Re: Carros: marcas, nacionalidade, qualidades e defeitos
Enviado: Qui Jun 01, 2017 4:14 pm
Gostei dessa cor azul. Eu com certeza teria um!
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Achei bem estranho esse peso. E não é 1150. É 1250! e 1279kg na versão automática!Bourne escreveu:Algo a falar do Argo.
O carro é ok, traz algumas novidades tecnológicas interessantes, nova família de motores 1.0 e 1.3, melhoraram o câmbio automatizado e introduziram o 1.8 com câmbio automático. O carro em si tem ganhos de qualidade na montagem e acabamento, também cheio de assessórios e peças Mopar. É bem melhor do que o Palio. Não gosto do estilo, mas há quem goste.
Só que tem dois problemas que pesam contra o Argo.
Primeiro, o carro é muito pesado em relação aos concorrentes. Na versão 1.3 pesa uns 1150 quilos, enquanto os concorrentes pesam de 100 a 150 quilos menos (Chevrolet Onix, Hyundai HB20, Ford Ka, Renault Sandero). Isso quer dizer que vai parecer sempre carregado em relação aos demais concorrentes diretos. Mesmo nos modelos com motor 1.8 o carro é ainda mais pesado.
Segundo, a Fiat está enfiando a faca nos preços. Bem acima de modelos similares. Isso vai ser um tiro no pé. Já que é um carro popular de grande volume. Por exemplo, a versão 1.8 HGT está em 75 mil. Não entrega nada demais que um Fiesta Titanium 1.6, 208 Griffe ou C3 exclusive que se acha na casa de 65 mil. Ambos projetos superiores ao Argo.
Dias depois de avaliar o Uno com câmbio automatizado, chegou a hora de encarar a versão com câmbio manual.
Quem acompanhou a outra avaliação, sabe que não gostei do câmbio, que se mostrou desagradável em um carro com tantas qualidades. Desta vez foi diferente. Foi tão legal ficar uma semana com o Sporting manual, que lamentei o dia que precisei devolver à Fiat. Confira abaixo a avaliação e o vídeo!
A pegada é completamente diferente. O Uno Sporting me passou uma dirigibilidade muito prazerosa, com motor incrível, suspensão perfeita e o câmbio de 5 marchas correto, com engates macios e precisos.
Quem adora seguir tendências, deve reclamar da falta de uma sexta marcha. Mas já adianto que em nenhum momento senti que precisava dela. As tradicionais cinco marchas foram bem escalonadas e acabam sendo mais práticas no uso.
Tudo isso em um pacote de decoração esportiva de bom gosto que, ao meu ver, é até mais bonita que a decoração da versão Way. Fora o pacote de opcionais de respeito, que em nada nos faz lembrar dos simplórios Unos do passado
A versão Sporting já está em sua terceira fase e manteve o DNA das outras duas. A atual é facilmente reconhecida nas ruas pelos para-choques e rodas exclusivas, grade horizontal com friso vermelho, prolongador nos para-lamas, saias laterais, retrovisores e aerofólio pintados de preto, faróis com máscara negra e faixas decorativas.
Aliás, essas faixas foram motivo de piada para minha filha de nove anos. Logo no primeiro dia com o carro, fui pegá-la na escola e a mesma entrou no carro dizendo que “esse ‘R’ era ‘Z’”. Não entendi e pedi uma explicação, ao que ela me disse que o “R” na porta era “zoado”.
Dei risada com sua sinceridade. Mas para os leigos, esse “R” é tradicional nos Unos esportivos. Lembro com certo saudosismo dos antigos 1.5 e 1.6R, carros que fizeram parte da minha infância.
Nos dias seguintes, mais simpática com o Uninho, minha filha o apelidou de “R” branquinho, em alusão a bela cor Branco Alaska (perolizada), um opcional que vale o investimento de R$ 1.366. Para ficar melhor, bem que a Fiat poderia mudar o nome para Uno 1.3R.
