Ameaça REAL ao Brasil
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
ESP:
País freia acordo com Google, diz indígena
Líder de tribo em Cacoal, Rondônia, afirma que há dois anos tenta conseguir autorização do
governo para empresa mapear a região
Jamil Chade
CORRESPONDENTE GENEBRA
O governo brasileiro freia o acordo de uma tribo da Amazônia com a Google Earth para a
divulgação de imagens detalhadas de satélite em seu site sobre o desmatamento da floresta. A acusação
e do líder indígena Almir Suruí, que há mais de dois anos fechou o entendimento com a Google para
mapear sua terra e, assim, protegê-la do desmate.
O problema é que, até hoje, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o governo não deram as
autorizações necessárias para que o mapeamento comece a ser de fato realizado em detalhes.
A tribo de Almir tem 1,2 mil habitantes, está localizada no município de Cacoal, em Rondônia, e
faz parte da Terra Indígena Sete de Setembro. Quando o acordo foi anunciado, a Google Earth
classificou a iniciativa de “histórica". A Google Earth é um serviço de imagens de satélite e mapas via
internet. Acessado diariamente por milhões de pessoas, o serviço vem causando polêmica diante da
alegação de governos e cidadãos de que seus serviços representariam uma violação da intimidade.
Dois anos após o estabelecimento do primeiro acordo entre a tribo e a empresa americana,
apenas algumas imagens estão no site. Hoje, as imagens ainda são de baixa resolução e, para dar um
passo além, a empresa precisa do sinal verde do governo para usar material de satélite. O objetivo da
Google Earth é dar mais informações e detalhes sobre as áreas desmatadas e disponibilizar imagens
sobre a derrubada da floresta em tempo real. A tecnologia poderia expor a opinião pública internacional a
ação, por exemplo, de madeireiros que atuam na região.
Encontros. Almir conta que já fez várias visitas aos Estados Unido para se reunir com os
executivos da Google. De acordo com ele, os técnicos americanos lhe garantiram que há interesse e
tecnologia suficiente para prestar o serviço à tribo. Almir relata que, no início do projeto, chegou a
receber uma carta do governo questionando o uso da tecnologia e os motivos do acordo. Diz, porém, que
achava já ter respondido a todas as questões. "Vamos continuar trabalhando para mostrar tanto à Funai
como ao governo que isso pode ser bom para a população da tribo e para o País", afirmou. A suspeita é
de que o governo tema que a Google Earth possa ter acesso a imagens que hoje apenas estão nas
mãos do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam).
País freia acordo com Google, diz indígena
Líder de tribo em Cacoal, Rondônia, afirma que há dois anos tenta conseguir autorização do
governo para empresa mapear a região
Jamil Chade
CORRESPONDENTE GENEBRA
O governo brasileiro freia o acordo de uma tribo da Amazônia com a Google Earth para a
divulgação de imagens detalhadas de satélite em seu site sobre o desmatamento da floresta. A acusação
e do líder indígena Almir Suruí, que há mais de dois anos fechou o entendimento com a Google para
mapear sua terra e, assim, protegê-la do desmate.
O problema é que, até hoje, a Fundação Nacional do Índio (Funai) e o governo não deram as
autorizações necessárias para que o mapeamento comece a ser de fato realizado em detalhes.
A tribo de Almir tem 1,2 mil habitantes, está localizada no município de Cacoal, em Rondônia, e
faz parte da Terra Indígena Sete de Setembro. Quando o acordo foi anunciado, a Google Earth
classificou a iniciativa de “histórica". A Google Earth é um serviço de imagens de satélite e mapas via
internet. Acessado diariamente por milhões de pessoas, o serviço vem causando polêmica diante da
alegação de governos e cidadãos de que seus serviços representariam uma violação da intimidade.
Dois anos após o estabelecimento do primeiro acordo entre a tribo e a empresa americana,
apenas algumas imagens estão no site. Hoje, as imagens ainda são de baixa resolução e, para dar um
passo além, a empresa precisa do sinal verde do governo para usar material de satélite. O objetivo da
Google Earth é dar mais informações e detalhes sobre as áreas desmatadas e disponibilizar imagens
sobre a derrubada da floresta em tempo real. A tecnologia poderia expor a opinião pública internacional a
ação, por exemplo, de madeireiros que atuam na região.
Encontros. Almir conta que já fez várias visitas aos Estados Unido para se reunir com os
executivos da Google. De acordo com ele, os técnicos americanos lhe garantiram que há interesse e
tecnologia suficiente para prestar o serviço à tribo. Almir relata que, no início do projeto, chegou a
receber uma carta do governo questionando o uso da tecnologia e os motivos do acordo. Diz, porém, que
achava já ter respondido a todas as questões. "Vamos continuar trabalhando para mostrar tanto à Funai
como ao governo que isso pode ser bom para a população da tribo e para o País", afirmou. A suspeita é
de que o governo tema que a Google Earth possa ter acesso a imagens que hoje apenas estão nas
mãos do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam).
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
DIVISÃO TERRITORIAL
Relações Exteriores submete demarcação de área indígena à
aprovação do Congresso
Proposta ainda precisa ser analisada pela Comissão de Direitos Humanos e pela CCJ, antes de
ser encaminhada ao Senado
O Projeto de Lei 4791/09, dos deputados Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Ibsen Pinheiro (PMDB-RS),
que submete as demarcações de terras indígenas à aprovação do Congresso Nacional, foi aprovado na
quarta-feira (8) pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
Atualmente, o Estatuto do Índio, regulamentado pelo Decreto 1.775/96, estabelece que a
demarcação cabe à União, com base em estudos e sob orientação da Fundação Nacional do Índio
(Funai). Por serem polêmicas, no entanto, algumas dessas demarcações acabam sendo arbitradas pelo
Supremo Tribunal Federal (STF), como foi o caso da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima. A
demarcação contínua da reserva foi definida, no ano passado, pelo Plenário do STF.
Pela proposta aprovada na Comissão de Relações Exteriores, o Congresso passará a verificar a
existência dos requisitos constitucionais, podendo aprová-la, determinar diligências suplementares,
realizar audiências públicas, avaliar as impugnações, alterar a área demarcada ou rejeitá-la, no todo ou
em parte.
PERDA DE LEGITIMIDADE - O relator, deputado Urzeni Rocha (PSDB-RR), recomendou a
aprovação da proposta. Ele argumenta que o Executivo “perdeu a legitimidade para conduzir os
procedimentos demarcatórios de terras indígenas”, não só por ferir princípios constitucionais, mas
também por desrespeitar direitos básicos de populações não indígenas nessas áreas.
Ele explica, em seu parecer que, se uma competência é constitucionalmente atribuída à União e
não para um dos poderes em particular, é ao Poder Legislativo que caberá, por lei, regulamentar a
repartição dessa competência no âmbito da União. “Assim, nada obsta que o Congresso Nacional traga
para si as atribuições que dizem respeito a demarcações das terras indígenas.”
CONSELHO DE DEFESA - O texto aprovado ainda estabelece que, nas demarcações em faixa
de fronteira, o Conselho de Defesa Nacional será ouvido previamente à apreciação pelo Congresso
Nacional. Na opinião dos autores do projeto, deve ser dada atenção à segurança nacional em áreas de
fronteira, onde proliferam crimes como biopirataria, contrabando e tráfico de drogas.
A proposta ainda será analisada pelas comissões de Direitos Humanos e Minorias; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania. Como não precisa passar pelo Plenário, seguirá direto para o
Senado, caso aprovada em todas as comissões.
