CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

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soultrain
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#631 Mensagem por soultrain » Sex Jan 23, 2009 12:54 pm

O texto postado pelo Clermont, é mais uma vez fantástico.

Na minha opinião qualquer um de nós, estivessemos num lado ou no outro, fariamos muito diferente, por isso é tão dificil acabar com isto.

Boa sorte ao George Mitchell.

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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#632 Mensagem por cabeça de martelo » Sex Jan 23, 2009 12:56 pm

soultrain escreveu:O texto postado pelo Clermont, é mais uma vez fantástico.

Na minha opinião qualquer um de nós, estivessemos num lado ou no outro, fariamos muito diferente, por isso é tão dificil acabar com isto.

Boa sorte ao George Mitchell.

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HIGGINS

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#633 Mensagem por HIGGINS » Sex Jan 23, 2009 4:45 pm

Clermont escreveu:O MITO DA GENIALIDADE ESTRATÉGICA DE ISRAEL.

Por Stephen M. Walt – 19 de janeiro de 2009 - The New ForeignPolicy.com.

Muitos apoiadores de Israel não irão criticar seu comportamento, mesmo quando ele está engajado em operações mal-conduzidas e brutais, como o recente assalto sobre Gaza. Em acréscimo a sua compreensível relutância em dizer qualquer coisa que possa auxiliar os inimigos de Israel, tal tendência está baseada, em parte, na crença de que os líderes político-militares de Israel são estrategistas meticulosos e excepcionalmente espertos, que compreendem seu ameaçador ambiente, e tem uma história de sucesso contra seus adversários. Se é assim, então faria pouco sentido para gente de fora, tentar dar palpites.

Esta imagem da genialidade estratégica de Israel tem sido gerada pelos israelenses através dos anos e parece ser um artigo de fé entre os neo-conservadores e outros apoiadores linha-dura de Israel, nos Estados Unidos. Ela também se encaixa como uma luva com a errônea, mas ainda popular, imagem de Israel como um perene Davi enfrentando um ameaçador Golias árabe; nesta visão, apenas brilhantes pensadores estratégicos poderiam dominar as, supostamente, formidáveis forças árabes dispostas contra eles.

Esta idéia de que os israelenses possuem alguma aptidão estratégica única, indubitavelmente, reflete certo número de feitos militares passados, incluindo a decisiva vitória na Guerra de Independência de 1948, a rápida conquista do Sinai, em 1956, a ousada captura de Adolf Eichmann, em 1960, o atordoante triunfo israelense, no começo da Guerra dos Seis Dias, em 1967, e o intrépido resgate de reféns, em Entebbe, em 1976.

Estes feitos táticos são parte de um quadro maior, no entanto, e este quadro não é muito bonito. Israel, também, perdeu várias guerras no passado ... nenhuma delas, decisivamente, é claro... e sua habilidade para utilizar a força para obter grandes objetivos estratégicos tem declinado, significativamente, com o tempo. Eis por quê os israelenses falam tanto da necessidade de restaurar sua “dissuasão”; eles estão cientes de que ocasionais sucessos táticos não tem levado a melhorias de longo prazo em sua mais ampla situação de segurança. O assalto sobre Gaza é, simplesmente, a mais recente ilustração de tal tendência preocupante.

O que mostra o registro?

De volta em 1956, Israel, juntamente com a Grã-Bretanha e a França, surgiu com um insano esquema para tomar o Canal de Suez e derrubar o regime de Nasser no Egito. (Isto ocorreu após uma incursão israelense sobre uma base do exército egípcio, em Gaza, ajudar a convencer Nasser a obter armas da União Soviética). O primeiro-ministro David Ben-Gurion, inicialmente, esperava que Israel teria permissão para conquistar e absorver a Margem Ocidental, partes do Sinai, e porções do Líbano, mas a Grã-Bretanha e a França, rapidamente, descartaram tal idéia. O subseqüente ataque foi um sucesso militar, mas um fracasso estratégico: os invasores foram forçados a vomitar as terras que tomaram, enquanto o prestígio de Nasser subia em casa e por todo o mundo árabe, alimentando o radicalismo e intensificando os sentimentos anti-Israel, por toda a região. O episódio levou Ben-Gurion a concluir que Israel deveria esquecer tentativas adicionais para expandir sua fronteiras ... o motivo pelo qual ele se opôs a tomada da Margem Ocidental, em 1967... mas seus sucessores não seguiram seu sábio conselho.

