Re: Irã tem como se defender de Israel?
Enviado: Seg Abr 20, 2009 12:19 pm
por rodrigo
Europeus deixam evento da ONU após presidente do Irã taxar Israel de 'racista'
Nações Unidas tentam evitar fracasso de conferência sobre o racismo.
Estados Unidos e aliados boicotaram o encontro em Genebra.
Os delegados de países membros da União Europeia abandonaram nesta segunda-feira (20) a Conferência da ONU sobre Racismo, em Genebra, depois que o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, qualificou Israel de "racista" durante seu discurso.
"Depois do final da Segunda Guerra Mundial, (os aliados) recorreram à agressão militar para privar de terras a uma nação inteira, sob o pretexto do sofrimento judeu", disse. "Enviaram imigrantes da Europa, dos Estados Unidos e do mundo do Holocausto para estabelecer um governo racista na Palestina ocupada."
O iraniano foi vaiado -por dissidentes iranianos e por israelenses- e chamado de "assassino" ao falar, mas parte da plateia o aplaudiu.
Único chefe de estado que participa da conferência, o iraniano também denunciou as intervenções militares no Iraque e no Afeganistão, questionando se elas trouxeram a paz ou a prosperidade a seus povos.
O líder iraniano criticou a ordem política mundial, ao afirmar que o Conselho de Segurança da ONU sempre "recebeu com o silêncio os crimes desse regime (israelense), como os recentes bombardeios contra civis em Gaza".
Também disse que a intervenção internacional no Afeganistão não trouxe a paz nem a prosperidade a esse país, e que a invasão americana do Iraque deixou "1 milhão de mortos e feridos" e perdas milionárias para a economia desse país.
O presidente iraniano continuou as constantes referências ao "sionismo mundial, que personifica o racismo", disse, e chamadas para uma reforma da ordem política internacional.
A presença de Ahmadinejad em Genebra causou indignação de Israel, que hoje chamou a consultas seu embaixador em Berna, em protesto contra o encontro que o presidente suíço, Hans-Rudolf Merz, manteve ontem à noite com o presidente iraniano.
Boicote
Funcionários das Nações Unidas tentaram evitar o fracasso da conferência, boicotada pelos EUA e seus principais aliados, o que na prática cedeu o protagonismo a Ahmadinejad.
Os nove países que boicotam a conferência são Israel, Estados Unidos, Austrália, Canadá, Itália, Holanda, Polônia, Nova Zelândia, e Alemanha. O argumento é que eles temeiam que ele servisse de plataforma para ataques a Israel que o presidente norte-americano, Barack Obama, qualificou como "hipócritas e contraproducentes".
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que reuniu-se mais cedo com o presidente iraniano, disse que o texto da conferência está "cuidadosamente equilibrado" e que o evento é necessário para enfrentar as latentes tensões raciais que podem gerar violência e distúrbios sociais.
"Lamento profundamente que alguns tenham preferido ficar à parte. Espero que não o façam por muito tempo", disse Ban na conferência em Genebra, sob educados aplausos.
Os EUA anunciaram no sábado o seu boicote à reunião por entenderem que seu texto final reafirma termos adotados na última grande conferência da ONU sobre o racismo, em 2001, em Durban (África do Sul).
Os Estados Unidos e Israel abandonaram aquele encontro quando países árabes propuseram definir o sionismo como uma forma de racismo.
Embora esses termos não tenham sido incluídos na declaração final e no programa de ações da conferência de 2001, aquele evento conteve críticas diretas a Israel, como ao dizer: "Estamos preocupados com o drama do povo palestino sob a ocupação estrangeira."
http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,M ... ACIST.html
Re: Irã tem como se defender de Israel?
Enviado: Seg Abr 20, 2009 1:58 pm
por FOXTROT
Resolução 3.379 da Assembleia Geral das Nações Unidas
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
A Resolução 3.379 da Assembléia Geral das Nações Unidas, adotada em 10 de Novembro de 1975 por uma votação de 72 votos contra 35 (com 32 abstenções) pela Assembléia Geral das Nações Unidas, considerou que o sionismo equivale a racismo. A resolução foi anulada pela Resolução 4686 da Assembleia Geral das Nações Unidas de 16 de Dezembro de 1991, e é frequentemente referenciada nos debates que decorrem das acusações ao sionismo de racismo.
