Fórum Defesa Brasil

O desânimo diante da situação atual é compreensível. Mas não pode ser um pretexto para a inércia. Se nos anos 60 alguém dissesse que em poucas décadas o Brasil teria uma das industrias aeronáuticas mais modernas do mundo, seria taxado de louco ou ingênuo. Eu penso que nós temos chances de ser aquilo que nos propusermos ser. Não tenho bola de cristal, mas tudo vai depender de nós mesmos. Se acharmos que é possível e trabalharmos muito, poderemos conseguir. Se acharmos que não é possível ou que não vale a pena, isso se tornará verdade. E isso se aplica a tudo, inclusive ao nosso cenário político.

Posso estar errado, mas a grandiosa EMBRAER, é uma empresa hoje globalizada, suas aeronaves são construídas em parceria e utilizam fortemente componentes de origem de várias outras empresas internacionais, bem como também conta com a participação internacional em várias etapas do seu processo produtivo.
Não creio que em programas altamente estratégicos isto possa ser possível, cito o exemplo do VLS, que sofreu muito com embargos e bloqueios, face ao patamar que alçaria o país, bem como eventuais desvios para aplicação militar do foguete balístico.
Um submarino nuclear, pode não ser uma arma nuclear, mas é o emprego da energia nuclear em um meio puramente militar, pode ser defensivo, para defender nosso mar, mas também é uma arma de ataque por excelência, tendo em vista a sua autonomia global.
Este fator nuclear - militar - arma - emprego global, deve ser considerado.
Sem mencionar que pode ser dizer ser um dos maiores expoentes na indústria militar, em um país que sofre dificuldades sérias para produzir um míssil anti navio, um torpedo ou um blindado.

Embraer deve ter gente de fora, mas acredito que o grosso dos projetistas e engenheiros deve ser nacional é a etapa que mais precisa de gente com qualificação.

Quando estive por lá há uma decada atrás a grande maioria era de brasileiros, não vi nenhum estrangeiro.

Isso que furei o rango e andei lá no meio de todo mundo no refeitório.

mmatuso escreveu:Embraer deve ter gente de fora, mas acredito que o grosso dos projetistas e engenheiros deve ser nacional é a etapa que mais precisa de gente com qualificação.

Quando estive por lá há uma década atrás a grande maioria era de brasileiros, não vi nenhum estrangeiro.

Isso que furei o rango e andei lá no meio de todo mundo no refeitório.

Também nunca vi estrangeiros na Embraer fora visitantes, nem quando estagiei lá e passei por vários departamentos nem quando minha empresa forneceu a eles consultoria em simulação de conformação metálica e digitalização 3D. O trabalho lá é feito por brasileiros mesmo. Não é incomum fornecedores de peças e equipamentos irem até lá, mas o desenvolvimento é nacional.


Leandro G. Card

LeandroGCard escreveu:

mmatuso escreveu:Embraer deve ter gente de fora, mas acredito que o grosso dos projetistas e engenheiros deve ser nacional é a etapa que mais precisa de gente com qualificação.

Quando estive por lá há uma década atrás a grande maioria era de brasileiros, não vi nenhum estrangeiro.

Isso que furei o rango e andei lá no meio de todo mundo no refeitório.

Também nunca vi estrangeiros na Embraer fora visitantes, nem quando estagiei lá e passei por vários departamentos nem quando minha empresa forneceu a eles consultoria em simulação de conformação metálica e digitalização 3D. O trabalho lá é feito por brasileiros mesmo. Não é incomum fornecedores de peças e equipamentos irem até lá, mas o desenvolvimento é nacional.


Leandro G. Card

Não tive a oportunidade de conhecer a Embraer, mas a prática de contar com pessoal estrangeiro com expertise existe em outras aéreas industriais e não vejo nada de errado nisso. Outra coisa é que partes do processo de construção das aeronaves são globalizados com a participação de diversas empresas, da América do Sul, EUA e Europa, isso é algo divulgado pela própria Embraer.
As aeronaves da Embraer agrupam vários componentes de diversas origens no seu projeto. Não sei o percentual de componentes nacionais em uma aeronave da Embraer, mas muito ou a maioria dos seus componentes são importados. Até aí não vejo problema nenhum.

Mas no caso do submarino nuclear, aí sim, tudo isto é um problema.

Noticia sobre o Prosub:

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016 ... lear.shtml

sds.

EduClau escreveu:Noticia sobre o Prosub:

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2016 ... lear.shtml

sds.

Desculpe, mas no link em questão não tem uma palavra sobre PROSUB.

Sds.

