Eu me lembro que na era Lula, o que faltava era acertar os detalhes com o Rafale, questões de preço, ToT, etc, pois sabemos que isso já deveria estar a ser discutido, mesmo antes de acabar o processo, mas como arrastou-se demais, chegou no fim de 2010, o ex-presidente decidiu deixar a então presidente eleita, Sra. Dilma Roussef, com o 1º ano livre de quaisquer críticas relativas a uma decisão bilhonária. Então, a maior preocupação da mesma, após empossada, era endireitar as contas, à sua maneira, para programar o resto do governo e guiar o país durante a Crise Mundial que se avistava.
Não vejo esse assunto do FX-2 com o mesmo peso junto a actual Presidência, e um FX-2U daria mais espaço de manobra para decidir quem seria o verdadeiro "aliado", já que o FX-2 ganhou essa conotação de que com o seu desfecho, onde estaríamos a escolher um lado, eterno, e que ditaria nosso futuro, quando a intenção do FX-2 era dotar o país de capacidade tecnológica para criar independência e fomentar a capacidade de desenvolver, mesmo que com parceria, uma nova aeronave, mais moderna, e que traduzisse em pesquisas e desenvolvimento ao país.
A deixa então, para segurar o processo, foi a necessidade de se avaliar a amplitude e consequencias da Crise Mundial ao Brasil, e a partir daí definir o seu Norte. Como a crise ainda perdura, acredito que a opinião do GF manterá-se a mesma, e se chegar o momento em que a corda estiver no pescoço da FAB, um plano B, ou FX-2U, cairá como uma luva... aliás, esse plano já deve ter sido posto em pauta desde o fatídico 7 de Setembro, internamente, pela FAB... é triste pensarmos que após tantos anos, possamos chegar a isso, mas é uma possibilidade.
Eu continuo a acreditar que, apesar de prefirir o Super Hornet como vector, o Brasil deveria ir de Rafale, pelo potencial que tem de desenvolvimento, por possuir melhor capacidade de combate ar-ar, e por contemplar um desenvolvimento conjunto de uma aeronave de 5G.
Talvez, seja a falta de assunto, talvez seja a alguém a transmitir uma preocupação, ou mensagem, àqueles que mandam no país, mas a nós, entusiastas e colegas militares, fica, mais uma vez, um assunto a debater, à exaustão, sobre mais esse capítulo da nossa novela favorita, o FX-2.