A resolução de 1975 foi um de muitos incidentes que refletem a antiga condenação da ONU do sionismo, que muitos consideram irônico e hipócrita, considerando que foi o Plano de Partição de 1947 das Nações Unidas que estabeleceu o estado de Israel.
Após a Guerra dos Seis Dias, na qual os aliados da União Soviética tinham sido derrotados, a intensidade de propaganda soviética contra Israel aumentou (ver Sionologia). Por outro lado, o boicote do petróleo árabe que se seguiu à Guerra do Yom Kippur de 1973 aumentou os fundos disponíveis para os esforços anti-sionistas.
Em 12 de Setembro de 1972, o presidente do Uganda, Idi Amin enviou um telegrama ao secretário-geral das Nações Unidas no qual ele elogiou o Holocausto e propunha contruir uma estátua a Adolf Hitler no Uganda, uma vez que não tinha sido erigida qualquer estátua na Alemanha.
Em 1 de Outubro de 1975, as Nações Unidas ofereceram uma recepção de boas-vindas a Idi Amin, que presidia na altura à Organização da Unidade Africana
Foi aplaudido de pé pelos presentes antes do seu discurso. Quando terminou o discurso foi também aplaudido e foi mesmo interrompido por aplausos durante o seu discurso. Nesse discurso, ele condenou a "conspiração Sionista-Americana" e exortou à expulsão de Israel das Nações Unidas e a "extinção" de Israel.
No dia seguinte, o secretário-geral das Nações Unidas e o presidente da Assembleia Geral ofereceram um jantar público em sua honra.
A resolução de 1975
A resolução afirmava na sua conclusão que:
"O Sionismo é uma forma de racismo e discriminação racial."
A resolução "tomou nota" de várias afirmações prévias em encontros internacionais pela eliminação do Sionismo.
1. A Declaração do México sobre a Igualdade da Mulher e seu Contributo para o Desenvolvimento e Paz, afirmava que ...“a cooperação e paz internacionais requeriam [...] a eliminação do [...] Sionismo."
2. A Resolução 77 da Assembléia de Chefes de Estado e do Governo da Organização da Unidade Africana considerava que „o regime racista na Palestina ocupada e o regime racista no Zimbabwe e na África do Sul têm uma origem imperialista comum, formando um todo e tendo a mesma estrutura racista e sendo orgânicamente ligados na sua política destinada à repressão da dignidade e integridade do ser humano“.
1. A Declaração Política e Estratégia para Fortalecer a Paz Internacional e Segurança e Intensificar a Solidariedade e Assistência Mútua entre Países Não Alinhados, na conferência de ministros dos negócios estrangeiros dos Países não alinhados, em Lima, Peru, condenou o Sionismo como racismo, imperialismo e uma ameaça para a paz e segurança mundiais.
O embaixador israelita imediatamente condenou a resolução das Nações Unidas: „Para nós, o povo Judeu, esta resolução baseada no ódio, falsidade e arrogância é destituída de qualquer valor moral ou legal“.
Patrocinada por: (25 países) Afeganistão, Argélia, Bahrain, Cuba, Daomé, Egipto, Guiné, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Mauritânia, Marrocos, Iémen do Norte, Oman, Qatar, Arábia Saudita, Somália, Iémen do Sul, Sudão, Síria, Tunísia e Emiratos Árabes Unidos.
Votaram sim: (72) Os 25 países patrocinantes e adicionalmente 47 nações: Albânia, Bangladesh, Brasil, Bulgária, Burundi, Cambodja, Camarões, Cabo Verde, Chade, República Popular da China, Congo, Chipre, Checoslováquia, Guiné Equatorial, Gâmbia, República Democrática Alemã, Granada, Guiné-Bissau, Guiana, Hungria, Índia, Indonésia, Irão, Laos, Madagáscar, Malásia, Maldivas, Mali, Malta, México, Mongólia, Moçambique, Níger, Nigéria, Paquistão, Polónia, Portugal, Ruanda, São Tomé e Príncipe, Senegal, Sri Lanka, Tanzânia, Turquia, Uganda e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas.