Dez anos depois, as agressivas políticas de Israel para com a Síria e a Jordânia, ajudaram a precipitar a crise que levou à Guerra dos Seis Dias. Os governos do Egito, Síria, União Soviética e Estados Unidos, também, arcam com considerável culpa por esta guerra, embora tenham sido os líderes de Israel que escolheram iniciá-la, mesmo tendo reconhecido que seus adversários árabes sabiam que não eram páreo para as FDI e não tivessem intenção de atacar Israel. Mais importante, após tomar a Margem Ocidental, as Colinas de Golan e a Faixa de Gaza durante a guerra, os líderes israelenses decidiram dar início à construção de assentamentos e, eventualmente, incorporá-los num “Grande Israel”. Assim, 1967 marca o começo do projeto colonial de Israel, uma decisão que, até mesmo alguém tão simpático para com Israel, como Leon Wieseltier, tem descrito como “um equívoco estratégico e moral de históricas proporções”. Notavelmente, esta momentosa decisão nunca foi, abertamente, debatida dentro do corpo político israelense.

Com forças israelenses ocupando a península do Sinai, o Egito deslanchou a chamada Guerra de Atrito, em outubro de 1968, numa tentativa de conseguí-la de volta. O resultado foi um impasse no campo de batalha e os dois lados, eventualmente, alcançaram um acordo de cessar-fogo, em agosto de 1970. A guerra foi um revés estratégico para Israel, no entanto, pois o Egito e seus patrões soviéticos, utilizaram o cessar-fogo para completar um escudo de mísseis ao longo do Canal de Suez, que podia proteger as tropas egípcias se estas atacassem além do Canal, para recuperar o Sinail. Os líderes americanos e israelenses não reconheceram esta importante alteração na balança do poder entre Israel e Egito e permaneceram convictos de que o Egito não tinha opções militares. Como resultado, ignoraram as aberturas de paz do presidente egípcio Anwar Sadat e o deixaram com poucas escolhas, exceto utilizar a força para tentar desalojar Israel do Sinai. Este, então, fracassou em detectar a mobilização do Egito e da Síria, no início de outubro de 1973, e caíram vítimas de um dos mais bem-sucedidos ataques de surpresa na história militar. As FDI, eventualmente, reagruparam-se e triunfaram, mas os custos foram altos numa guerra que poderia, facilmente, ter sido evitada.

O próximo grande tropeço de Israel foi na invasão do Líbano de 1982. A invasão foi produto do falcão ministro da defesa Ariel Sharon, que engendrou um grandioso esquema para destruir a OLP e ganhar liberdade para incorporar a Margem Ocidental num “Grande Israel”, transformando a Jordânia “no” estado palestino. Foi um equívoco estratégico colossal: a liderança da OLP escapou à destruição e o bombardeio de Beirute por Israel, e sua cumplicidade nos massacres em Sabra e Shatila foram, ampla e justamente, condenados. Após ser saudado, inicialmente, como libertadores pela população xiita do sul do Líbano, a ocupação, prolongada e de mão-pesada, de Israel, ajudou a criar o Hezbollah, que, em breve, tornou-se um formidável adversário, tanto como uma rota para influência iraniana na fronteira setentrional de Israel. Este foi incapaz de derrotar o Hezbollah e, eventualmente, retirou suas tropas do Líbano, em 2000, tendo, com efeito, sido rechaçado pela resistência, cada vez mais eficaz, do Hezbollah. Invadir o Líbano, não apenas fracassou em resolver o problema de Israel com os palestinos, como ainda criou um novo inimigo que assombraria Israel, até hoje.

No final dos anos 1980, Israel ajudou a gerar o Hamas – sim, a mesma organização que as FDI estão empenhadas em destruir, hoje – como parte de seu longo esforço para minar Yasser Arafat e o Fatah, mantendo os palestinos divididos. Esta decisão, também, saiu pela culatra, porque Arafat, eventualmente, reconheceu Israel e concordou em negociar uma solução de dois estados, enquanto o Hamas emergiu como um novo e perigoso adversário, que se recusava a reconhecer a existência de Israel e viver em paz com o estado judaico.

