Sobre o KC-390

[ECorreia]

link da nota da Embraer:
https://www.defesanet.com.br/kc390/noti ... illennium/

[FCarvalho]

Agora é esperar para ver o que acontece. Via de regra político são muito mais suscetíveis ao seu eleitorado na indústria e comércio do que nos quartéis.
A ver a reação também do governo e do congresso. Se é que haverá.

[ECorreia]

A FAB recebeu o primeiro KC390 em meados de 2019. Atualmente tem 4. Ou seja, recebeu uma média de 2 por ano.

Ela já não tinha capacidade financeira para aumentar a cadência:

[Túlio]

link da nota da Embraer:
https://www.defesanet.com.br/kc390/noti ... illennium/

Pra MING tá ruim mas tá bão: a EMBRAER claramente não gostou mas entende e segue em frente (sempre há mais Programas); a FAB, mesmo no pior cenário, ainda estará melhor do que nunca em sua frota de Cargos (quando foi mesmo que compramos -130 novos em folha e nessa quantidade?), assim, qual o problema?

Nem precisas me dizer, estimado, eu sei: os mesmos caras que choram e puxam a calcinha pela cabeça porque a FAB não compra mais (nem menos) Cargo, estão lá em outro tópico chorando que não tem vaCHINA que chegue pra todo mundo. Sem sustos, não é nem nunca foi sobre Saúde nem sobre Defesa, até o meu cachorro já se ligou...

[gogogas]

Ainda tem o desenvolvimento do Stout , será bancado por quem ?!

[Túlio]

Ainda tem o desenvolvimento do Stout , será bancado por quem ?!

E do drone e de trocentas coisas que nem sabemos, mas quem vai bancar eu sei: NÓS!!!

Ou isso ou faz que nem a Argentina está fazendo, cancela a Força Aérea e todos, todas e todes seremos felizes, com muita justiça social, racial, de gênero e muito mais.

[Pablo Maica]

O problema é que esse barato pode sair muito caro em um futuro a médio prazo. Se o programa C-390 não tomar um fôlego por meio de algumas vendas, chegando a pelo menos umas 70 unidades (30% do que a Embraer previa) há uma boa chance de descontinuidade. Ai a FAB estará com a espinha dorsal da sua capacidade de transporte atrelada a uma aeronave descontinuada e com pouquíssimas unidades em serviço pelo mundo, e esse status geralmente significa custos de operação com crescimento exponencial a cada ano que passa.

As 28 unidades sempre levantaram desconfiança de quem conhece um pouco de FAB, pois 20 a 22 unidades estariam de ótimo tamanho para a força, porém essas unidades excedentes são de extrema importância para o programa, e no futuro poderiam eventualmente vir a ser envolvidas em vendas junto a Embraer, tal qual a Dassault faz com a armée de l'air.

Enfim, vamos aguardar até que a questão esteja sacramentada.


Um abraço e t+

[FCarvalho]

Da tabela acima, supondo que cortem aeronaves já a partir deste ano, e mantido o cronograma tal como está, serão 11 unidades a menos até 2026. O que significa uma frota de 17 aviões para manter.

Se é muito ou pouco, bem, do ponto de vista operacional esta quantidade talvez seja o máximo que o orçamento da FAB hoje lhe permite suportar com operacionalidade crível. Mas aí vem a pergunta: como fica o apoio às demais forças? 17 dão conta das necessidades da FAB? Se sim, ótimo, mas, dão conta das necessidades da MB e EB? Afinal, a FAB não trabalha apenas para si mesma. E se não não forem suficientes, isso arrisca o programa e a capacidade da FAB de produzir os serviços na íntegra que lhe são cobrados de todos os lados?

Encomendas para a aviação naval poderiam ser uma saída pela tangente para o problema crônico de falta de verbas para o KC-390 na FAB? A marinha teria disposição, e interesse, em embarcar nesta viagem? Mais complicado ainda, teria recursos? Duvido. Mesmo que adorasse a ideia.

Até o momento não se produziu muita reverberação desta notícia nos bastidores da política nacional. E mesmo no mercado financeiro. Nenhuma palavra até o momento, seja do Congresso ou do Planalto. Aparentemente a FAB ter menos cargueiros para encomendar da Embraer está sendo considerado um problema a menor. Ou nem isso. Será?

[gogogas]

Vamos ser otimistas ! Até as economias se recuperarem ,o destino das verbas serão para o corona ! Acredito que a FAB possa manter o conograma original após a economia melhorar

[Cassio]

O problema é que esse barato pode sair muito caro em um futuro a médio prazo. Se o programa C-390 não tomar um fôlego por meio de algumas vendas, chegando a pelo menos umas 70 unidades (30% do que a Embraer previa) há uma boa chance de descontinuidade. Ai a FAB estará com a espinha dorsal da sua capacidade de transporte atrelada a uma aeronave descontinuada e com pouquíssimas unidades em serviço pelo mundo, e esse status geralmente significa custos de operação com crescimento exponencial a cada ano que passa.

As 28 unidades sempre levantaram desconfiança de quem conhece um pouco de FAB, pois 20 a 22 unidades estariam de ótimo tamanho para a força, porém essas unidades excedentes são de extrema importância para o programa, e no futuro poderiam eventualmente vir a ser envolvidas em vendas junto a Embraer, tal qual a Dassault faz com a armée de l'air.

Enfim, vamos aguardar até que a questão esteja sacramentada.


Um abraço e t+

Gostaria de saber a origem da informação de que 70 aeronaves seria 30% do que era previsto.

Menos mal que se trata de um programa de desenvolvimento pago pela FAB. Imagine se tivesse sido bancado a risco pela Embraer? A esta altura já teria quebrado.

