evitar casar é em boa parte consequências do sistema.

A discussão real e profunda é como chegou até a situação, os impactos da situação considerando a crise pós-2008 e o colapso do covid-19, como desenhar a reconstrução. Até o momento são grandes pontos de interrogação.
Achei o texto postado um monte de josta mas a conclusão até que é legal, apenas de ignorar um ponto crucial, sobre o qual tenho lido e conversado (web e pessoalmente) faz décadas: enquanto as classe alta e média (a de verdade, não a do Lula, movida a SM + "bolsas") fazem Controle de Natalidade há mais de meio século (eu e minha irmã fomos "filhos planejados", p ex; um/a terceiro/a surgiu de um "descuido" e simplesmente foi abortado/a por decisão de minha Mãe, e o Pai levou o desgosto para a sepultura, foi uma versão primitiva do "moderno" meu corpo, minhas regras), enquanto a pobraiada segue cagando e andando para isso, como sempre foi.

O DETALHE - Faziam isso porque, dada a quase inexistência de auxílio à saúde, a taxa de mortalidade era desgraçada perto da atual e, por consequência (sempre há), tinham que ter muitos filhos para que alguns sobrevivessem e se criassem (já considerando os que morreriam de maneira violenta); mesmo com a (comparada às dos anos 60/70/80) atual "rede de proteção social" mantêm este hábito, e não vai acabar nada bem, vide crescentes taxas de criminalidade e crescentes valores retirados dos impostos que todos nós, os "burguesóides", pagamos ao GF, para pagar-lhes ainda mais "benefícios".

Essa gente "de academia" só conhece pobre de ouvir falar, nunca chegou nem perto e, se o fez, foi de maneira paternalista, objetividade ZERO, e deu no pé tão logo pôde para seu confortável apartamento na zona sul ou, sei lá, Upper East Side. Como crer em estudos que já partem ignorando um fator crucial?

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Seg Abr 13, 2020 8:10 pm
por akivrx78
Investidores chineses buscam barganhas para aquisições na Europa

(Bloomberg) -- Empresas chinesas se preparam para aquisições com descontos na Europa, onde a pandemia de coronavírus levou empresas a uma corrida por empréstimos para não fecharem as portas.

Banqueiros observam um aumento das consultas de empresas e fundos chineses de olho em alvos na Europa, disseram as pessoas, que não quiseram ser identificadas. Muitos dos potenciais compradores são estatais, disseram. Essas negociações preliminares coincidem com a queda do valor de mercado de empresas listadas no índice MSCI Europe, que acompanha o desempenho do mercado desenvolvido no continente. O índice acumula queda de 23% neste ano, a pior queda desde a crise financeira global.

As ofertas lideradas por empresas chinesas, particularmente as controladas ou com participação do estado, podem resultar em conflitos com governos europeus, que se mostraram dispostos a defender setores estratégicos.

Na Europa, setores como o aéreo, hoteleiro e ligas de futebol buscam ajuda financeira devido à paralisação dos negócios provocada pela pandemia, que afeta o fluxo de caixa. Antecipando potenciais ofertas hostis, que incluem investidores chineses, algumas empresas europeias começam a recorrer a estratégias de defesa, disseram as pessoas. Banqueiros foram consultados para ajudá-las a se defender de possíveis aquisições, disseram.

Embora as restrições relacionadas à pandemia e às viagens globais signifiquem que os acordos não serão fechados tão cedo, investidores chineses estão ansiosos para explorar, pois veem menos concorrência de empresas estrangeiras que agora estão ocupadas em lidar com o surto, disseram as pessoas.

Empresas privadas chinesas também começam a caçar alvos. A Fosun International disse no mês passado em comunicado que o conglomerado chinês buscará oportunidades de investimento em todo o mundo em meio à queda do preço dos ativos durante a pandemia. A Shanghai Yuyuan Tourist Mart, uma unidade da Fosun listada em Xangai, recentemente anunciou a aquisição de 55,4% da joalheria francesa Djula por 210 milhões de yuans (US$ 30 milhões).