Relações Exteriores submete demarcação de área indígena à
aprovação do Congresso
Proposta ainda precisa ser analisada pela Comissão de Direitos Humanos e pela CCJ, antes de
ser encaminhada ao Senado
O Projeto de Lei 4791/09, dos deputados Aldo Rebelo (PCdoB-SP) e Ibsen Pinheiro (PMDB-RS),
que submete as demarcações de terras indígenas à aprovação do Congresso Nacional, foi aprovado na
quarta-feira (8) pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional.
Atualmente, o Estatuto do Índio, regulamentado pelo Decreto 1.775/96, estabelece que a
demarcação cabe à União, com base em estudos e sob orientação da Fundação Nacional do Índio
(Funai). Por serem polêmicas, no entanto, algumas dessas demarcações acabam sendo arbitradas pelo
Supremo Tribunal Federal (STF), como foi o caso da reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima. A
demarcação contínua da reserva foi definida, no ano passado, pelo Plenário do STF.
Pela proposta aprovada na Comissão de Relações Exteriores, o Congresso passará a verificar a
existência dos requisitos constitucionais, podendo aprová-la, determinar diligências suplementares,
realizar audiências públicas, avaliar as impugnações, alterar a área demarcada ou rejeitá-la, no todo ou
em parte.
PERDA DE LEGITIMIDADE - O relator, deputado Urzeni Rocha (PSDB-RR), recomendou a
aprovação da proposta. Ele argumenta que o Executivo “perdeu a legitimidade para conduzir os
procedimentos demarcatórios de terras indígenas”, não só por ferir princípios constitucionais, mas
também por desrespeitar direitos básicos de populações não indígenas nessas áreas.
Ele explica, em seu parecer que, se uma competência é constitucionalmente atribuída à União e
não para um dos poderes em particular, é ao Poder Legislativo que caberá, por lei, regulamentar a
repartição dessa competência no âmbito da União. “Assim, nada obsta que o Congresso Nacional traga
para si as atribuições que dizem respeito a demarcações das terras indígenas.”
CONSELHO DE DEFESA - O texto aprovado ainda estabelece que, nas demarcações em faixa
de fronteira, o Conselho de Defesa Nacional será ouvido previamente à apreciação pelo Congresso
Nacional. Na opinião dos autores do projeto, deve ser dada atenção à segurança nacional em áreas de
fronteira, onde proliferam crimes como biopirataria, contrabando e tráfico de drogas.
A proposta ainda será analisada pelas comissões de Direitos Humanos e Minorias; e de
Constituição e Justiça e de Cidadania. Como não precisa passar pelo Plenário, seguirá direto para o
Senado, caso aprovada em todas as comissões.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
ONGs tentam barrar financiamento para usina de Belo Monte
Nova estratégia é demonstrar que vários riscos do projeto não foram mensurados
AGNALDO BRITO
Um dossiê contrário à hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), elaborado pelas ONGs Amigos da Terra e
International Rivers, começa a ser distribuído no país.
O trabalho inaugura nova estratégia de ação dos movimentos contrários ao empreendimento.
O alvo das ONGs agora é tentar demonstrar aos eventuais financiadores os "riscos financeiros, legais e de reputação"
embutidos na obra. O estudo sustenta que Belo Monte não pode ser considerado "apto" a qualquer obtenção de crédito.
"O plano era alcançar os analistas de banco. Mas como o projeto pode ser financiado com recursos do Tesouro
buscamos mostrar os riscos ao público geral", diz Brent Millikan, da ONG International Rivers.
PEQUENO INVESTIDOR
O trabalho sustenta a tese de que Belo Monte não tem viabilidade econômica. Para eles, nenhum estudo até agora
mensurou adequadamente os riscos da construção, dos custos para compensações socioambientais e até a eventual perda
de capacidade de geração em razão da variação de nível do rio.
Os riscos do projeto podem interessar em breve o pequeno investidor. Isso porque o governo federal acaba de
anunciar novos mecanismos de financiamento de longo prazo. A emissão de debêntures vinculadas a projetos de
infraestrutura é um dos novos mecanismos de captação de recursos privados.
Como outras obras de infraestrutura, a medida do governo pode servir ao projeto.
O documento será encaminhado a bancos, fundos e empresas. Entre os quais: BNDES, Basa (Banco da Amazônia),
Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Bradesco, Itaú Unibanco, HSBC, Santander e o Banco
Votorantim. Entre os fundos estão: Petros, Caixa FI Cevix, Funcef, Bolzano Participações e Previ.
Nova estratégia é demonstrar que vários riscos do projeto não foram mensurados
AGNALDO BRITO
Um dossiê contrário à hidrelétrica de Belo Monte, no rio Xingu (PA), elaborado pelas ONGs Amigos da Terra e
International Rivers, começa a ser distribuído no país.
O trabalho inaugura nova estratégia de ação dos movimentos contrários ao empreendimento.
O alvo das ONGs agora é tentar demonstrar aos eventuais financiadores os "riscos financeiros, legais e de reputação"
embutidos na obra. O estudo sustenta que Belo Monte não pode ser considerado "apto" a qualquer obtenção de crédito.
"O plano era alcançar os analistas de banco. Mas como o projeto pode ser financiado com recursos do Tesouro
buscamos mostrar os riscos ao público geral", diz Brent Millikan, da ONG International Rivers.
PEQUENO INVESTIDOR
O trabalho sustenta a tese de que Belo Monte não tem viabilidade econômica. Para eles, nenhum estudo até agora
mensurou adequadamente os riscos da construção, dos custos para compensações socioambientais e até a eventual perda
de capacidade de geração em razão da variação de nível do rio.
Os riscos do projeto podem interessar em breve o pequeno investidor. Isso porque o governo federal acaba de
anunciar novos mecanismos de financiamento de longo prazo. A emissão de debêntures vinculadas a projetos de
infraestrutura é um dos novos mecanismos de captação de recursos privados.
Como outras obras de infraestrutura, a medida do governo pode servir ao projeto.
O documento será encaminhado a bancos, fundos e empresas. Entre os quais: BNDES, Basa (Banco da Amazônia),
Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste, Bradesco, Itaú Unibanco, HSBC, Santander e o Banco
Votorantim. Entre os fundos estão: Petros, Caixa FI Cevix, Funcef, Bolzano Participações e Previ.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Envolvidos com álcool e drogas, índios criam milícias nas tribos
Alcoolismo, drogas, magia negra, estupros e suicídios cada vez mais fazem parte da rotina de comunidades
indígenas localizadas em uma região isolada do país, nas fronteiras com o Peru e a Colômbia. Na terra dos
tikunas, no extremo oeste da Amazônia, não há controle na venda de álcool e drogas.
Por isso, os índios da região formaram sua própria polícia, uma espécie de milícia paramilitar. A fronteira
entre Tabatinga, no Brasil, e Letícia, na Colômbia, é rota do tráfico de drogas e de armas. O Rio Solimões é a
principal estrada da região. As aldeias Tikuna ficam justamente neste entorno e são mais de 20 vilas.
Os tikunas formam a mais numerosa nação indígena do Brasil. A proximidade com os brancos tem feito os
índios adotarem práticas perigosas, como o alcoolismo. O índios alegam que a bebida vêm das cidades e são
vendidas nas tribos. Pela lei, é proibido vender qualquer tipo de bebida alcoólica em região indígena.
Muitos jovens e até crianças com idades entre 10, 11 e 12 anos de idade já estão envolvidos com álcool. É
possível ver jovens bebendo na porta de casa, sem o menor controle dos pais. Embriagados, muitos perdem o
equilíbrio e chegam a cair no igarapé.
