FCarvalho escreveu:Eu não conheço a atual situação da frota de Leo 1A5 do EB em termos de manutenção. Mas seu que o EB fez um grande investimento para poder manter os seus CC's em um estado de prontidão operacional adequado. A bem da verdade, talvez o Eligio possa nos dar uma informação mais segura sobre isso.
Carvalho, você não está entendendo. O que você está propondo é o mesmo que pegar um jeep dos anos 60 e querer atualiza-lo. Não há como, você teria que substituir a maioria das peças e colocar novas e no final ia ficar com o preço similar ou até mais caro há um jeep mais novo e melhor.
Você fala em "atualização" como uma forma mais barata. Não existe isso, terão que mexer muito no 1A5, o que vai ser caro, porém ele não terá mais poder que um VBR sobre rodas, aliás perderá no poder de fogo para alguns, como é o caso do Centauro II.
É realmente isso que está propondo? Após 2025 temos nossa principal arma de choque armada com 105 mm?
FCarvalho escreveu:Acredito que o projeto da VBTP-SL já está nas mãos da KMW. É só questão de tempo, e recursos, para iniciarem o projeto.
Não está. Aliás, nem esboço existe!
FCarvalho escreveu:Aqui mesmo no DB o Túlio deixou certa vez um pdf sobre uma apresentação da KMW de uma proposta de VBTP-SL para o EB. Se baseada em uma plataforma existente, ou nova, não lembro.
Mas o que quis dizer é que basicamente o EB, salvo algum imprevisto ou questão externa à força, tem a pretensão de deixar a família SL de novos bldos a priori nas mãos da KMW, com a Iveco ficando com os SR. E o que sobrar, fica com a BID. Se vai ser assim, ou não, o tempo vai dizer. Os alemães não vieram aqui montar apenas uma oficina de bldos cinquentenários com uma vida operacional de curto prazo. Com certeza não.
Do mesmo jeito que a Iveco também tem um esboço, isso não significa que está nas mãos dela. Aliás nem o EB sabe o que quer!
Aliás, sua "afirmação" de que o EB quer deixar SL com KMW e Iveco apenas com SR está totalmente errada. A não ser que esteja fazendo uma especulação, neste caso, deixe mais claro.
FCarvalho escreveu:A permanecer a atual condição econômico-financeira do país no curto e médio prazo, me parece um despropósito o EB pensar em CC's novos por agora. Ainda mais se pensarmos que teriam de ser em torno de 350 CC's, caso se queira mesmo levar a sério a modernização de todas as OM's bldas da força. Quanto isso iria nos custar? É bom lembrar que quando se compra um CC novo, não se está apenas comprando um CC, mas toda a sua logística de apoio, manutenção e operacional, além de treinamento de pessoal e infraestrutura. Para não falar das versões especiais, como engenharia, socorro e/ou lança-pontes, dentre outras. Temos grana para isso no curto prazo? Eu duvido.
Carvalho, estou considerando realmente em fazer um vídeo de explicação. Sabe quanto custa modernizar um 1A5? Terão que trocar todo o sistema de pontaria e colocar um novo, terão que adaptar um optrônico com câmera térmica, provavelmente terão que trocar o canhão, terão que mexer na carroceria e revitaliza-la, sistema hidráulico, comunicações, ar-condicionado, blindagem extra...
A modernização do Cascavél é bem menos profunda e custa R$ 1 milhão, com boa parte dos equipamentos inseridos sendo nacionais. No caso do Leopard teria que ser importado, não tem tempo para desenvolver.
Ta me dizendo que vai ser barato? Tem estimativa de ser R$ 2 milhões, pelo menos, por viatura. Para que, no final? Ter por mais 15 anos a principal arma de choque que não é mais armada que um VBR sobre rodas?
"Ah, mas vai enfrentar TAM". Cara, para com essa baboseira! É esse tipo de pensamento que não apenas ferra com a Defesa mas com o Brasil inteiro.
