Como os 'coletes amarelos' da França alcançam metas sem precisar negociar
Mobilização francesa se assemelha a episódio de caminhoneiros no Brasil, diz sociólogo
8.dez.2018 às 6h00
Lucas Neves
[RESUMO] Movimento dos "coletes amarelos" na França usa falta de lideranças, agenda difusa e mobilização via redes sociais para alcançar metas sem negociar, segundo sociólogo, de modo similar ao episódio dos caminhoneiros, em maio, no Brasil.
A dispersão que caracteriza, na França, o movimento dos “coletes amarelos”, tanto em termos de reivindicações quanto de hierarquia, tem se mostrado um trunfo para os manifestantes, que ocupam ruas e estradas do país desde meados de novembro. Na avaliação do sociólogo francês Albert Ogien, quanto menos o coletivo (que não destacou porta-vozes nem consolidou uma pauta única) negocia com a gestão Emmanuel Macron, mais este cede.
Foi o que aconteceu na última semana, quando, escaldado pela violência da terceira jornada de mobilização, no dia 1º, o governo finalmente recuou da medida que fora a fagulha dos protestos: o aumento de uma taxa sobre combustíveis que deveria financiar a transição energética do país para fontes limpas.
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Segundo o pesquisador do CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica), o que se entende hoje por “coletes amarelos”, referência ao acessório obrigatório em carros que circulam na França, é mais uma miragem midiática, com fortíssima presença na TV e em redes sociais —especialmente o Facebook—, do que um movimento de carne e osso. E aí reside outra de suas singularidades.
Na ausência de líderes, na agenda pletórica e no uso ostensivo da internet para difundir palavras de ordem e imagens de alto valor simbólico, a sequência de atos espelha muito do que foi a paralisação dos caminhoneiros no Brasil em maio deste ano. Há ainda, atendo-se ao horizonte francês, paralelos com maio de 1968, como tem martelado a mídia local.
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Caminhoneiros fazem manifestação por dez dias e param o país
Minha Folha
?“[Aquele movimento] coagulou aos poucos todas as amarguras das pessoas, tudo que as desagradava, mas que elas aceitavam havia muito tempo”, afirma Ogien, lembrando que, 50 anos depois, Macron sofre o desgaste dos 18 meses de um “rolo compressor” reformista que não abriu espaço a negociações. “As pessoas se sentiram desprezadas.”
Agora, prossegue ele, o diferencial preocupante é que a tolerância à violência aumentou, o que pode fragilizar o discurso governamental da volta à legalidade e ao diálogo social.
Ineditismo
A primeira singularidade da mobilização é sua origem: uma petição contra o reajuste de uma taxa sobre o combustível, ou seja, algo que tinha como base a relação das pessoas com seus carros. Em uma série de manifestações cujo ponto de partida é o automóvel, há uma ligação entre a forma material que o protesto assume, com o bloqueio de rotatórias, e a reivindicação que se faz.
Esse expediente tem a vantagem de poder ser estendido a todo o país, porque há muitos entroncamentos e pessoas que dependem de seus carros para se locomover em periferias e no interior, gente para quem o veículo virou quase um segundo corpo.
Então, não estamos diante de grupos que vão ao centro das cidades com bandeiras, mas de manifestantes que se servem de carros para encontrar modos de ação. Lembra o que os caminhoneiros fizeram no Brasil [na paralisação de maio] ou a maneira como motoristas de ambulância ou de táxi podem agir.
E essa pulverização geográfica dificulta a repressão. Sabe-se o que é um ato no centro de uma cidade e como contê-lo. Até aqui, havia uma certa estrutura: líderes submetiam à polícia um pedido de autorização para um protesto, ele era aprovado, os organizadores informavam seu itinerário, e os policiais tinham como gerenciar a situação.
Agora, a questão é: como controlar um território inteiro em que grupelhos de dez pessoas travam rodovias? São miniocupações dispersas.
