Fórum Defesa Brasil

cabeça de martelo escreveu:Nem sequer pode-se comparar o Brasil com o Irão. Uma coisa é uma democracia, outra coisa é uma teocracia. Uma coisa é um país que apoia (talvez até demais) os seus vizinhos, outra coisa é um país que está a apoiar terrorismo contra uma nação vizinha.

eu não me referia própriamente ao cenário "real" mas sim aos comentários que seriam aqui postados no DB

Míssil bem sucedido

O lançamento do míssil deve suscitar mais preocupações no Ocidente e em Israel sobre as ambições militares iranianas. Os EUA e seus aliados suspeitam que a República Islâmica esteja procurando construir bombas nucleares. Teerã nega a acusação.

Uma autoridade de defesa dos EUA confirmou o sucesso do lançamento iraniano, mas disse que o Pentágono ainda precisa fazer uma análise técnica de qual seria a trajetória e o alcance do míssil.

"O míssil Sejil 2, que possui tecnologia avançada, foi lançado hoje ... e alcançou seu alvo com precisão," disse Ahmadinejad, segundo a agência oficial de notícias IRNA.

O presidente iraniano falou durante comício na província setentrional de Semnan, onde, segundo a IRNA, o lançamento aconteceu. A televisão estatal disse que o lançamento foi um teste e mostrou imagens de um míssil subindo no céu, deixando um rastro de vapor em sua esteira.

Reaproximação

O presidente norte-americano, Barack Obama, busca uma reaproximação com o Irã, depois de três décadas de hostilidade mútua. Mas, como seu predecessor George W. Bush, ele não excluiu a possibilidade de ação militar no caso de os esforços diplomáticos não conseguirem resolver a disputa nuclear.

Líderes israelenses provocaram preocupação nos EUA ao deixar entender que podem lançar ataques preventivos se concluírem que a diplomacia fracassou. Presume-se que Israel seja a única potência nuclear do Oriente Médio.

O Irã já declarou que responderá a qualquer possível ataque, atacando alvos norte-americanos e Israel, aliado dos EUA, e também fechando o estreito de Ormuz, uma rota vital para o fornecimento mundial de petróleo.

Ahmadinejad disse que o Irã tem o poder de "mandar para o inferno" qualquer base militar desde a qual seja disparado "uma bala sequer" contra o país.

Ele citou Israel, que o Irã descreve como regime sionista e não reconhece. "Neste momento o regime sionista ... ameaça o Irã militarmente com ameaças falsas. A nação iraniana deve saber que isso não passa de teatro."

A meu ver o Irã joga com o tempo, ora sinalizando que pode e quer negociar, ora mostrando que se escolherem à via militar, haverá resposta e firme.

Resta saber se alguém vai pagar para ver um Irã radical e nuclear, ou se prefere atacar agora e sofrer as consequências advindas do ataque? A decisão não é fácil, porém aos lideres cabe a tomada de decisões!

que eu saiba o irã é uma democracia....

U-27 escreveu:que eu saiba o irã é uma democracia....

Pois é, imperfeita porque os candidatos tem que ser aprovados pelo clero (não é um estado laico), mas muito melhor do que a maioria dos demais países da região, inclusive muitos dos protegidos dos países ocidentais.

Leandro G. Card

A única coisa que vejo é que o resto dos países do oriente médio, ta se lixando para isso.
Até agora não vi comentários vindos de outros países, até de países como Arábia Saudita, Emirados Árabes, Qatar. Devem todos adorar Israel . Os libaneses daqui da minha cidade os adoram .

Wolfgang escreveu:

FOXTROT escreveu: Que problema há no Irã testar um míssil com capacidade de atingir Israel e as bases Norte Americanas, se estes países têm em seus arsenais armamentos com capacidades superiores as do Irã?
É um jogo, um perigoso jogo que esta sendo jogado a décadas no Médio Oriente!

Nenhum deles amaeçou um país soberano, riscando-o do mapa. Não adianta querer racionalizar os irracionais.
Vocês estavam reclamando que a Ucrânia provocava a Rússia com a venda dos Flankers. E agora? Mísseis balísticos são um problema muito maior e não vejo nenhuma palavra contra o Irã, uma TEOCRACIA disfarçada de democracia.
Israel não é flor que se cheire, é um pitbull, concedo, mas CONTROLADO por um gigante. Quem controla o Irã, a não ser o próprio desejo de loucura?
Eu sinto saudade da Guerra Fria. Naqueles tempos, Moscou dava um tapa no nanico narigudo e ele correria para a casinha. Hoje é difícil fazer isso, né?
Na Guerra Fria, as duas potências mantiam relações de paridade e seus aliados sob pulso firme, com a dissolução da URSS, a caixa de Pandora abriu-se.

