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Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Sáb Mar 04, 2017 11:00 am
por Túlio
Marechal-do-ar escreveu: Ah é, esqueci, estamos falando no contexto brasileiro, aqui a manutenção é importantíssima para que ele esteja tinindo para o desfile de 7 de setembro...
Não, aqui no Sul a taxa de disponibilidade é sempre BEM alta e nem precisava (basta ter pronto para o 07/09 e Dia da Cavalaria) mas a tigrada está sempre pronta para enfrentar uma invasão DA ARGENTINA! :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Sáb Mar 04, 2017 11:37 am
por joao fernando
Mas onde que V8 não presta????????????????????

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Sáb Mar 04, 2017 9:51 pm
por Ilya Ehrenburg
Cristo Rei, esta discussão está me parecendo aquela novela antiga da F1 entre V-8 e V-12; daí apareceram os V-10...

[003] [003]

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Sáb Mar 04, 2017 9:58 pm
por juarez castro
Túlio escreveu:Juarez véio, o que achas daquele motor em "X" do ARMATA? Júnior, vale pra ti também. Pessoalmente, me parece um pesadelo logístico, deve ser triste de mexer naquilo.
Xirú, eu não vi e nem li nada ainda sobre este conceito, vou me aprofundar e depois te retorno.

G abraço

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Sáb Mar 04, 2017 10:02 pm
por juarez castro
Juniorbombeiro escreveu:Nós aqui no Brasil somos meio mal acostumados, temos um padrão muito pobre em termos de variedade de fornecedores, e eles às vezes acabam migrando para soluções comuns. Os motores diesel mais comuns no Brasil são os 4 e 6 cilindros em linha, 5 cilindros até existem alguns, mais saindo disso já começamos a habitar o terreno dos exóticos. Para você ter uma ideia, o arranjo de 6 cilindros em linha em motores de pistão é o mais perfeito que existe em termos de balanceamento e vibração. Aí você tira o cara dessa zona de conforto, e bota num V8, cujo balanceamento é quase uma ciência oculta, ele vai reclamar com certeza, mas é tudo questão de se acostumar.
Junior, um Sacania de V8 de 14 litros é um relógio suíço, virabrequim, volante e conversor balanceados, dizem que adotarão mo futuro um virabrequim roletado, aí é o céu....

G abraço

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Sáb Mar 04, 2017 10:30 pm
por juarez castro
Vou tentar sintetizar os problemas que assolam usuários de motores diesel de geração mais moderna e que usam sistema injeção eletrônica de varias gerações.

Os nossos Leo I usam u sistema híbrido de injeção que combina um bomba injetora rotativa(que é mais econômica, mas mais sensível) com monitoramento eletrônico de primeira geração que demanda um cuidado imenso com o tipo do diesel e sua conservação, porque:

Porque como possui um bomba rotativa, esta faz a lubrificação de seu corpo de engrenagens através do próprio diesel que circula através desta, portanto ao usar um diesel S 10 por exemplo o bicos injetores agradecerão, pois estarão menos sujeitos a desgastes prematuros em função do baixo teor de enxofre e portanto menor grau de acidez, mas tem um "se" aí. O S 10 tem baixíssimo grau de lubrieicdade o que de certa forma prejudica a lubrificação do corpo da bomba diminuindo sua vida útil .Mentes "iluminadas" dentro de Petrossauro acreditaram que a adição de até 5% de biodiesel resolveria o problema, e até resolveria se origem deste fosse em óleos vegetais com algum teor de parafinados e alto ponto de fulgor, mas as mesmas mentes "iluminadas" resolvam liberar a fabricação de biodiesel a partir de gordura animal, e a maionese desandou, só que até hoje todo mundo fazendo cara de paisagem.
Nos motores com injeção full eletronic seja ela Common Rail ou unidades injetoras individuais(adotada pela MB/MTU em alguns motores) o uso do S 10 os problemas ficam minimizados, anão ser durante invernos muito fortes, aonde o biodiesel tem o péssimo costume de entupir e solidificar em tubulações.
Outro grande problema é a linha logística e o armazenamento do S 10, porque;

Porque como ele tem apenas 10 PPM, ou seja dez partes por milhão de enxofre, o que é benéfico ao meio ambiente e aos sistemas de injeção modernos, mas esta ausência do enxofre que era um inibidor natural do combustível para evitar a formação e proliferação de bactérias, fungos e da própria deterioração deste virou um verdadeiros criatório de bactérias e por conseguinte reduziu a vida útil deste mesmo em processo armazenamento contidos. No verão, com temperaturas altas, com a presença do biodiesel de origem animal que se torna um catalisador para a proliferação de bactérias associados a presença de agua, ual, de onde tu tirou agua Juarez,?
Vou explicar:
Imaginem um CC Leopard parado durante uns 45 dias em uma OM com meio tanque digamos e com o calor que vem fazendo aqui no sul, ele terá rapidinho pelo efeito "chaleira" no tanque uns 5 litros de agua no tanque e está iniciado o processo de destruição de um ainjeção.
Ahh Juarez, eles possuem filtros separadores e decantadores....sim eu sei disto, parte desta agua será retida e drenada por eles, mas a formação de bactérias e a deterioração do já foi deflagrada e irá contaminar todo o sistema.
Uma das soluções é manter as viaturas sempre de tanque cheio para evitar a liquefação e a decantação, mas todos nós sabemos a situação de penúria das Fas.....então.....