Lideranças e pautas
Não há reivindicações claras, unívocas, nem líderes oficiais. É um movimento impalpável para o poder público. E isso faz parte de sua estratégia: a recusa em ser completamente assimilado, compreendido. Já vimos isso nas grandes ocupações de praças, como na Primavera Árabe, na tomada da Porta do Sol [em Madri] pelos indignados, no Occupy Wall Street. Tampouco é possível identificar por trás deles partidos ou sindicatos.
Mobilização via internet
O uso maciço do Facebook para mobilizar participantes é outra novidade. Nessa escala, é algo nunca visto na França, ainda que já tenha acontecido em outros lugares.
Mesmo que não sejam líderes incontestes, algumas pessoas despontam na internet como chefes de fileira. É gente com 50 mil, 200 mil seguidores. Então, é possível, sim, apontar as figuras mais marcantes, as “cabeças”, que criam grupos e depois querem levar crédito pela força dessas formações.
Elas são convidadas a dar entrevistas à TV e apoiam sua legitimidade na quantidade de seguidores que possuem na internet. Só que, quando se oferecem para negociar, são ameaçadas, às vezes até de morte.
Na verdade, trata-se de um movimento que existe muito mais na mídia do que no plano da realidade. Vi alguns “coletes amarelos” no interior da França. São grupos de cinco pessoas em rotatórias, que de vez em quando dormem, jogam cartas, depois se levantam para bloquear dois carros, e então voltam para casa.
Instrumentalização
Uma das coisas que marcaram o começo do movimento foi a tentativa de apropriação pela direita e pela extrema direita. Nicolas Dupont-Aignan, líder do França de Pé, fez essa sinalização, e, em seguida, os partidos Reunião Nacional [de Marine Le Pen] e França Insubmissa [este de esquerda radical].
Havia uma força presente desde a eclosão —e aqui podemos estabelecer um elo com o que aconteceu com Jair Bolsonaro no Brasil—, a mão de Steve Bannon [ex-estrategista de Donald Trump considerado peça-chave na eleição deste e na difusão global do nacional-populismo de direita]. Ao lado dele, existe uma articulação da extrema direita com vistas à eleição para o Parlamento Europeu [em maio de 2019].
A tática deles é a de criar o caos para que ao menos uma pequena parcela do eleitorado seja atraída pela extrema direita. Quando estourou o movimento dos “coletes amarelos”, era previsível que eles fossem aproveitar a ocasião para incitar distúrbios e orientar os eleitores na direção do radicalismo.
Esse desejo de caos, essa disposição em impedir o retorno à normalidade é um estratagema típico do fascismo para defender a ascensão de um “homem forte”. Nessa linha, vale lembrar que um porta-voz dos “coletes amarelos” sugeriu que o general Pierre de Villiers [ex-chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, escanteado por Macron] assumisse o comando da França.
Mas acho que, por enquanto, o movimento tem conseguido controlar bem essas pulsões.
A resposta da esquerda
A esquerda ficou em uma situação incômoda. “Entendemos e defendemos suas reivindicações sobre poder aquisitivo, então como a direita pode ter se apropriado disso?” A extrema esquerda então decidiu imprimir uma tonalidade progressista aos atos, e os sindicatos estenderam a mão aos participantes.
Então isso gerou um grande debate democrático em escala nacional, com a mediação de canais de TV, emissoras de rádio e grupos de Facebook, em que as reivindicações de direita e de esquerda duelam, sem que se consiga definir precisamente a inclinação dos “coletes amarelos”.
Há uma tensão entre uma orientação de extrema direita à insurreição e uma pauta de esquerda que nunca se concretizou, porque os sindicatos e legendas de esquerda eram fracos demais.
Tudo temperado por uma condescendência da mídia, que em todo lugar se sente culpada por não ter dado voz ao “povo real” —e, assim, não ter conseguido antever a eleição de Trump, o brexit e outras surpresas eleitorais. Grandes asneiras vão ao ar sem qualquer contestação. Quanto mais os “coletes amarelos” falam, mais contradições afloram.
Resultados sem negociação
Isso produz alguns efeitos, sobretudo recuos governamentais diante de uma pauta imensa e difusa, típica de períodos eleitorais, mas que logo depois desaparecia. Esse sistema ruiu, tudo está à mesa, e ninguém sabe bem o que fazer.