"Ainda pode ser cedo, mas esperamos ver um aumento gradual da atividade no segundo semestre do ano por parte de empresas chinesas que tentam fazer negócios na região da Ásia-Pacífico e no exterior", disse por telefone Yang Wang, sócio do escritório de advocacia Dechert, em Hong Kong.

Um banqueiro consultado por investidores chineses disse que as empresas avaliam ativos em regiões consideradas favoráveis à China, incluindo o sul da Europa, América do Sul, África e Oriente Médio.

https://economia.uol.com.br/noticias/bl ... europa.htm

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Seg Abr 13, 2020 8:18 pm
por akivrx78
FMI sob pressão para ajudar mercados emergentes em crise

A falta de ação vigorosa poderia acelerar a inadimplência da dívida e dificultar qualquer tipo de recuperação da economia mundial
Por Bloomberg Brasil 13 abr 2020 13h41 - Atualizado 7 horas atrás

(Bloomberg) — A capacidade dos países de reduzirem o contágio do coronavírus e se recuperarem totalmente da pior recessão em tempos de paz desde a Grande Depressão pode depender do que formuladores de políticas econômicas decidirem nesta semana.

Mercados emergentes e países em desenvolvimento enfrentam emergências de saúde, demanda em colapso e problemas de liquidez, o que coloca os guardiões da economia global sob pressão para aliviar a crise durante as reuniões por videoconferência do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial programadas para esta semana.

“É um momento decisivo”, disse o ex-economista-chefe do FMI, Maury Obstfeld. “Esta pode ser a maior crise global enfrentada no período pós-guerra.”

Tendo tomado todas as medidas necessárias para apoiar suas economias, o fracasso dos líderes do G-20 para agir em conjunto pode criar “reservatórios da doença” e desencadear a migração ao exterior de países pobres “em uma escala bíblica”, disse Obstfeld, agora professor da Universidade da Califórnia, Berkeley.

A falta de ação vigorosa poderia acelerar a inadimplência da dívida e dificultar qualquer tipo de recuperação da economia mundial. A alta do dólar foi particularmente prejudicial para países que fizeram empréstimos em dólar e que agora precisam pagá-los, especialmente devido à queda das exportações.

Ministros das Finanças do G-20 e bancos centrais se reúnem em teleconferência na quarta-feira. O plano é oferecer aos países de baixa renda um congelamento dos pagamentos bilaterais de empréstimos de governos, segundo pessoas a par do assunto.

Isso se encaixa no plano defendido pela diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, e pelo presidente do Banco Mundial, David Malpass. Em março, o Banco Mundial, estimou que US$ 14 bilhões em pagamentos do serviço da dívida vencem neste ano.

O temor é que, se os mercados emergentes ficarem para trás, “significaria uma recuperação mais em forma de U ou de L para os EUA e economias globais”, disse Nathan Sheets, ex-funcionário do Tesouro dos EUA, agora economista-chefe do PGIM Fixed Income.

Enquanto EUA, Europa e Japão abriram as torneiras monetárias e orçamentárias para combater o Covid-19 e seus efeitos econômicos posteriores, muitas economias emergentes carecem de escopo para isso.

Economistas do Morgan Stanley preveem que o PIB de mercados emergentes, excluindo a China, encolha 4,1% no trimestre atual, um mergulho mais profundo do que a retração de 3,1% do primeiro trimestre de 2009, durante a crise financeira, embora mais raso do que o esperado nas economias mais ricas. Eles também estimaram em relatório de 3 de abril que a taxa máxima de crescimento durante a recuperação para essas economias será de 6% no segundo trimestre de 2021 contra 7,7% no mesmo período de 2010.

O problema é ainda mais grave em países mais pobres, onde muitos habitantes não têm como praticar o distanciamento social e a lavagem regular das mãos que se tornou norma em países ricos.