[Pablo Maica]

O problema é que esse barato pode sair muito caro em um futuro a médio prazo. Se o programa C-390 não tomar um fôlego por meio de algumas vendas, chegando a pelo menos umas 70 unidades (30% do que a Embraer previa) há uma boa chance de descontinuidade. Ai a FAB estará com a espinha dorsal da sua capacidade de transporte atrelada a uma aeronave descontinuada e com pouquíssimas unidades em serviço pelo mundo, e esse status geralmente significa custos de operação com crescimento exponencial a cada ano que passa.

As 28 unidades sempre levantaram desconfiança de quem conhece um pouco de FAB, pois 20 a 22 unidades estariam de ótimo tamanho para a força, porém essas unidades excedentes são de extrema importância para o programa, e no futuro poderiam eventualmente vir a ser envolvidas em vendas junto a Embraer, tal qual a Dassault faz com a armée de l'air.

Enfim, vamos aguardar até que a questão esteja sacramentada.


Um abraço e t+

Gostaria de saber a origem da informação de que 70 aeronaves seria 30% do que era previsto.

Menos mal que se trata de um programa de desenvolvimento pago pela FAB. Imagine se tivesse sido bancado a risco pela Embraer? A esta altura já teria quebrado.

Jornalista e editor da Aero Magazine, Edmundo Ubiratan, por meio de entrevistas com executivos da Embraer que segundo ele visavam uma fatia inicial de 30% de um mercado previsto de 700 hércules que já estavam com idade avançada.


Um abraço e t+

[Cassio]

Ah... Esta fonte...

O número não é bem esse não que eu tenho ... de qualquer forma é um programa cujo desenvolvimento foi pago pelo governo e a este pertence, portanto. Em outras palavras os custos de desenvolvimento não precisam ser diluídos e recuperados em aeronaves produzidas. Se assim fosse a Embraer estaria em maus lençóis.
O problema de esticar entregas e de deixar uma cadência muito baixa, é que os custos fixos da produção aumentam, pois tem que se manter hangar, máquinas e pessoas, que produzirão menos. Assim o custo por unidade aumenta.
Mas pelo menos o custo de desenvolvimento não precisa ser recuperado.

[ECorreia]

Da tabela acima, supondo que cortem aeronaves já a partir deste ano, e mantido o cronograma tal como está, serão 11 unidades a menos até 2026. O que significa uma frota de 17 aviões para manter.

Se é muito ou pouco, bem, do ponto de vista operacional esta quantidade talvez seja o máximo que o orçamento da FAB hoje lhe permite suportar com operacionalidade crível. Mas aí vem a pergunta: como fica o apoio às demais forças? 17 dão conta das necessidades da FAB? Se sim, ótimo, mas, dão conta das necessidades da MB e EB? Afinal, a FAB não trabalha apenas para si mesma. E se não não forem suficientes, isso arrisca o programa e a capacidade da FAB de produzir os serviços na íntegra que lhe são cobrados de todos os lados?

Encomendas para a aviação naval poderiam ser uma saída pela tangente para o problema crônico de falta de verbas para o KC-390 na FAB? A marinha teria disposição, e interesse, em embarcar nesta viagem? Mais complicado ainda, teria recursos? Duvido. Mesmo que adorasse a ideia.

Até o momento não se produziu muita reverberação desta notícia nos bastidores da política nacional. E mesmo no mercado financeiro. Nenhuma palavra até o momento, seja do Congresso ou do Planalto. Aparentemente a FAB ter menos cargueiros para encomendar da Embraer está sendo considerado um problema a menor. Ou nem isso. Será?

Não é aconselhável partir do princípio que o cronograma do contrato não será esticado. O primeiro contrato já havia sido. E seria bom para a própria Embraer manter a linha de produção aberta.

[FCarvalho]

Não é aconselhável partir do princípio que o cronograma do contrato não será esticado. O primeiro contrato já havia sido. E seria bom para a própria Embraer manter a linha de produção aberta.

Sim eu sei. As 17 aeronaves aí é levando em conta a manutenção do atual cronograma que vai até 2026.
Ele pode ser diluído por muito mais tempo, e isso talvez ajude ao orçamento da FAB, mas não creio que interesse à Embraer manter um cadência tão baixa. Tem toda uma infraestrutura por trás que precisa ser mantida, e que não o será, se novas encomendas de exportação não forem obtidas. Me parece que manter 2 aviões produzidos por ano é economicamente inviável com a atual disposição das linhas de produção.
A não ser que você comece a enxugar a linha. Mas aí o problema já é bem outro.

[FCarvalho]

Ah... Esta fonte...

O número não é bem esse não que eu tenho ... de qualquer forma é um programa cujo desenvolvimento foi pago pelo governo e a este pertence, portanto. Em outras palavras os custos de desenvolvimento não precisam ser diluídos e recuperados em aeronaves produzidas. Se assim fosse a Embraer estaria em maus lençóis.
O problema de esticar entregas e de deixar uma cadência muito baixa, é que os custos fixos da produção aumentam, pois tem que se manter hangar, máquinas e pessoas, que produzirão menos. Assim o custo por unidade aumenta.
Mas pelo menos o custo de desenvolvimento não precisa ser recuperado.

Podes matar a curiosidade da torcida aqui ou esse número é só para a Embraer?
Muito já foi dito desde o início do programa que havia um mercado de 700 aeronaves onde seria possível entrarmos com o KC-390. E abocanhar 30% disso seria o objetivo. E não foi somente o Ubiratan que trabalha com este indicador. Todo mundo, na imprensa especializada ou fora dela, tem estes mesmos dados, que salvo erro, foi a própria empresa que o levou a público durante o lançamento do projeto.