Como vai funcionar esse esquema da DCNS e da Odebrecht?

O estaleiro anexo à base vai ser operado de modo privado? E a UFEM? Também é operada pelo estaleiro ou pela Nuclep?

Então que dizer que o submarino nuclear brasileiro esta sendo construído para proteger a riqueza do pre sal que sera privatizado para o governo americano .......kkkkkkk......esses traidores da patria ....temer e José serra.....fuzilamento em praça publica já !!!!!!!.....vai ficar com o nossa riqueza sem prescisar dar nenhum tiro e guerra.......cada pais tem os políticos que merecem!!!!!!

Marinha deixa vazar novo cronograma para entrega das unidades do PROSUB; ‘Riachuelo’ fica para daqui a quatro anos


Por Roberto Lopes

A Marinha do Brasil deixou vazar, na Revista Portos e Navios, o novo cronograma para a entrega dos seus submarinos da classe francesa Scorpène:

O SBR-1 Riachuelo tem seu lançamento previsto para julho de 2018 e entrega ao setor operativo da Esquadra em julho de 2020;
O SBR-2 Humaitá deve ser lançado em setembro de 2020 e entregue à Força de Submarinos em dezembro de 2021;
O SBR-3 Tonelero tem lançamento previsto para setembro de 2021 e entrega em dezembro de 2022; e
O SBR-4 Angostura deve ser lançado em dezembro de 2022 e entregue em dezembro de 2023.

A reportagem, que tem como fonte o Centro de Comunicação Social da Marinha, informa ainda que a Força Naval espera gastar um total de 100 milhões de Euros (em valores de hoje, pouco mais de 396 milhões de Reais) no conteúdo nacional desses quatro navios que estão sendo construídos no complexo industrial militar de Itaguaí (RJ), no âmbito do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB).

A redefinição dos prazos implica em um atraso médio da ordem de cinco anos, em relação à expectativa inicial da Marinha, em fins dos anos 2000.

De acordo com o mesmo texto, outros 100 milhões de Euros serão aplicados no conteúdo nacional a ser embarcado no SNBR Álvaro Alberto, primeiro submarino brasileiro de propulsão nuclear, que se encontra ainda em fase de projeto básico e assinatura de contratos.

Os planos da Marinha prevêem o início da fase de detalhamento desse projeto para o segundo semestre de 2018. O início da construção, diz a Marinha “está em análise” (quer dizer, não tem prazo).

Quando vejo que os Super Cougar estão no chão por causa do acidente na Noruega, os submarinos terão mais um atraso, os Guarani estão na fábrica esperando pagamento, as modernizações de aeronaves estão paradas, os 767 da IAI na geladeira, enfim, só pra ilustrar, fica a infeliz constatação que o desgoverno da turma do nunca antes na história não sabe fazer é porcaria nenhuma com começo meio e fim, só muita lambança e depois tentam é botar a culpa nos outros.
Mas não cola mais.

Abraços

Só complementando, antes que digam que fiz comentário partidário e aquele blémblémblém de sempre:
Também não espero nada dos próximos governos que virão, por que infelizmente, além de o país estar quebrado de verdade, defesa não é nem nunca foi prioridade no país.
Discutimos defesa porque gostamos, mas esperar algo de nossos dirigentes é o mesmo que chuva no deserto.

Abraços

http://altawest.net/permanent-magnet-sy ... c/?lang=en

Permanent magnet synchronous motors: a record for JEUMONT Electric
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JEUMONT Electric will deliver to the Brazilian Navy the largest and most powerful permanent magnet synchronous motor (PMSM) ever designed worldwide .

JEUMONT Electric will deliver to the Brazilian Navy the largest and most powerful permanent magnet synchronous motor (PMSM) ever designed worldwide. It comes with its power converters. Four 2-week technical training sessions complete the package.

The motor is 6-metres long, 3-metres wide and 4.5-metres tall. It weighs 72 tonnes, which is more than twice as much as the Christ’s statue’s head atop Corcovado peak in Rio de Janeiro.

This order is part of the “LABGENE” project: it will simulate, through a land-based test bed, the operation of the full propulsion system (nuclear boiler room excepted) of a nuclear submarine for the Brazilian Navy.

The motor will be installed at the Brazilian Navy Technological Centre close to São Paulo.