Nesse cenário, o FMI acredita que mercados emergentes e países em desenvolvimento precisarão de trilhões de dólares em financiamento externo para combater o vírus, dos quais apenas parte pode ser coberto pelos governos, deixando lacunas de centenas de bilhões de dólares. Metade dos 189 membros da organização já busca ajuda.

https://www.infomoney.com.br/economia/f ... -em-crise/

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Abr 14, 2020 11:17 am
por Túlio
Acho que agora a coisa VAI: ouro disparando (finalmente! :twisted: ), vamos ver se bate os USD 2k/oz, que foi onde chegou na Grande Crise de 2007/08 (quando liguei o PC hoje estava em 1.714, neste momento em 1.742); se vai ser como parece que vai, chega nos 3k ou até mais, porque rico não deixa a grana parada nem na Poupança, muito menos na produção do que não vai ser comprado porque a população do planeta foi em cana voluntariamente, vai é para um safe haven, ainda mais se e quando este pode ser extremamente rentável (Bitcoin também subindo). Pra mim tá bão, BTC tanto em investimento (Wallet) quanto especulação (Exchange), no que chegar ao teto eu vendo e vou me esbaldar no mercado negro (que provavelmente vai ser o único).

Como diria o Degancito, esperemos y veamos... :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Abr 14, 2020 5:14 pm
por Sterrius
se tão recomendando ouro agora é porque o boom já ocorreu em sua maior parte :P.

O que me irrita em investir ouro no Brasil é não podermos guardar em casa .Tem que ficar no banco :/
não que eu fosse acumular ouro debaixo do colchão. Mas a obrigação eu vejo como algo errado.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Abr 14, 2020 7:09 pm
por delmar
Sterrius escreveu: Ter Abr 14, 2020 5:14 pm se tão recomendando ouro agora é porque o boom já ocorreu em sua maior parte :P.

O que me irrita em investir ouro no Brasil é não podermos guardar em casa .Tem que ficar no banco :/
não que eu fosse acumular ouro debaixo do colchão. Mas a obrigação eu vejo como algo errado.
Não tem como um grande especulador, como o camarada Túlio, guardar ouro em casa. É muito complicado vender ouro em espécie, é necessário ter um atestado de pureza dele e transporta-lo até o comprador que vai avaliar a mercadoria. O ouro que está em custódia pode ser vendido ou comprado com um toque no computador. Ter ouro em casa é quase como ter um imóvel como reserva.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Abr 14, 2020 9:56 pm
por EduClau
delmar escreveu: Ter Abr 14, 2020 7:09 pm
Sterrius escreveu: Ter Abr 14, 2020 5:14 pm se tão recomendando ouro agora é porque o boom já ocorreu em sua maior parte :P.

O que me irrita em investir ouro no Brasil é não podermos guardar em casa .Tem que ficar no banco :/
não que eu fosse acumular ouro debaixo do colchão. Mas a obrigação eu vejo como algo errado.
Não tem como um grande especulador, como o camarada Túlio, guardar ouro em casa. É muito complicado vender ouro em espécie, é necessário ter um atestado de pureza dele e transporta-lo até o comprador que vai avaliar a mercadoria. O ouro que está em custódia pode ser vendido ou comprado com um toque no computador. Ter ouro em casa é quase como ter um imóvel como reserva.
Andei pesquisando e tem umas poucas empresas que vendem sim, até barras de 100g. Vem certificadas e numa embalagem que não deve ser aberta, senão perde a garantia e aí sim tem que ser avaliadas por especialistas para a recompra, com um custo de avaliação...