Interior
Algo que sempre me decepcionou é quando uma versão diferente de um carro é exatamente igual por dentro, deixando as mudanças visíveis apenas para quem está do lado de fora. Felizmente, a Fiat não esqueceu dos ocupantes e recheou o carro com detalhes vermelhos (na verdade, está mais para cor de vinho) nas costuras dos bancos, maçanetas, volante e mostradores do painel.
Fora esses detalhes, que é quase um arroz com feijão nos carros esportivos, os mais atentos devem notar que as colunas e o forro do teto são pretos nessa versão, diferente de qualquer outra que usa um tom mais claro.
s bancos usam tecido simples, mas bem que podiam usar veludo. Outra coisa que lamento é o pouco espaço no banco traseiro, que não deve agradar quem tem filhos grandes.
E senti falta dos cintos de segurança vermelhos, tradição que começou no Fiat Oggi CSS e passou pelas linhas “R” de Uno e Palio. Por ser algo simples de trocar, certamente eu mudaria isso caso fosse dono de um.
Motor
Se me dissessem que embaixo do capô tem um girador 1.6 16v, eu acreditaria. No entanto, o motor deste carro é um pequeno 1.3 8v, da nova família de motores Firefly. Motor gostoso, suave, silencioso (até demais para a proposta esportiva), girador, “torcudo” e o melhor de tudo, econômico.
Alguns devem achar que sou louco em fazer tantos elogios para esse pequeno motor. Mas estou usando como parâmetro carros da mesma categoria. A Fiat manteve uma concepção simples e mandou bem em seu desenvolvimento.
Com alta taxa de compressão, o flexível 4 cilindros gosta mais de álcool do que de gasolina. Com esse combustível, atinge 109 cv de potência e deve deixar com raiva quem comprou o antigo Uno 1.4 (21 cv a menos) pouco antes do lançamento desse 1.3. Em ciclo urbano, chega com facilidade nas velocidades máximas entre 50 km/h e 70 km/h.
Em rodovias acelera e retoma com vivacidade e mantém com muita tranquilidade velocidade de cruzeiro entre 100 km/h e 120 km/h.
Nessas condições, consegui a excelente média de 17 km/l em uma viagem de São Paulo a Campinas. Depois dessa pequena viagem, zerei o computador e passei a registrar o ciclo urbano e jamais a marca ficou abaixo dos 10 km/l. Fechei o teste com 642 km rodados e média de 12,2 km/l, sempre com álcool no tanque e ar condicionado ligado.
Suspensão
Elogiei a suspensão da versão Way, que é um pouco mais alta que o normal e me agradou em ruas esburacadas e em passagens por valetas.
Pensei que fosse notar alguma diferença no Sporting, que tem a suspensão um pouco mais baixa. Ledo engano, pois mesmo assim, o Uno mantém boa altura em relação ao solo. Em nenhum momento raspei a frente do carro, nem sofri em buracos. Esse é um quesito que deixa claro que os engenheiros da Fiat conhecem bem nossas ruas.
Vale lembrar que esse carro estava equipado com controle de estabilidade e tração, transmitindo segurança de primeiro mundo na condução do carro.
Freios
Corretos em sua operação, com pedal bem progressivo, diferente de Palios que dirigi no passado, onde o motorista pensa em frear e o carro já começa a ancorar. Só lamento a falta de discos ventilados na frente.
Não passei nenhum apuro com os discos sólidos, mas certamente sofrem fadiga antes do tempo, algo impensável em um carro com proposta esportiva.
Se você é daqueles que gosta de colocar o carro em uma pista para brincar em “track days” ou torneios de regularidades, vai querer fazer um upgrade nos freios.
Curioso lembrar que nos anos 90, o Uno Turbo sofreu alterações nas medidas das rodas para acomodar discos maiores e ventilados. Na ocasião, as rodas passaram de 13 para 14 polegadas. Hoje temos um Uno Sporting com rodas ainda maiores, de 15 polegadas, mas com discos mais simples. É a forma assumindo o papel da função.