A assinatura dos Acordos de Oslo, em 1993, ofereceu uma chance, sem precedentes, para pôr fim ao conflito israelo-palestino, de uma vez por todas, mas os líderes de Israel falharam em agarrar a oportunidade. Os primeiros-ministros Yitzhak Rabin, Shimon Perez e Benjamin Netanyahu, todos, recusaram endossar a idéia de um estado palestino – até mesmo Rabin, nunca falou, publicamente, sobre permitir aos palestinos terem um estado próprio – e a tardia oferta de Ehud Barak de um estado na conferência de Camp David, em 2000, não foi muito longe. Como o próprio ministro do exterior de Barak, Shlomo Ben-Ami, mais tarde, admitiu, “se eu fosse palestino, também teria rejeitado Camp David.” Enquanto isto, o número de colonos na Margem Ocidental dobrou, durante o período de Oslo (1993-2001), e os israelenses construíram cerca de 500 Km de estradas de conexão na Margem Ocidental. Os líderes palestinos e autoridades americanas fizeram suas próprias contribuições para o fracasso de Oslo, mas, Israel tinha, claramente, desperdiçado o que foi, provavelmente, a melhor oportunidade que jamais teve para negociar um acordo de paz com os palestinos. Barak, também, desmontou um acordo de paz com a Síria, no início de 2000, que parecia já acertado, pelo menos, para o presidente Bill Clinton, que havia ajudado e moldá-lo. Mas, quando as pesquisas de opinião pública sugeriram que a população israelense poderia não apoiar o acordo, o primeiro-ministro israelense “amarelou” e as conversas entraram em colapso.

Mais recentemente, os erros de cálculo americanos e israelenses tem se empilhado. Na onda do 11 de Setembro, os neo-conservadores nos Estados Unidos, que pressionavam por uma guerra contra o Iraque, desde o início de 1998, ajudaram a convencer o presidente Bush a atacar o país, como parte de uma estratégia mais ampla de “transformação regional”. Autoridades israelenses foram, de início, opostas a este esquema porque desejavam que Washington, ao invés, fosse atrás do Irã, mas, uma vez que compreenderam que este e a Síria seriam os próximos na lista de execuções da administração Bush, eles apoiaram o plano, com entusiasmo. Na verdade, proeminentes israelenses como Ehud Barak, Benjamin Netanyahu, e o então ministro do exterior Shimon Peres, ajudaram a vender a guerra nos Estados Unidos, enquanto o primeiro-ministro Sharon e seus principais auxiliares pressionaram Washington, para terem certeza que Bush não perdesse a coragem e deixasse Saddam no lugar. O resultado? Um custoso atoleiro para os Estados Unidos e uma dramática melhoria na posição estratégica do Irã. Desnecessário dizer, tais desenvolvimentos, dificilmente, foram do interesse estratégico de Israel.

O próximo esforço fracassado foi, então, a decisão do primeiro-ministro Sharon de retirar, unilateralmente, todos os colonos israelenses da Faixa Gaza, em agosto de 2005. Embora Israel e seus apoiadores no Ocidente, retratem tal movimento como um gesto rumo à paz, o “unilateralismo” foi, de fato, parte de um esforço maior para desmontar o chamado Mapa da Paz, congelar o processo de paz, e consolidar o controle israelense sobre a Margem Ocidental, por conseguinte, desligando a perspectiva de um estado palestino “indefinidamente”. A retirada foi completada com sucesso, mas a tentativa de Sharon de impor os termos de paz sobre os palestinos falhou, completamente. Colocados atrás de cercas pelos israelenses, os palestinos em Gaza começaram a disparar foguetes e morteiros nas cidades israelenses próximas e, então, o Hamas ganhou as eleições legislativas palestinas em janeiro de 2006. Este evento refletia sua crescente popularidade, em face da corrupção do Fatah e da continuada ocupação da Margem Ocidental por Israel, mas Jerusalém e Washington recusaram-se a aceitar os resultados eleitorais e, ao invés, decidiram tentar derrubar o Hamas. Este foi mais outro erro: o Hamas, eventualmente, expulsou o Fatah de Gaza e sua popularidade continuou a crescer.

A Guerra do Líbano, no verão de 2006, revelou as deficiências do pensamento estratégico de Israel, com particular clareza. Uma incursão além-fronteira, pelo Hezbollah, provocou uma ofensiva israelense destinada a destruir o grande inventário de mísseis do Hezbollah e compelir o governo libanês a debandar o próprio Hezbollah. No entanto, por mais atraentes que estes objetivos pudessem ter sido, a estratégia de Israel estava condenada ao fracasso. Ataques aéreos não puderam eliminar o enorme e bem-oculto arsenal do Hezbollah e o bombardeio de áreas civis, no Líbano, simplesmente, provocou mais ódio contra Israel e fez aumentar a posição do Hezbollah entre a população libanesa e no mundo árabe e islâmico, também. E um atrasado ataque terrestre não foi capaz de consertar o problema, já que as FDI, dificilmente, poderiam realizar, em poucas semanas, aquilo que não conseguiu fazer, entre 1982 e 2000. E mais ainda, a ofensiva israelense foi pobremente planejada e pobremente executada. Foi igualmente tolo, imaginar que o frágil governo central do Líbano pudesse botar rédeas no Hezbollah; se tal coisa fosse viável, as autoridades governamentais, em Beirute, já teriam feito isso, muito tempo antes. Não foi surpresa que a Comissão Winograd (uma junta de inquérito estabelecida para examinar a conduta da guerra por Israel), criticou, asperamente, os líderes israelenses por seus vários erros estratégicos.

