Re: Terremoto e Tsunami Atingem o Japão
Enviado: Ter Jul 05, 2011 8:17 pm
Este tipo de coisa ainda continua nos dias de hoje, por exemplo vários donos de fabricas que perderam tudo continuou pagando salários aos funcionários mesmo sem ter condições de produzir nada no curto prazo por causa dos locais de trabalho estarem destruídos, os donos pedem para que até se reerguer a empresa os funcionários não abandonem a empresa.17 de julho de 2011, às 11h47min
BUSHIDÔ – O caminho do guerreiro
Os valores do bushidô podem servir de inspiração na busca pelo desapego aos vícios humanos e referência para o mundo empresarial onde, embora a batalha do dia a dia pela sobrevivência tem exigido cada vez mais das empresas e dos empregados, podem através destes valores construir uma visão diferente
Por Rubens Fava
Durante longos anos o Japão se enclausurou completamente fechando suas portas para o mundo. Entre os anos de 1640 e 1792 nenhum japonês saiu do país e nenhum estrangeiro entrou. O confucionismo se tornou a religião oficial de onde os Shoguns tiravam os preceitos básicos para controlar o país.
Este isolamento perdurou até que em 1853, com a invasão americana através da baía de Uraga, se viu forçado a abrir o seu comércio com outras nações.
Este foi um período de extrema turbulência, culminando com uma guerra civil e confrontos com países vizinhos que só terminaram com a chamada Revolução Meiji, que mais do que restaurar o império e unificar o país, deu início ao processo de modernização do Japão.
O sistema feudalista e dos samurais foram extintos, porém os valores da sociedade permaneceram. A filosofia da época era "espírito japonês, tecnologia ocidental".
Este espírito japonês é um reflexo do espírito samurai. Na sociedade japonesa, esses guerreiros eram temidos pelo seu poder e destreza com a espada. Mas, apesar da violência associada a esses guerreiros, ser um samurai exigia muito mais do que ter habilidade para decepar cabeças. Era preciso também ter um espírito puro para servir.
Com um estilo de vida que combinava conduta irrepreensível, treinamento árduo e aperfeiçoamento constante, os samurais foram os unificadores do Japão e marcaram para sempre o modo de ver o mundo da sociedade nipônica.
Para se tornar um grande samurai espírito guerreiro e força de vontade eram valores essenciais, porém, somente isso não era suficiente.
Era preciso seguir o bushidô, o código de conduta dos samurais.
No início o bushidô era ensinado oralmente, de geração em geração, de mestre para discípulo. Segundo o bushidô, viver é mais do que estar preparado para a morte, é saber morrer.
A virtude suprema do bushidô era a lealdade, levada a um nível supremo pelos samurais que dariam a própria vida pelo seu senhor. Esse ideal não caiu por terra e seu espírito faz parte ainda hoje da sociedade japonesa. O orgulho e as atitudes são muito importantes para os japoneses e nas empresas virtudes como a lealdade são apreciadas e valorizadas ainda hoje.
Bushidô tem sua origem em BUSHI que significa guerreiro e DO que significa caminho. O ideograma para Caminho, “DO” em japonês, exprime o conceito filosófico de “absoluto” que traz a ideia de origem, princípio e/ou essência de todas as coisas, logo, bushidô significa, literalmente, “caminho do guerreiro”.
Trata-se de um código de honra não escrito, um modo de vida, uma espécie de bússola que fornecia a esses guerreiros o norte para viver e morrer com honra. Seus valores são atemporais trazem uma clara noção entre certo e errado, acrescentando mais importância e ideal à vida das pessoas.
Seguir o bushidô é dar ênfase aos sete princípios de;
Coragem, um samurai deve possuir uma coragem heroica, para eles a coragem heroica não é cega, é inteligente e forte.
Honra, um verdadeiro samurai só tem ouvidos para um único juiz e este juiz é sua consciência.
Lealdade, o samurai deve ser extremamente leal àqueles que estão sob os seus cuidados.
Compaixão, um verdadeiro samurai ajuda os homens em qualquer oportunidade.
Justiça, para o samurai não existem meios-tons nas questões que envolvem honestidade e justiça, só existe o certo ou o errado.
Sabedoria, para o samurai um guerreiro corajoso e sem estratégia falhará imediatamente, por isso deve manter a espada sempre afiada.
Razão, um verdadeiro samurai não tem de “dar sua palavra” ele tem de “prometer”, para ele falar e fazer são a mesma coisa.
