Re: SYRIA
Enviado: Seg Set 23, 2013 1:57 pm
Bom, se tropas russas, oficialmente, entrarem na Síria, uma ataque americano fica cada vez mais complicado de acontecer. Mais uma direta no fígado dos americanos.
abs.
abs.
Robert Fisk: O inferno já chegou à Síria
Robert Fisk*
Fonte: http://www.cartamaior.com.br/templates/ ... a_id=22750
Khaled Erksoussi pretende abandonar a Síria. O secretário-geral em Damasco do Crescente Vermelho (a Cruz Vermelha de países mulçumanos) – 22 de seus voluntários já morreram na guerra – foi despedido semana passada de seu trabalho de tempo integral em uma empresa de telecomunicações de Damasco, provavelmente porque passa muito tempo no trabalho humanitário. O Crescente Vermelho não pode pagar seu antigo salário. Além disso, o dinheiro dos doadores está acabando, os voluntários mais capazes já estão sendo contratados furtivamente no estrangeiro. E quem quer passar seu tempo enchendo bolsas com cadáveres que já têm três dias e negociando com até 12 grupos diferentes nas linhas de frente? Porque isto também é uma história horripilante. Leitor, esteja atento.
“Parece que não há mais dinheiro de onde vinha o dinheiro doado”, diz. “Todos nossos sócios estão sofrendo. Talvez a política esteja tomando nota agora.” Notaram que quando aconteceu a questão das armas químicas, no Conselho de Segurança da ONU, a primeira decisão foi ir e investigar, mas que acontece com a parte médica? “O relatório mostra o que é importante: encontrar os culpados. A vítima não importa.”
Erksoussi é um homem difícil de dissuadir. Os inspetores da ONU não foram enviados para apontar com o dedo os culpáveis, mas ele tem um argumento difícil de rebater. Apontando com o dedo se obtém mais crédito que compreendendo a tragédia pela qual passam os companheiros de trabalho de Erksoussi.
Tomemos as recuperações dos corpos. A maioria deles são soldados mortos pelos rebeldes, dezenas deles. Seguidamente trazidos à casa de Erksoussi de três por vez. “Às vezes os insurgentes jogam sujo. Não faz muito tempo, fomos recolher os cadáveres de três soldados. Mas com o último corpo que levávamos, nosso pessoal pensou que algo andava mal. Um dos corpos parecia ter fios. O deixamos em seu lugar. Agora exigimos que todos os corpos sejam examinados antes de entregar. Ambas as partes devem tirar o que seja que tenham os cadáveres, inclusive munições. Eu não quero ter uma granada de mão em uma ambulância...”
Mais recentemente, o Crescente Vermelho esteve transportando alimentos já cozidos a Raqaa, na prisão de Alepo, um grande bloco ocupado pelas forças do governo e pelos guardas, mas totalmente rodeado pelos rebeldes, na qual centenas de prisioneiros – criminosos comuns, detidos e insurgentes inimigos do governo – estão presos em meio da sujeira e da falta de elementos sanitários e de artilharia.
“Conseguimos tirar dezenas de presos que oficialmente haviam terminado suas sentenças e que só necessitavam uma saída segura. Mas a primeira vez que fomos ali, um dos grupos rebeldes disparou uma granada lançada por foguete em um de nossos carros. Erraram. Tudo estava em seu lugar e combinado com todos os grupos, mas um deste grupo disse: ‘Estamos chateados porque vocês não falaram conosco’. Nós dissemos: ‘Bom, vamos gritar da próxima vez. Mas simplesmente não disparem’. Mas mais tarde os insurgentes feriram um voluntário e mataram um juiz do governo que estava conosco. A última vez, tivemos uma equipe em Deir el-Zour e eles foram detidos pelas forças de al-Nusra durante sete horas. Estávamos com uma equipe da Cruz Vermelha Internacional e al-Nusra odeia o que eles chamam ‘a maldita Cruz Vermelha’. Dissemos, bom, ‘você esteve comendo alimentos com cruzes vermelhas da CICR sem preocupar-se muito.”
Erksoussi acha que a luta em torno de Damasco se tornou mais feroz, mas “não se pode ganhar com a força – isto é o que ambos os lados acham agora. O que lhes impede a ambos os lados deter-se é o ‘ego’. Não é como se fossem iguais. Quando um governo acha que luta contra os terroristas ou contra o ‘mal’, tem que ser igualmente responsável pelos civis. Mas, a menos que se detenha a entrada de armas e dinheiro, a luta continuará para sempre. Não posso dizer que este lugar vai ir pro inferno, porque já está nele”.
* De The Independent da Grã Bretanha. Especial para Página/12
Tradução ao espanhol: Celita Doyhambéhère.
Tradução ao português: Liborio Júnior
Mas o Obama aceitou e apoiaram o plano russo para se livrar do pepino. Os problemas de Ego não entram em pauta nas relações internacionais e briga de interesses.FCarvalho escreveu:Bom, se tropas russas, oficialmente, entrarem na Síria, uma ataque americano fica cada vez mais complicado de acontecer. Mais uma direta no fígado dos americanos.
abs.
Ninguém é doido de entrar oficialmente. Quase todo mundo já está lá dentro, mas sem bandeiras. Um ataque pode ser feito contra qualquer um, de qualquer maneira, sem ficar definida autoria ou responsabilidade. Se fosse fácil, ou o Irã já tinha despejado seu exército, ou Israel já tinha saído com Assad amarrado.FCarvalho escreveu:Bom, se tropas russas, oficialmente, entrarem na Síria, uma ataque americano fica cada vez mais complicado de acontecer. Mais uma direta no fígado dos americanos.
abs.
Egos fora a parte, todos tem seus limites e conveniências a dar conta neste conflito. Os americanos sabem até onde os russos podem puxar a corda em relação à Damasco. Ou ao menos suspeitam que sabem. Vamos ver mais adiante de que lado a corda arrebenta primeiro.Bourne escreveu:Mas o Obama aceitou e apoiaram o plano russo para se livrar do pepino. Os problemas de Ego não entram em pauta nas relações internacionais e briga de interesses.FCarvalho escreveu:Bom, se tropas russas, oficialmente, entrarem na Síria, uma ataque americano fica cada vez mais complicado de acontecer. Mais uma direta no fígado dos americanos.
abs.
Este tipo de conflito fraticida é que nem briga de bêbado em bar; alguém dá o primeiro murro, xinga a mãe do outro, dá uma mãozada na mesa, e simplesmente depois ninguém nunca sabe quem foi que começou ou quem que passou a mão na b... de quem. Aí já viu no que é que dá isso depois.rodrigo escreveu:Ninguém é doido de entrar oficialmente. Quase todo mundo já está lá dentro, mas sem bandeiras. Um ataque pode ser feito contra qualquer um, de qualquer maneira, sem ficar definida autoria ou responsabilidade. Se fosse fácil, ou o Irã já tinha despejado seu exército, ou Israel já tinha saído com Assad amarrado.
Também vejo assim, embora a imprensa ocidental tenda a insistir justamente no contrário.Bourne escreveu:Os sauditas são agressivos e querem montar aliados no oriente e tem apoio do ocidente. A aliança Síria, hezbolah e Irã é a tentativa de uma aliança defensiva.
É incrível a capacidade que os EUA tem de fazer merda...prp escreveu:EUA agora estão tentando joga ISRAEL no lamaçal.
Tipo tentando fazer Assad lançar um ataque à Israel.