O mais estranho é que, mesmo não existindo uma lista consolidada de pedidos ou uma negociação formal em curso, o governo cede. O movimento recusa-se a dialogar, e essa abordagem vem se mostrando correta, porque quanto menos eles negociam, mais resultados positivos obtêm. Ninguém aparece para conversar, a coisa meio que anda sozinha.
O que de fato acontece é uma explosão de violência semanal, aos sábados. No resto da semana, tudo vai bem. Chega sábado, vem a insurreição. No domingo, acabou, a turma vai ver o futebol. Os que estão nas rotatórias nos outros dias são aposentados e desempregados, não atrapalham a economia. É uma atmosfera sossegada. Por isso, esse ritmo semanal tem algo de cômico.
Ecos de 1968
Em maio de 68, foi necessário um mês de insurreição, de caos, de greve geral para que entidades patronais e governos se sentassem à mesa de negociações com os sindicatos.
Um episódio-chave desse movimento foi a grande marcha da direita na avenida Champs-Elysées, com 1 milhão de participantes, para defender o governo. Hoje, se tentassem fazer algo similar, acho que ninguém desceria à rua para defender Macron. De repente, ninguém mais acha correto o seu jeito de governar.
Ao ser eleito, o presidente achou que tinha o caminho livre para fazer as reformas de que o país precisava. Abriu várias frentes que rompem hábitos antigos da sociedade francesa. Por um ano e meio, deram-lhe razão.
Mas rancores se acumularam, porque as medidas não foram negociadas. As pessoas se sentiram desprezadas, e isso ajuda a explicar a grande aprovação dos “coletes amarelos” pelos franceses [da ordem de três quartos da população].
Da mesma maneira, o movimento de 68 começa, nas universidades, em março daquele ano e explode em maio. Coagulou aos poucos a amargura das pessoas, tudo o que as desagradava, mas que elas aceitavam havia muito tempo.
Hoje, como sabemos que muitas categorias estão desgostosas de sua situação, do regime de austeridade a que são submetidas há décadas, existe um receio real de que o que aconteceu 50 anos atrás se repita.
E o problema é que a tolerância das pessoas à violência aumentou. Elas não tomam mais distância de movimentos sociais quando eles degeneram, acham que o uso da força visa a defendê-las. Assim, o governo perde o argumento do apaziguamento, o discurso do “agora retornemos à legalidade”.
https://www1.folha.uol.com.br/ilustriss ... Q44zLTz1Ms
França
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Re: França
Acho que o Emmanuel Macron me enganou. Não é o novo ou renovação. É só um engomadinho, muito ambicioso que não entende a demandas dos eleitores. Não acho que sobrevive muito tempo no cargo.
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Re: França
A Bloomberg já veio anunciar que a culpa foi dos russos!!!
Estava a demorar
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Triste sina ter nascido português
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Re: França
É a soft warfare. Até parece que todos são santos e fazem ataques aos outros debaixo dos panos ou através da burocracia, legislação, comércio e outros. Quando na verdade é a nova face da guerra entre potências e em novo formato. Por exemplo, a chinesa da HUAWEI está presa é um ato de guerra. E vai ter volta. Ou bloqueio das contas dos bilionários russos que virou ataque ao sistema eleitoral e social ocidental. E calma senhores. Amanhã tem outra resposta. Ingênuo no mundo só o governo brasileiro atual.
Voltando ao EM. Em 24 horas o Macron cedeu tudo. Nem lembra o discurso arrogante da semana passada. Isso quer dizer que o jipe capotou e prevê que vai ter que convocar eleições.
Voltando ao EM. Em 24 horas o Macron cedeu tudo. Nem lembra o discurso arrogante da semana passada. Isso quer dizer que o jipe capotou e prevê que vai ter que convocar eleições.