Lei dos caciques
Em cada comunidade há um contingente que pode variar de 100 a 300 milicianos. Todos os índios têm
treinamento militar e todas as tropas têm seu delegado e os instrutores. Um deles serviu ao Exército em Tabatinga
como soldado. Na aldeia, ele atua como comandante. “Aqui é meus ‘polícia’. Eles me indicaram para o cargo”, diz.
O tempo que passou no Exército, onde atuava com armas, trouxe a experiência para treinar. “Sim, senhor.
Com isso hoje existe a polícia indígena. (...) Sim. Aqui eu não. Porque proíbe. Aqui só cassetete para defender
nosso povo”, afirma o índio.
Na polícia indígena, prevalece a lei dos caciques. “É que nas comunidades acontecem muitas coisas. É
como criminalidade, estupro, invasão da terra, invasão da caça de mata ou dos lagos. Quando a gente denuncia
para a Polícia Federal, eles só fazem escrever. Eles não vêm, não tomam a providência. É por causa disso que a
polícia indígena foi criada”, afirma o cacique ticuna, Odácio Sosana Bastos.
“Antes de a gente começar o nosso trabalho, havia muitas drogas: cocaína, brilho, heroína, pasta. Tudo
entrando pela fronteira. Mas quando a gente começou o trabalho, nós reduzimos em 85% o problema que tinha na
comunidade”, garante o cacique.
Nos últimos anos, foram 85 casos de suicídio só em uma aldeia dos tikunas. “Quando consomem, eles
chegam em casa com a cabeça já com álcool. O pai conversa com o filho e aconselha. Depois o filho fica
revoltado. Aí o filho pega uma corda dessas e consegue se enforcar por causa do alcoolismo”, conta João Inácio
Irineu Vitorino, ‘delegado’ da polícia indígena.
O antropólogo João Pacheco de Oliveira, do Museu Nacional no Rio de Janeiro, estudou o comportamento
dos tikunas.“De certo modo apareceram grupos paramilitares em várias outras cidades ticunas e começaram a
atuar de um modo talvez um pouco radical em relação às iniciativas da comunidade”, diz o antropólogo.
Operação Pantera
A cadeia da polícia indígena, com um metro e meio de altura, fica na comunidade de Belém dos Solimões.
Na porta, algumas tábuas estão quebradas, porque os presos chutaram a parte interna.
“Quando está muito alterado, nós amarramos e jogamos aqui dentro. No outro dia, a gente tira o preso, leva
para ali, chama o cacique ou chama o pastor. Fazemos uma reunião, um julgamento. Pergunta se a pessoa vai
fazer de novo ou não. Aí a pessoa vai dizer que não vai fazer mais. Mas muitos repetem, muitos não cumprem”,
conta
“Faz mais ou menos uns três meses que não prendo ninguém, é que mandaram parar. O Ministério Público
mandou parar, porque teve uma revolta com o pessoal aqui quando nós começamos a trabalhar para acabar com
esse negócio da bebida.”
Mas os caciques insistem que a polícia indígena precisa ter armas de fogo para ser respeitada. “O Ministério
Público diz que nós, como índio, não precisamos usar a arma. Por quê? Nosso povo é igual ao povo civilizado.
Tem revólver, tem pistola, tem machado, e ataca com essas armas em cima de nós. E nós só com cassetete?”,
questiona Sosana Bastos.
Ministério Público
A procuradora da República Gisele Dias Bleggi lembra que a legislação não permite o uso de arma de fogo.
"O que eles alegam para instituir a polícia indígena é a questão que eles acham que o Estado está sendo muito
omisso, o Estado não está dando a proteção que tem que dar para poder garantir a segurança dos membros das
próprias comunidades. Arma de fogo, não, arma deles pode. Arma de fogo é proibido, a legislação não permite",
diz.
Ela também fala a respeito a aplicação do que chama de "penas cruéis". "Os abusos que violem os direitos
humanos, por exemplo, a aplicação de penas cruéis, de tortura e de morte - isso o Ministério Público não pode
permitir. A Constituição não permite. O Ministério Público não pode virar as costas, mas o Ministério Público não
pode apoiar que os indígenas formem uma organização militarizada”, diz a procuradora Gisele.
A tradição de castigos físicos é muito forte. “Isso aqui é para aqueles que estão muito alterados. Usam a
palmatória como castigo e para que a pessoa se acalme”, diz Santo Mestâncio Alexandre, cacique da comunidade
indígena Umariaçu 2.
Os índios querem receber do Estado por este serviço de policiamento. “Queremos que o governo federal nos
reconheça com salário e queremos que o Congresso nacional reconheça com leis nossa segurança”, diz.
Polícia Militar
O delegado da Polícia Federal Gustavo Henrique Pivoto João diz que não se pode reconhecer este tipo de
formação policial. “A Polícia Federal tem como um grupo verdadeiramente de milícia, com raízes até paramilitar.
Caso isso venha evoluir para uma situação que eles tenham, por exemplo, armamento, a polícia não concorda. A
Polícia Federal não apoia. A Polícia Federal reprime qualquer ação que vá de encontro ao estado democrático de
direito, contra os direitos humanos”, afirma.
Para cuidar da área, a polícia conta com três delegados e 34 agentes.
Por meio de nota, a Fundação Nacional do Índio (Funai), órgão responsável pela política nacional em
relação aos índios, diz que a criação da "polícia indígena" é ilegal. Quando verifica a ocorrência de crimes, a Funai
aciona as forças policiais.
“Há o temor de que esses índios acabem vindo a ser cooptados pelo tráfico de drogas, pelas organizações
paramilitares de traficantes”, alerta o delegado da Polícia Federal, Pivoto João.
Alcoolismo, drogas, magia negra, estupros e suicídios cada vez mais fazem parte da rotina de comunidades
indígenas localizadas em uma região isolada do país, nas fronteiras com o Peru e a Colômbia. Na terra dos
tikunas, no extremo oeste da Amazônia, não há controle na venda de álcool e drogas.
Por isso, os índios da região formaram sua própria polícia, uma espécie de milícia paramilitar. A fronteira
entre Tabatinga, no Brasil, e Letícia, na Colômbia, é rota do tráfico de drogas e de armas. O Rio Solimões é a
principal estrada da região. As aldeias Tikuna ficam justamente neste entorno e são mais de 20 vilas.
Os tikunas formam a mais numerosa nação indígena do Brasil. A proximidade com os brancos tem feito os
índios adotarem práticas perigosas, como o alcoolismo. O índios alegam que a bebida vêm das cidades e são
vendidas nas tribos. Pela lei, é proibido vender qualquer tipo de bebida alcoólica em região indígena.
Muitos jovens e até crianças com idades entre 10, 11 e 12 anos de idade já estão envolvidos com álcool. É
possível ver jovens bebendo na porta de casa, sem o menor controle dos pais. Embriagados, muitos perdem o
equilíbrio e chegam a cair no igarapé.
Lei dos caciques
Em cada comunidade há um contingente que pode variar de 100 a 300 milicianos. Todos os índios têm
treinamento militar e todas as tropas têm seu delegado e os instrutores. Um deles serviu ao Exército em Tabatinga
como soldado. Na aldeia, ele atua como comandante. “Aqui é meus ‘polícia’. Eles me indicaram para o cargo”, diz.
O tempo que passou no Exército, onde atuava com armas, trouxe a experiência para treinar. “Sim, senhor.
Com isso hoje existe a polícia indígena. (...) Sim. Aqui eu não. Porque proíbe. Aqui só cassetete para defender
nosso povo”, afirma o índio.
Na polícia indígena, prevalece a lei dos caciques. “É que nas comunidades acontecem muitas coisas. É
como criminalidade, estupro, invasão da terra, invasão da caça de mata ou dos lagos. Quando a gente denuncia
para a Polícia Federal, eles só fazem escrever. Eles não vêm, não tomam a providência. É por causa disso que a
polícia indígena foi criada”, afirma o cacique ticuna, Odácio Sosana Bastos.