Essa frase valeu uma boa risada

P44 escreveu:

cabeça de martelo escreveu:Nem sequer pode-se comparar o Brasil com o Irão. Uma coisa é uma democracia, outra coisa é uma teocracia. Uma coisa é um país que apoia (talvez até demais) os seus vizinhos, outra coisa é um país que está a apoiar terrorismo contra uma nação vizinha.

eu não me referia própriamente ao cenário "real" mas sim aos comentários que seriam aqui postados no DB

Bleza! Já temos apoio para ressuscitar a união Luso-Brasileira de 1808 ...

LeandroGCard escreveu:

U-27 escreveu:que eu saiba o irã é uma democracia....

Pois é, imperfeita porque os candidatos tem que ser aprovados pelo clero (não é um estado laico), mas muito melhor do que a maioria dos demais países da região, inclusive muitos dos protegidos dos países ocidentais.

Leandro G. Card

Sem dúvida. A Árabia Saudita por exemplo, é um dois países mais reacionários e radicais do mundo, uma legítima teocracia onde uma família e o clero dominam todas as esferas do governo e da sociedade, com polícia chibatadora nas ruas em defesa da "fé" e cortadora de cabeças em praça pública. São tão radicais q junto com o Paquistão (q o fez mais por questões gepolíticas) era um dos dois únicos países no mundo q reconheciam o governo Talibã. Mas como é aliado de Washington... 2 pesos, duas medidas...

Não é por ser aliado... Quantos países a Arabia Saudita ameça destruir? Sejamos mais pragmáticos...

A Árabia saudita não se intromete nos interesses americanos no Oriente Médio, tem 1 trilhão de dólares investidos no EUA, além de ser um de seus principais fornecedores de petróleo... Eles não precisam fazer ameaças formais, nunca foi o estilo saudita. Eles já abateram Phantoon's do Irã, fora várias outras escaramuças no Golfo Pérsico... O maior medo Saudita é q aconteça uma revolução islâmica nos moldes iranianos q apeie a família real do poder... é um modelo perigoso para eles...

O q aconteceu quando o Iraque invadiu o Kuwait em agosto de 1990? Em 48 horas foram enviados esquadrões de F-15 da 1ª Ala de caças táticos de Langley para defender os sauditas...

Eles não precisam de retórica...

Enfim, é uma grande hipocrisia dos EUA falar em "radicalismo" islamico no Irã enquanto convenientemente ignora a realidade "medieval" da sociedade saudita...

2 pesos, 2 medidas...

Um dos motivos de Osama Bin Laden ser inimigo mortal da família real foram seus questionamentos sobre sua legitimidade e uma campanha para tirá-los do poder, isso começou em 1991...

Nukualofa77 escreveu:Sem dúvida. A Árabia Saudita por exemplo, é um dois países mais reacionários e radicais do mundo, uma legítima teocracia onde uma família e o clero dominam todas as esferas do governo e da sociedade, com polícia chibatadora nas ruas em defesa da "fé" e cortadora de cabeças em praça pública. São tão radicais q junto com o Paquistão (q o fez mais por questões gepolíticas) era um dos dois únicos países no mundo q reconheciam o governo Talibã. Mas como é aliado de Washington... 2 pesos, duas medidas...

Mas nesse caso é Realpolitik puro. Tem que ver o lado prático da coisa. Ter o apoio da Arabia Saudita e Paquistão é bom para os EUA, ou seja, dane-se se são autoritários, teocráticos, etc. É o lado prático da coisa. Ficaria tudo bem se fosse até aí, o problema é apoiar esses países e invadir Iraque e Afeganistão, talvez um dia Irã, porque são 'países autoritários e anti-democráticos'. Nesse caso a Realpolitik já vira hipocrisia, das boas, alias. Mas eles podem, são a potência hegemônica do mundo e o resto que se foda-se...

Pois é, política é hipocrisia pura... aqui e em qualquer lugar...

são a potência hegemônica do mundo

resta saber por quanto tempo mais...

cabeça de martelo escreveu:Nem sequer pode-se comparar o Brasil com o Irão. Uma coisa é uma democracia, outra coisa é uma teocracia. Uma coisa é um país que apoia (talvez até demais) os seus vizinhos, outra coisa é um país que está a apoiar terrorismo contra uma nação vizinha.

Imperialista!!!