Fórum Defesa Brasil

Para instrução primária o T-25 ainda é uma excelente opção, a manutenção dele é irrisória e a introdução de uma aeronave totalmente nova, dessa categoria, não traria nada de revolucionário para o treinamento dos cadetes, fora o contato com um cockpit digital.

Uma pena ao que parece é a FAB não partir para a motorização, usando novas versões do Lycoming que possuem monitoramento digital e um pouco mais de potência.


Um abraço e t+

38 aviões não deve ser um número suficiente para dar conta das necessidades da AFA.
Isso parece desespero mesmo de quem não tem grana para bancar aviões novos.

T-25 é um fusca, entra no hangar de manutenção de manhã as 8 e 16h já tá voado e checado. Não é atoa que quando existiam T-25 e L-42 distribuídos pelas bases, os subs veios brigavam de tapa pra assumir a famosa "linha C" que ficava responsável manutenção dessas aeronaves. Serviço sempre em dia e sem oficial enchendo o saco por disponibilidade de aeronaves.

Sem falar que há bons anos que o número de cadetes formados vem caindo, e a FAB pelo visto ainda vai continuar encolhendo.


Um abraço e t+

O encolhimento proposital do número de cadetes não justifica por si só o aceite deste tipo de solução. Por muitos menos a FAB gasta tufos de dinheiro em coisas que não são tão necessárias ou prementes a si.
Aliás, o preço de um DA42 e\ou DA62, sendo que este último será montado no Brasil aí no Rio Grande, seria um motivo mais que suficiente para adotar um ou outro modelo. E nenhum dos dois são tão caros que a FAB não possa comprar o mesmo número ou até mais deles que os T-25 que se pretende modernizar.
E deixa a manutenção com a Aeromot com um bom contrato de CLS de longo prazo.

É, realmente... trocar a manutenção irrisória do T-25 por contrato de CLS é uma ótima saída para uma força da qual justamente se reclama por gastar com o que não deve.

Enfim, lógica.


Um abraço e t+

Pablo, até quando tu achas que esses quebra galhos vão permitir à FAB enrolar a tomada de decisão sobre substituir T-25 na AFA?

Fala-se em mais 10, 15 anos de uso, quando sabemos daqui a pouco eles vão estar reclamando que não existem mais peças para manutenção desses aviões.IdemT-27.

Uma coisa é conformar os recursos com os meios existentes, outra é enrolar decisão tácita e premente a título de adaptação à realidade do orçamento, com claras desvantagens. Um DA-62 por exemplo, é uma compra para os próximos 30 anos. Modernizar um punhado de T-25 supondo que eles durem metade desse tempo e "economizar" com isso em nada é razoável. Muito menos lógico. Pelo contrário.

knigh7 escreveu: ↑Sex Jun 28, 2024 6:20 pm

https://tecnodefesa.com.br/fab-vai-mode ... universal/

Decisão acertada.
Conversei com o Comandante da AFA poucos anos atrás e ele disse que as células, nas inspeções, estão excelentes. Simplesmente não se acabam.
Para instrução primária, com aviônica digital, são muito bons e econômicos.

Vagner Oliveira escreveu: ↑Ter Jul 02, 2024 2:28 pm

knigh7 escreveu: ↑Sex Jun 28, 2024 6:20 pm

https://tecnodefesa.com.br/fab-vai-mode ... universal/

Decisão acertada.
Conversei com o Comandante da AFA poucos anos atrás e ele disse que as células, nas inspeções, estão excelentes. Simplesmente não se acabam.
Para instrução primária, com aviônica digital, são muito bons e econômicos.

Penso igual: "if isn't broken, don't fix it".

FCarvalho escreveu: ↑Ter Jul 02, 2024 12:27 am Pablo, até quando tu achas que esses quebra galhos vão permitir à FAB enrolar a tomada de decisão sobre substituir T-25 na AFA?

Fala-se em mais 10, 15 anos de uso, quando sabemos daqui a pouco eles vão estar reclamando que não existem mais peças para manutenção desses aviões.IdemT-27.

Uma coisa é conformar os recursos com os meios existentes, outra é enrolar decisão tácita e premente a título de adaptação à realidade do orçamento, com claras desvantagens. Um DA-62 por exemplo, é uma compra para os próximos 30 anos. Modernizar um punhado de T-25 supondo que eles durem metade desse tempo e "economizar" com isso em nada é razoável. Muito menos lógico. Pelo contrário.