As corretoras têm que ser certificadas na CVM, uma das mais conhecidas é essa:

https://www.ouroabsoluto.com.br/

Tem até a cotação, barra de 1oz troy hoje: R$ 8.550,83, frete grátis :mrgreen:

Mas olha, só procurei de curioso, eu nunca comprei e agora que não daria me$$$$mo, estou mais liso que pau de sebo em arraial de S. João kkk

sds

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Ter Abr 14, 2020 10:30 pm
por Sterrius
delmar escreveu: Ter Abr 14, 2020 7:09 pm
Sterrius escreveu: Ter Abr 14, 2020 5:14 pm se tão recomendando ouro agora é porque o boom já ocorreu em sua maior parte :P.

O que me irrita em investir ouro no Brasil é não podermos guardar em casa .Tem que ficar no banco :/
não que eu fosse acumular ouro debaixo do colchão. Mas a obrigação eu vejo como algo errado.
Não tem como um grande especulador, como o camarada Túlio, guardar ouro em casa. É muito complicado vender ouro em espécie, é necessário ter um atestado de pureza dele e transporta-lo até o comprador que vai avaliar a mercadoria. O ouro que está em custódia pode ser vendido ou comprado com um toque no computador. Ter ouro em casa é quase como ter um imóvel como reserva.
a idéia de ouro pra mim é como ter um imovél mesmo.
Mas é um com liquidez e fácil de vender. Diferente de um imóvel. :wink:

Pra especular e/ou investir eu prefiro outras aplicações.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Abr 15, 2020 5:54 am
por akivrx78
Países devem imitar o Japão para sair da recessão do coronavírus, defende BofA
Por Márcio Juliboni
14/04/2020 - 17:24
Caminho aberto: bancos centrais deveriam controlar curva de juros, diz BofA (Imagem: Unbsplash/@colt_jones)

Os Estados Unidos e os países europeus devem imitar o Japão, se quiserem escapar da recessão que se desenha, devido à pandemia de coronavírus. A avaliação é do Bank of America (BofA), em relatório obtido pelo Money Times.

Assinada por Ethan Harris, chefe global da área de economia do BofA, a carta aos clientes afirma que a recessão será mais longa que os otimistas preveem, com uma curva em “U” (queda da economia, seguida por um período de estagnação e posterior retomada) em vez de “V” (queda da economia, seguida por uma rápida recuperação).

Para Harris, os defensores da curva em “V” se esquecem de “lições básicas”, como a de que muita coisa pode causar uma recessão, mas ela perdura por mais tempo do que os fatores que a deflagraram, o que gera um efeito de retroalimentação da crise.

Segundo o BofA, isso deve servir de alerta para os países desenvolvidos que já discutem o fim das medidas de isolamento social impostas para combater a pandemia.

Crise gera crise

“Os países que se reabrirem encontrarão um ambiente de demanda fortemente reduzida, com elevadas taxas de poupança e gastos discricionários bem baixos”, diz.

Nesse contexto, o BofA rejeita enfaticamente a tese de que o aumento da liquidez, proveniente das medidas anunciadas por bancos centrais de todo o mundo, terminará num surto inflacionário. “Discordamos firmemente e esperamos mais deflação”, afirma o relatório.

O BofA argumenta que inundar o sistema bancário com dinheiro não implica, necessariamente, que ele se transformará em empréstimos e, por tabela, consumo.

“Facilitar o crédito não significa criar inflação, se tudo o que se faz é prevenir falências”, observa o economista.

Harris acrescenta que “os estímulos fiscais não criam inflação, se a maior parte é usada para amenizar o colapso de renda causado pela paralisação da economia”.

Se houver pressão inflacionária, explica o economista, será do corte da oferta decorrente do fechamento de empresas. Mas, no cenário básico do BofA, essa pressão será ofuscada pela tendência majoritária de deflação.

Receita japonesa

Por isso, o banco americano recomenda que os países desenvolvidos devem seguir a receita japonesa para sair da recessão: uma combinação de controle dos spreads das taxas de juros de curto e longo prazo. E mais: esse spread dever ser próximo de zero.