“Antes de a gente começar o nosso trabalho, havia muitas drogas: cocaína, brilho, heroína, pasta. Tudo
entrando pela fronteira. Mas quando a gente começou o trabalho, nós reduzimos em 85% o problema que tinha na
comunidade”, garante o cacique.
Nos últimos anos, foram 85 casos de suicídio só em uma aldeia dos tikunas. “Quando consomem, eles
chegam em casa com a cabeça já com álcool. O pai conversa com o filho e aconselha. Depois o filho fica
revoltado. Aí o filho pega uma corda dessas e consegue se enforcar por causa do alcoolismo”, conta João Inácio
Irineu Vitorino, ‘delegado’ da polícia indígena.
O antropólogo João Pacheco de Oliveira, do Museu Nacional no Rio de Janeiro, estudou o comportamento
dos tikunas.“De certo modo apareceram grupos paramilitares em várias outras cidades ticunas e começaram a
atuar de um modo talvez um pouco radical em relação às iniciativas da comunidade”, diz o antropólogo.
Operação Pantera
A cadeia da polícia indígena, com um metro e meio de altura, fica na comunidade de Belém dos Solimões.
Na porta, algumas tábuas estão quebradas, porque os presos chutaram a parte interna.
“Quando está muito alterado, nós amarramos e jogamos aqui dentro. No outro dia, a gente tira o preso, leva
para ali, chama o cacique ou chama o pastor. Fazemos uma reunião, um julgamento. Pergunta se a pessoa vai
fazer de novo ou não. Aí a pessoa vai dizer que não vai fazer mais. Mas muitos repetem, muitos não cumprem”,
conta
“Faz mais ou menos uns três meses que não prendo ninguém, é que mandaram parar. O Ministério Público
mandou parar, porque teve uma revolta com o pessoal aqui quando nós começamos a trabalhar para acabar com
esse negócio da bebida.”
Mas os caciques insistem que a polícia indígena precisa ter armas de fogo para ser respeitada. “O Ministério
Público diz que nós, como índio, não precisamos usar a arma. Por quê? Nosso povo é igual ao povo civilizado.
Tem revólver, tem pistola, tem machado, e ataca com essas armas em cima de nós. E nós só com cassetete?”,
questiona Sosana Bastos.
Ministério Público
A procuradora da República Gisele Dias Bleggi lembra que a legislação não permite o uso de arma de fogo.
"O que eles alegam para instituir a polícia indígena é a questão que eles acham que o Estado está sendo muito
omisso, o Estado não está dando a proteção que tem que dar para poder garantir a segurança dos membros das
próprias comunidades. Arma de fogo, não, arma deles pode. Arma de fogo é proibido, a legislação não permite",
diz.
Ela também fala a respeito a aplicação do que chama de "penas cruéis". "Os abusos que violem os direitos
humanos, por exemplo, a aplicação de penas cruéis, de tortura e de morte - isso o Ministério Público não pode
permitir. A Constituição não permite. O Ministério Público não pode virar as costas, mas o Ministério Público não
pode apoiar que os indígenas formem uma organização militarizada”, diz a procuradora Gisele.
A tradição de castigos físicos é muito forte. “Isso aqui é para aqueles que estão muito alterados. Usam a
palmatória como castigo e para que a pessoa se acalme”, diz Santo Mestâncio Alexandre, cacique da comunidade
indígena Umariaçu 2.
Os índios querem receber do Estado por este serviço de policiamento. “Queremos que o governo federal nos
reconheça com salário e queremos que o Congresso nacional reconheça com leis nossa segurança”, diz.
Polícia Militar
O delegado da Polícia Federal Gustavo Henrique Pivoto João diz que não se pode reconhecer este tipo de
formação policial. “A Polícia Federal tem como um grupo verdadeiramente de milícia, com raízes até paramilitar.
Caso isso venha evoluir para uma situação que eles tenham, por exemplo, armamento, a polícia não concorda. A
Polícia Federal não apoia. A Polícia Federal reprime qualquer ação que vá de encontro ao estado democrático de
direito, contra os direitos humanos”, afirma.
Para cuidar da área, a polícia conta com três delegados e 34 agentes.
Por meio de nota, a Fundação Nacional do Índio (Funai), órgão responsável pela política nacional em
relação aos índios, diz que a criação da "polícia indígena" é ilegal. Quando verifica a ocorrência de crimes, a Funai
aciona as forças policiais.
“Há o temor de que esses índios acabem vindo a ser cooptados pelo tráfico de drogas, pelas organizações
paramilitares de traficantes”, alerta o delegado da Polícia Federal, Pivoto João.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Asisti ontem no fantastico esta reportagem colocada pelo Marino.
Realmente é uma vergonha a desfaçatez da FUNAI. Não sei porque o estado brasileiro não acaba com essa coisa de zoologico humano!!
Indio quer ser cidadão? Quer ter direitos iguais aos demais brasileiros?
Que bom. Então vamos incorpora-los de fato.
Vamos acabar com essa história de tutelagem do estado.
Os caras usam, armas, drogas, e comodidades do dia a dia do século XXI e depois vem com a estoria de que não é reponsável pelos seus atos.
Realmente é uma vergonha a desfaçatez da FUNAI. Não sei porque o estado brasileiro não acaba com essa coisa de zoologico humano!!
Indio quer ser cidadão? Quer ter direitos iguais aos demais brasileiros?
Que bom. Então vamos incorpora-los de fato.
Vamos acabar com essa história de tutelagem do estado.
Os caras usam, armas, drogas, e comodidades do dia a dia do século XXI e depois vem com a estoria de que não é reponsável pelos seus atos.
Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
Re: Ameaça REAL ao Brasil
Droga financia Al-Qaeda no Magreb
Grupo do norte da África ligado à rede de Bin Laden cobra ''pedágio'' pela passagem de carregamento vindo do Brasil com destino à Europa
28 de dezembro de 2010 | 0h 00
Jamil Chade - O Estado de S.Paulo
A droga que sai do Brasil na direção à Europa é um dos pilares do financiamento da rede terrorista Al-Qaeda.
Isso é o que revela uma investigação feita pelo governo da Argélia obtida com exclusividade pelo Estado. Ele mostra que, cada vez mais, o norte da África tem se transformado em um dos motores das finanças do grupo terrorista. Entre as maiores fontes de renda hoje da organização está a cobrança de "pedágio" para os carregamentos de drogas vindos dos portos brasileiros, que têm a Europa como destino final.
A informação vem no mesmo momento em que o grupo WikiLeaks torna pública a constatação da diplomacia americana de que a África e alguns de seus governos se transformaram nos últimos anos no principal centro de apoio e de distribuição da droga sul-americana, tanto para a Europa como para o próprio mercado americano (mais informações nesta página).
Por décadas, a droga que saía da Colômbia era embarcada diretamente para a Europa, em navios ou aviões que chegavam à Espanha e Portugal. Mas desde que esses governos passaram a adotar um controle mais rigoroso sobre as cargas e reforçar as fronteiras marítimas, o narcotráfico foi obrigado a buscar novas rotas.
Segundo a Interpol, essas rotas passam agora pelos portos brasileiros, com a droga colombiana. Santos e os portos do Nordeste seriam os mais utilizados. Em 2009, por exemplo, cerca de 10% de toda a droga que chegou à Europa de navio e 40% da que chegou à França usou o Brasil como rota, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC).