Carvalho, DA-42/62 para substituir o T-25? Bimotores... sério?

Eu só digo uma coisa, e digo não por que li em site ou em qualquer outro canto da internet, digo por que vivi in loco isso uma parte da minha vida e vi as coisas acontecendo e como são feitas, enquanto tiver terceiro sargento e cabo BMA que saibam mexer em tela e resina o T-25 tem vida garantida. Os componentes estruturais dele são fabricados no PAMA-LS e todo o restante foi nacionalizado pelo CELOG. O T-25 é hoje a única aeronave da FAB, que tem mais de uma década de serviço, com índice de disponibilidade de mais de 80 a 90% 7 dias por semana, e mais uma vez digo com uma manutenção barata. Torno a falar, tu não vai achar a robustez estrutural do T-25 em nenhuma aeronave da linha cirrus, DA, patagônia ou qualquer outra aeronave de estrutura composta.

Se trocar o O-540 por uma versão mais moderna da linha IO/TIO esse avião voa mais 30 anos no mínimo dos mínimos, e isso custa em torno de 200 a 250 mil dólares chutando alto pois isso é preço de atravessador, sendo que comprado direto e como o serviço poderia ser feito dentro do PAMA e esses custos cairiam.

Então, se lógica for pegar desativar um aeronave que foi desenhada com parâmetros de resistência estrutural superdimensionados (e isso consta em qualquer literatura sobre o T-25 recomendo as antigas e excelentes revistas AERO dos anos 70/80) com a manutenção e logística mais baratas e dominadas integralmente pela força, com maior disponibilidade e com um um dos motores mais populares da aviação geral que ainda é produzido em larga escala, que cumpre com excelência o seu papel, em detrimento de aeronaves leves com estrutura composta, que vão trazer a necessidade de nova linha logística de manutenção e operação, e até mesmo de CLS com empresas privadas... eu vou precisar rever meu conceito de lógica.

Tem muita coisa pra se reclamar da FAB, muita mesmo, mas essa aqui talvez tenha sido uma das decisões mais sensatas tomadas pela força nos últimos anos.



Um abraço e t+

Falo com o conhecimento de quem fez o primeiro voo solo em 1996 num PA-18 fabricado em 1951: esse tipo de avião, com boa manutenção, é indestrutível.

Sds

Meu caro Pablo Maica, contra fatos não há argumentos.

Então, dou o braço a torcer nesta questão, e faço votos de que a FAB tenha acertado na sua decisão, por mais que 38 unidades me pareça muito pouco para as necessidades da AFA. Com ou sem diminuição de vagas para o primeiro ano.

FAB vai desativar definitivamente a Base Aérea de Recife.

https://www.sislaer.fab.mil.br/terminal ... 1253609595


Um abraço e t+

Acho que esse é o caminho. Outra decisão sensata da FAB. Se está sub-utilizada, desativa e fecha de vez. Só espero que transfiram, com muito cuidado o B-17 para o Musal.

A tendência é essa. Tirando as poucas bases que operam com unidades aéreas permanentes e\ou CINDACTAS, não tem porque manter um gasto desnecessário com estas OM

Veremos se ainda há mais gordura para cortar.

Cassio escreveu: ↑Qui Jul 18, 2024 1:49 pm Acho que esse é o caminho. Outra decisão sensata da FAB. Se está sub-utilizada, desativa e fecha de vez. Só espero que transfiram, com muito cuidado o B-17 para o Musal.

Se não me engano tinha apenas um ETA na BARF, operando Bandeirantes. Mas não vai fechar por completo, ainda vai ter um destacamento de segurança e pessoal para manutenção das instalações, para eventuais usos do lugar.

Hoje a FAB tem 14 bases, com a desativação de recife, com 4 sediando apenas 1 unidade aérea, Salvador, São Paulo, Brasília e Boa Vista. Brasília nunca será desativada por motivos óbvios, Boa Vista é extremamente estratégica, já SP e SV talvez possam entrar na lista... aliás aquela área da BASP anexa à Guarulhos deve despertar muitos interesse.


Um abraço e t+