Harris reconhece que o remédio não ajudou o Japão a escapar da armadilha de juros e inflação baixos. Mas, para ele, não é a receita que está errada, mas o Japão que demorou a aplicá-la, a ponto de que a população agora guarda uma memória “deflacionária”, postergando gastos à espera da queda dos preços.

Assim, não haveria saída para os bancos centrais, a não ser controlarem a curva de juros, trazendo os spreads para perto de zero, tanto no curto, quanto no longo prazo.

“A flexibilização [da política monetária] funciona para uma recessão desagradável, mas não para a pior recessão do período pós-guerra”, afirma o BofA.

“O que eles [bancos centrais] farão depois?”, indaga.

https://www.moneytimes.com.br/paises-de ... ende-bofa/

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qua Abr 15, 2020 6:00 am
por akivrx78
FMI prevê recessão global em 2020 e cita grave risco de cenário ainda pior

Atualizada em 15/04/2020 - 01h54min

A pandemia de COVID-19 provocará uma recessão global em 2020, com uma contração econômica estimada em 3%, e um "grave risco" de piorar - anunciou o Fundo Monetário Internacional (FMI), nesta terça-feira (14), ressaltando que a recuperação demandarpa um estímulo coordenado.

As potências industriais do G7 reiteraram seu compromisso de fazer "o que for preciso" para ajudar, declarando-se defensoras da suspensão temporária do serviço da dívida para os países mais pobres do mundo, se os governos do G20 também estiverem de acordo.

O isolamento da população para evitar contágios e a consequente paralisação da atividade econômica reduzirão o crescimento de maneira dramática, com impacto maior nos países em desenvolvimento, destaca o FMI no boletim "Perspectivas da Economia Mundial", que recebeu o título de "O Grande Confinamento".

"A perda acumulada do Produto Interno Bruto (PIB) global em 2020 e 2021 da crise da pandemia pode ser de cerca de US$ 9 trilhões, maior do que as economias do Japão e da Alemanha juntas", disse a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath.

No entanto, o Fundo afirma que, se o mundo conseguir conter o novo coronavírus e retomar gradualmente a atividade no segundo semestre de 2020, a economia global pode crescer 5,8% em 2021.

Para os Estados Unidos, maior economia do mundo, o FMI projeta uma recessão grave, com queda de 5,9% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, e uma recuperação de 4,7% em 2021.

Destacou, porém, a "considerável incerteza" que pesa sobre a força da retomada.

"Resultados de crescimento muito piores são possíveis e, talvez, prováveis", afirma o boletim.

Isto pode acontecer se a pandemia declarada em 11 de março, após uma epidemia que começou na China em dezembro, estender-se por mais tempo, e as medidas de isolamento, prorrogadas; assim como se o efeito nas economias emergentes for ainda maior do que o projetado, caso as condições financeiras se tornem mais rígidas; ou ainda se o fechamento de empresas e o desemprego prolongado deixarem sequências generalizadas.

O novo coronavírus já infectou mais de dois milhões de pessoas e provocou mais de 120.000 mortes no mundo. Para frear a propagação, nas últimas semanas, mais da metade da população mundial foi convocada a permanecer em suas casas; comércios não essenciais, fechados; e o tráfego aéreo registrou uma redução drástica, acentuando a queda nos preços do petróleo.

- Perdas generalizadas -

"Esta crise não se parece com nenhuma outra", declarou a economista-chefe do FMI, Gita Gopinath, ao destacar que, "muito provavelmente", o mundo vai registrar a pior recessão desde a Grande Depressão de 1929, superando com folga a contração provocada pela crise financeira de 2008. Na ocasião, a recessão em 2009 foi de apenas 0,1%, e os mercados emergentes cresciam a um ritmo sólido.

De acordo com os prognósticos do FMI, apenas duas economias escaparão este ano da recessão, mas, em ambos os casos, com crescimentos mínimos: a China, berço da COVID-19, vai avançar 1,2%, e a Índia, 1,9%.