Macron anuncia aumento de 100 euros no salário mínimo e abono de final de ano
Presidente lança pacote de medidas para tentar aplacar os protestos dos ‘coletes amarelos’
Emmanuel Macron anunciou nesta segunda-feira um aumento de 100 euros no salário mínimo a partir do ano que vem, e que as horas extras passarão a ser isentas de impostos e contribuições. Também antecipou sua intenção de estimular as empresas para que paguem aos seus funcionários um abono extraordinário de final de ano, igualmente isento de impostos. As medidas são parte de uma tentativa de reconquistar os franceses. O trabalho será longo. As quatro semanas de protestos dos coletes amarelos evidenciaram a distância entre o presidente e os cidadãos. Os problemas são graves demais para serem resolvidos apenas com um discurso. Depois de dias de paralisia, Macron se dirigiu à nação com uma fala excepcionalmente breve — 13 minutos —, mas carregado de medidas para aplacar a cólera dos cidadãos.
“Queremos uma França onde se possa viver dignamente do trabalho. E peço ao Governo e ao Parlamento que façam o necessário para isso”, disse Macron em um discurso transmitido por vários canais. O presidente francês começou condenando a violência das últimas manifestações, que, advertiu, não leva a parte alguma. “Quando a violência se desencadeia, a liberdade cessa”, salientou.
O objetivo de Macron era duplo. Primeiro, apresentar medidas que atendam à demanda de menos impostos e mais poder aquisitivo. Segundo, reparar o vínculo emocional. Como? Com algum tipo de mea culpa pela arrogância que marcou seu primeiro ano e meio no Palácio do Eliseu. O presidente rompeu assim mais de uma semana de silêncio sobre a crise mais grave de seu mandato. Dias nos quais se viu superado por um protesto que não entendia.
Os coletes amarelos — uma revolta sem líderes nem estrutura, que tem por emblema a veste fluorescente que todos os motoristas devem ter em seus veículos — começaram a se mobilizar em meados de novembro. Opunham-se a um novo imposto sobre os combustíveis, mas o protesto em seguida se ampliou para a reivindicação de um aumento do reduzido poder aquisitivo. Acompanhada de manifestações que no sábado passado degeneraram em violência pelo terceiro fim de semana consecutivo, ampliou o programa até exigir a demissão do presidente da República.
A incógnita é se os anúncios desta segunda-feira bastarão. Desde que os bloqueios e as concentrações de coletes amarelos começaram, o Governo francês deu a impressão de estar sempre um passo atrás dos acontecimentos.
Entre as iniciativas filtradas à imprensa, incluem-se reduções tributárias que já estavam previstas, como a supressão do imposto predial para 80% da população. Em vez de ser escalonado em três anos, poderia ser aplicado de uma só vez. O mesmo ocorre com a eliminação das contribuições sociais para as horas suplementares, medida que aumentaria os salários. Prevista para setembro de 2019, poderia ser antecipada para janeiro.
A limitação do aumento das aposentadorias e a negociação de um abono para os franceses que se deslocam de automóvel para trabalhar são outras opções. Ou também uma redução do imposto sobre a renda para as classes médias e do IVA para os produtos de primeira necessidade.
A ideia, explica o jornal econômico Les Échos, é potencializar a chamada política da oferta, já iniciada sob a presidência do socialista François Hollande. Trata-se de pôr mais dinheiro nas mãos dos contribuintes. Até agora a política da oferta era centrada nas empresas e nas pessoas com maior patrimônio e renda, o que valeu ao centrista Macron o apelido de presidente dos ricos. Agora, deverá ser recalibrada para se centrar na classe trabalhadora. Um giro social muito esperado por seu eleitorado de centro-esquerda, mas nunca concretizado.
Os coletes amarelos reivindicam ao mesmo tempo uma oferta de impostos e uma melhora dos serviços públicos. A França é o país da OCDE onde os ganhos fiscais representam a maior parcela do PIB, 46%. O gasto estatal representa 56% do PIB da França, um dos índices mais elevados da UE. O custo das medidas pode oscilar de 12 a 15 bilhões de euros, segundo alguns cálculos.