The Brazilian Navy built the LABGENE nuclear laboratory to validate the technology which has been selected for the propulsion of its future nuclear submarine, and test its in every operating condition, with the JEUMONT Electric motor.

www.jeumontelectric.com

http://www.naval.com.br/blog/2015/06/03 ... do-brasil/

Gostaria de tecer alguns comentários sobre essa notícia, apesar de antiga, não encontrei nada sobre a mesma em uma pesquisa rápida. Salvo as informações acima serem simples "desvaneios" das equipes de marketing e assessoria de imprensa, gostaria atentar para alguns detalhes:
Olhando pela aparência, trata-se, não apenas simplesmente (como se isso fosse simples ), de um motor elétrico síncrono de ímãs permanentes. Mas sim um motor elétrico síncrono de ímãs permanentes de fluxo axial. O que isso quer dizer??? Quer dizer que é um tipo de motor extremamente compacto para a densidade de potência gerada, com um rendimento altíssimo (acima de 97%) e uma assinatura acústica muito baixa, próprio para submarinos (que novidade...). Tá...mas e daí??? Daí que se as informações que andei lendo sobre esses engenhos da Jeumont, estiverem corretas...com 72 t, e com a densidade de potência típica desse tipo de motor, esse treco deve ter mais de 20 MW , ao meu ver, essa criança é potente demais, até mesmo para o futuro submarino nuclear, visto que os Riachuelo vão ter 2,95 MW com o mesmo tipo de motor. Trata-se sem dúvida de um acontecimento, a MB não está para brincadeira com esse troço de reator nuclear. Onde o Talharim encontra aquele monte de dados de compras da MB??? Será que não tem como descobrir quanto custou esse brinquedo????

Submarino nuclear traz novas suspeitas
Modelo prevê criação de empresa nos moldes da Sete Brasil, privilegiando a Odebrecht em negócio sem licitação. Contrato garante à ODT, da empreiteira, parte das patentes se parceria com empresa da Marinha for desfeita


JULIO WIZIACK


SÃO PAULO - Alvo da Lava Jato, o projeto do submarino nuclear brasileiro despertou novas suspeitas. A desconfiança agora está na proposta de criação de uma empresa pela Odebrecht e a AMAZUL, companhia de projetos da Marinha.

Batizada de PRÓTON, ela seria controlada pela ODT (Odebrecht Defesa e Tecnologia), braço de defesa da Odebrecht. A estatal AMAZUL ficaria como minoritária. A ideia era dar agilidade nas contratações e evitar que a empresa tivesse milhares de funcionários.

Por outro lado, o contrato prevê que a controlada da Odebrecht fique com parte das patentes caso a parceria seja desfeita.

A proposta, que está para ser definida pelo Comando da Marinha, reproduziu o modelo da Sete Brasil, companhia que construiria e alugaria sondas de exploração de petróleo formada por investidores privados e com a Petrobras como sócia minoritária — e que, pega na Lava Jato, está em recuperação judicial.

Na Próton, o plano era parecido. Além de ser fornecedora exclusiva da AMAZUL, todos os projetos de sistemas ligados ao submarino seriam de propriedade da nova companhia, e não da AMAZUL.

Se a PRÓTON fosse desfeita ou se a ODT vendesse sua parte, levaria consigo a maior parte dessa tecnologia — com exceção do reator, que compete à Marinha — segundo acordo de acionistas e estatuto da companhia, entregue à Amazul em 2014.

MONOPÓLIO

A Odebrecht queria uma empresa robusta de defesa. Seu modelo era a francesa DCNS, parceira na construção dos submarinos.

A PRÓTON venderia para Forças Armadas e atuaria no mercado civil com serviços como controle de plataformas de petróleo. A empresa planejava faturar US$ 1 bilhão ao ano.

Inicialmente, o conselho da estatal concordou com as negociações, mesmo diante dos questionamentos do representante do Ministério do Planejamento e de membros do conselho. As discussões, porém, ficaram mais intensas com o envolvimento da Odebrecht na Lava Jato.

Críticos à proposta solicitaram a retirada de cláusulas que garantiam à Odebrecht o monopólio da área de defesa no Brasil. A empreiteira resistiu; disse que os detalhes já tinham sido acertados e que não faria sentido ter várias empresas no setor.

Os argumentos não convenceram os representantes mais resistentes do conselho. Foram propostas alterações contratuais, retirando a cláusula de exclusividade e a da propriedade intelectual.

A Odebrecht recebia a versão dos contratos e, por três vezes, devolvia assinada a versão original, "pegadinha" que irritou a Amazul e a fez contratar um escritório de advocacia especializado em acordos de acionistas.

Chegou-se a acordo prevendo retirada da cláusula de exclusividade e trava na propriedade intelectual. Mesmo assim, ainda se prevê a partilha das patentes em caso de dissolução da empresa.