O bushidô tem sua origem nos conceitos do Budismo de onde herdou o destemor pelo perigo e pela morte, do Xintoísmo, através do respeito e reverência aos antepassados e dos valores de lealdade e patriotismo e por fim a ética do Confucionismo.
O bushidô serviu de base para todas as relações humanas durante anos e dois séculos após o fim dos samurais como classe social, o bushidô ainda permanece vivo na cultura japonesa levando o país a se especializar em superar tragédias, tanto as causadas pelo próprio homem, como o desastre da Segunda Guerra Mundial, como os terremotos que assolaram o Japão em Kobe e o terremoto seguido de tsunami que aconteceu recentemente.
Ainda hoje o bushidô faz parte do cotidiano da elite empresarial japonesa como um código de ética para empresários e empregados japoneses.
Enquanto isso honra, lealdade e comprometimento entre empresas e empregados parece fazer cada vez menos parte do léxico empresarial no ocidente.
O foco maior está na rentabilidade e no lucro e a máxima de que o fim justifica os meios parece imperar em muitas empresas.
Grandes programas de downsizing, de outsourcing ou offshoring significam reduções substanciais de funcionários, estruturas organizacionais, etc.
Embora, até certo ponto estas políticas sejam defensáveis uma vez que as empresas se deparam com um ambiente corporativo extremamente voraz, é certo que haverá sempre um custo oculto nestas estratégias que é a perda do principal capital das empresas que é o seu capital intelectual.
A perda pode ser dupla, pois, quem demite perde o estoque de conhecimento e experiência acumulada, o conhecimento tácito que é transferido para a concorrência que se beneficia deste estoque deixando apenas para quem demite o conhecimento explícito.
Talvez o maior problema ainda não seja esse.
O problema está na própria cultura competitiva, tônica de gestores que se digladiam pelas posições de poder recorrendo a todos os truques e artimanhas sem observar os mínimos padrões éticos e de respeito às pessoas.
Como afirma meu mestre e professor Belmiro Valverde Jobim Castor, alguns administradores se notabilizaram pela falta de caráter como Albert Dunlap que se vangloriava dizendo que nas empresas por ele administradas a amizade entre os membros da empresa era totalmente descartável quando dizia; “Se você vai se meter em negócios, é melhor botar logo na cabeça que seu objetivo deve ser arrumar dinheiro para os donos. Se você quer ter um amigo, arrume um cachorro. Eu tenho dois”. Felizmente foi desmascarado em uma fraude societária acabando na cadeia fazendo companhia a seus ex-companheiros de jornada.
Não há nada de novo sobre a conduta antiética que tem gerado os diversos escândalos atuais, como afirma o professor R. Edward Freeman da Dardem Graduete School of Business Administration da Universidade da Virgínia.
A ideia de que o único objetivo da administração é maximizar o valor aos acionistas, fazendo o que for necessário para elevar o preço das ações de uma empresa, foi levado aos extremos. A Enron não faliu porque seu diretor executivo roubou quarenta e três milhões de dólares, mas, porque em algum momento sua liderança acabou se esquecendo dos princípios básicos.
A separação entre negócio e ética vem ocorrendo desde o início do século XIX e este divórcio é que está por trás de toda esta postura antiética do homem e das empresas. Criou-se a ideia de que nos negócios tudo é válido. Todo mundo entende que negócio é a resposta para a prosperidade econômica. Infelizmente, como afirma o professor Edward Freeman, estivemos contando a história errada.
O mundo, afinal, é cheio de transgressões em todos os níveis. Empresas gastam milhões para evitar perder outros milhões em roubos e fraudes cometidos por seus próprios colaboradores. As pessoas gastam fortunas para proteger seu patrimônio, investindo em alarmes, cercas elétricas e guardas noturnos. Cada ação imoral e antiética abrange um leque de transgressões individuais e cada transgressão individual começa quando alguém toma a decisão de fazer algo que não é correto.
Os valores do bushidô podem servir de inspiração na busca pelo desapego aos vícios humanos e referência para o mundo empresarial onde, embora a batalha do dia a dia pela sobrevivência tem exigido cada vez mais das empresas e dos empregados, podem através destes valores construir uma visão diferente do mundo, das pessoas e do universo corporativo.
http://www.administradores.com.br/infor ... iro/56705/
Grande Hader,Hader escreveu:Em qual momento Delta? Logo após a explosão e exposição do núcleo um homem absorveria cerca de 300 Sv/h segundo estimativas soviéticas da época.
A informação que neguinho não coloca é que os japas já mediram 261 Sv/h no reator 1.
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