Grandes economias devem registrar contrações: Estados Unidos (-5,9%), Japão (-5,2%), Reino Unido (-6,5%), mas o retrocesso será ainda mais profundo na Eurozona, incluindo Itália (-9,1%), Espanha (-8,0%), França (-7,2%) e Alemanha (-7,0%).

A contração do PIB será aguda na América Latina e Caribe (-5,2%), com golpes para México (-6,6%) e Brasil (-5,3%), e um agravamento da recessão na Argentina (-5,7%).

Entre os emergentes, Rússia (-5,5%) e África do Sul (-5,8%) também sentirão o impacto.

O FMI antecipa ainda uma redução de 11% no volume do comércio de bens e serviços em 2020.

- Estímulo coordenado -

A recuperação da economia mundial após a fase pandêmica exigirá mais injeções de dinheiro, e o estímulo será "ainda mais eficaz" se as medidas forem coordenadas entre os países mais desenvolvidos, disse Gopinath por videoconferência.

"Uma vez que estivermos na recuperação e passarmos a fase de pandemia nas economias avançadas, será essencial realizar um estímulo fiscal amplo", afirmou, acrescentando que os gastos "seriam ainda mais eficazes se coordenados em todas as economias avançadas do mundo".

O boletim destaca a necessidade de uma "forte cooperação multilateral", em particular uma assistência financeira maior aos países emergentes.

"Para aqueles que enfrentam grandes pagamentos de dívidas, pode ser necessário considerar a moratória e a reestruturação da dívida", afirma o Fundo.

O organismo pede ainda a "redução das tarifas alfandegárias e não alfandegárias que impedem o comércio entre fronteiras e as cadeias de abastecimento globais".

Na área da saúde, o FMI pede o aperfeiçoamento dos sistemas de informações sobre infecções incomuns, a garantia da disponibilidade mundial de equipamentos de proteção pessoal e o estabelecimento de protocolos para que os países não tenham problemas de fornecimento de equipamentos essenciais de saúde.

Gopinath disse que, "apesar das circunstâncias terríveis", existem "muitas razões" para o otimismo.

As medidas de distanciamento social provocaram a redução dos novos casos, enquanto a comunidade científica trabalha em um "ritmo sem precedentes" para encontrar tratamentos e vacinas.

E, na área econômica, o mundo tem instituições multilaterais como o FMI e o Banco Mundial, que podem ajudar os países mais vulneráveis, uma "diferença crucial" em relação à crise dos anos 1930, quando estes organismos não existiam, recordou a economista.

Os membros do G7 (Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Reino Unido e Estados Unidos) disseram em comunicado que "estão prontos para fornecer uma suspensão temporária dos pagamentos do serviço da dívida" dos países pobres, se ingressarem todos os credores bilaterais oficiais do G20 e conforme acordado com o Clube de Paris".

Além disso, indicaram que apoiam o trabalho do G20, integrado entre outros China e Rússia, com o Instituto de Finanças Internacionais (IIF, a associação global de instituições financeiras) "para solicitar aos credores privados que ofereçam tratamento comparável, de forma voluntária".

https://gauchazh.clicrbs.com.br/mundo/n ... 1pgbw.html

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Abr 16, 2020 10:40 am
por akivrx78
Falências a subir na China e em Singapura e retração na Coreia do Sul, estima Crédito y Caución
Nuno Miguel Silva 15 Abril 2020, 15:46

Estudos da Crédito y Caución consideram que, apesar das perspetivas de contração da economia devido à pandemia, Taiwan é dos países asiáticos que tem mais margem para resistir a esta crise.

A Crédito y Caución prevê um aumento das insolvências empresariais na China superior a 25% até ao final deste ano face ao período homólogo de 2019, um fenómeno que deverá ser especialmente centrado nas PME – Pequenas e Médias Empresas privadas a operar nos setores com pior rendimento e que tenham acesso limitado a financiamentos.