FCarvalho escreveu:Isto apenas demonstra que realmente há muita controvérsia em torno destes bldos. Quem usa os Leo 1A5 no EB, diz-se estar satisfeito com ele, e da mesma forma o pessoal que opera o M-60. Assim como há quem não goste de nenhum dos dois e advoga a compra e/ou o desenvolvimento de um CC novo/nacional. Daí complica mesmo se ter uma visão real dos fatos e da realidade. Mas quem decide isso é o EME junto com o cmte do EB. Vamos ver quem ganha esse cabo de guerra.
Mas é o que estou falando a muito tempo.
Ora, estavam usando o Cascavél e estavam bem satisfeito com ele, porque não modernizar e esquecer o VBR Guarani? Mas é claro que não. Uma coisa não altera a outra.
A principal linha é adquirir um novo carro de combate, seja novo ou usado, modernizar o 1A5 é uma das últimas escolhas. Ainda foi citado o nome das viaturas que estão sendo avaliadas.
A ideia do Leopard é minha e vejo como a melhor em relação custo x benefício. Pagaríamos entre R$ 4-5 milhões por viatura (incluindo modernização) e teríamos um carro de combate que suportaria até 2045-2050, tempo o suficiente para desenvolvermos conceito (acompanhando o que ocorre no mercado internacional) e cuidar de assuntos mais prioritários que CC novo, sendo AAe e Helis, sem falar de SISFRON.
FCarvalho escreveu:A ver pelo tempo que temos até 2025, são apenas 8 anos, os próprios alemães já disseram que não dá para desenvolver um CC novo do zero neste tempo, caso a opção fosse essa. E isso já foi dito ano passado ou retrasado, salvo engano. E como comprar um CC novo neste entretempo também vai ser muito difícil, pode-se subentender que a opção da modernização/atualização dos LEO-1A5 ainda é algo bastante crível a ser analisado. Não apenas porque ele é hoje o CC padrão da cav blda do EB, mas porque foi feito também um grande investimento em termos de organização e preparo da cav blda para poder receber e operar este veículo. Para adicionar, temos aqui diversas versões dele operando, sendo a última a AAe.
Ao contrário do que se possa pensar, leva muito tempo para uma força armada se adaptar e adaptar um material novo a si. Em relação a um novo CC, independente de zero ou usado, qualquer opção vai demandar uma gigantesca rede de atividades e providencias a fim de que se possa operar com eficiência tal CC. E isso via de regra leva em torno de uns 10 anos, entre definição, introdução, desenvolvimento, manutenção, operação e pleno domínio.
Se o EB está atrás de um novo CC hoje, qualquer decisão que ele tome, só terá efeito na Cav Blda do EB no pós-2020. Se levarmos em consideração que os Leo começam a parar a partir de 2025, então qualquer que seja a decisão tem de ser tomada logo. O contrário disso é ter de se ver forçado novamente a optar por material não necessariamente atual ou mesmo adaptado a nossa realidade. E disso o EB entende muito bem.
A ver.
abs.
Essa é a sua opinião, mas o jeito que diz é como se fosse opinião do Exército, o que não é este caso. Mas o que adianta o "grande investimento" feito em torno do 1A5 se ele não terá condições de operar acima de 2025.
To cansado de dizer que não teremos um CC desenvolvido, que é o desejo do Exército, antes de 2030 -
isso falando do início do desenvolvimento - e teremos uma viatura que não terá capacidades críveis para operar após 2025. Vai gastar grana num blindado que hoje é ameaçado por TAM e RPG-7? Mesmo que desse certo, um CC novo seria prioridade para o Exército para cobrir o GAP, neste caso, gastaríamos muito mais dinheiro e este que poderia ir para assuntos mais importantes terão que ser alocados nesse esforço. Ou ficaremos sem carro de combate por, no mínimo 5 anos.
Não temos prazo crível para achar que teremos um CC nacional antes de 2025-2035 operacional, a não ser que parem os outros projetos.
Ue, então prefere ficar em carro de combate porque "demoraria 10 anos para se adaptar ao 2A4", sendo este da mesma empresa do 1A5 e que já tem uma estrutura feita aqui? Muito inteligente!
Ficar com 1A5 após 2025 é um absurdo sem tamanho, é o mesmo que a FAB continuar operando F-5 nesta época.