Finalmente, uma similar miopia estratégica está bem-aparente no assalto sobre Gaza. Os líderes israelenses, inicialmente, disseram que seu objetivo era infligir dano o bastante sobre o Hamas, para que ele ficasse incapacitado para ameaçar Israel com ataques de foguetes. Mas, agora, eles reconhecem que o Hamas não irá ser, nem destruído, nem desarmado, pelos ataques e, ao invés, dizem que um monitoramento mais extenso impedirá que peças de foguetes e outras armas sejam contrabandeadas para Gaza. Esta é uma vã esperança, entretanto. Enquanto estou escrevendo isto, o Hamas não aceitou um cessar-fogo e ainda está disparando foguetes; mesmo se ele aceite um cessar-fogo, em breve, o fogo de morteiros e de foguetes, provavelmente, será retomado, em algum momento no futuro. Por cima de tudo isto, a imagem internacional de Israel sofreu um rude golpe, o Hamas está, provavelmente, mais popular do que antes, e líderes moderados, como Mahmoud Abbas, foram, gravemente desacreditados. Uma solução de dois estados – que é essencial, se Israel deseja permanecer judaico e democrático e evitar tornar-se um estado de apartheid – está, ainda mais, distante do que nunca. As FDI se desempenharam melhor em Gaza do que fizeram no Líbano, em grande parte porque o Hamas é um adversário menos formidável do que o Hezbollah. Mas isto, também, não importa: a guerra contra o Hamas ainda é um fracasso estratégico. E, ter infligido tal carnificina sobre os palestinos em troca de nenhum ganho estratégico duradouro é, especialmente, repreensível.

Em, virtualmente, todos estes episódios – e, em especial, estes após 1982 – o superior poder bélico de Israel foi utilizado de modo que não reforçou sua posição estratégica de longo prazo. Dado este deprimente registro, portanto, não há razão alguma para achar que Israel possui estrategistas com dotes únicos, ou um estabelecimento de segurança nacional que, consistentemente, realize escolhas inteligentes e de vistas longas. Na verdade, o que é, provavelmente, mais notável sobre Israel, é com que freqüência os arquitetos destes desastres – Barak, Olmert, Sharon e, talvez Netanyahu – nunca foram banidos de funções de liderança, mas, ao contrário, recebem outras oportunidades para repetirem seus equívocos. Onde está a responsabilização no sistema político israelense?

País algum está imune à asneiras, é claro, e os adversários de Israel tem cometido montes de ações repreensíveis e equivocadas. O Egito de Nasser brincou com fogo, em1967, e saiu gravemente queimado; a decisão do rei Hussein de entrar na Guerra dos Seis Dias foi uma tolice catastrófica que custou à Jordânia, a Margem Ocidental e Jerusalém Oriental, e os líderes palestinos erraram os cálculos e cometeram atos injustificáveis e brutais, em numerosas ocasiões. Os americanos cometeram erros graves no Vietnam e, mais recentemente, no Iraque; os franceses erraram na Indochina e na Argélia; os britânicos falharam em Suez e em Gallipoli e os soviéticos perderam gravemente no Afeganistão. Israel não é diferente do que a maioria dos estados mais poderosos a este respeito: algumas vezes, ele faz coisas que são admiráveis e sábias, e outras vezes, persegue políticas que são tolas e cruéis.

A moral desta história é que não há razão para pensar que Israel, sempre, tenha concebido estratégias bem-concebidas para lidar com problemas que confronta. De fato, o julgamento estratégico de Israel parece ter declinado, prontamente, desde os anos 1970 – começando com a invasão do Líbano de 1982 – talvez porque o apoio incondicional dos Estados Unidos tenha ajudado a isolar Israel de alguns dos custos de suas ações e tornado mais fácil para Israel se permitir ilusões estratégicas e fantasias ideológicas. Dada esta realidade, não há razão alguma para os amigos de Israel – ambos, judeus e gentios – permanecerem silenciosos quando este país decide perseguir uma política tola. E, dado que nosso “relacionamento especial” com Israel significa que os Estados Unidos, invariavelmente, estão associados com as ações de Jerusalém, os americanos não deveriam hesitar em erguer suas vozes para criticar Israel quando este atua de modos que não são do interesse nacional dos Estados Unidos.