A crise revelou a tensão entre Macron e seu primeiro-ministro, Édouard Philippe. Macron atribui a ele decisões que alimentaram o descontentamento no interior da França, o núcleo da revolta, como a redução da velocidade máxima nas estradas a 80 quilômetros por hora. Na França, o primeiro-ministro é o fusível do presidente: a peça a eliminar pra reduzir a pressão sobre o chefe de Estado.
Mudança de método e estilo
Na semana passada, Macron anulou a alta do imposto sobre os combustíveis em 2019, reivindicação que foi o estopim do movimento. Serve de pouco. Por enquanto, o Governo francês descarta readotar o imposto sobre as fortunas e aumentar o salário mínimo além do 1,8% previsto para janeiro.
Macron quer complementar as medidas econômicas com uma mudança de método e estilo. O novo método foi encenado numa reunião no Eliseu com ocupantes de cargos eletivos e representantes dos sindicatos e entidades patronais.
Ao chegar ao poder em 2017, Macron quis impor outra maneira de governar. Cercou-se de jovens tecnocratas. Desprezou os velhos partidos e sindicatos. Convencido de seu gênio político ao ganhar eleição contra os prognósticos, prescindiu de políticos veteranos que o teriam ajudado.
Hoje aparece como um presidente desconectado e elitista. A rejeição entre os coletes amarelos é visceral. É a hora da humildade. O Journal du Dimanche revelou que disse o seguinte a seus assessores: “Quando há ódio, significa que há uma demanda por amor”.
https://brasil.elpais.com/brasil/2018/1 ... 16394.html
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Re: França
É mesmo? Então vamos restaurar a monarquia?
O ser humano não sabe o que quer, mas explica para ele que no mundo consumista a conta não fecha!!!! Os pobres estão cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos em todo as as partes do planeta. Certamente as revoluções irão estourar como pipoca na panela quente.
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Re: França
Então os especialistas em assuntos internacionais aqui do forum a dizer que a crise dos coletes amarelo é resultado de políticas neo-liberais. E eu a pensar que era por causa do estado cobrar demasiados impostos...
"Socialist governments traditionally do make a financial mess. They [socialists] always run out of other people's money. It's quite a characteristic of them."
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Re: França
França: Novo balanço dá conta de dois mortos e 14 feridos em Estrasburgo
12 dez 2018 07:20
O balanço do ataque ao mercado de Natal em Estrasburgo, na noite de terça-feira, foi revisto hoje de manhã pela prefeitura de Bas-Rhin, que deu conta de dois mortos, sete feridos graves e sete feridos ligeiros.
O presidente da câmara de Estrasburgo, Roland Ries, tinha confirmado na noite de terça-feira um balanço de quatro mortos avançado pela polícia, antes de o ministro do Interior, Christophe Castaner, numa conferência de imprensa, na madrugada de hoje, ter revisto a contagem de vítimas mortais para três.
O procurador de Paris Rémy Heitz, cujo departamento antiterrorista lidera a investigação sobre o ataque de Estrasburgo, dará hoje uma conferência de imprensa às 12:00 locais (menos uma hora em Lisboa).
O magistrado, que na terça-feira se deslocou ao local do ataque, deverá fazer um ponto de situação sobre as investigações, numa altura em que a polícia procura localizar o autor do ataque, um homem de 29 anos, referenciado por radicalização islâmica e por delitos comuns.
Segundo fontes da investigação, foram mobilizados 620 efetivos da polícia e ‘Gendarmeria’ na operação de busca.
As forças de segurança montaram uma operação de caça ao homem para tentar deter o autor do ataque, que ficou ferido numa troca de tiros com um soldado antes de abandonar o local.
O Governo francês elevou o nível de alerta no país para “emergência por atentado”, com um reforço de controlo nas fronteiras, aumento de segurança nos mercados de Natal e mobilização de meios envolvidos no dispositivo antiterrorismo.
A cidade de Estrasburgo, localizada no nordeste da França, junto à fronteira com a Alemanha, acolhe a sede do Parlamento Europeu.
