Re: Petróleo: megacampos na Bacia de Santos
Enviado: Sáb Ago 30, 2008 12:05 am
Investimentos vão ultrapassar US$ 112 bi até 2012 com pré-sal, diz Gabrielli
Previsão de investimentos divulgada nesta quinta não inclui a descoberta.
Presidente da Petrobras está na reunião do CDES no Palácio do Planalto.
Alexandro Martello Do G1, em Brasília
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, confirmou nesta quinta-feira (28) que a previsão de investimentos da empresa estatal é de US$ 112 bilhões até o ano de 2012.
Entretanto, nessa previsão não constam os valores necessários para explorar e produzir o petróleo da camada pré-sal (localizado em águas profundas), que não foram informados. Ou seja, os investimentos da Petrobras devem ser ainda maiores do que esta previsão até 2012 por causa da descoberta.
"Os volumes encontrados [na camada pré-sal] provavelmente serão muito grandes. Só em Tupi [campo da camada pré-sal], temos de cinco a oito bilhões de barris. Para tirar esse petróleo, precisamos de muitos investimentos. Os números [de investimentos] são muito grandes e com o pré-sal serão muito maiores", disse Gabrielli, durante discurso na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que conta com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
saiba mais
*
Brasil é o 10º país mais atrativo para indústria do petróleo
Dos US$ 112 bilhões em investimentos já previstos até o ano de 2012 (sem contar os invetimentos necessários para a camada pré-sal), Gabrielli informou que 58% deste montante, ou US$ 65 bilhões, referem-se à exploração (US$ 13,8 bilhões) e à produção de petróleo (US$ 51 bilhões). Em gás e energia, estão previstos outros US$ 6,6 bilhões em investimentos, além de US$ 2,5 bilhões em distribuição.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou que a Petrobras já tem capacidade financeira de dar início aos investimentos da camada pré-sal. Entretanto, segundo ele, a empresa precisará de mais recursos para dar continuidade à exploração e produção do petróleo descoberto em águas profundas.
Questionado sobre o valor que seria necessário para explorar e produzir o petróleo da camada pré-sal, Coutinho foi evasivo. Disse que ainda não sabe qual o valor que seria necessário. "Nós temos idéia, mas estas discussões ainda estão sendo afinadas na comissão e eu não posso adiantar", disse ele jornalistas.
Segundo o economista, o pré-sal pode elevar a taxa de investimento do país dos atuais 16% para 25% do Produto Interno Bruto (PIB) no período de uma década, colocando o Brasil definitivamente em uma rota de crescimento sustentado.
"O Brasil passa por um período de transição econômica. Estamos na ante-sala do crescimento econômico que pode chegar a 6% ao ano com distribuição de renda e geração de riqueza", disse Langoni, na abertura do seminário Desafios do Pré-sal, na Firjan.
Investimentos indiretos
O ex-presidente do BC ressaltou que o pré-sal movimentará a cadeia de petróleo, mas também estimulará investimentos indiretos no segmento de fornecedores de equipamentos e geração de serviços.
"Com isso o pré-sal se constituiu em mais um elemento de redução da vulnerabilidade e mais um elemento para potencializar o crescimento brasileiro", acrescentou ele.
Na hora certa
Para Langoni, a descoberta do pré-sal veio na hora certa e é fruto do modelo regulatório brasileiro, que a partir de 1998 abriu o mercado a empresas estrangeiras e permitiu que a Petrobras pudesse realizar novos investimentos.
"Deus de fato é brasileiro. Ele nos deu essa riqueza no momento certo. A economia brasileira é sólida, diversificada e dinâmica. Em outros países o petróleo surgiu em uma fase inicial de crescimento", lembrou.
"O pré-sal é uma possibilidade concreta e histórica de consolidar o padrão de crescimento do país", acrescentou. O ex-presidente do BC defendeu a adaptação do atual marco regulatório ao pré-sal, com o aumento de taxas como royalties e participação especial.
Previsão de investimentos divulgada nesta quinta não inclui a descoberta.
Presidente da Petrobras está na reunião do CDES no Palácio do Planalto.
Alexandro Martello Do G1, em Brasília
O presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli, confirmou nesta quinta-feira (28) que a previsão de investimentos da empresa estatal é de US$ 112 bilhões até o ano de 2012.
Entretanto, nessa previsão não constam os valores necessários para explorar e produzir o petróleo da camada pré-sal (localizado em águas profundas), que não foram informados. Ou seja, os investimentos da Petrobras devem ser ainda maiores do que esta previsão até 2012 por causa da descoberta.
"Os volumes encontrados [na camada pré-sal] provavelmente serão muito grandes. Só em Tupi [campo da camada pré-sal], temos de cinco a oito bilhões de barris. Para tirar esse petróleo, precisamos de muitos investimentos. Os números [de investimentos] são muito grandes e com o pré-sal serão muito maiores", disse Gabrielli, durante discurso na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), que conta com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
saiba mais
*
Brasil é o 10º país mais atrativo para indústria do petróleo
Dos US$ 112 bilhões em investimentos já previstos até o ano de 2012 (sem contar os invetimentos necessários para a camada pré-sal), Gabrielli informou que 58% deste montante, ou US$ 65 bilhões, referem-se à exploração (US$ 13,8 bilhões) e à produção de petróleo (US$ 51 bilhões). Em gás e energia, estão previstos outros US$ 6,6 bilhões em investimentos, além de US$ 2,5 bilhões em distribuição.
O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, afirmou que a Petrobras já tem capacidade financeira de dar início aos investimentos da camada pré-sal. Entretanto, segundo ele, a empresa precisará de mais recursos para dar continuidade à exploração e produção do petróleo descoberto em águas profundas.
Questionado sobre o valor que seria necessário para explorar e produzir o petróleo da camada pré-sal, Coutinho foi evasivo. Disse que ainda não sabe qual o valor que seria necessário. "Nós temos idéia, mas estas discussões ainda estão sendo afinadas na comissão e eu não posso adiantar", disse ele jornalistas.
Segundo o economista, o pré-sal pode elevar a taxa de investimento do país dos atuais 16% para 25% do Produto Interno Bruto (PIB) no período de uma década, colocando o Brasil definitivamente em uma rota de crescimento sustentado.
"O Brasil passa por um período de transição econômica. Estamos na ante-sala do crescimento econômico que pode chegar a 6% ao ano com distribuição de renda e geração de riqueza", disse Langoni, na abertura do seminário Desafios do Pré-sal, na Firjan.
Investimentos indiretos
O ex-presidente do BC ressaltou que o pré-sal movimentará a cadeia de petróleo, mas também estimulará investimentos indiretos no segmento de fornecedores de equipamentos e geração de serviços.
"Com isso o pré-sal se constituiu em mais um elemento de redução da vulnerabilidade e mais um elemento para potencializar o crescimento brasileiro", acrescentou ele.
Na hora certa
Para Langoni, a descoberta do pré-sal veio na hora certa e é fruto do modelo regulatório brasileiro, que a partir de 1998 abriu o mercado a empresas estrangeiras e permitiu que a Petrobras pudesse realizar novos investimentos.
"Deus de fato é brasileiro. Ele nos deu essa riqueza no momento certo. A economia brasileira é sólida, diversificada e dinâmica. Em outros países o petróleo surgiu em uma fase inicial de crescimento", lembrou.
"O pré-sal é uma possibilidade concreta e histórica de consolidar o padrão de crescimento do país", acrescentou. O ex-presidente do BC defendeu a adaptação do atual marco regulatório ao pré-sal, com o aumento de taxas como royalties e participação especial.