Aqueles que se recusam a criticar Israel, mesmo quando este age tolamente, com certeza, pensam que estão ajudando o estado judaico. Estão enganados. De fato, são falsos amigos, pois seu silêncio, ou pior, sua torcida, simplesmente encoraja Israel a continuar cursos de ação, potencialmente, desastrosos. Israel poderia utilizar alguns conselhos honestos nestes dias, e seria, eminentemente, de bom-senso, se o seu aliado mais próximo fosse capaz de fornecê-los. Idealmente, estes conselhos deveriam provir do presidente, do secretário de estado e de membros proeminentes do Congresso – falando tão abertamente quanto fazem alguns políticos, em outras democracias. Mas, isto é improvável de acontecer, porque os apoiadores de Israel tornam quase impossível para Washington fazer qualquer outra coisa, além de apoiar servilmente, as ações de Israel, façam elas, ou não, sentido. E, com freqüência, elas não fazem, nestes dias.


__________________________________________________

Stephen M. Walt é professor de Relações Internacionais na Universidade de Harvard.
É o segundo texto que o amigo Clermont posta aqui no DB, que não suscita comentário algum dos defensores dos usuários de solidéus. Por que será que isto acontece?
Será porque machuca crenças?
:twisted:




HIGGINS

Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#634 Mensagem por HIGGINS » Sex Jan 23, 2009 4:52 pm

rodrigo escreveu:Uma frase que já tem décadas:

"Nós podemos perdoar os árabes por matar as nossas crianças. Não podemos perdoá-los por nos obrigar a matar as crianças deles. Só teremos paz com os árabes quando eles amarem as suas crianças mais do que nos odeiam"

Golda Meir


Rodrigo,

permita-me dizer, essa frase é um primor de transmutação de valores, portanto, um lixo!
Transmutar valores... Algo bem típico do pensamento judaico-cristão.
Não fosse eu conhecedor do pensamento de Nietzsche, veria nesta frase demagogia e hipocrisia, mas como conheço o pensamento do filósofo do porvir, irrito-me sobremaneira com ela: causa-me nojo.

Em tempo, antes que alguém fale uma besteira: Nietzsche não era anti-semita. Aliás ser anti-alguma-coisa era (ainda é) uma demosntração de fraqueza, algo reservado para os servos.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#635 Mensagem por P44 » Sáb Jan 24, 2009 8:44 am

França envia fragata para patrulhar águas de Gaza
Reuters


PARIS (Reuters) - A França decidiu enviar uma fragata com helicópteros para patrulhar as águas internacionais em frente à Faixa de Gaza, como parte dos esforços para consolidar o cessar-fogo na região, disse o Palácio do Eliseu na sexta-feira.

A nota divulgada pelo gabinete do presidente Nicolas Sarkozy diz que a vigilância, destinada a evitar o tráfico de armas para o grupo islâmico Hamas na Faixa de Gaza, será realizada com a total cooperação de Egito e Israel.

"O que é urgente agora é consolidar o cessar-fogo, o que exige ação humanitária, um fim total do tráfico de armas para Gaza, a reabertura durável dos acessos à fronteira, a reconstrução e a reconciliação entre os palestinos", disse a nota.

Sarkozy fez duas viagens diplomáticas ao Oriente Médio durante os 22 dias da recente ofensiva israelense contra a Faixa de Gaza, na tentativa de mediar um cessar-fogo. Ele disse que a França está preparada para ajudar no que for possível para restaurar a calma.

Israel diz que atacou a Faixa de Gaza para impedir o Hamas de disparar foguetes contra o seu território. No lado palestino, o conflito matou 1.300 pessoas, a maioria civis, e feriu outras 5.000. Israel registrou 13 mortos, sendo 10 soldados e 3 civis atingidos por foguetes.

A nota da presidência francesa pede que o novo governo dos EUA e seus parceiros europeus estabeleçam rapidamente uma estreita coordenação para propor ações complementares contra o tráfico de armas por mar e terra.

"Essas ações precisam ser acompanhadas por uma reabertura total e permanente dos acessos fronteiriços a Gaza. Por isso o presidente reiterou seu apelo para uma rápida reativação do posto de controle de Rafah (fronteira Gaza/Egito), sob controle europeu, no qual a França tomará parte integralmente", diz o texto.

Israel rejeitou na sexta-feira vários outros apelos pela reabertura total da Faixa de Gaza, onde só cargas humanitárias estão sendo admitidas.