A caminho da Europa, porém, essa droga passaria pelo norte da África e, lá, encontram grupos dispostos a ajudar fazer a mercadoria chegar até os europeus. Um dos principais grupos que se beneficiam desse "serviço" seria a AQMI, o Al-Qaeda no Magreb Islâmico. O grupo é relativamente pequeno - tem cerca de 300 membros na cúpula da organização na Argélia, Marrocos e Tunísia. Mas vem ganhando espaço político, midiático e tem operações organizadas de forma cirúrgica para atingir seus objetivos. Em 2007, por exemplo, promoveu em Argel o maior atentado contra a ONU.
De acordo com o especialista marroquino em estudos sobre o terrorismo, Mohammed Benhammou, a AQMI de fato faz parte da estrutura mundial e nebulosa da Al-Qaeda, ainda que seja uma relação de lealdade, e não de comando. "Hoje, temos de ser claros e admitir que a Al-Qaeda representa uma ameaça real à segurança da região", disse.
Os vastos Desertos do Sahel e do Saara, além da pobreza extrema e falta de presença do Estado, permitiram que o grupo passasse a controlar certas partes do território norte-africano, mesmo com um número reduzido de pessoas dedicadas exclusivamente ao grupo.
O pagamento de resgates por sequestros e o tráfico de drogas se transformaram em duas fontes de financiamento do grupo nos últimos anos. Estudos publicados nesta semana pelo Centro Africano de Estudos e Pesquisa sobre o Terrorismo indicam que o volume de recursos já seria tão grande, desde 2007, que o grupo já passou a ser um dos principais contribuintes para o comando central da organização Al-Qaeda.
Só no norte da África, essas duas fontes de arrecadação já permitiram que o grupo terrorista acumulasse 100 milhões de euros, dinheiro usado para a compra de armas, planejamento de ataques em todo mundo, manutenção de bases em diversos países, além de "comprar" a aliança de recrutas com salários e o pagamento de "heranças" a famílias de jovens que optaram por cometer atentados suicidas em nome do grupo.
Abdelmalek Sayeh, diretor do Escritório Nacional Argelino para a Luta contra a Droga, afirmou que, em 2008, 240 toneladas de cocaína haviam sido apreendidas no país, antes de ser levada à Europa. Em 2009, 52 toneladas foram identificadas apenas no Deserto do Sahel, no sul despovoado do país.
Segundo ele, o produto viria do Brasil, Peru e Colômbia e ao usar o norte da África como rota para a Europa, deixava milhões de dólares para a Al-Qaeda. "A comunicação entre os traficantes de drogas e os terroristas ocorre na região do Sahel", afirmou.
A direção da AQMI chegou a considerar entrar no próprio tráfico, segundo as investigações do governo argelino. Mas, em 2008, optaram por uma decisão mais pragmática. Permitiriam o uso do território do Sahel pelos traficantes, mas cobrariam uma taxa. Em troca do dinheiro, garantem a proteção ao carregamento e passe livre. Do deserto, os produtos chegam à Europa principalmente a partir de portos no Marrocos e Líbia.
Nos últimos dias, o governo da Argélia tem conduzido uma verdadeira guerra contra os narcotraficantes e suas relações com os terroristas.
Na semana passada, por exemplo, aviões da Força Aérea da Argélia anunciaram que bombardearam um comboio de oito caminhões que transportavam drogas em pleno deserto, na direção da fronteira com o Marrocos. A suspeita era de que o carregamento tinha como destino a Europa. Segundo as informações oficiais do governo de Argel, sete dos oito veículos foram totalmente destruídos.
Mas o próprio governo admite que a região onde operam traficantes e terroristas é de difícil controle. A AQMI surgiu oficialmente apenas em 2006, como um novo formato do Grupo Salafista de Combate (GSPC), que por anos usou o deserto como base de seus ataques contra o governo argelino. Nos anos 90, foi um dos líderes do conflito civil no país, com a meta de instalar um Estado islâmico, antes mesmo do 11 de Setembro de 2001.
O governo acabou derrotando os fundamentalistas. Mas, abandonado pelos governo do Níger, Mali, Mauritânia e Argélia, o Deserto do Sahel se tornou refúgio de terroristas e ponto de encontro de tráfico de droga, grupos criminosos e de imigração ilegal.
O problema é que o financiamento não vem apenas das drogas. Parte dos milhões de euros arrecadados pelos terroristas também vem dos sequestros. O GSPC já tinha iniciado essa tendência em 2003, obtendo 5 milhões de euros do governo alemão em troca de quatro turistas. Por sua proximidade com a Europa, o Saara e o Sahel passaram a ser um dos principais destinos de turismo. A AQMI não perdeu o hábito de seu antecessor e passou a usar os turistas como alvo de sequestros.
No Marrocos, o jornal Magharebia há poucas semanas publicou uma entrevista com um ex-membro do grupo Al-Qaeda, confirmando que a região, os turistas e as drogas haviam se consolidado como a base financeira dos terroristas hoje no mundo. "Esse é o grande terreno fértil para o terrorismo hoje", afirmou o ex-terrorista, identificado apenas como Noureddine ao jornal. "Os recursos da AQMI não foram tocados nem mesmo pela crise econômica mundial", afirmou. "Em troca de proteção, os traficantes são obrigados a pagar tarifas e impostos altos para usar a região", disse.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 8924,0.php
Grupo do norte da África ligado à rede de Bin Laden cobra ''pedágio'' pela passagem de carregamento vindo do Brasil com destino à Europa
28 de dezembro de 2010 | 0h 00
Jamil Chade - O Estado de S.Paulo
A droga que sai do Brasil na direção à Europa é um dos pilares do financiamento da rede terrorista Al-Qaeda.
Isso é o que revela uma investigação feita pelo governo da Argélia obtida com exclusividade pelo Estado. Ele mostra que, cada vez mais, o norte da África tem se transformado em um dos motores das finanças do grupo terrorista. Entre as maiores fontes de renda hoje da organização está a cobrança de "pedágio" para os carregamentos de drogas vindos dos portos brasileiros, que têm a Europa como destino final.
A informação vem no mesmo momento em que o grupo WikiLeaks torna pública a constatação da diplomacia americana de que a África e alguns de seus governos se transformaram nos últimos anos no principal centro de apoio e de distribuição da droga sul-americana, tanto para a Europa como para o próprio mercado americano (mais informações nesta página).
Por décadas, a droga que saía da Colômbia era embarcada diretamente para a Europa, em navios ou aviões que chegavam à Espanha e Portugal. Mas desde que esses governos passaram a adotar um controle mais rigoroso sobre as cargas e reforçar as fronteiras marítimas, o narcotráfico foi obrigado a buscar novas rotas.
Segundo a Interpol, essas rotas passam agora pelos portos brasileiros, com a droga colombiana. Santos e os portos do Nordeste seriam os mais utilizados. Em 2009, por exemplo, cerca de 10% de toda a droga que chegou à Europa de navio e 40% da que chegou à França usou o Brasil como rota, segundo o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC).
A caminho da Europa, porém, essa droga passaria pelo norte da África e, lá, encontram grupos dispostos a ajudar fazer a mercadoria chegar até os europeus. Um dos principais grupos que se beneficiam desse "serviço" seria a AQMI, o Al-Qaeda no Magreb Islâmico. O grupo é relativamente pequeno - tem cerca de 300 membros na cúpula da organização na Argélia, Marrocos e Tunísia. Mas vem ganhando espaço político, midiático e tem operações organizadas de forma cirúrgica para atingir seus objetivos. Em 2007, por exemplo, promoveu em Argel o maior atentado contra a ONU.
