Permitam-me uma pequena sugestão.
AVISO: é meio na linha do Brigadeiro aquele, assim, senhores patrulheiros, favor ignorarem; como disse, é uma mera
sugestão, não decido nada na FAB nem o DB tem patrocínio ou exibe propaganda de qualquer caça e quem o faz aparentemente já demonstrou sua preferência. Acrescento que este post não será replicado em outro Fórum/Site, não por mim, pelo menos. Faço em blocos para, se for o caso, facilitar o 'recorte'.
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Por que não entrar no Gripen E/F? Há trabalho a ser feito, tecnologia a ser desenvolvida/absorvida - e não comprada - e é infinitamente superior a qualquer coisa a jato que voe atualmente com as cores da FAB, seja em alcance, seja em poder de fogo, precisão, um turnaround excepcional, etc. Este avião já nasceu na era digital e, entre outras vantagens, está a multiplicidade de armamentos que pode integrar, inclusive o A-Darter já está integrado, outras armas nossas - SMKB, MAR e MAN, por exemplo - seguir-lhe-iam o caminho sem maiores ranços. É como vejo.
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Mas isso deveria - e apenas assim teria validade - ser tratado como Programa de Estado, e não de Governo, embora, com a 'concorrência política' que vejo por aí (e notem que não levanto bandeira aí também), praticamente dá na mesma. A quantidade deveria ir bem além de uma ridícula substituição 1 x 1 do que já temos de material obsoleto em linha de voo - ou supostamente. Uma encomenda realmente grande (e é isso que um País com cerca de 8,5 milhões de km² cheio de riquezas precisa) do avião ainda em fase de projeto nos daria poder de fogo nas negociações e derrubaria o preço unitário (adeus F-32) e custos afins, tornando-o bem mais atraente em relação ao F-16 e mesmo aos caças mais potentes e caros. Notar ainda que sua capacidade de carga chega ao DOBRO da usual nos aviões que atualmente usamos e seu alcance e desempenho são bem superiores aos dos citados, eis que desenhado (versão original) em época bem posterior.
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Para começar bem, duvido que não nos fosse cedidos por um leasing bem camarada e a prazo curto de entrega uns 24/36 Gripen C/D do acervo da própria Flygvapnet, que deve estar achando incômodo - em termos orçamentais - manter uma porção de A/B enterrados em cavernas. Isso já permitiria o treinamento de pilotos, instrutores e mecânicos. O problema aí seria trocar a interface de REVO dos nossos aviões destinados a este fim, pois a do Gripen parece ser adequada ao KC-135 e não ao 137. Como a frota é pequena, os primeiros teriam um custo mas, como teria de aumentar, já viriam prontos...
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Propulsão: temos no Brasil a GE-Celma, estabelecida há vários anos. Não é o barracão de montar Land Rover CKD. Não dá para simplesmente desmontar e cair fora e a matriz fabrica a turbina do Gripen. Pois bem, para uma quantidade realmente grande de turbinas se poderia negociar, senão a fabricação da F-414G aqui, ao menos as peças de maior rotatividade e a revisão/conserto aqui mesmo, sem ter de mandar para os EUA. Economia e talvez alguma tecnologia...
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Lembremos do já citado A-Darter. Começamos assim, pegando o trem andando e seguindo junto, pagando a nossa parte e tomando parte nos trabalhos. DETALHE: o citado AAM não era apenas um desenho ou concepção e sim um protótipo. Exatamente como o Gripen E/F.
Obs 1.: claro que mantenho minha preferência pelo FLANKER mas cada vez menos eu creio que o iremos adotar algum dia.
Obs 2.: favor me pouparem das xaroposas charlas de coleiras e afins. Se buscamos algo no exterior, mesmo desenvolvendo junto, algum atrelamento sempre haverá. Mas o conceito COTS apresenta inegáveis vantagens (é o que usa a EMBRAER)...
Obs. 3: claro, a MB teria de seguir um caminho independente. Como aparentemente trabalha com a hipótese de NAes na faixa de 50.000t, sugeriria o Rafale.
É o que penso.
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