(Reportagem de Estelle Shirbon)




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#636 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Jan 24, 2009 2:35 pm

Um artigo do Spiegel:
..."I've changed my mind about Hamas," Abu Abed says. "I can't support any party that wages a war that destroys our lives." He is particularly pained by the fact that Hamas is still selling the cease-fire as a victory. "Who has won here?" he asks and points to the debris that was once his home.

One of his neighbors weighs in: "Many people are now against Hamas but that won't change anything," he says. "Because anyone who stands up to them is killed." Since they took power Hamas has used brutal force against any dissenters in the Gaza Strip. There were news agency reports that during the war they allegedly executed suspected collaborators with Israel. The reign of terror will go on for some time, says the neighbor who doesn't want to give his name. "There will never be a rebellion against Hamas. It would be suicide."




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#637 Mensagem por Clermont » Dom Jan 25, 2009 10:30 am

ISRAEL NÃO CAPTOU A GUERRA DE QUARTA GERAÇÃO.

Por William Lind – 13 de janeiro de 2009 – militar.com.

Até agora, o assalto de Israel sobre Gaza não produziu surpresas. Ao nível físico da guerra, as FDI são triunfantes. Os palestinos estão sofrendo cerca de 100 mortes para cada morte israelense. Para forças armadas 2GW (de Guerra de Segunda Geração), no que as forças armadas de Israel, antigamente, de Terceira Geração, se transformaram, esta é a principal medida da vitória.

Ao nível moral, o quadro se inverte. O Hamas, está quase com a vitória assegurada. Como Martin van Creveld observou, tudo que ele tem que fazer para proclamar a vitória é sobreviver, o que ele fará. Tal proclamação não será, somente, propaganda: para o Hamas, sobreviver a tudo aquilo que as forças armadas de um estado moderno pode jogar contra ele é uma vitória legítima. De fato, ele não só irá sobreviver, como irá ser reforçado por uma onda mundial de simpatia, que irá se traduzir, parcialmente, em novos recrutas e mais dinheiro.

No fim, se Israel quiser deter os foguetes do Hamas, só conseguirá isto, fazendo um trato com o Hamas. Já que tal coisa seria, igualmente, verdadeiro antes da guerra, a questão do por quê, então, ela foi travada, logo se apresentará. A razão verdadeira é sórdida: o atual governo israelense está tentando dividir o voto “linha-dura” para impedir a vitória do Likud na próxima eleição. A mesma motivação jaz por trás da “descoberta”, semana passada, de que o senhor Olmert pediu permissão aos Estados Unidos para atacar o Irã. Os partidos da atual coalizão governamental israelense estão, com efeito, dizendo aos eleitores israelenses, “Por quê votar num escroto como Bibi Netanyahu, quando vocês podem conseguir a mesma coisa de nós, sem os infindáveis embaraços?”

Tudo o que os partidos israelenses e as FDI parecem compartilhar é que não captaram a 4GW (Guerra de Quarta Geração). Eles, repetidamente, tem sido derrotados por forças de Quarta Geração, mas não aprendem.

O problema vai além da estruturação moral-mental-física, com o moral sendo o mais poderoso nível da guerra e o físico, o mais fraco. O que Israel não pode apreender é que, em face da 4GW, todos os estados devem ser vistos como aliados.

O mais perigoso oponente de qualquer entidade de Quarta Geração é um estado local. O estado precisa ser local: intervenções contra forças 4GW por estados alienígenas estão condenadas ao fracasso. Mas estados locais podem, algumas vezes, ganhar. Não importa se o estado em questão é uma democracia ou não. Não importa se ele é um amigo ou inimigo de Israel. Por sua natureza inerente como estado, ele vê as forças de Quarta Geração como ameaças.

Um estado pode ou não pode ser forte o bastante para suprimir entidades 4GW, em seu próprio solo. É do mais vital interesse de Israel que seus estados vizinhos sejam fortes o bastante – moral e fisicamente – para o fazer.

Em termos concretos, o que isto sugere? Primeiro, isto significa que Israel deveria estar muito preocupado com a força e a solidez do Egito, Jordânia, Síria e Iraque (o Líbano só é estado de nome, apenas). O assalto israelense sobre Gaza minou, seriamente, a legitimidade de três destes quatro, sendo a Síria, a única exceção. O Egito e a Jordânia mantém relações diplomáticas com Israel, e o primeiro tem sido um óbvio parceiro de Israel no bloqueio de Gaza. O governo do Iraque (ainda um governo sem estado) é uma criatura americana, e os Estados Unidos são vistos como os principais garantidores de Israel. Ao nível moral, cada bomba israelense lançada sobre Gaza, caiu, também, no Cairo, Amã e Bagdá.