De acordo com o especialista marroquino em estudos sobre o terrorismo, Mohammed Benhammou, a AQMI de fato faz parte da estrutura mundial e nebulosa da Al-Qaeda, ainda que seja uma relação de lealdade, e não de comando. "Hoje, temos de ser claros e admitir que a Al-Qaeda representa uma ameaça real à segurança da região", disse.
Os vastos Desertos do Sahel e do Saara, além da pobreza extrema e falta de presença do Estado, permitiram que o grupo passasse a controlar certas partes do território norte-africano, mesmo com um número reduzido de pessoas dedicadas exclusivamente ao grupo.
O pagamento de resgates por sequestros e o tráfico de drogas se transformaram em duas fontes de financiamento do grupo nos últimos anos. Estudos publicados nesta semana pelo Centro Africano de Estudos e Pesquisa sobre o Terrorismo indicam que o volume de recursos já seria tão grande, desde 2007, que o grupo já passou a ser um dos principais contribuintes para o comando central da organização Al-Qaeda.
Só no norte da África, essas duas fontes de arrecadação já permitiram que o grupo terrorista acumulasse 100 milhões de euros, dinheiro usado para a compra de armas, planejamento de ataques em todo mundo, manutenção de bases em diversos países, além de "comprar" a aliança de recrutas com salários e o pagamento de "heranças" a famílias de jovens que optaram por cometer atentados suicidas em nome do grupo.
Abdelmalek Sayeh, diretor do Escritório Nacional Argelino para a Luta contra a Droga, afirmou que, em 2008, 240 toneladas de cocaína haviam sido apreendidas no país, antes de ser levada à Europa. Em 2009, 52 toneladas foram identificadas apenas no Deserto do Sahel, no sul despovoado do país.
Segundo ele, o produto viria do Brasil, Peru e Colômbia e ao usar o norte da África como rota para a Europa, deixava milhões de dólares para a Al-Qaeda. "A comunicação entre os traficantes de drogas e os terroristas ocorre na região do Sahel", afirmou.
A direção da AQMI chegou a considerar entrar no próprio tráfico, segundo as investigações do governo argelino. Mas, em 2008, optaram por uma decisão mais pragmática. Permitiriam o uso do território do Sahel pelos traficantes, mas cobrariam uma taxa. Em troca do dinheiro, garantem a proteção ao carregamento e passe livre. Do deserto, os produtos chegam à Europa principalmente a partir de portos no Marrocos e Líbia.
Nos últimos dias, o governo da Argélia tem conduzido uma verdadeira guerra contra os narcotraficantes e suas relações com os terroristas.
Na semana passada, por exemplo, aviões da Força Aérea da Argélia anunciaram que bombardearam um comboio de oito caminhões que transportavam drogas em pleno deserto, na direção da fronteira com o Marrocos. A suspeita era de que o carregamento tinha como destino a Europa. Segundo as informações oficiais do governo de Argel, sete dos oito veículos foram totalmente destruídos.
Mas o próprio governo admite que a região onde operam traficantes e terroristas é de difícil controle. A AQMI surgiu oficialmente apenas em 2006, como um novo formato do Grupo Salafista de Combate (GSPC), que por anos usou o deserto como base de seus ataques contra o governo argelino. Nos anos 90, foi um dos líderes do conflito civil no país, com a meta de instalar um Estado islâmico, antes mesmo do 11 de Setembro de 2001.
O governo acabou derrotando os fundamentalistas. Mas, abandonado pelos governo do Níger, Mali, Mauritânia e Argélia, o Deserto do Sahel se tornou refúgio de terroristas e ponto de encontro de tráfico de droga, grupos criminosos e de imigração ilegal.
O problema é que o financiamento não vem apenas das drogas. Parte dos milhões de euros arrecadados pelos terroristas também vem dos sequestros. O GSPC já tinha iniciado essa tendência em 2003, obtendo 5 milhões de euros do governo alemão em troca de quatro turistas. Por sua proximidade com a Europa, o Saara e o Sahel passaram a ser um dos principais destinos de turismo. A AQMI não perdeu o hábito de seu antecessor e passou a usar os turistas como alvo de sequestros.
No Marrocos, o jornal Magharebia há poucas semanas publicou uma entrevista com um ex-membro do grupo Al-Qaeda, confirmando que a região, os turistas e as drogas haviam se consolidado como a base financeira dos terroristas hoje no mundo. "Esse é o grande terreno fértil para o terrorismo hoje", afirmou o ex-terrorista, identificado apenas como Noureddine ao jornal. "Os recursos da AQMI não foram tocados nem mesmo pela crise econômica mundial", afirmou. "Em troca de proteção, os traficantes são obrigados a pagar tarifas e impostos altos para usar a região", disse.
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 8924,0.php
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
''Belo Monte ameaça o futuro sustentável da Amazônia''
Procurador acusa o governo de apressar a obra para beneficiar construtoras que fizeram doações para candidatos
Carlos Mendes - O Estado de S.Paulo
A construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no centro do Pará, ainda enfrenta oito ações do Ministério Público Federal (MPF) pendentes de julgamento. Para o procurador da República Felício Pontes Junior, que encabeça todos os processos contra a usina desde 2005 (quando o governo Lula retomou o projeto), a usina virou "um festival de irregularidades".
Porque o sr. é contra a usina?
Estudos mostram que o aumento da potencia de usinas já existentes e o investimento em melhoria nas linhas de transmissão significariam nove Belo Montes em produção energética a um custo econômico e
ambiental infinitamente menor. O próprio governo diz que a usina, depois de construída, ficará parada a maior parte do ano. Belo Monte é de longe a obra com mais graves impactos ambientais da história do Brasil.
Que tipo de impacto ambiental ela pode provocar?
Calculamos que 273 espécies de peixes estão ameaçadas com o secamento da volta grande do rio Xingu. Além disso, a água do rio, em Altamira, pode apodrecer, sem contar com a possibilidade de remoção de povos indígenas, que significa genocídio.
Na sua opinião, o que motiva a pressa do governo?
A eleição teve influência. Tanta violência e falta de rigor técnico deveu-se à vontade de fazer o leilão antes das eleições. Na prestação de contas da eleição, as empreiteiras, maiores beneficiárias de Belo Monte, aparecem como principais doadoras de todos os candidatos.
Quais são as principais irregularidades apontadas pelo Ministério Público Federal para impedir a realização da obra?
Consideramos Belo Monte um dos empreendimentos mais graves do ponto de vista da violação de direitos fundamentais na Amazônia. Em primeiro lugar, não foi feita oitiva com os indígenas afetados, como manda a Constituição, o que pode criar uma situação de conflito no Xingu. Os estudos foram aceitos incompletos, o que viola o direito da sociedade, dos cientistas brasileiros, das comunidades afetadas, de analisar os impactos antes de ir debatê-los nas audiências públicas, que acontecem 45 dias após a conclusão dos estudos.
O encaminhamento dado ao projeto dificultou o debate?
O que o Ministério Público queria ter visto eram audiências com as comunidades afetadas, o que representaria a chance para todos se manifestarem, um debate democrático e verdadeiro. Pedimos isso ao Ibama por meio de recomendação, mas aconteceu o oposto: foram apenas 4 audiências, quando 11 municípios serão afetados.
O debate não foi possível nas audiências?
Nas audiências ocorreram irregularidades gravíssimas, causadas pela postura do governo de impedir o debate, impedir o contraditório, até os membros do MP tiveram dificuldade para se manifestar, tamanho era o aparato policial e a escassez do tempo para questionamentos. Isso motivou uma ação judicial nossa também. Após as audiências realizadas nesse clima de guerra, a máquina governamental se movimentou como rolo compressor. Houve pressão sobre procuradores, com representações da Advocacia Geral da União acusações absurdas - tudo já arquivado, por sinal.
Como começou o conflito?