G abraço

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Sáb Mar 04, 2017 11:42 pm
por Juniorbombeiro
juarez castro escreveu:
Juniorbombeiro escreveu:Nós aqui no Brasil somos meio mal acostumados, temos um padrão muito pobre em termos de variedade de fornecedores, e eles às vezes acabam migrando para soluções comuns. Os motores diesel mais comuns no Brasil são os 4 e 6 cilindros em linha, 5 cilindros até existem alguns, mais saindo disso já começamos a habitar o terreno dos exóticos. Para você ter uma ideia, o arranjo de 6 cilindros em linha em motores de pistão é o mais perfeito que existe em termos de balanceamento e vibração. Aí você tira o cara dessa zona de conforto, e bota num V8, cujo balanceamento é quase uma ciência oculta, ele vai reclamar com certeza, mas é tudo questão de se acostumar.
Junior, um Sacania de V8 de 14 litros é um relógio suíço, virabrequim, volante e conversor balanceados, dizem que adotarão mo futuro um virabrequim roletado, aí é o céu....

G abraço
Eu sei, mas vai explicar isso para os mecânicos boca de porco, os caras vêem qualquer coisa diferente e já torcem o nariz.
Quanto ao biodiesel, não é a Petrobras que define, é o governo, os óleos vegetais que concorrem com produção de alimentos não são incentivados. Ainda tem muito a ser pesquisado nessa área. No início do uso do álcool também foi difícil por causa das corrosão. Isso é um dos problemas de não ter uma indústria nacional ativa, nem tudo o que é importado se adapta a nossa realidade.

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Dom Mar 05, 2017 11:13 am
por FCarvalho
Lendo estes post's me vem a mente que 'atraso' é um substantivo insistente não apenas na nossa nomeclatura operacional e doutrinária militar, mas diz respeito a todas as áreas do país.

Fosse eu falar em educação... :?

abs.

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Ter Mai 23, 2017 11:48 pm
por FCarvalho
Bom, é como se vinha discutindo aqui há tempos.
O EB quer um CC nacional, além da sua família de VBTP-SL.
Estes 10 anos a mais irão servir para uma coisa ou outra e, quiçá, para ambas, com alguma sorte.
O futuro dirá.
Resta saber o que será feito em termos de manutenção e modernização.

abs.

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Qua Mai 24, 2017 11:33 am
por gabriel219
Legal essa doação de dinheiro do EB pra KMW, já que os próprios não recomendaram extender a vida do 1A5 por simples falta de peças.

SE isso não for lavagem de dinheiro ou algo do tipo, pois foram avisados que precisarão canibalizar os próprios carros de combate depois de 2025 por total falta de peças.

Precisam fazer uma reforma urgente nas FA's e pra ontem.

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Qua Mai 24, 2017 11:40 am
por FCarvalho
Isso aí nada mais é do que o famoso "já que só tem tu então vai tu mesmo..." :roll:

Se vocês se derem ao trabalho de olhar o nosso cenário político-econômico no curto e médio prazo, irão perceber que é o que dá para fazer.

É isso, ou simplesmente ficar sem CC na cav blda do EB.

10 anos a mais para tomar fôlego e ver se mais adiante alguém consegue consertar a esculhambação que é o poder público neste arremedo de país que é o Brasil.

abs.

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Qua Mai 24, 2017 2:05 pm
por FCarvalho
Manutenção = manter a operacionalidade, logística e utilização básica dos CC's em níveis credíveis e aptos a serem postos em ação em tempo relativamente curto e de acordo com a atual doutrina vigente.

Modernização = dar capacidade(s) maior e melhor as características de operação do CC, de maneira a permitir um melhor desempenho da relação poder de fogo x mobilidade x proteção. Pode incluir, ou não, substituição e/ou melhoria de partes e peças do CC por outras mais atualizadas de forma a tornar alta sua disponibilidade.

O que vai ser feito, só o EB e KMW sabem. Mas me permito supor que a necessidade básica do EB agora é pela manutenção operacional destes CC's. Se eventualmente dentro da verba disponibilizada houver oportunidade para modernizações, creio, elas serão feitas apenas no sentido de suportar a manutenção destes veículos até o fim do contrato.

abs.

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Qua Mai 24, 2017 10:28 pm
por FCarvalho
Eu não vejo outro encaminhamento possível para a cav blda hoje. Se alguma coisa mudar mais para frente, veremos o que será possível ser feito, ou não.

abs.

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Qui Mai 25, 2017 12:49 pm
por FCarvalho
Para quem quiser entender melhor o que o EB se pretende com este novo contrato com a KMW é só ver o vídeo que está disponível atualmente na rede sobre a modernização das M-113 no PqMnt 5 de Curitiba.

O mesmo, ou coisa muito parecida, deve ocorrer com os CC Leo 1A5 a fim de que sua vida útil possa ser estendida por estes 10 anos a mais.

No mais, é torcer para que neste meio tempo, alguma notícia boa possa surgir. Até porque em 2027 nenhuma desses bldos vai valer grandes coisa por aqui, a não ser como peças de museus e enfeite nas OM's do EB.

O tempo, e a necessidade, urge.

abs.

Re: Leopard 1A5 do EB

Enviado: Qui Mai 25, 2017 2:43 pm
por Abracadabra
Creio que há uma diferença na tese de perspectiva. A empresa estrangeira que foi contemplada no contrato de modernização dos M113, prestou serviços e realizou os trabalhos dentro de instalações do PqMnt 5. Não precisou investir em infraestrutura própria. Acabou o contrato, adeus. Daqui a 10 anos compramos algo de segunda mão novamente, modernizamos, e o círculo vicioso se repete.

Acredito que o fato de uma empresa/fabricante se estabelecer no Brasil, facilita a possibilidade futura de desenvolver, nem que seja parcialmente, um conceito próprio.

Mas é um palpite meu, pois sempre fui apoiador de mecanismos que, para receber um contrato de manutenção/modernização, haja exigência de um maior comprometimento (investimento palpável, não só transferência de tecnologia) de empresas estrangeiras com o nosso país.