Um partido israelense, o Likud, é tão desdenhoso da 4GW que propõe uma grande estratégia para Israel, em grande parte escrita por neo-cons americanos, pedindo pela destruição de cada estado árabe. O Iraque foi a primeira vítima desta estratégia, graças à influência dos neo-cons sobre a administração Bush. Se o Likud ganhar as próximas eleições israelenses, há todas as razões para imaginar que ele irá pôr sua estratégia em prática, empurrando Israel para o caldeirão.

A dependência de Israel sobre estados vizinhos fortes é igualmente verdadeira com relação aos palestinos. Isto significa que Israel precisa de um forte estado palestino na Margem Ocidental. Mas, o efeito da guerra em Gaza é minar o Fatah em favor do Hamas, na Margem Ocidental, onde, também, as eleições estão chegando. Portanto, Israel, para todos os efeitos, deu um tiro em ambos os pés.

E quanto à própria Gaza? Aí, Israel deveria ter tirado vantagem de um erro do Hamas. Ao ganhar as eleições em Gaza e, então, derrotar o Fatah na curta guerra civil, o Hamas tornou-se um estado. Na balança, isto não foi em seu benefício. Israel poderia e deveria ter lidado com o Hamas em Gaza, como um estado. Ele deveria ter aberto as travessias na fronteira, evitado incursões (uma incursão israelense, em Gaza, rompeu aquilo que tinha sido um cessar-fogo muito eficiente) e deixar o Hamas ficar imerso em todos os problemas da governança. Ele deveria ter buscado um estado do Hamas, em Gaza, que fosse forte o bastante para impedir o disparo de foguetes e outros atos de “terrorismo” por outros grupos 4GW. Como um estado, o Hamas teria, gradualmente, se “normalizado”, mesmo se não quisesse, e mesmo, embora, na teoria, ele tivesse permanecido devotado à destruição de Israel.

Agora, com sua invasão, Israel pode ter reduzido Gaza a um caos ingovernável. Talvez ele ache que pode reinstalar o Fatah como governo, lá. Mas, se o Fatah for tolo o bastante para tentar cavalgar para o poder, montado na traseira dos tanques israelenses, ele irá destruir sua legitimidade, tanto em Gaza, quanto na Margem Ocidental, sem esperança alguma de recuperação.

Ironicamente, a melhor esperança que Israel tem, agora, é que, ao baixar a poeira em Gaza, o Hamas ainda esteja na direção. Neste ponto, se Israel quiser parar o disparo de foguetes, ele terá de fazer um acordo com o Hamas. Este deveria incluir aquilo que Israel deveria ter feito, em primeiro lugar, principalmente, ajudar o Hamas a tornar Gaza um estado funcional, gradualmente, normalizado. De novo, o interesses mais vital de Israel é fazer fronteira com estados fortes, não o caos não-estatal que é o natural campo de cultivo para a 4GW.

Eu visitei Israel, uns poucos anos atrás. Gostei do país e de seu povo. Eu desejo bem à Israel. Mas, desejar seu bem não quer dizer apoiá-lo em ações que minam sua própria segurança. Até que Israel passe a pensar em termos de 4GW, tudo o que faz, provavelmente, minará sua própria segurança, como o assalto sobre Gaza minou.

Israel irá aprender? Se não, edifícios de apartamentos, em Miami, vão ser um grande investimento.


________________________________________________

William Lind é diretor do Centro para o Conservadorismo Cultural, na Fundação do Congresso Livre. Lind foi co-autor no artigo, “The Changing Face of War: Into the Fourth Generation”, que foi publicado no The Marine Corps Gazette, em outubro de 1989, e que, pela primeira vez, propôs o conceito de “Guerra de Quarta Geração”.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#638 Mensagem por FOXTROT » Seg Jan 26, 2009 8:54 am

O telejornal Fantástico da rede globo de ontém mostrou a destruição causada pelos ataques indiscriminados de Israel a Gaza, são quarteirões e quarteirões de prédios destruídos e, os primeiros indícios de uso de armas de guerra proibidas.

Isto é fato comprovado, que não venham dizer que é montagem que todos aqueles edifícios abrigavam terroristas!




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#639 Mensagem por Crotalus » Seg Jan 26, 2009 9:48 am

A responsabilidade total deste conflito cabe à ONU. Esta instituição que diz representar os interesses de todas as nações, permite que Israel tenha um governo e um poderoso exército e não permite que os palestinianos tenham a mesma coisa. Como os palestinianos podem se denfender? Ao se defenderem são tratados como terroristas. Ao verem seu território minguar em detrimento de Israel devem ficar calados e passivos? Como se defender das invasões explícitas de Israel? Se o fazem são declarados ilegais e a mídia inrernacional "leva" a opinião pública a condenar o terrorismo (pensem sensatamente nisto).
Portanto a ONU É A RESPONSÁVEL POR TUDO O QUE VEM OCORRENDO ENTRE PALESTINIANOS E JUDEUS!!