No ano 2000, representantes do povo Juruna disseram que encontraram nas margens do rio várias tábuas com números gravados. Eram réguas de medição. Os índios temiam que fosse mais uma tentativa de construir uma barragem no Xingu. Começamos imediatamente uma investigação. Os estudos para a construção da usina já estavam avançados.
Na prática, se o projeto continuar, o que vai mudar na região do Xingu na sua opinião?
Se Belo Monte for construída na forma como o governo pretende, sem um debate mais profundo , Brasil estará jogando no lixo a chance de construir o desenvolvimento sustentável na Amazônia.
Procurador acusa o governo de apressar a obra para beneficiar construtoras que fizeram doações para candidatos
Carlos Mendes - O Estado de S.Paulo
A construção da Hidrelétrica de Belo Monte, no centro do Pará, ainda enfrenta oito ações do Ministério Público Federal (MPF) pendentes de julgamento. Para o procurador da República Felício Pontes Junior, que encabeça todos os processos contra a usina desde 2005 (quando o governo Lula retomou o projeto), a usina virou "um festival de irregularidades".
Porque o sr. é contra a usina?
Estudos mostram que o aumento da potencia de usinas já existentes e o investimento em melhoria nas linhas de transmissão significariam nove Belo Montes em produção energética a um custo econômico e
ambiental infinitamente menor. O próprio governo diz que a usina, depois de construída, ficará parada a maior parte do ano. Belo Monte é de longe a obra com mais graves impactos ambientais da história do Brasil.
Que tipo de impacto ambiental ela pode provocar?
Calculamos que 273 espécies de peixes estão ameaçadas com o secamento da volta grande do rio Xingu. Além disso, a água do rio, em Altamira, pode apodrecer, sem contar com a possibilidade de remoção de povos indígenas, que significa genocídio.
Na sua opinião, o que motiva a pressa do governo?
A eleição teve influência. Tanta violência e falta de rigor técnico deveu-se à vontade de fazer o leilão antes das eleições. Na prestação de contas da eleição, as empreiteiras, maiores beneficiárias de Belo Monte, aparecem como principais doadoras de todos os candidatos.
Quais são as principais irregularidades apontadas pelo Ministério Público Federal para impedir a realização da obra?
Consideramos Belo Monte um dos empreendimentos mais graves do ponto de vista da violação de direitos fundamentais na Amazônia. Em primeiro lugar, não foi feita oitiva com os indígenas afetados, como manda a Constituição, o que pode criar uma situação de conflito no Xingu. Os estudos foram aceitos incompletos, o que viola o direito da sociedade, dos cientistas brasileiros, das comunidades afetadas, de analisar os impactos antes de ir debatê-los nas audiências públicas, que acontecem 45 dias após a conclusão dos estudos.
O encaminhamento dado ao projeto dificultou o debate?
O que o Ministério Público queria ter visto eram audiências com as comunidades afetadas, o que representaria a chance para todos se manifestarem, um debate democrático e verdadeiro. Pedimos isso ao Ibama por meio de recomendação, mas aconteceu o oposto: foram apenas 4 audiências, quando 11 municípios serão afetados.
O debate não foi possível nas audiências?
Nas audiências ocorreram irregularidades gravíssimas, causadas pela postura do governo de impedir o debate, impedir o contraditório, até os membros do MP tiveram dificuldade para se manifestar, tamanho era o aparato policial e a escassez do tempo para questionamentos. Isso motivou uma ação judicial nossa também. Após as audiências realizadas nesse clima de guerra, a máquina governamental se movimentou como rolo compressor. Houve pressão sobre procuradores, com representações da Advocacia Geral da União acusações absurdas - tudo já arquivado, por sinal.
Como começou o conflito?
No ano 2000, representantes do povo Juruna disseram que encontraram nas margens do rio várias tábuas com números gravados. Eram réguas de medição. Os índios temiam que fosse mais uma tentativa de construir uma barragem no Xingu. Começamos imediatamente uma investigação. Os estudos para a construção da usina já estavam avançados.
Na prática, se o projeto continuar, o que vai mudar na região do Xingu na sua opinião?
Se Belo Monte for construída na forma como o governo pretende, sem um debate mais profundo , Brasil estará jogando no lixo a chance de construir o desenvolvimento sustentável na Amazônia.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Alemães contra Belo Monte
No próximo dia 12, será apresentado, no Rio, o documentário Um outro mundo é possível - Luta pela Amazônia, do alemão Martin Kebler. Trata-se de mais um passo da campanha internacional contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte. O diretor falou com pescadores, com a índia Tuira Kayapo, colheu depoimentos no Fórum Social Mundial e, em resumo, critica a obra e defende a manutenção da região como está, sem mudanças.
Enquanto a França usa abundamente a energia nuclear, Estados Unidos gastam sua riqueza para queimar petróleo e a China usa o poluente carvão, estrangeiros querem impedir o Brasil de usar a água para mover as pás das turbinas.
Exceção feita ao desmatamento da Amazônia e do Centro-Oeste e ao excessivo rodoviarismo em transporte, o Brasil deveria se aliviar de complexo de culpa quanto ao ambiente - ao contrário do que pregam instituições estrangeiras, como Greenpeace e WWF.
No mundo, apenas 15% da energia são gerados por fontes renováveis - veja-se a alta no barril do petróleo por conta do frio no Hemisfério Norte. Enquanto na Europa, China e Estados Unidos a energia elétrica vem do petróleo e do carvão, no Brasil a força das águas é responsável por mais de 70% do suprimento de energia elétrica. E estão sendo construídas - para tristeza das entidades ditas ecológicas - as usinas de Jirau, Santo Antonio e Belo Monte, que ampliarão o uso hídrico na matriz energética brasileira.
No próximo dia 12, será apresentado, no Rio, o documentário Um outro mundo é possível - Luta pela Amazônia, do alemão Martin Kebler. Trata-se de mais um passo da campanha internacional contra a construção da hidrelétrica de Belo Monte. O diretor falou com pescadores, com a índia Tuira Kayapo, colheu depoimentos no Fórum Social Mundial e, em resumo, critica a obra e defende a manutenção da região como está, sem mudanças.
Enquanto a França usa abundamente a energia nuclear, Estados Unidos gastam sua riqueza para queimar petróleo e a China usa o poluente carvão, estrangeiros querem impedir o Brasil de usar a água para mover as pás das turbinas.
Exceção feita ao desmatamento da Amazônia e do Centro-Oeste e ao excessivo rodoviarismo em transporte, o Brasil deveria se aliviar de complexo de culpa quanto ao ambiente - ao contrário do que pregam instituições estrangeiras, como Greenpeace e WWF.
No mundo, apenas 15% da energia são gerados por fontes renováveis - veja-se a alta no barril do petróleo por conta do frio no Hemisfério Norte. Enquanto na Europa, China e Estados Unidos a energia elétrica vem do petróleo e do carvão, no Brasil a força das águas é responsável por mais de 70% do suprimento de energia elétrica. E estão sendo construídas - para tristeza das entidades ditas ecológicas - as usinas de Jirau, Santo Antonio e Belo Monte, que ampliarão o uso hídrico na matriz energética brasileira.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Mandem esses estrangeiros pra pqp, falem que onde eles podem se intrometer é dentro dos territórios nacionais deles, Amazônia Brasileira é brasileira (duh). Manda esse babaca alemão cuidar daquela migalha de terra que pertence ao país dele.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
O mundo vendeu quase todas as madeiras de suas florestas e agora querem dar pitaco nas nossas.Não sou a favor do desmatamento, principalmente os feitos por madereiros ilegais, grileiros ou similares - estes considero um crime hediondo contra nossas riquezas - mas dai este tipo de pressão existe uma grande diferença.