Câmbio
Os dois carros que tenho são automáticos, algo que me dá muito conforto no trânsito pesado que enfrento todos os dias.
Mas esse Uno resgatou aquele prazer que todo amante por carros tem. Se foi uma delícia guiar esse carro compacto e leve com um motor forte, boa parte do prazer está no câmbio.
Como adiantei no início da avaliação, esqueça a falta da sexta marcha, ele é perfeito com as cinco disponíveis. Isso fica claro na estrada, onde mantém baixas rotações em velocidade de cruzeiro e não requer reduções de marcha para fazer leves retomadas.
Mercado
A concorrência no mercado de 0km é pesada e tem outras opções tão interessantes como esse Uno Sporting. O que percebo é que boa parte das pessoas não reconhece no Uno um modelo digno de custar o que custa.
Esse avaliado custa R$ 57.443 e parte de R$ 51.080 sem opcionais. Não é pouco para um carro que nas últimas décadas foi o modelo de entrada da Fiat. Porém precisamos reconhecer que houve evolução em quase tudo e hoje o Uno se mostra um carro atual e moderno.
No mercado de carros usados, acredito que as vantagens de desempenho e consumo do 1.3 devem deixar uma boa diferença de preço em relação aos modelos até 2016 que usavam motor 1.4.
Mecânica simples, força da marca e boa liquidez no mercado devem fazer dele um queridinho no mercado de carros usados.
Conclusão
Eu aprovo o Uno Sporting 1.3 manual e teria fácil um na minha garagem. Amante de carros usados que sou, não descarto um “R branquinho” para presentear minha filha daqui ai 9 anos, quanto estiver habilitada para dirigir.
http://carsale.uol.com.br/2017/06/13/fi ... -de-usados
Executivo brasileiro está confiante de que chegará ao topo do mercado global
A disputa pela liderança do mercado global de carros deve render novas emoções neste ano. Em entrevista concedida nesta semana à agência Automotive News, o chefão do grupo Renault-Nissan, Carlos Ghosn, prometeu superar expectativas e quebrar a polaridade tradicionalmente vista entre Volkswagen e Toyota. Nas palavras do executivo (que é de origem brasileira), o conglomerado francês-japonês deverá protagonizar a corrida e, pela primeira vez, fechará o ano como líder mundial.
"Estamos entre os três maiores fabricantes de automóveis desde janeiro no volume de vendas, e esperamos estar no primeiro lugar em meados do ano - embora este não seja nosso objetivo", disse o chefão. Empresa de consultoria especializada no setor, a JATO Dynamics elogia a atuação de Ghosn à frente da companhia. "Ele está gerenciando suas marcas muito bem. Onde a Renault é fraca, a Nissan é forte e vice-versa", avalia Felipe Munoz, analista da JATO.
De janeiro a abril deste ano, a Renault-Nissan cresceu 8% na comparação com igual período do ano passado. Neste mesmo tempo, a Toyota avançou 6%, enquanto a Volkswagen caiu cerca de 1%. Em número brutos, a gigante alemã aparece na frente, com 3,32 milhões de unidades vendidas, seguida pela japonesa com 3,06 milhões e, finalmente, pelos franco-japoneses com 3,02 milhões. Há, portanto, uma diferença de 300 mil carros que precisa ser superada.
E a chave para chegada ao topo do mercado virá exatamente do segmento de SUVs - atualmente o mais promissor (e competitivo) do mundo. A aliança tem a seu favor a maior participação do mercado global nesta categoria (aproximadamente 12%) e o crossover mais vendido do mundo - o Nissan X-Trail. Além disso, conta com outros competidores de peso e alto volume, como o Qashqai, o Renault/Dacia Duster e o Captur.
As demais marcas que compõem o grupo também terão participação decisiva no desempenho final. A Infiniti, por exemplo, acumula crescimento de 24% sobre 2016, seguida da Renault com 10%, Nissan e Dacia com 7% cada, Lada com 8% e Mitsubishi com 5%.
https://br.motor1.com/news/148976/nissa ... diz-ghosn/