Fórum Defesa Brasil

Luís Henrique escreveu:120 caças para a FAB é MUITO POUCO.

Analise o que a MB pretende e verá que existe uma ENORME diferença entre um plano e outro.

A MB pretende ficar entre as 5 maiores marinhas do mundo. A FAB pretende ficar entre as 50 maiores...

Se a FAB conseguir arrancar do Governo verba e chegar nesses 120 caças de alta performance até 2025, pode agradecer a Santo Expedito, o padroeiro das causas impossíveis...

Quanto a MB e seu PAEMB, o Lynx/Macegueiro havia dado uma explicação tempos atrás, que alguns já desconfiavam (inclusive eu)...essa tática muitas vezes resolve de fato.

Macegueiro escreveu: O maior problema do PEAMB é a maneira amadora como foi apresentado. Fruto de uma cultura ultrapassada de "pedir 10 para conseguir 4", elaborou-se um plano mirabolante, cheio de inchaços nas reais necessidades. E os números foram literalmente "sacados" de cabeças brilhantes...pode acreditar. Não discuto os meios listados e sim suas quantidades.
O MD determinou que fossem propostas possíveis fontes de recursos. Você viu o que a MB escreveu quanto a isso? É ridículo.
No GF está cheio de gente que sabe analisar e mesmo elaborar planos de negócios, onde as necessidades são corretamente levantadas, as fontes de recursos mapeadas e analisadas e as possibilidades devidamente balançeadas. Esse balanço inclui avaliar os riscos das fontes financiadoras. Foi feito? Com um GF que vive de contingenciamentos?
Também há muita gente na MB capaz de fazer um plano de negócios viável. Mas o PEAMB não saiu da cabeça desses e será aprovado ou não pelos que sabem fazê-lo no GF... como serão convencidos a aprová-lo? Na marra? Ou irão aprová-lo de "brincadeirinha", como foi o orçamento de 2,4 bi para 2009?

Veja que nem toquei na troca de governos ao longo desses 30 anos...

http://www.basemilitar.com.br/forum/vie ... amb#p54901

soultrain escreveu:Diga-me Santiago, quantos Gripen a ETPS (uma escola PRIVADA) opera, quais as matriculas?

Não sou Santiago mas escrevo que hoje é UM com potencial para o número de aeronaves crescer e tornar-se agressor dos ingleses.
Dito por quem conhece o pedaço.
aquanostra

Nenhum e isso que disse é treta, quem lhe contou isso não sabe do que está a falar.

soultrain escreveu:Diga-me Santiago, quantos Gripen a ETPS (uma escola PRIVADA) opera, quais as matriculas?

Vc deve estar com dificuldade de ler o que foi postado: o ETPS através do MoD britânico aluga da FVM e da Flygvapen o uso do Gripen para formação dos pilotos de teste/ensaios britânicos.

ETPS:

ETPS is based at MOD Boscombe Down in the United Kingdom, it is part of the Air Test & Evaluation Centre (ATEC) which is run as a partnership between the UK Ministry of Defence and QinetiQ Ltd.

Today - A Modern Partnership
Today ETPS continues to be the cornerstone of the UK MOD's flight test training. As well as training home-grown military test pilots, the School, in support of worldwide military diplomacy, is renowned for providing graduates for many other countries and the wider international defence sector. Operating under the MOD's regulatory and supervisory flying framework, the School is operated by QinetiQ on behalf of MOD as part of the Long Term Partnering Agreement (LTPA).

http://www.etps.qinetiq.com/about/Pages/ETPS-today.aspx

OPERA!? Não é alugar horas de voo com instrutor da Força Aérea Sueca como piloto, quantos OPERA afinal?

Luís Henrique escreveu: O que precisamos é de vontade política. Pelo tamanho do nosso país, se tivermos vontade política teremos DEMANDA suficiente para a produção de um caça local.
E temos competência para projetar um que seja válido para as nossas forças e que seja competitivo para exportação.

