Re: Vice do Paraguai exige devolução de "troféus de guerra"
Enviado: Sex Dez 19, 2014 7:58 pm
As carabinas Minié usadas pelo Brasil eram muito superiores ás armas paraguaias, tanto em alcance como em precisão. Os paraguaios ainda usavam em sua maioria fuzis de alma lisa com balas esféricas das guerras napoleônicas, porém, tínhamos dois problemas.
A maioria de nossas armas eram de procedência belga, mas foi comprada uma grande partida de Enfields inglesas, que tinham o calibre ligeiramente menor, apesar de também serem no sistema Minié, assim, para uniformizar a logística se optou por distribuir o calibre inglês, que acabava ficando folgado nas armas belgas, diminuindo sua precisão e tirando sua grande vantagem.
O outro problema eram nossas táticas. Os nossos oficiais eram da "velha escola", preferindo atacar frontalmente as posições paraguaias e se distinguir valorosamente no combate de espadas, porém, nessa época esse modelo já estava se esgotando, assim como o do uso de lanceiros pela cavalaria. O que acabava acontecendo era não valorizarmos o tiroteio de longa distância, onde nossas armas melhores poderiam prevalecer e nos aproximávamos demais, onde as armas antiquadas paraguaias se igualavam em letalidade. Nisso as armas Spencer foram usadas de modo extremamente moderno para a época, com a cavalaria desmontada usando a prevalência do poder de fogo sobre a galhardia das cargas de outrora. (Os alemães tiveram a mesma experiência quando foram lançados de paraquedas para algumas tropas cercadas na Rússia as primeiras partidas do Stg. 44).
Somente vale destacar que o erro de não perceber o potencial de tiro das novas armas não foi privilégio da nossa oficialidade, prevalecendo a ideia de ataques frontais e o uso de lanceiros nos exércitos europeus até o início da Primeira Guerra, quando a metralhadora matou de vez a velha escola.
A maioria de nossas armas eram de procedência belga, mas foi comprada uma grande partida de Enfields inglesas, que tinham o calibre ligeiramente menor, apesar de também serem no sistema Minié, assim, para uniformizar a logística se optou por distribuir o calibre inglês, que acabava ficando folgado nas armas belgas, diminuindo sua precisão e tirando sua grande vantagem.
O outro problema eram nossas táticas. Os nossos oficiais eram da "velha escola", preferindo atacar frontalmente as posições paraguaias e se distinguir valorosamente no combate de espadas, porém, nessa época esse modelo já estava se esgotando, assim como o do uso de lanceiros pela cavalaria. O que acabava acontecendo era não valorizarmos o tiroteio de longa distância, onde nossas armas melhores poderiam prevalecer e nos aproximávamos demais, onde as armas antiquadas paraguaias se igualavam em letalidade. Nisso as armas Spencer foram usadas de modo extremamente moderno para a época, com a cavalaria desmontada usando a prevalência do poder de fogo sobre a galhardia das cargas de outrora. (Os alemães tiveram a mesma experiência quando foram lançados de paraquedas para algumas tropas cercadas na Rússia as primeiras partidas do Stg. 44).
Somente vale destacar que o erro de não perceber o potencial de tiro das novas armas não foi privilégio da nossa oficialidade, prevalecendo a ideia de ataques frontais e o uso de lanceiros nos exércitos europeus até o início da Primeira Guerra, quando a metralhadora matou de vez a velha escola.