helio escreveu:Dall
Parte das missões que vc mencionou (com propriedade aliás) não poderia ser executado pelo Super Tucano?
Em caso afirmativo, não seria muito mais economico utilizar o Super Tucano?
Hélio
Penso que depende da missão Hélio,
Se a missão for lançar bombas contra uma ameaça irregular, cujos meios AA são limitados a metralhadoras .50 e MANPAD IR e sem oposição aérea o Super Tucano pode fazer isto até com mais eficiência já que sendo um avião de baixa velocidade é mais fácil localizar e acertar alguns tipos de alvos.
Agora tem coisas que só um avião de ataque especializado ou um caça multi-funções faz, ai o Super Tucano seria uma opção arriscada na minha visão.
Este conceito de um avião barato para inimigos pouco sofisticados, que o Super Tucano se propõe a resolver não é tão universal assim.
Israel é um país que tem inimigos irregulares ao seu redor, como também tem inimigos de alta sofisticação, porque então a IAF não adota alguns esquadrões de aeronaves como o Super Tucano e as usa para missões mais simples contra guerrilhas e grupos terroristas economizando com isto milhares de dólares em horas de vôo?
Acontece que as centenas de caças F-16 e F-16 que compõe a IAF precisam anualmente voar duas centenas de horas de vôo cada uma para manter seus pilotos adestrados e estas horas.
Seus comandantes entendem que é melhor manter seus pilotos adestrados mesclando horas de treinamentos em cenários de alta intensidade e também em ações reais de baixa intensidade, nem que estas ações reais sejam sobrevôos a baixa altura sobre território palestino para demonstração de presença, entendem eles que nada substitui a ação real no treinamento, mesmo que esta ação real seja algo absolutamente simples para o conjunto caça piloto.
A Rússia também não pensa em ter um avião com estas características para combater guerrilheiros e terroristas, ao invés disto usam caças Su-25 e até mesmo caças Su-24 que teriam que voar em treinamento, mesmo que poucas horas anuais, de qualquer forma.
O resumo é que aviões de alto desempenho podem fazer a mesma coisa que o Super Tucano (isto todo mundo já sabia), porem em alguns casos particulares como na Russia e em Israel eles poderiam ser um elevador e não um abaixador de custos, porque as forças aéreas destes países contam com um elevado numero de caças que precisam voar uma determinada quantidade de horas de vôo anualmente em treinamento.
Os EUA tencionam adquirir o Super Tucano, porque precisam deixar uma capacidade COIN em algumas regiões do mundo onde estão “batendo em retirada”, se hoje os EUA se envolvessem em um hipotético conflito anti guerrilha na América Central por exemplo, as missões de ataque seriam realizadas em um primeiro momento pelos seus F-16, F-15, F-18, apenas numa segunda fase um esquadrão de Super Tucanos manteria ordem na casa a custos módicos.
É claro que o Super tucano também pode ser um diferencial para a vitória, quantas missões a FAC poderia realizar diariamente com o Super
Tucano contra alvos da FARC, quantas poderia fazer se utiliza-se o Kfir?
O ST é a maneira mais barata (e eficiente) de manter a FARC de cabeça baixa na floresta.
No caso brasileiro eu entendo o ST da seguinte forma.
Ele era o avião que a Embraer poderia produzir nos anos de 1990 e que a FAB poderia comprar.
O Brasil necessitava ter alguma presença armada na região amazônica e o ST era o que o bolso permitia.
Eu acredito que para aspectos puramente operacionais, interceptar um Cessna cheio de drogas, um Tucano vetorado por fonia basta, assim como o Peru faz com os seus, a Bolívia faz com os seus PC-7.
Ainda sobre o aspecto operacional (desconsiderando a ajuda que o ST deu a indústria nacional) dois esquadrões de aviões supersônicos, um em Porto Velho e outro em Boa Vista, acompanhados de dois esquadrões de T-27 para missões contra narco aviões seria a melhor maneira de esta presente naquela região.