Eu não considero oportuno o desenvolvimento de um caça nacional no momento:

considero que os 3 concorrentes, após acirrada disputa e várias BAFO tenham adequado na medida do possível suas ofertas aos requisitos da FAB;


o desenvolvimento iria drenar recursos de um urgente vetor moderno;

alguns estão fazendo um paralelo com o KC-390. Numa analogia, o caça de superioridade aérea é um F1, já um Kc-390 é um caminhão. E há várias tecnolgias que ainda não dominamos. Iria demorar muito tempo e muito dinheiro, isso se não acabássemos fazendo um caça meia-boca.

dos 3 caças em disputa temos 2 modelos prontos que, adequados ao sistema da FAB e bem dominado pela Força, não ficam devendo a outro caça, exceto ao F-22 (o F35 ainda está "verde" sobre ele ainda não sei dizer, o mesmo sobre o NG, embora ele já tenha algumas características que possam ser usadas como parâmetro);

Se a FAB for projetar esse caça, quais seriam as principais características? Fornecedores de diversas procedências (seja para atender aos requisitos, quanto ganhos de escala, e seja também ocasionado por veto), monomotor, de fácil manutenção, rusticidade (características ligadas a custo operacional e a operacionalidade que é algo importante para Força), outros características como bom alcance, mas não perdendo de vista as características do fator anterior. Isso é bem próximo ao terceiro caça, o GripenNG. É evidente que se optarmos pelo avião sueco ao invés de um projeto nacional nos privaria de benefícios como ganho de propriedade intelectual, maior liberdade, maior conteúdo nacional. Mas na minha opinião isso não é capaz de superar os benefícios que seriam advindos com decisão pelos caças do FX2.

o FX2 vai nos proporcionar um bom aprendizado e uma boa chance de desenvolver uma parceria com a empresa vencedora para o desenvolvimento de um caça futuro, uma vez que é um dos requisitos da END e por isso essas empresas estão atentas a esse fator.

soultrain escreveu:OPERA!? Não é alugar horas de voo com instrutor da Força Aérea Sueca como piloto, quantos OPERA afinal?

Vc está equivocado. Desde 2005 os Gripens são pilotados exclusivamente por instrutores britânicos e treinandos de diversos países além do Reino Unido: França, Austrália, EUA e Canadá.

Isso não é novidade, desde há muitos anos que os alunos são multi nacionalidade, MAS QUANTOS OPERA?

soultrain escreveu:Isso não é novidade, desde há muitos anos que os alunos são multi nacionalidade, MAS QUANTOS OPERA?

Não foi isso que vc disse acima e nem foi isso que eu escrevi logo abaixo.
Em outras palavras...não há tripulação sueca nesses voos desde 2005.

Como dito e redito, os britânicos alugam/compram horas de voo e horas de uso em simulador do Gripen. Aproximadamente 2 a 3 Gripens são utilizados por tripulações britânica no âmbito desse contrato.

Estadão, 20/11

NACIONAL
Dilma elogia militares e fala em modernizar setor
Em almoço no Clube da Aeronáutica, presidente quebra protocolo e troca até beijinhos; no
discurso, promete melhores salários e equipamentos

VANNILDO MENDES , RAFAEL MORAES MOURA , BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Em meio à austeridade com que vem tratando pressões dos Poderes Legislativo e Judiciário por
aumentos de gastos, a presidente Dilma Rousseff reconheceu, em discurso, que as Forças Armadas
necessitam urgentemente de recursos para sua atualização tecnológica e para atender às novas
exigências do País na área de defesa.
Ao falar para os oficiais generais em almoço de confraternização de fim de ano, Dilma disse que
"a sociedade brasileira reconhece as virtudes de lealdade, abnegação e patriotismo naqueles que
dedicam a vida à defesa da soberania, da democracia e da integridade territorial do Brasil".
Do mesmo modo, acrescentou ela, "o Brasil também tem de reconhecer que esses homens e
mulheres necessitam de recursos" enfatizou. "Não só aqueles (destinados) a equipamentos, mas
também aqueles que garantam uma vida digna à família militar". Ela não detalhou, porém, os valores
desses investimentos, nem os índices de reajuste salarial para a tropa.
Dilma, que no passado participou da resistência armada à ditadura, foi recebida com honras
militares e tratada com afeto por oficiais das três armas. O almoço foi organizado pelo ministério da
defesa no Clube da Aeronáutica. Com alguns, ela quebrou o protocolo e trocou beijinhos.
Incorporar ciência. A presidente destacou os feitos do seu primeiro ano de governo e disse que
o País "ingressa num novo ciclo de desenvolvimento em que o crescimento econômico se combina com
a inclusão social". Isso vai exigir do governo "uma grande preocupação com a nossa capacidade de
manter as nossas indústrias - em especial a da defesa e também a nossa capacidade de incorporar
ciência, tecnologia e inovação nos serviços e bens derivados".
A despeito da crise que abate os países desenvolvidos, a presidente garantiu que "o Brasil
crescerá em 2012". Afirmou que até outubro foram criados 2,2 milhões de empregos formais, que a
inflação está sob controle e que o País avançou na consolidação fiscal, com uma política monetária que
permite margem de manobra. "Temos atraído volumes recordes de investimentos diretos externos e
nossas reservas internacionais ultrapassam os US$ 350 bilhões", observou. "Temos também um colchão
de liquidez sob a forma de depósitos compulsórios do BC em torno de R$ 430 bilhões."