“Nos dois últimos anos, as insolvências na China cresceram devido a uma menor expansão económica e ao reequilíbrio da economia na direção do consumo interno. As empresas altamente endividadas em segmentos com excesso de capacidade, como o setor mineiro, celulose, circuitos impressos, têxtil, construção naval, energia solar, aço e metalurgia são especialmente vulneráveis. As empresas que dependem das exportações para os Estados Unidos, em especial nos setores da metalurgia, maquinaria eletrónica, têxtil e pneus, também apresentam dificuldades”, resume um comunicado desta empresa especializada em seguros de crédito.

De acordo com os responsáveis da Crédito y Caución, “o surto de coronavírus afetou gravemente a economia chinesa no primeiro trimestre de 2020, gerando um impacto imediato nos setores do comércio, turismo, lazer, restauração, imobiliário, transportes e navegação, onde os fluxos de caixa se viram pressionados pela brusca deterioração das vendas”.

“As medidas adotadas pela administração chinesa para conter a expansão do surto tiveram um impacto significativo na procura interna, na produção industrial, no investimento e nas exportações. Apesar do retomar da produção e das medidas de estímulo, a Crédito y Caución prevê que a taxa de crescimento económico da China se deteriore acentuadamente em 2020, situando-se num crescimento zero ou chegando mesmo à contração”, avança o referido comunicado.

Os responsáveis da Crédito y Caución destacam que “a China viu as suas produções manufatureira e industrial paralisadas no primeiro trimestre de 2020”, acrescentando que “a retoma económica ver-se-á limitada pela persistente debilidade da procura, tanto interna como dos mercados externos, afetados pela deterioração na Europa e nos Estados Unidos”.

“Entre os fatores de riscos para o baixo crescimento da China estão uma possível falta de contenção do surto no país, a evolução da pandemia a nível mundial e o conflito comercial com os EUA”, justifica o comunicado em questão.

No entender da Crédito y Caución, “a administração chinesa enfrenta um difícil equilíbrio entre o apoio ao crescimento económico e um processo ordenado de desalavancagem financeira a médio prazo”.

“Embora a dívida do Governo central se mantenha inferior a 25% do PIB, a dívida total do país tem quase o triplo da dimensão da economia: a dívida dos governos locais ascende a 60-70% do PIB, a das empresas alcança os 155% e a das famílias não deixou de crescer nos últimos cinco anos, fruto do mercado hipotecário”, concluem os responsáveis da Crédito y Caución.

Também em relação a Singapura, “a Crédito y Caución prevê um incremento das insolvências empresariais superior a 10% em 2020 (…).

Nerste país asiático, “o aumento das insolvências afetará especialmente os serviços ligados ao turismo, alojamento e restauração, comércio a retalho de bens de consumo duradouros e a construção civil”.

“Apesar desta evolução, a cidade-estado manterá a sua posição como uma das economias mais sólidas do mundo no que se refere ao risco soberano, fundamentos macroeconómicos e amplas reservas de divisas”, ressalvam os especialistas da Crédito y Caución.

Dificuldades na Coreia do Sul e Singapura

Outro país asiático em dificuldades para enfrentar o impacto do surto do coronavírus, de acordo com os responsáveis da Crédito y Caución, é a Coreia do Sul, prevendo-se que “entre em recessão no primeiro semestre de 2020 devido aos efeitos da pandemia global”.

“No total do ano, o cenário será de uma queda do PIB de 1%. A contração poderá ser mais profunda, dependendo da duração e profundidade da pandemia. O atraso no envio de peças por parte da China está a prejudicar em particular os setores automóvel e TIC [tecnologias de informação e comunicação] coreanos, com empresas obrigadas a operar abaixo da sua capacidade. A contínua deterioração da procura mundial e as perturbações da cadeia de fornecimento estão a ter um importante efeito negativo no investimento e no comércio externo, que irão sofrer uma contração em 2020. Ao mesmo tempo, a grande quantidade de casos de coronavírus registados no país afetou negativamente o consumo interno”, esclarece a empresa.