A Folha apurou que a francesa DCNS também seria sócia na PRÓTON. Na França, a empresa criou uma tecnologia para o reator nuclear do submarino e se tornou parceira do Brasil após acordo assinado, em 2008 pelos presidentes Nicolas Sarkozy e Luiz Inácio Lula da Silva.

Em 2009, foram assinados os contratos para a construção de quatro submarinos convencionais e um nuclear.

O preço de partida foi de 6,7 bilhões de euros (R$ 25,9 bilhões atualmente), o maior contrato militar da história, para que o Brasil fosse um dos seis no mundo a contar com um equipamento desses.

A DCNS condicionou sua entrada no negócio à contratação da Odebrecht como parceira. Caberia à empreiteira a construção da base naval de Itaguaí (SC) por 1,7 bilhão de euros (R$ 6,6 bilhões).

A Polícia Federal suspeita de irregularidades na execução do programa de submarinos na Marinha.

Não houve licitação, o que provocou críticas à época. Até então, o Brasil vinha desenvolvendo submarinos com tecnologia alemã, vista por especialistas superior à dos franceses.

A DCNS ainda é acusada de propina em negócios envolvendo os mesmos submarinos para Índia e Malásia.


Outro lado

Construtora não terá tecnologia, diz estatal


AMAZUL afirma que proposta de braço da Odebrecht foi alterada para atender interesses da Marinha brasileira


SÃO PAULO - A AMAZUL, companhia de projetos da Marinha, afirmou que o conselho de administração aprovou a parceria com a Odebrecht após discussões que modificaram o acordo de acionista, apedido da estatal, com o qual a empreiteira concordou plenamente. A Marinha não se decidiu sobre o assunto porque ainda depende de parecer de outros ministérios, mas poderá se basear em decisões e sentenças do Poder Judiciário.

A AMAZUL confirmou que a ODT apresentou a minuta inicial do acordo de acionistas, como revelado pela Folha. A reportagem já tinha solicitado o documento via Lei de Acesso à Informação, mas a empresa se recusou a entregá-lo porque o "processo decisório está em curso".

"A proposta da ODT foi reformulada de acordo com os interesses da AMAZUL e da Marinha", disse, em nota.

Também foi confirmada pela Amazul que a proposta inicial previa exclusividade na prestação de serviços para o governo brasileiro.

"Essa pretensão não foi aceita porque viola a Lei de Licitações", disse.

A empresa negou que essas mudanças tenham sido feitas em decorrência da Lava Jato e disse que a demora pela decisão se deve à cautela da Marinha, que está analisando "os aspectos de oportunidade em face da conjuntura atual".

A AMAZUL afirmou que a legislação prevê que a estatal possa participar como acionista minoritária de outras empresas para atuar como "empresa de fomento à Base Industrial de Defesa".

Diferentemente do que pensava o representante do Ministério do Planejamento na AMAZUL, a estatal não considera que a Próton seria uma concorrente. "Muito pelo contrário. Espera-se que ela seja complementar, porque seria uma empresa privada atuando no mercado de defesa de forma ágil e flexível."

A AMAZUL seria um dos sócios, colaborando para o "desenvolvimento de tecnologias e gerenciamento de projetos e processos necessários ao Programa Nuclear Brasileiro, o Programa Nuclear da Marinha e o do Desenvolvimento de Submarinos (PROSUB)".

A empresa reafirma que as atividades nucleares não serão objeto da Próton, o que é vedado pela Constituição a empresas privadas. "Em nenhum momento, a AMAZUL decidiu abrir mão da posse da tecnologia do submarino nuclear. A Odebrecht foi informada, desde o início, de que não haveria transferência de tecnologia nuclear e nem de propriedade intelectual da tecnologia nuclear da Marinha para a PRÓTON."

A Odebrecht e o Comando da Marinha não comentaram.

COORDENADORIA-GERAL DO PROGRAMA
DE DESENVOLVIMENTO DE SUBMARINO COM

PROPULSÃO NUCLEAR

GERÊNCIA ADMINISTRATIVO-FINANCEIRA
EXTRATO DE RESCISÃO
CONTRATO, substituído pela Nota de Empenho 2015NE000194. Nº
Processo 62164.000434/2013-17. Contratante: Coordenadoria-Geral
do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear
- COGESN. CNPJ Contratada: 03.575.721/0001-18. Contratada:
Associação dos Maricultores do Litoral Sul - AMALIS. Objeto: Rescisão
unilateral por descumprimento contratual. Fundamento Legal:
Inciso II, do art. 58, c/c o inciso I, do art. 78, c/c o inciso I, do art.
79 ambos da Lei 8.666/93. Data de Rescisão: 14/06/2016.