[quote="Penguin"]Estadão, 20/11

NACIONAL
Dilma elogia militares e fala em modernizar setor
Em almoço no Clube da Aeronáutica, presidente quebra protocolo e troca até beijinhos; no
discurso, promete melhores salários e equipamentos

Porque será que eu já li este mesmo tipo de comentários em algum lugar, há (muitos) anos atrás

abs.

O maior problema do PEAMB é a maneira amadora como foi apresentado. Fruto de uma cultura ultrapassada de "pedir 10 para conseguir 4", elaborou-se um plano mirabolante, cheio de inchaços nas reais necessidades. E os números foram literalmente "sacados" de cabeças brilhantes...pode acreditar. Não discuto os meios listados e sim suas quantidades.

Knight, isto não é correto.
Eu participei da confecção do PAEMB, em que a MB criou o maior GT de sua história, capitaneado pelo Vice-CEMA e Almirantes/Oficiais Superiores de todas as áreas.
Isto nunca ocorreu.
Tenho comigo os estudos realizados, onde cada meio possui a justificativa estratégica de sua existência, cada quantidade é justificada rigorosamente, sem sacadas mirabolantes de lugar algum.
Quanto ao nº, coisa simples fazermos uma abstração rápida aqui.
1) Trate como ordem do Governo eleito da Nação a criação da 2ª Esquadra, que não foi pleito da MB;
2) Desta 2ª Esquadra, para existir, a necessidade de infra-estrutura e meios de FN, mesmo que inferiores aos existentes na 1ª esquadra.
a) Então, se a nossa única atual Esquadra é capitaneada por um PA, a segunda também será;
b) Quantos NPM/NTrAp precisamos para transportar os FN, que de acordo com a END são a Força Expedicionária brasileira?
c) O nº de escoltas é MUITO simples de calcular. Sabendo o nº de navios a serem escoltados, fazemos um cálculo matemático, desenvolvido pela Análise Operacional, usado por TODAS as marinhas do mundo. Desde Tenentes aprendemos a fazer este cálculo no CAAML.
d) Quantos NApLog precisamos para manter no mar e apoiar as Esquadras?
e) Dos SSK, a explicação já foi dada e CREIO que publicada. Não vou fazer por estar em dúvida, mas a MB plotou as áreas focais de interesse em manter uma ZP e fez seus cálculos.
f) O mesmo para os SSN. Quando o nº de 6 SSN foi apresentado um 4 Estrelas fez carga contrária e mandou reduzir para 3. A questão foi para o CM que determinou a apresentação do nº correto, 6 SSN, baseados nos estudos feitos.
- E assim continuaríamos.
Evidente que fui EXTREMAMENTE simplista aqui, mas foi somente para demonstrar que não foi chute não, que não foi pedir a mais para receber uma quantidade razoável.
NÃO
Nós aqui poderíamos fazer um exercício destes, se possuíssemos a metodologia que a MB possui e está cansada de fazer.
Todo ano a turma de CMGs do C-PEM faz um PROJETO DE FORÇA, é parte do currículo da EGN.
Quer outra prova de que não houve inchaço?
Os 30 escoltas são para protegerem as duas esquadras no mar, de acordo com os cálculos realizados pelo CAAML, que foi chamado para participar do GT.
Mas o CAAML, com todo profissionalismo que se espera deles, lembrou algo que estava na cara de todos: que navios fazem reparos, que cumprem um ciclo operativo e necessitam parar para seus PMG, e que desta maneira o nº de escoltas deveria ser maior se considerássemos os períodos de reparo.
Mas houve a DECISÃO POLÍTICA DO ALMIRANTADO em não inchar os nºs, apresentando somente o nº calculado originalmente.
O mesmo raciocínio DEVERIA ser feito para todos os meios, mas a decisão foi não fazer isso.
De novo: EU PARTICIPEI DO GT, SOU TESTEMUNHA OCULAR DE TODO O PROCESSO e não poderia me omitir aqui.

Obrigado pelos esclarecimentos, Marino.
Acho que faltou então a determinação da fonte dos recursos para tudo isso.

Deve ser por isso que dizem que o Brasil é um país bem planejado mas muito mal executado.
Abs,

Ontem passei pela Rio-Santos e lá estavam as obras do estaleiro novo + base de SSN.

Aí depois passei pela BASCz e vi uns F-5M voando...
Bunitim...
Barulhinho bacana...
Pintura muito bonita...

E a fila anda.