O Ministério Público francês anunciou, entretanto, a abertura de uma investigação por homicídio e tentativa de homicídio relacionada com uma organização terrorista, assim como por associação terrorista.
As forças de segurança montaram uma operação de caça ao homem para tentar deter o autor do ataque, que ficou ferido numa troca de tiros com um soldado antes de abandonar o local.
"Às 20:00 locais [19:00 em Lisboa], um indivíduo armado entrou no perímetro do mercado de Natal pela ponte de Corbeau e dirigiu-se à rua de Orfèvres. O indivíduo abriu fogo, ferindo várias pessoas", anunciou o Ministério Público.
Segundo a polícia francesa, o autor do ataque, que continua em fuga, foi ferido numa troca de tiros antes de abandonar o local.
(Notícia atualizada às 10:14)
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/f ... strasburgo
12 dez 2018 07:20
O balanço do ataque ao mercado de Natal em Estrasburgo, na noite de terça-feira, foi revisto hoje de manhã pela prefeitura de Bas-Rhin, que deu conta de dois mortos, sete feridos graves e sete feridos ligeiros.
O presidente da câmara de Estrasburgo, Roland Ries, tinha confirmado na noite de terça-feira um balanço de quatro mortos avançado pela polícia, antes de o ministro do Interior, Christophe Castaner, numa conferência de imprensa, na madrugada de hoje, ter revisto a contagem de vítimas mortais para três.
O procurador de Paris Rémy Heitz, cujo departamento antiterrorista lidera a investigação sobre o ataque de Estrasburgo, dará hoje uma conferência de imprensa às 12:00 locais (menos uma hora em Lisboa).
O magistrado, que na terça-feira se deslocou ao local do ataque, deverá fazer um ponto de situação sobre as investigações, numa altura em que a polícia procura localizar o autor do ataque, um homem de 29 anos, referenciado por radicalização islâmica e por delitos comuns.
Segundo fontes da investigação, foram mobilizados 620 efetivos da polícia e ‘Gendarmeria’ na operação de busca.
As forças de segurança montaram uma operação de caça ao homem para tentar deter o autor do ataque, que ficou ferido numa troca de tiros com um soldado antes de abandonar o local.
O Governo francês elevou o nível de alerta no país para “emergência por atentado”, com um reforço de controlo nas fronteiras, aumento de segurança nos mercados de Natal e mobilização de meios envolvidos no dispositivo antiterrorismo.
A cidade de Estrasburgo, localizada no nordeste da França, junto à fronteira com a Alemanha, acolhe a sede do Parlamento Europeu.
O Ministério Público francês anunciou, entretanto, a abertura de uma investigação por homicídio e tentativa de homicídio relacionada com uma organização terrorista, assim como por associação terrorista.
As forças de segurança montaram uma operação de caça ao homem para tentar deter o autor do ataque, que ficou ferido numa troca de tiros com um soldado antes de abandonar o local.
"Às 20:00 locais [19:00 em Lisboa], um indivíduo armado entrou no perímetro do mercado de Natal pela ponte de Corbeau e dirigiu-se à rua de Orfèvres. O indivíduo abriu fogo, ferindo várias pessoas", anunciou o Ministério Público.
Segundo a polícia francesa, o autor do ataque, que continua em fuga, foi ferido numa troca de tiros antes de abandonar o local.
(Notícia atualizada às 10:14)
https://24.sapo.pt/atualidade/artigos/f ... strasburgo
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Re: França
Não entendi a incoerência entre as duas. Elevar impostos para manter as contas públicas superavitárias e gastos é algo comum na política neoliberal ou que se chamem assim. Podes ver o resultado em Portugal, Espanha e Grécia nos anos recentes.tgcastilho escreveu: ↑Ter Dez 11, 2018 5:04 pm Então os especialistas em assuntos internacionais aqui do forum a dizer que a crise dos coletes amarelo é resultado de políticas neo-liberais. E eu a pensar que era por causa do estado cobrar demasiados impostos...
Ou achas que neoliberal tem a ver com reduzir impostos? Pois não tem. Antes vão cortas gastos e equilibrar as contas no longo prazo.