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#640 Mensagem por Petrovski » Seg Jan 26, 2009 11:34 am

Por algum motivo se esquecem que antes de Israel atacar, ele estava sendo atacado.




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#641 Mensagem por FOXTROT » Seg Jan 26, 2009 11:50 am

Petrovski escreveu:Por algum motivo se esquecem que antes de Israel atacar, ele estava sendo atacado.
E antes dele ser atacdo estava a fazer bloqueio, impedindo a entrada de produtos de primeira necessidade em Gaza, mas alguns esquecem disto também, preferem ver o lado de vitima que Israel faz e muito bem, diga-se de passagem...




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#642 Mensagem por Plinio Jr » Seg Jan 26, 2009 12:38 pm

Produtos de primeira necessidade, como foguetes, RPGS, AK´s, granadas e coisas do tipo.... :roll: :roll:




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#643 Mensagem por Oziris » Seg Jan 26, 2009 2:58 pm

Olmert diz ter chorado por mortes de crianças palestinas

JERUSALÉM (Reuters) - O primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert, disse na sexta-feira que chorou ao ouvir o pedido de ajuda de um pai palestino, feito ao vivo na televisão depois que seus filhas foram mortos na ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

"Eu chorei quando vi aquilo. Quem não chorou? Como não chorar?", disse Olmert ao jornal israelense Maariv, em uma entrevista na qual defendeu o legado que deixará após ocorrerem as eleições, no dia 10 de fevereiro, e ele sair do cargo.

Há uma semana, a TV israelense mostrou pedidos desesperados de ajuda de um médico palestino, cujos pedidos de registro das mortes de três de suas filhas foram levados ao ar repetidas vezes desde então.

Olmert disse que, ao aprovar a ofensiva em Gaza, enclave governado pelo movimento Hamas, seu governo não tinha ilusões quanto ao fato de que civis palestinos seriam mortos, já que há áreas densamente povoadas ali.

"Quando você vence, seu lado automaticamente mais pessoas. E nós não queríamos perder. O que você queria, que centenas de nossos soldados morressem? A alternativa era essa", disse Olmert ao jornal.

Dez soldados e três civis israelenses foram mortos na ofensiva.

O Centro Palestino pelos Direitos Humanos, órgão independente, disse que seus pesquisadores registratam a morte de 1.284 pessoas na guerra, dentre as quais 894 pareciam ser civis. Destes, 280 tinham menos de 18 anos. Foram mortos também 167 membros da força policial do Hamas.

Israel estimava ter matado cerca de 500 guerrilheiros na ofensiva, a qual tinha o objetivo de conter o lançamento de foguetes de Gaza em direção ao sul do Estado judeu.

Olmert exerce o cargo de forma interina desde que renunciou, em setembro, devido a um escândalo de corrupção. Ele vai deixar o posto semanas depois que um governo for formado, após as eleições.

O premiê admitiu ter cometido erros, mas defendeu-se nos tr ês anos em que permaneceu no poder. Ele defendeu a guerra contra o Hezbollah, no Líbano, em 2006, mas negou ser a favor de mais uma ofensiva no país.



Só pode ser uma piada. :shock:

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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#644 Mensagem por P44 » Seg Jan 26, 2009 3:02 pm

...e piada de muito mau gosto...

já agora, sabiam que a Tzipi Livni esteve para cancelar uma viagem á Europa porque apareceu uma noticia (falsa, infelizmente) de que seria presa por crimes de guerra, ao abrigo de uma Lei Belga que permite prender e julgar criminosos de guerra , que os tenham cometido em qq parte do mundo?

Aliás esta lei foi alterada há alguns anos, mas devido a ela, outro dos grandes assassinos sionistas, ariel sharon, anulou uma viagem á Europa á alguns anos...




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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO

#645 Mensagem por rodrigo » Seg Jan 26, 2009 3:06 pm

Produtos de primeira necessidade, como foguetes, RPGS, AK´s, granadas e coisas do tipo
Que maldade! :mrgreen:
O quadro hoje se apresenta com a missão da IDF cumprida, mas com pesados danos na imagem de Israel. Acredito que o próximo conflito será contra a dupla hezbollah e hamas ao mesmo tempo. Podem preparar as carpideiras de plantão, pois além dos terroristas, morrerão muitos civis de escudo.




"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."

João Guimarães Rosa
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