Taiwan com mais margem de manobra


Ainda no continente asiático, mas em sentido contrário, parece posicionar-se Taiwan.

“A Crédito y Caución prevê que o PIB de Taiwan se contrairá em 2020 em torno de 0,5%, sem afastar a possibilidade de uma recessão mais pronunciada. As medidas adotadas na China continental para combater a pandemia de coronavírus estão a provocar atrasos na produção de Taiwan e escassez de matérias-primas, especialmente nos setores da eletrónica e das TIC, que representam 33% das suas exportações”, sublinham os responsáveis da empresa, acrescentando que, “embora a ilha tenha conseguido até agora travar a propagação do coronavírus, a procura interna viu-se afetada pela desaceleração do consumo privado e pelas amplas proibições às viagens, que pararam a afluência de turistas”.

Os responsáveis da Crédito y Caución salientam que, “em março, o banco central [de Taiwan] reduziu as taxas de juro pela primeira vez em quatro anos ao mínimo histórico de 1,125% e proporcionou liquidez aos bancos para apoiar as PME”.

“Em abril, as autoridades lançaram medidas de estímulo no valor de 35.000 milhões de dólares para apoiar empresas e famílias. As finanças públicas de Taiwan são muito sólidas, com uma dívida pública de cerca de 30% do PIB denominada em moeda local e nas mãos de investidores nacionais. Isto oferece uma certa margem para despesas adicionais, se forem necessárias”, conclui a Crédito y Caución.

https://jornaleconomico.sapo.pt/noticia ... ion-576241


Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Qui Abr 16, 2020 7:52 pm
por Pablo Maica
Bom, acho que chegamos a um turning point na história econômica.

Espero que o foco do capitalismo volte a ser a produção, e deixe de ser o financeiro/bancário que desde a bolha da internet já vinha caminhando em gelo fino e demandando cada vez mais socorros vultosos por parte dos bancos centras.


Um abraço e t+ :)

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sáb Abr 18, 2020 8:21 pm
por Penguin
Imagem

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sáb Abr 18, 2020 8:26 pm
por Sterrius
Penguin escreveu: Sáb Abr 18, 2020 8:21 pm Imagem
Brasil tem entre 50 e 55% no primeiro. Devido a serviços e o próprio governo serem os principais empregadores.
E uma % bem baixa do segundo pq turismo no Brasil é pífio.
Estimulo fiscal tb baixo, 200 bi não é nada em % do PIB. (E não vou considerar o que não fi aprovado ou que não virá do orçamento como adiantar 13º).

Nosso ministro ainda ta em negação achando que vai vencer essa crise com austeridade.
E a população pagará o pato por isso.

Re: Crise Econômica Mundial

Enviado: Sáb Abr 18, 2020 9:19 pm
por Túlio
Não, cupincha, o Maia já tá pela bola OITO! O Red Bird travou ontem a tag antes de chegar a dois milhões mas sentiram o golpe só depois que o estrago já tava feito, hoje foi carreata por toda parte pedindo a cabeça de governadores (Dória, Witzel, Leite, etc) e prefeitos metidos a ditadores; até aqui perto, em Osório, teve, mas só contra o Leite, deixamos o prefeito em paz que num tá enchendo o saco de ninguém, as poucas restrições que bota é só pra seguir recebendo recur$o$ do (des)governo do Estado, ele explicou no rádio.

E amanhã é outro dia, um que a COMUNALHA ASSASSINA morre de medo: DOMINGO!!! :twisted: :twisted: :twisted: :twisted:

Abaixo exemplo do que falei, Prefeitos tentando salvar seus municípios e os (des)governadores, com apoio do MP (casa da mãe joana), impondo a MISÉRIA OBRIGATÓRIA! Sodas, olhem a cara do Prefeito de Pirassununga ao se pronunciar...