Cabe colocar que grande parte dos países que criticam como tratamos de nosso território - nunca se deve esquecer de que não é a Amazonia e sim o Território Brasileiro - estão por aqui pirateando aves, plantas, molúsculos e também nossas crianças, seja pela "compra"das mesmas ou pela exploração sexual.
Cabe colocar que grande parte dos países que criticam como tratamos de nosso território - nunca se deve esquecer de que não é a Amazonia e sim o Território Brasileiro - estão por aqui pirateando aves, plantas, molúsculos e também nossas crianças, seja pela "compra"das mesmas ou pela exploração sexual.
Re: Ameaça REAL ao Brasil
Quer dizer que o fato dos europeus, americanos e etc caterva terem sido irresponsáveis no passado nos dá o direito de também sê-lo?varj escreveu:O mundo vendeu quase todas as madeiras de suas florestas e agora querem dar pitaco nas nossas.Não sou a favor do desmatamento, principalmente os feitos por madereiros ilegais, grileiros ou similares - estes considero um crime hediondo contra nossas riquezas - mas dai este tipo de pressão existe uma grande diferença.
Cabe colocar que grande parte dos países que criticam como tratamos de nosso território - nunca se deve esquecer de que não é a Amazonia e sim o Território Brasileiro - estão por aqui pirateando aves, plantas, molúsculos e também nossas crianças, seja pela "compra"das mesmas ou pela exploração sexual.
Belo Monte precisa muito mais do que uma defesa patriótica!!
Se não houver campo aberto
lá em cima, quando me for
um galpão acolhedor
de santa fé bem coberto
um pingo pastando perto
só de pensar me comovo
eu juro pelo meu povo,
nem todo o céu me segura
retorno à velha planura
pra ser gaúcho de novo
lá em cima, quando me for
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
[]´sDesmatobrás: construção de 61 hidrelétricas provocará desmatamento de área equivalente ao Grande Rio
publicada em 08/01/2011 às 19h49m
Liana Melo e Henrique Gomes Batista
RIO - O governo planeja desmatar 5,3 mil quilômetros quadrados (km2) de floresta no país, o que equivale à área dos 19 municípios da região do Grande Rio, para construir 61 usinas hidrelétricas e 7,7 mil quilômetros de linhas de transmissão. A maior parte dos projetos fica na nova fronteira energética do país, a Amazônia Legal, que congrega nove estados. Apesar de impressionante, o impacto pode até ser maior, já que o número leva em conta apenas a área que será alagada pelas hidrelétricas e a extensão das linhas de transmissão, e não inclui o desmatamento no entorno. E ainda não entraram no cálculo as obras previstas na segunda edição do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC-2), como rodovias e ferrovias, cujo dano ambiental não foi estimado nem mesmo pelo governo.
A meta é instalar 61 novas usinas em todo o Brasil até 2019 para jogar no sistema mais 42 mil megawatts (MW) de energia. As maiores usinas ficarão na região amazônica. Custos, financiamento, cronograma, necessidade de mão de obra e potencial energético dos projetos estão minuciosamente explicados em 330 páginas no Plano Decenal de Energia, da Empresa de Pesquisa Energética (EPE, órgão responsável pelo planejamento do setor), e no PAC-2. Mas não há análise profunda sobre os impactos ambientais: a previsão de recursos previstos para aplicar em compensações é de R$ 614 milhões, o que corresponde a 0,5% do valor das obras.
- A experiência mostra que uma área adicional também é desmatada por causa dos investimentos no local. Por exemplo, os projetos atraem as pessoas para trabalhar na obra e um outro grande número vem espontaneamente buscar oportunidades. Depois da obra, parte desta população fica e gera um crescimento populacional acima da média por vários anos - avalia Paulo Barreto, do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), lembrando que, na região de Tucuruí, por exemplo, as taxas de crescimento populacional continuam sendo duas vezes maiores que a do resto do país, mesmo três décadas depois da implantação do projeto.
Setor elétrico é caixa-preta, diz procurador federal
A gritaria que, no passado, levantou-se contra Tucuruí, voltou-se hoje contra Belo Monte, que já acumula oito ações na Justiça. O próprio Conselho Nacional de Política Energética decidiu pela proibição de qualquer nova usina no rio Xingu, no Pará. Ainda assim, das 61 hidrelétricas previstas pelo governo, 15 delas, segundo a própria EPE, interferem diretamente em áreas de conservação ambiental, três delas afetam indiretamente, enquanto 13 projetos interferem direta e indiretamente em reservas indígenas.
A Eletrobras minimiza o impacto ambiental, alegando que as novas usinas terão pequenos reservatórios e vão desmatar pouco. O planejamento das novas hidrelétricas tende, segundo a estatal, a manter o reservatório na área que o rio já ocupa nas épocas das cheias.
- O desmatamento oficial provocado pela instalação destas novas usinas na Amazônia Legal é apenas um dos exemplos de passivos ambientais promovidos pelo próprio governo - critica o procurador da República Felício Pontes Jr., do Ministério Público Federal (MPF) do Pará, ferrenho crítico do projeto da hidrelétrica de Belo Monte. - O setor elétrico no país é uma das maiores caixas-pretas do governo, nada é discutido e nem as audiências públicas são respeitadas. Sem falar no fato de que os valores das compensações socioambientais são calculados com base no valor da obra e não no passivo socioambiental gerado.
http://oglobo.globo.com/economia/mat/20 ... 457182.asp
"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
quantas usinas a carvão seriam necessarios pra substituir essas hidreletricas?
Pq eolica é impraticavel toda essa capacidade e nuclear ainda é impossivel no medio prazo. (Mas no futuro é unica alternativa).
Se o alagamento ficar em locais que os rios ja ocupam nas cheias em tese não tem area destruida. (Apesar que algumas especies podem sim serem afetadas por causa disso pois dependem das cheias, ae tem que ver caso a caso).
Pq eolica é impraticavel toda essa capacidade e nuclear ainda é impossivel no medio prazo. (Mas no futuro é unica alternativa).
Se o alagamento ficar em locais que os rios ja ocupam nas cheias em tese não tem area destruida. (Apesar que algumas especies podem sim serem afetadas por causa disso pois dependem das cheias, ae tem que ver caso a caso).
Re: Ameaça REAL ao Brasil
Estrangeiro que vem pra ca protestar deveria ser expulso.
O Troll é sutil na busca por alimento.
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Re: Ameaça REAL ao Brasil
Não falo em sermos irresponsáveis, claro que não, falo em reagir fortemente a críticas e ações de Bio Pirataria em nosso território.Detesto ver a Amazônia ser tratada como um Estado quase que autônomo, pelas mídeas, ONGs, Governos Estrangeiros etc.Ela é uma parte do BRASIL.Temos de ser mais Patriotas.RobertoRS escreveu:Quer dizer que o fato dos europeus, americanos e etc caterva terem sido irresponsáveis no passado nos dá o direito de também sê-lo?varj escreveu:O mundo vendeu quase todas as madeiras de suas florestas e agora querem dar pitaco nas nossas.Não sou a favor do desmatamento, principalmente os feitos por madereiros ilegais, grileiros ou similares - estes considero um crime hediondo contra nossas riquezas - mas dai este tipo de pressão existe uma grande diferença.
Cabe colocar que grande parte dos países que criticam como tratamos de nosso território - nunca se deve esquecer de que não é a Amazonia e sim o Território Brasileiro - estão por aqui pirateando aves, plantas, molúsculos e também nossas crianças, seja pela "compra"das mesmas ou pela exploração sexual.
Belo Monte precisa muito mais do que uma defesa patriótica!!