Votaram não: (35) Austrália, Áustria, Bahamas, Barbados, Bélgica, Canadá, Costa Rica, Dinamarca, El Salvador, Estados Unidos da América, Fiji, Finlândia, França, Haiti, Honduras, Islândia, República da Irlanda, Israel, Itália, Costa do Marfim, Libéria, Luxemburgo, Malawi, Nova Zelândia, Nicarágua, Noruega, Países Baixos, Panamá, Reino Unido, República Centro-Africana, República Dominicana, República Federal Alemã, Suazilândia, Suécia e Uruguai.
Abstiveram-se: (32) Alto Volta, Argentina, Butão, Bolívia, Botswana, Birmânia, Chile, Colômbia, Equador, Etiópia, Filipinas, Gabão, Gana, Grécia, Guatemala, Jamaica, Japão, Quénia, Lesotho, Maurícia, Nepal, Papua-Nova Guiné, Paraguai, Peru, Serra Leoa, Singapura, Tailândia, Togo, Trinidad e Tobago, Venezuela, Zaire e Zâmbia.
Re: Irã tem como se defender de Israel?
Enviado: Ter Abr 21, 2009 1:41 pm
por cabeça de martelo
Acho bem!
Ah, sabias que a noz moscada ingeridas em grandes quantidades (2 colheres de chá) induz euforia, alucinações visuais, reações psicóticas agudas, despersonalização (após 2 a 5 horas).
Ah meu sacana, eu sei que sabes...
Isso e os cogumelos, mas esses são meus!
Re: Irã tem como se defender de Israel?
Enviado: Qua Abr 22, 2009 3:02 pm
por FOXTROT
terra.com.br
Ahmadinejad pede criação de tribunal para julgar Israel
O presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, pediu hoje à ONU, ao Tribunal Internacional e aos países do mundo a empreender ações legais e a criar um tribunal penal internacional contra Israel, estado ao qual voltou a acusar de cometer um genocídio nos territórios palestinos.
Em discurso por ocasião do encerramento de um congresso de promotores de países muçulmanos, realizado em Teerã, o líder iraniano pediu também a formação de um tribunal internacional especial sob patrocínio da ONU que investigue "os crimes cometidos pelo Exército israelense".
"Só podemos evitar que se repita este tipo de atrocidades se dermos vários passos vitais", disse Ahmadinejad, que apelou diretamente ao promotor do Tribunal Penal Internacional.
"Se o Conselho de Segurança for responsável por determinar quando ocorre uma violação da paz e da segurança mundial, não deve emitir uma resolução branda contra Israel quando assassina a população de Gaza, 80% civil", disse Ahmadinejad, que estava com a kufiya, o lenço tradicional palestino.
O Irã apresentou vários requerimentos à Interpol para que detenha mais de 50 responsáveis israelenses aos quais acusa de cometer crimes de guerra durante a última operação militar contra a Faixa de Gaza.
Entre as denúncias, destacam-se as contra o presidente israelense, Shimon Peres, e o então primeiro-ministro, Ehud Olmert, que deu a ordem de ataque.
Ahmadinejad voltou também a tachar hoje o sionismo de racista e disse que "é um regime desumano e que não respeita os princípios da fé".
Na primeira parte de seu discurso, o presidente iraniano atacou duramente "uma ideologia sem valores", que, segundo ele, apoderou-se do mundo.
"O sionismo é um sistema político muito complexo e rude que é contra a humanidade e as doutrinas dos profetas, e que foi fundado a fim de submeter o mundo", disse.
"Israel usa uma máscara falsa. Pretende ser partidário do judaísmo, mas, na realidade, não tem moral e valores religiosos", disse.
Na segunda-feira passada, durante a conferência da ONU sobre o racismo, realizada em Genebra, Ahmadinejad já havia acusado de racista o Estado de Israel, o que fez com que vários países - entre eles todos os da UE - saíssem a sala e gerou críticas de grande parte da comunidade internacional.